O plano defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis deve enfrentar resistências na COP30, a conferência sobre mudança climática das Nações Unidas. A avaliação de quatro negociadores ouvidos pela Folha de S.Paulo, sob reserva, é de que existe a possibilidade do tema ser tratado formalmente nas negociações do evento, mas sua chance maior de avançar é driblar os caminhos tradicionais. A transição para um mundo com menos petróleo, carvão e gás é um dos principais pontos do chamado mapa do caminho, documento elaborado pela presidência da COP30 que indica quais devem ser as prioridades a ser debatidas na conferência. Há uma avaliação de que, como o Brasil ocupa o lugar de presidente da cúpula, não está numa posição de propor inclusão de itens na pauta. Por outro lado, o País precisa trabalhar para construir consensos e contemplar as demandas das outras nações que participam das negociações.