O Plano Municipal de Mobilidade (PlanMob) deve ter a primeira minuta do projeto de lei em dezembro deste ano, de acordo com cronograma feito pela coordenação do projeto, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh). Um diagnóstico da situação atual de Goiânia e o prognóstico com as sugestões para as soluções dos problemas verificados e manutenção dos aspectos positivos devem estar prontos ainda em outubro. Este trabalho será feito a partir de um convênio do Paço Municipal com a Universidade Federal de Goiás (UFG), em contrato assinado em maio e com validade de 12 meses.Os dados que serão base do PlanMob estão sendo colhidos na pesquisa on-line iniciada em dezembro do ano passado em que a população se identificava e mostrava qual, como e com que frequência faz seu principal trajeto. A expectativa era que entre 15 mil e 18 mil respostas fossem dadas com as informações de como os moradores da capital vão e voltam do trabalho ou da escola, por exemplo. Até a tarde de sexta-feira (10), a pesquisa tinha recebido 14.971 participações e há um trabalho para que mais pessoas possam responder o questionamento.Até então, os técnicos que discutem o plano já identificaram algumas características da mobilidade da capital. Uma delas é algo já esperado sobre o meio de transporte mais utilizado pelos cidadãos. Em primeiro lugar estão os ônibus do transporte coletivo da região metropolitana, seguido pelos carros. Em terceiro lugar está a mobilidade ativa a pé e em quarto as motocicletas.Para a coordenadora-técnica do PlanMob, Janamaína Costa, a pesquisa vai ser capaz de mostrar como as pessoas chegam até polos geradores de tráfego, como a região da Rua 44 ou uma unidade de ensino. Baseado nisso, será possível fazer parcerias com as entidades para o desenvolvimento de planos de mobilidade corporativo. “Dependendo da quantidade de pessoas que vão de carro, por exemplo, podemos fazer parceria para fomentar outro tipo de transporte”, explica.Um dos objetivos do plano, diz Janamaína, é tentar conduzir a população a realizar menos deslocamentos na cidade, com a realização de incentivos a atividades locais por exemplo. “Podemos fomentar caronas solidárias em escolas, por exemplo. Ou mesmo incentivar a criação de uma escola em um bairro que a gente perceber que muitas pessoas saem de lá para ir estudar longe.” Um ponto preocupante é a presença de muitos polos geradores em uma mesmo local, como tem ocorrido com o Park Lozandes e a chegada de muitos órgãos públicos no bairro, o que indica muitos deslocamentos para a mesma região.A pesquisa on-line é chamado de Origem-Destino e ficará no ar constantemente. Ela servirá para as atualizações futuras do PlanMob que, por isso, vem sendo chamado de dinâmico. A expectativa é que, por exemplo, seja possível indicar mais de um destino nas respostas e como se dá a locomoção até ele a partir do ano que vem. Além dos dados desta pesquisa, os técnicos e professores da UFG também terão acesso aos dados de fluxo de tráfego e semafóricos e outros que serão apresentados pela Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) e Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). Paço vai realizar oficinas em bairros para incentivar a participaçãoA pesquisa on-line iniciada pelo Paço Municipal em dezembro do ano passado para identificar os principais destinos da população da capital e realizar o Plano de Mobilidade mostrou aos técnicos uma ausência de participação dos moradores da região Noroeste de Goiânia. Foi feita então uma jornada de debates sobre o assunto no local para esclarecer a importância de receber as respostas de quem mora ou visita os bairros. Agora, a intenção da coordenação do plano é que ações como oficinas devem ser realizadas em diversos setores de Goiânia nesta próxima etapa, já com a realização do extrato dos dados da pesquisa. A intenção, além de ampliar o número de participantes, é fazer com que os moradores entendam a importância de se manifestarem e como o plano poderá influenciar no cotidiano dos moradores, como a criação de calçadas ou ciclovias locais.