Um policial militar e dois homens foram presos no início da noite desta segunda-feira (14), com duas pistolas, munições e uma quantidade em dinheiro ainda não calculada, no setor Morada do Sol, em Senador Canedo. Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito, que já se encontra em processo de exclusão da corporação, trazia as armas do Paraguai e as revendia em Goiânia.Além das armas, que foram encontradas em um fundo falso de um carro, os policias também encontraram uma grande quantidade em dinheiro e munições de vários calibres. Todo o material apreendido e os três suspeitos estão sendo conduzidos para a delegacia do município.&nbsp;&nbsp;

PM é preso acusado de vender armas para criminosos

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Se após a Revolução Industrial, o desenvolvimento das cidades priorizou a construção de ruas, avenidas e estradas para os novos automóveis que ganhavam as vias e traziam conforto e praticidade à vida moderna da época, pouco mais de um século depois, um novo modelo de urbanismo trouxe à luz um movimento reverso: a priorização da natureza e um modo de viver mais integrado ao meio ambiente.

Uma mudança de pensamento necessária considerando a crise climática em que vivemos já nas últimas décadas, e que intensificou-se em 2024, com as diversas catástrofes naturais no Brasil e mundo afora. Mas o Novo Urbanismo não é tão novo assim. Vanguardista, porém não é recente. Lá na década de 1990, nos Estados Unidos, era lançada a Carta do Novo Urbanismo que já enxergava como desafio o crescimento desordenado e horizontal das cidades.

O Novo Urbanismo traz a ideia de que o ambiente físico impacta diretamente na qualidade de vida, proporcionando mais felicidade e bem-estar às pessoas. Mais do que um movimento de design urbano que procura promover o crescimento sustentável das cidades, ele foca na vida em comunidade, no respeito aos espaços, na importância do relacionamento com a natureza e seus limites.

Muitas cidades são adeptas desse movimento que prioriza as pessoas aos carros, preza o senso de comunidade e coletivismo, preserva espaços verdes mantendo sua vegetação original, concebe espaços urbanos, buscando integrar trabalho, escola, serviços e moradia em um mesmo espaço, estimulando os deslocamentos a pé.

Goiânia, jovem capital que é, com seus recém celebrados 91 anos, uma cidade planejada e moderna, dispõe de bairros verdes e praças abundantes. Excelente para se viver, foi a segunda capital brasileira eleita com melhor qualidade de vida em 2024, segundo o Índice de Progresso Social (IPS) Brasil.

E tem grandes pré-requisitos para se desenvolver ainda mais nesse movimento, com investimento e projetos arrojados de profissionais de renome da arquitetura e do urbanismo, impulsionado por um mercado imobiliário pujante, em franca expansão e valorização, seja em empreendimentos verticais, residenciais e comerciais, como em condomínios horizontais, sendo hoje a capital com o maior número de condomínios horizontais por habitante no Brasil, abrigando mais de 45 empreendimentos na região metropolitana. Número que será ainda mais expressivo com diversos novos lançamentos somente na GO-020, incluindo bairros inteiros planejados.

Com sua localização privilegiada, e polo de comércio e serviços de excelência, atrai moradores e investidores de todo o país. Após um 2023 com valor acumulado de 6 bilhões e o posto de terceiro maior mercado imobiliário do país, 2024 tem se mostrado ainda melhor, segundo a pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).

Nossa cidade merece um pensar responsável de seus bairros, tão verdes, tão floridos, tão arborizados. Que os novos empreendimentos venham amparados pelos princípios do Novo Urbanismo, conservando nas futuras gerações o mesmo encantamento de quem vem hoje a Goiânia e se apaixona na primeira visita.

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Adriano Carrijo é engenheiro&nbsp;civil com pós-graduação em Marketing

O novo urbanismo e o futuro

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Profissionais contratados para higienização e limpeza de ao menos 50 unidades vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reclamam que estão entrando na segunda folha de pagamento sem que o salário seja pago. Apenas 30% dos trabalhadores lotados em cada unidade vinculada a Saúde cumprem a carga horária diária. Sobrecarregados, eles tentam manter o funcionamento de centros de atenção integrada à saúde (Cais) e unidades de pronto atendimento (UPAs) da capital.

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No último fim de semana, a Unidade de Pronto Atendimento da Chácara do Governador ficou abarrotada de lixo. Profissionais da unidade relataram que a situação ocorreu pela falta de pagamento aos trabalhadores da limpeza, contratados pela Loc-Service Comércio e Serviço, e que fizeram uma paralisação. Na última semana, O POPULAR também visitou duas unidades em que a limpeza é operacionalizada pela empresa e a reclamação é a mesma.

Na UPA Dr. Paulo de Siqueira Garcia e na Jardim Novo Mundo, ambas na região leste da capital, funcionários relatam que estão com o salário atrasado. “Estamos trabalhando há muitos dias sem receber sequer um vale-alimentação”. A empresa foi contratada pela Prefeitura em 2022 e, com o último aditivo feito em março desse ano, o valor do contrato já chega a R$ 28,3 milhões.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/crise-afeta-unidades-basicas-de-saude-em-goiania-1.3203825" target="_blank">Crise afeta unidades básicas de saúde em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/demanda-na-justica-por-uti-na-rede-publica-em-goiania-cresce-10-vezes-em-4-anos-1.3203814" target="_blank">Demanda na Justiça por UTI na rede pública em Goiânia cresce 10 vezes em 4 anos</a> 
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O salário dos trabalhadores estava previsto para ser pago até a quinta dia útil desse mês. No último dia 8, o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Ambiental, Coleta de Lixo e Similares do Estado de Goiás (Seacons) havia informado à SMS que seria feita uma paralisação dos serviços caso o pagamento não fosse realizado. Uma funcionária relatou que havia a previsão de que o salário fosse pago no dia 18, depois no dia 19, e, por fim, na última sexta-feira (22).

O adiamento quanto ao envio dos valores é um movimento frequente, de acordo com funcionários da empresa. “O atraso acontece todos os meses, a diferença é que dessa vez eles atrasaram mais e mais”, desabafam. Conforme o presidente da Seacons, Melquisedeque Souza, com todas essas irregularidades o sindicato chegou a entrar com uma ação coletiva contra a Loc-Service e eles estariam sendo obrigados a pagar o salário em dia, o que não tem acontecido.

Enquanto isso, os trabalhadores vivem um imbróglio. Conforme relatos, a empresa diz que não faz o pagamento por conta de repasse da Prefeitura. Já a gestão municipal garante que “o pagamento está rigorosamente em dia”. “A última nota emitida pela empresa foi em 5 de novembro e como está no contrato, a secretaria tem até 30 dias para efetuar o pagamento, portanto até 4 de dezembro”, garante. A reportagem não conseguiu contato com a Loc-Service.

A SMS diz que comunicou à Loc-Service em 13 de novembro a falta de materiais de higiene e limpeza nas unidades de saúde. Outra notificação foi na última sexta-feira (22), com alegação à empresa de que estaria havendo “descumprimento quanto ao protocolo de limpeza” e “recorrente reclamação das unidades acerca da ausência de fornecimento dos materiais de insumo” e de profissionais para o serviço. No documento, também são cobrados esclarecimentos e soluções para as situações elencadas.

<h2>Sobrecarga</h2>

Sem respostas, uma parte dos trabalhadores da UPA Dr. Paulo de Siqueira Garcia e Jardim Novo Mundo se mantém ativos nos corredores das unidades hospitalares. O movimento vem de medo e repressão quanto à adesão à paralisação feita por alguns profissionais. “Eles não nos demitem, mas jogam a gente para outro canto da cidade bem mais longe de onde a gente mora, por exemplo”, relatou uma funcionária que mora e trabalha no Novo Mundo.

Doente, ela relata, ainda, não ter equipamento de proteção individual (EPI) para fazer a coleta de forma eficaz do lixo. No horário em que a reportagem esteve na unidade hospitalar, na última quinta-feira (21), apenas ela e outras duas pessoas estavam fazendo o serviço de higienização e limpeza. Serviço esse que, com pessoal reduzido, só tem sido feito “para tirar o grosso” e garantir o esvaziamento de lixeiras. “O trabalho que antes era feito por três está sendo feito por um”, complementa.

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Salários atrasados e falta de materiais afetam limpeza de UPAs e Cais em Goiânia

Crise na saúde

Além da falta de leitos de <a href="https://opopular.com.br/cidades/demanda-na-justica-por-uti-na-rede-publica-em-goiania-cresce-10-vezes-em-4-anos-1.3203814" target="_blank">Unidade de Terapia Intensiva (UTI),</a> a crise na rede municipal de Saúde de Goiânia tem impactado as unidades da rede de atenção básica. A escassez de medicamentos, insumos básicos, falta de trabalhadores para as escalas de plantão, dívidas com prestadores de serviços, além do atendimento restrito em unidades em reformas, são parte da realidade vivida por profissionais e pacientes que utilizam os serviços na capital.

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Quem procura o Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte dá de cara com parte da unidade interditada. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que a intervenção teve início há três semanas, mas a restrição no atendimento foi feita há duas. Conforme a pasta, apenas os casos de maior urgência têm recebido atendimento no local. “Após classificação médica, pacientes com fichas verdes e azuis são encaminhados para outras unidades de saúde.” Tais classificações se referem a casos de menor urgência e acabam impactando unidades próximas como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jardim América, que precisa absorver a demanda.

A SMS destaca que se trata de uma “ampla reforma estrutural” do espaço de urgência e emergência do Ciams Novo Horizonte e a limitação no atendimento foi feita para garantir “a maior segurança dos pacientes e trabalhadores da saúde”. Dentre as alterações previstas, está a ampliação de leitos da sala vermelha e das enfermarias, além da construção de consultórios de ortopedia e ginecologia e de enfermaria pediátrica. Também será feita a troca do telhado e da rede elétrica e hidráulica.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/demanda-na-justica-por-uti-na-rede-publica-em-goiania-cresce-10-vezes-em-4-anos-1.3203814" target="_blank">Demanda na Justiça por UTI na rede pública em Goiânia cresce 10 vezes em 4 anos</a> 
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Pela manhã desta terça-feira (26), quando a reportagem fotográfica esteve no Novo Horizonte, não foi observada nenhuma movimentação de profissionais na obra. A pasta garante que a reforma está em andamento e que, nesta data, nove pessoas estariam trabalhando no serviço, que ainda está em fase de demolição. Não foi informada a previsão de entrega da intervenção.

<h2>Outros impasses</h2>

Desde a última semana, a crise na Saúde de Goiânia ganhou visibilidade devido a uma série de mortes de pacientes da rede municipal que aguardavam por uma vaga em UTI. Foram pelo menos cinco casos. A demora para conseguir uma vaga de terapia intensiva ocorre ao mesmo tempo em que a SMS acumula dívida milionária com os hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Há ainda pendências com a gestão das três maternidades da capital – Célia Câmara, Nascer Cidadão e Dona Iris. O POPULAR mostrou no dia 18 que os atendimentos eletivos nas maternidades, suspensos desde setembro, foram retomados. Conforme a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), que faz a gestão das três maternidades, a retomada gradativa depende do “comprometimento da SMS, responsável pelos repasses”. A entidade alega dívida de R$ 92 milhões.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), Néia Vieira pontua que tem recebido relatos da falta de medicamentos e insumos nas unidades da atenção básica. “Tem faltado tudo, inclusive profissionais da enfermagem. É um desespero dos gestores porque, segundo eles, a Prefeitura não tem respondido mais as solicitações e nada tem sido resolvido.”

A sindicalista destaca reformas iniciadas e que, até o momento, seguem sem conclusão, como é o caso do Ciams do Pedro Ludovico. O local começou a receber a intervenção em 2020 e, até agora, ainda não foi entregue. “Muitos pacientes são desviados para outras unidades de saúde, o que é muito ruim, dificulta o aceso (ao serviço). Se tem uma unidade próxima de casa, a pessoa consegue ir, seja depois do trabalho”, reflete.

“A situação é tão caótica, nunca passei por uma situação igual a essa a qual estamos passando. O mais difícil é que a Prefeitura não está pagando prestadores, débitos antigos atrasados, e os pacientes internados não sendo admitidos no cuidado terciário. É um problema que significa a vida das pessoas. Um descaso tão grande. A Prefeitura está brincando com a saúde tanto de quem entra como de quem está lá trabalhando”, lamenta Néia.

Em nota, a SMS diz que tem feito “compras emergenciais para repor medicamentos que faltaram, ou porque a empresa vencedora da licitação não cumpriu com os prazos ou porque desistiu de entregar o produto”. Sobre a falta de trabalhadores, alega que “está em fase de conclusão o credenciamento de profissionais de algumas áreas que estão com falta, como os técnicos de enfermagem.”

<h3>Espera por UTI já fez pelo menos 5 vítimas</h3>

Além das quatro mortes confirmadas na última semana, nesta terça-feira (26), João Batista Ferreira, de 54 anos, morreu logo após conseguir um leito no hospital de Nerópolis. Ele estava internado havia quatro dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu esperando por uma vaga. O quadro de saúde dele, que era de pneumonia grave, se agravou logo após ser transferido. Familiares relataram à TV Anhanguera que a vaga demorou para sair e, se tivesse sido disponibilizada antes, ele talvez teria tido chance de sobreviver.

O caso de João Batista se soma ao de outros quatro pacientes internados em unidades básicas de saúde de Goiânia. Os demais, entretanto, nem tiveram a chance de ir para um leito de UTI. Apenas no último sábado (23), dois homens foram a óbito enquanto aguardavam pela transferência para um hospital especializado: o técnico em informática Luiz Filipe Figueredo da Silva, de 30 anos, e o aposentado Severino Ramos Vasconcelos Santos, de 63 anos. Eles estavam internados havia seis dias e não resistiram ao agravamento dos quadros de saúde.&nbsp;

No prazo de três dias, outras duas mulheres morreram na mesma situação de espera. A vendedora autônoma Katiane de Araújo Silva, de 36 anos, estava internada no Cais Cândida de Morais desde o último dia 19 e faleceu na quinta-feira (21). Já a auxiliar de padaria Janaína de Jesus, de 29, foi levada à unidade no dia 17, com o quadro agravado, e precisava de um leito de UTI. Entretanto, o encaminhamento não foi feito a tempo e ela faleceu no mesmo dia em que Katiane foi internada.

<h3>Mais 20 leitos&nbsp;</h3>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-anuncia-20-leitos-de-uti-nos-proximos-10-dias-em-goiania-1.3203220" target="_blank">O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou que fará a liberação de mais 20 leitos de UTI nos próximos 10 dias</a>. A fala foi pronunciada após reunião com o titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Rasível dos Reis, e o da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, nesta segunda-feira (25). As novas vagas devem ser disponibilizadas no Hospital Ruy Azeredo. Mabel disse ainda que está tentando a abertura de mais 10 novos leitos com a Santa Casa de Goiânia.&nbsp;

Crise afeta unidades básicas de saúde em Goiânia

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