Nove meses depois de ter fugido da unidade militar onde desempenhava serviço de remissão, o sargento Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado pela morte em 2017 do estudante Roberto Campos da Silva, o Robertinho, de 16 anos, foi encontrado e preso nos Estados Unidos. A informação é do repórter Honório Jacometto, da TV Anhanguera. Paulo Antônio, condenado a 21 anos de prisão, fugiu em outubro de 2023.

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O estudante foi morto na noite do dia 17 de abril de 2017, quando Paulo Antônio, acompanhado dos policiais militares Cláudio Henrique da Silva e Rogério Rangel Araújo Silva, invadiram à paisana a residência em que o adolescente se encontrava com o pai, Roberto Lourenço, de 48 anos, no Residencial Vale do Araguaia. Robertinho foi atingido por 11 disparos e o pai, que sobreviveu aos ferimentos, por cinco.

Ainda não se têm informações sobre como Paulo Antônio conseguiu chegar aos Estados Unidos sem ser pego. Ele fugiu em 20 de outubro de 2023. Na época, ao POPULAR, a Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) informou que o policial cumpria pena em um presídio militar, “mas não retornou após o expediente administrativo ao final do trabalho que desempenhava, a título de remissão, em outra unidade militar Comando de Missões Especiais (CME)”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/caso-robertinho-pm-condenado-por-matar-estudante-e-balear-pai-dentro-de-casa-e-preso-nos-estados-unidos-1.3160055" target="_blank">Caso Robertinho: PM condenado por matar estudante e balear pai dentro de casa é preso nos Estados Unidos</a> 
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A corporação também relatou que estava tomando “as medidas necessárias para localizá-lo” e que tinha aberto procedimentos administrativos e criminais pelo Comando de Correições e Disciplina da PM. Reportagem do POPULAR publicada em novembro de 2023 mostrou que a corporação apresentou à Justiça Militar o termo de deserção após não localizá-lo por uma semana. Questionada sobre a captura do sargento, a PM não respondeu até o fechamento desta edição.

Conforme reportagem da TV Anhanguera, a prisão de Paulo Antônio foi feita no dia 17 de julho, em Atlanta, na Geórgia, por uma agência americana que prende imigrantes sem documentação. Ele estava na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O POPULAR entrou em contato com a Interpol e a U.S. Immigration and Customs Enforcement, mas não ainda não há informações sobre quando o sargento será extraditado para cumprir pena no Brasil.

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) ainda não foi comunicado oficialmente sobre a captura de Paulo Antônio. Em relação ao Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a 17ª Promotoria de Justiça de Goiânia, que é responsável pelo caso do homicídio, informou que, até o momento, não foi juntado aos autos do processo nenhum comunicado sobre essa prisão.

Ao POPULAR, o pai de Robertinho disse que ficou sabendo da informação pela TV Anhanguera e criticou o fato de Paulo Antônio ter conseguido fugir do País. “Ele não podia nem ter saído (do País), mas a Justiça, né?”, comentou Roberto. Perguntado sobre a captura do sargento, o pai de Robertinho destacou o fato de a ação não trazer o filho de volta à vida. “Para mim não muda muita coisa, porque o que eu queria não tem como acontecer”, frisou.

<h2>Caso Robertinho</h2>

Após uma série de adiamentos, Paulo Antônio e os outros dois policiais foram condenados pela morte de Robertinho e pela tentativa de homicídio contra seu pai. Cláudio e Rogério foram condenados a 10 anos e 8 meses e aguardam em liberdade pela decisão sobre os recursos peticionados. O sargento – que na época era soldado, assim como os outros dois – sofreu uma pena maior por ter sido o autor confesso dos disparos.

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Sargento Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado pela morte de Robertinho e que estava foragido nos EUA

Paulo Antônio foi condenado por homicídio consumado triplamente qualificado, homicídio tentado simples e fraude processual. Juntas, as penas somam 21 anos e 4 meses de reclusão, e 8 meses de detenção. Segundo o MPGO, Paulo Antônio ainda responde a outros processos da mesma natureza.

O trio trabalhava no serviço reservado à paisana quando resolveram entrar na casa de Roberto. Antes, desligaram o relógio da energia. Ao perceber a falta de energia e o fato de que os cachorros da residência começaram a latir bastante, Robertinho pegou uma escada e olhou por cima do muro, quando viu homens segurando armas de fogo. Pelo barulho dos animais, o pai de Robertinho acordou para ver o que estava acontecendo. Os policiais, ainda do lado de fora de casa, disseram que iam “invadir e pipocar todo mundo”.

De acordo com a denúncia do MPGO, o pai de Robertinho pegou um revólver, sem saber que os homens eram policiais, e pediu para sua família ir para dentro da casa, porém, o filho não quis sair de perto do pai. Acreditando que assustaria os homens, Roberto efetuou um disparo de arma de fogo para cima. Neste momento, os denunciados, ainda sem se identificarem como policiais, iniciaram os disparos contra os portões da casa.

O MPGO afirma que os policiais deram 11 disparos para dentro do portão e mesmo sabendo que poderiam matar quem estivesse atrás, assumiram o risco. Depois dos tiros, os denunciados arrombaram o portão e entraram na residência, encontrando as vítimas feridas e sentadas no chão da garagem. Enquanto perguntavam sobre a existência de drogas, Robertinho pediu para não atirarem no pai dele, dizendo que não era traficante. (Colaboraram Kariny Bianca e Larissa Feitosa)

PM que matou jovem dentro de casa é preso nos EUA

Cidades

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Matéria - Cidades

Caso Robertinho

O terceiro sargento Cláudio Henrique da Silva, de 39 anos, não responde a processo por deserção na Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) e nunca esteve foragido da Justiça. Por falha na identificação, O POPULAR publicou indevidamente em novembro de 2023 a fotografia de Cláudio como se ele estivesse foragido após a condenação pela morte do estudante Roberto Campos da Silva, o Robertinho, de 16 anos. Na verdade, a notícia se referia ao ex-sargento da PM Paulo Antônio de Souza Júnior, que acabou sendo expulso da corporação em setembro de 2024. Ambos foram condenados, junto com outro policial, pela morte do estudante Robertinho, em 2017. Cláudio Henrique tem cumprido todas as determinações judiciais envolvendo o processo.A Justiça considerou procedente ação de indenização por danos morais cumulada com pedido de retratação pública protocolada pelo advogado de Cláudio e condenou o Grupo Jaime Câmara (GJC) a pagar uma indenização de R$ 5 mil ao policial com correção monetária a partir da sentença e juros moratórios mensais a partir do evento danoso.Também determinou a exclusão de qualquer material que vincule a imagem do autor da ação à fuga, à condição de foragido e a algum processo de deserção da PM-GO.Na sentença em que determina a indenização e a retratação, a juíza leiga Ana Luiza Quaresma Gomes, da 1ª UPJ Juizados Especiais Cíveis: 1º, 2º, 3º, 4º e 5º da comarca de Goiânia, afirma que a publicação equivocada da imagem causou abalo da honra subjetiva e que isso, somado ao bom conceito que goza o indivíduo perante a sociedade local aonde convive, “proporciona o direito ao ressarcimento”. “Tais elementos são fontes de infelicidade, tristeza, ansiedade e angústia, sentimentos esses que, embora de índole psicológica, são abrangidos pela reparação civil.”Danos A juíza também destaca que foi correta a atitude do grupo empresarial em retirar de forma unilateral a imagem equivocada, mas não elimina os dados já causados, o que leva a uma retratação formal como medida “necessária e proporcional para restabelecer a verdade”. “A retratação não representa afronta à liberdade de imprensa, mas, ao contrário, reforça o compromisso com a verdade e a responsabilidade na veiculação de informações”, escreveu.AbordagemCláudio Henrique e Paulo Antônio foram condenados juntamente com o terceiro sargento Rogério Rangel Araújo Silva pela morte de Robertinho e por tentativa de homicídio contra o pai dele, o mecânico Roberto Lourenço, crime ocorrido em abril de 2017, quando os três policiais, que atuavam no serviço reservado da PM, foram até a casa do mecânico à paisana e desligaram o relógio de energia da residência. Assustado, o pai pegou uma arma e deu um tiro para cima. Em seguida, foram efetuados diversos disparos de fora para dentro da casa, sendo que mais de dez atingiram o menino. Na casa de Robertinho, estavam o pai, a madrasta e dois irmãos mais novos. A justificativa dada pelos policiais para a abordagem era a suspeita de posse ilegal de arma e tráfico de drogas no local.O julgamento do caso foi em junho de 2023. Paulo Antônio foi condenado a uma pena maior, por homicídio consumado triplamente qualificado, homicídio tentado simples e fraude processual. Já Cláudio e Rogério pegaram uma pena menor, por duplo homicídio tentado simples e fraude processual. FugaPaulo Antônio foi deportado dos Estados Unidos para o Brasil em novembro do ano passado. Ele foi para o exterior após ter fugido do presídio militar em Goiânia em outubro de 2023. Localizado em julho, se encontra detido desde então. Em setembro, foi expulso da corporação após processo aberto a partir do crime cometido em 2017 e da fuga para não cumprir a pena.

Policial militar não responde a processo por deserção

Erramos

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

<div attr-cid="policy:1.3203882" attr-version="policy:1.3203882:1732704745" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3203882" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3203882', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3203882">AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA (1.3203882)</a></div>

O policial militar Paulo Antônio de Souza Júnior, <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-pm-condenado-por-matar-robertinho-e-deportado-dos-eua-1.3203140" target="_blank">condenado pela morte do estudante Roberto Campos da Silva</a>, conhecido como Robertinho, disse durante audiência de custódia que enquanto esteve foragido nos Estados Unidos, trabalhava como caminhoneiro e tinha uma renda fixa de U$ 28 mil por mês, valor que convertido para real, moeda brasileira, é de cerca de R$ 162 mil. O vídeo da audiência de custódia foi obtido com exclusividade pelo produtor Ramon Lacerda, da TV Anhanguera (veja acima).&nbsp;

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<cite>Promotor: Antes de ser preso, o senhor estava residindo em qual endereço? 
Ex-PM: Nos Estados Unidos. Morava com a família em uma casa alugada. 
Promotor: Estava trabalhando antes de ser preso? 
Ex-PM: Estava. 
Promotor: Qual era a profissão do senhor? 
Ex-PM: Lá, caminhoneiro. 
Promotor: Quanto que o senhor recebia por mês, mais ou menos, de renda? 
Ex-PM: Por mês? 28 mil dólares”</cite>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/caso-robertinho-pm-condenado-por-matar-estudante-e-balear-pai-dentro-de-casa-e-preso-nos-estados-unidos-1.3160055" target="_blank">A prisão dele foi feita no dia 17 de julho</a>, por uma agência americana que prende imigrantes sem documentação. O ex-PM estava <a href="https://opopular.com.br/cidades/pm-condenado-por-matar-robertinho-e-balear-pai-do-adolescente-foge-de-unidade-militar-1.3076589" target="_blank">foragido desde outubro de 2023</a>, quando não retornou ao presídio após o expediente administrativo para remissão de pena.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-pm-condenado-por-matar-robertinho-e-deportado-dos-eua-1.3203140" target="_blank">Ex-PM condenado por matar Robertinho é deportado dos EUA</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sargento-e-expulso-da-pm-apos-10-meses-foragido-1.3176925" target="_blank">Sargento é expulso da PM após 10 meses foragido</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/policiais-militares-s-o-condenados-pela-morte-de-robertinho-1.3042679" target="_blank">Policiais militares são condenados pela morte de Robertinho</a></div>

A <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-pm-condenado-por-matar-robertinho-e-deportado-dos-eua-1.3203140" target="_blank">extradição dele dos EUA para o Brasil</a> aconteceu na última sexta-feira (22). Ainda na audiência de custódia, a juíza da 3º Vara Criminal e Tribunal de Júri questionou se o policial sofreu algum tipo de agressão ao ser preso, o que foi negado pelo ex-PM. Paulo Antônio está detido em um presídio militar, em Minas Gerais, mas deve ser transferido para Goiânia nesta quarta-feira (27).

A reportagem tentou contato com a defesa do ex-militar, Paulo Borges, para um posicionamento nesta quarta-feira (27), mas até a última atualização deste texto não obteve retorno. Anteriormente, por nota, o advogado informou que "está trabalhando no processo do julgamento para a redução de pena ou anulação de júri", (veja a nota na íntegra no final do texto.).

<h2>Condenação&nbsp;</h2>

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Policiais militares foram condenados pelo júri popular (Wildes Barbosa/O Popular)

Paulo Antônio de Souza Júnior foi condenado por homicídio consumado triplamente qualificado, homicídio tentado simples e fraude processual, com pena de 21 anos e 4 meses de prisão, <a href="https://opopular.com.br/cidades/policiais-militares-s-o-condenados-pela-morte-de-robertinho-1.3042679" target="_blank">durante o júri popular, em junho de 2023</a>. Juntamente com ele, foram sentenciados os militares Rogério Rangel Araújo Silva, condenado a 10 anos e 8 meses de prisão, e Cláudio Henrique da Silva, com a mesma sentença.&nbsp;

<h2>Relembre o caso:&nbsp;</h2>

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), em abril de 2017, os três policiais descaracterizados, invadiram a casa da família em que estavam pai, filho, a madrasta de Robertinho e outros dois filhos menores dela, de 14 e 8 anos de idade, sob a alegação de investigar a posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.

<img attr-cid="policy:1.3019603" attr-version="policy:1.3019603:1681724032" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3019603/Robertinho.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Estudante Roberto Campos da Silva foi morto dentro de casa, em Goiânia. (Arquivo pessoal/Roberto Lourenço da Silva)

No dia do ocorrido, os policiais alegaram que estavam em patrulhamento na região e teriam recebido a informação de que o pai de Robertinho era traficante e andava armado. Segundo a denúncia, os policiais, sem nenhum mandado judicial ou elementos que pudessem concluir a ocorrência do crime na residência, invadiram a casa da família por volta das 20h30. Para isso, eles desligaram a energia elétrica no padrão.

Ao perceber que somente a casa dele tinha energia e que os cachorros da residência começaram a latir bastante, Robertinho pegou uma escada e olhou por cima do muro, quando viu homens segurando armas de fogo. Pelo barulho dos animais, o <a href="https://opopular.com.br/cidades/pai-de-robertinho-fala-sobre-desejo-de-justica-apos-o-inicio-do-1-dia-de-juri-dor-sem-fim-1.3042196" target="_blank">pai de Robertinho</a> acordou para ver o que estava acontecendo. Os policiais, ainda do lado de fora de casa, disseram que iam “invadir e pipocar todo mundo”.

Ainda segundo a denúncia, o pai de Robertinho pegou um revólver, sem saber que os homens eram policiais, e pediu para sua família ir para dentro da casa, porém, o filho não quis sair de perto do pai. Acreditando que assustaria os homens, Roberto efetuou um disparo de arma de fogo para cima. Neste momento, os denunciados, ainda sem se identificarem como policiais, iniciaram os disparos contra os portões da casa.

O MP afirma que os policiais deram 11 disparos para dentro do portão e mesmo sabendo que poderiam matar quem estivesse atrás, assumiram o risco. Depois dos tiros, os denunciados arrombaram o portão e entraram na residência, encontrando as vítimas feridas e sentadas no chão da garagem. Enquanto perguntavam sobre a existência de drogas, Robertinho pediu para não atirarem no pai dele, dizendo que não era traficante.

Caso Robertinho: Ex-PM condenado por matar adolescente ganhava 28 mil dólares por mês

O ex-policial militar Paulo Antônio de Souza Júnior, de 42 anos, será deportado dos Estados Unidos para o Brasil no dia 18 de outubro. <a href="https://opopular.com.br/cidades/pm-que-matou-jovem-dentro-de-casa-e-preso-nos-eua-1.3160396" target="_blank">Ele estava foragido desde 21 de outubro do ano passado,</a> quando escapou do presídio militar de Goiânia usando uma viatura do Comando de Missões Especiais (CME), onde prestava serviço para remissão de pena, e foi detido em julho deste ano nos EUA. Condenado a 25 anos pela morte do estudante Roberto Campos da Silva, o Robertinho, de 16 anos, em 2017, Paulo Antônio, que era terceiro sargento da PM, também responde por uma tripla tentativa de homicídio.

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A Justiça estadual em Goiás ainda vai decidir para qual presídio o ex-policial será encaminhado, já que ele não pertence mais aos quadros da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Ele foi expulso no dia 18 de setembro após um procedimento administrativo disciplinar (PAD) que culminou com um despacho assinado pelo comandante da PM-GO, coronel Marcelo Granja. A defesa de Paulo Antônio entrou com um pedido na 1ª Vara da Execução Penal (1ª VEP) para que ele volte para o presídio militar de Goiânia. Ainda não houve resposta a esta petição.

Em nota, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) afirma que requisitou à 1ª VEP que consulte a PM-GO sobre a existência de vaga no local. “Após esta informação, a Justiça dará novamente vista dos autos para o MPGO se manifestar sobre esse local da prisão.” Já a PM-GO informou que Paulo Antônio está desvinculado da instituição, mas que, quanto ao cumprimento da pena, as decisões são de competência do Judiciário.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/suspeitos-de-sequestrar-m-e-de-empresario-enviaram-videos-da-vitima-sendo-torturada-para-exigir-resgate-diz-pm-1.3186191" target="_blank">Suspeitos de sequestrar mãe de empresário enviaram vídeos da vítima sendo torturada para exigir resgate, diz PM</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-tem-80-do-corpo-queimado-apos-briga-com-vizinha-diz-pc-1.3186111" target="_blank">Jovem tem 80% do corpo queimado após briga com vizinha, diz PC</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pms-salvam-crianca-engasgada-com-pedaco-de-carne-durante-velorio-em-goiania-video-1.3185744" target="_blank">PMs salvam criança engasgada com pedaço de carne durante velório em Goiânia; vídeo</a></div>

Na quarta-feira (9), o escritório de adidância da Polícia de Imigração e Alfândega do Departamento de Segurança Interna dos EUA encaminhou um e-mail para a Polícia Federal (PF) informando sobre a deportação de quatro brasileiros, entre eles o ex-policial, que será entregue às autoridades nacionais no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG). A PF encaminhou a mensagem para a Justiça estadual.

O ex-policial militar foi localizado em julho em Atlanta (EUA) por uma agência estadunidense que verifica a situação de imigrantes sem documentação. Por causa do impasse envolvendo seu retorno, a Justiça goiana adiou o julgamento de um processo no qual Paulo Antônio responde por uma tripla tentativa de homicídio. O júri estava previsto para 25 de setembro. Ele é acusado de tentar matar um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), sua mulher e a filha do casal, em agosto de 2018, na GO-020, em Goiânia.

<h2>Decisão</h2>

No dia 10, a Justiça determinou que os outros dois policiais militares condenados por envolvimento na morte de Robertinho se apresentem em até 10 dias para dar início ao cumprimento da pena deles em regime semiaberto. Ao contrário de Paulo Antônio, que após recursos das defesas, pegou cerca de 25 anos e 6 meses em regime fechado, Cláudio Henrique da Silva e Rogério Rangel Araújo Silva conseguiram reduzir a pena para 7 anos e 3 meses no semiaberto e 1 ano e 4 meses no aberto.

Robertinho foi morto na noite de 17 de abril de 2017, quando os três policiais invadiram à paisana a residência em que o adolescente estava com o pai, Roberto Lourenço, no Residencial Vale do Araguaia. O estudante foi atingido 11 vezes e o pai, 5. Roberto sobreviveu aos ferimentos. O julgamento dos policiais foi em maio de 2023 e Paulo foi preso em seguida.

O POPULAR entrou em contato com a defesa do ex-PM, mas não houve retorno.

Ex-PM acusado de matar adolescente será deportado no dia 18 para o Brasil

O terceiro sargento da PM Paulo Antônio de Souza Júnior, de 42 anos, foi expulso da corporação 10 meses após fugir do presídio militar onde estava detido pela morte do estudante Roberto Campos da Silva, o Robertinho, de 16 anos. O despacho, assinado pelo comandante da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), coronel Marcelo Granja, foi publicado na edição desta quarta-feira (18) do Diário Oficial do Estado (DOE). Paulo Antônio se encontra detido nos EUA desde julho e a Justiça espera sua extradição para que ele possa responder a mais um homicídio em júri popular.

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O despacho revela que o sargento havia escapado no dia 21 de outubro de 2023 do presídio usando uma viatura do Comando de Missões Especiais (CME), aproveitando-se do fato de ter sido escalado para trabalhar na limpeza desta especializada para remição de pena e tinha acesso à estrutura do batalhão. A fuga só foi notada quando se percebeu que ele não havia voltado do CME para o presídio, ambos em uma área militar no Setor Marista. Desde então, Paulo Antônio passou a responder na Justiça Militar por deserção.

No documento assinado por Granja, é dito que a exclusão se dá após o devido processo administrativo no qual o sargento respondia por ter “ferido os preceitos éticos e morais que regem o militarismo, afetando a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe”. Dá-se a entender que a exclusão dos quadros da PM-GO se deu por desrespeito à legislação que versa sobre o código de conduta dos policiais militares em Goiás.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/pm-que-matou-jovem-dentro-de-casa-e-preso-nos-eua-1.3160396" target="_blank">PM que matou jovem dentro de casa é preso nos EUA</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/caso-robertinho-pm-condenado-por-matar-estudante-e-balear-pai-dentro-de-casa-e-preso-nos-estados-unidos-1.3160055" target="_blank">Caso Robertinho: PM condenado por matar estudante e balear pai dentro de casa é preso nos Estados Unidos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/corregedoria-quer-transferir-pm-suspeito-de-matar-fabio-escobar-para-penitenciaria-federal-1.3101821" target="_blank">Corregedoria quer transferir PM suspeito de matar Fábio Escobar para penitenciária federal</a></div>

Paulo Antônio foi considerado culpado de crimes como não considerar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade, não proceder de maneira ilibada na vida pública e privada, não comportar-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar, entre outros. No despacho, é dito que ele foi considerado inocente da acusação de não ser discreto em suas atitudes, maneiras e em linguagem escrita e falada.

<h2>Crimes</h2>

Robertinho foi morto na noite de 17 de abril de 2017, quando Paulo Antônio e mais dois policiais militares, Cláudio Henrique da Silva e Rogério Rangel Araújo Silva, invadiram à paisana a residência em que o adolescente se encontrava com o pai, Roberto Lourenço, no Residencial Vale do Araguaia. O estudante foi atingido 11 vezes enquanto o pai, que sobreviveu aos ferimentos, cinco vezes. O julgamento dos três policiais se deu no final de maio de 2023, e Paulo foi preso com uma pena de 21 anos e quatro meses.

O sargento foi localizado em julho deste ano em Atlanta (EUA) por uma agência estadunidense que verifica a situação de imigrantes sem documentação. Não há uma previsão para sua extradição, que está sendo encaminhada por meio do escritório de adidância da Polícia de Imigração e Alfândega do Departamento de Segurança Interna dos EUA junto com a Polícia Federal brasileira.

A burocracia para trazer Paulo Antônio ao Brasil deve levar ao adiamento o júri marcado para 25 de setembro no qual Paulo Antônio responde por uma tripla tentativa de homicídio. Ele é acusado de tentar matar o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Leonardo Alves de Oliveira Rodrigues, sua mulher, Ana Paula, e a filha do casal Ana Luísa, de nove anos de idade, na tarde de 25 de agosto de 2018, na GO-020, em Goiânia.

Segundo a denúncia, as vítimas estavam aproveitando um dia de folga e transitando pela rodovia no sentido Senador Canedo - Goiânia, quando o sargento se irritou com a velocidade do carro em que estava a família durante uma ultrapassagem e passou a segui-los. Ao se aproximar do veículo, o policial efetuou uma série de disparos. Quando Leonardo começou a dar ré para escapar dos tiros, o réu desceu do carro e atirou mais vezes. As três vítimas escaparam ilesos.