A Polícia Civil de Goiás informou ter apreendido a arma e celular do cabo da Polícia Militar (PM) Vitor da Silva Lopes, de 37 anos, suspeito de ter atirado em seu amigo, Davi Augusto de Souza, de 40. A apreensão foi feita tão logo começaram as investigações. O caso aconteceu no dia 31 de agosto dentro da igreja Congregação Cristã no Brasil (CCB) Finsocial, em Goiânia, e teria sido motivado por uma discussão por política.De acordo com a delegada Amanda Menuci, que conduz as investigações, tanto a arma quanto o celular do PM foram apreendidos no final da última semana, quando o caso chegou ao 21º DP de Goiânia.Em nota, a Polícia Civil informou que 13 pessoas foram ouvidas até o momento, “entre autor, vítima, familiares, testemunhas oculares e cooperadores da igreja.” A instituição disse ainda que a autoridade policial aguarda relatório médico fornecido pela unidade de saúde que atendeu a vítima, “para, então, proceder demais diligências.”A reportagem tentou contato com o PM Vitor, mas as ligações não foram atendidas. Já Davi passou por cirurgia e não corre risco de vida.Em nota, a Polícia Militar havia informado que assim que tomou conhecimento do caso determinou a instauração de procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias do fato. “Informamos ainda que o policial militar se apresentou de forma espontânea na delegacia de Polícia ivil para os procedimentos cabíveis”, completou.Relembre o casoA polícia ainda investiga o que de fato aconteceu na igreja do Finsocial na semana passada. Contudo, a suspeita inicial é que uma briga por política entre Davi e Vitor, que são amigos, tenha motivado o disparo de arma de fogo que atingiu a perna da vítima.No Registro de Atendimento Integrado (RAI), consta que “os indivíduos tentaram entrar em luta corporal com o policial, que pra se desvencilhar de um deles efetuou um disparo que alvejou a perna” de Davi.Porém, o irmão de Davi, o Bacharel em Direito Daniel Augusto, de 45 anos, rebate essa versão. Segundo ele, Vitor teria começado a briga dando socos nele e no irmão e logo na sequência tentou atirar diversas vezes, tendo a arma falhado na maioria das tentativas.As agressões teriam sido uma reação ao possível enfraquecimento do líder da igreja depois de Daniel conceder entrevista, no dia 26 do último mês, a um jornal denunciando que o líder religioso estava indicando, durante os cultos, em quem os membros da igreja deveriam votar nas eleições deste ano.Segundo Daniel, o dirigente está à frente da igreja do Finsocial há 33 anos, e até o início deste ano não colocava temas políticos nas pregações. A situação mudou e Daniel passou a ter de lidar com comentários como “esse pessoal da bandeirinha vermelha é do demônio”.A reportagem também tenta contato com a Congregação Cristã do Brasil sobre a situação.Leia também:Bolsonarista é preso em MT por suspeita de matar apoiador de Lula em discussão políticaHomem agredido por PM durante abordagem morre após 2 meses internado em Goiânia-Imagem (1.2521824)