A Polícia Civil de Inhumas, cidade localizada a 47 km de Goiânia, vai analisar imagens das câmeras de segurança de um supermercado onde um jovem de 21 anos foi agredido com chutes e murros na última sexta-feira (18). Lucas Gabriel do Nascimento Batista, de 21 anos, trabalha como empacotador na empresa e afirma que quando subiu as escadas do local para registrar o ponto, foi surpreendido por dois agressores que ele desconhece. Ele passou por exames de corpo de delito e registrou o caso na delegacia da cidade. Ainda não há informações sobre os suspeitos e motivação. Um dos agressores disse que Lucas teria xingado a namorada dele de ‘puta’, mas a vítima afirma que a situação não aconteceu e que nunca viu os suspeitos. Segundo o empacotador, o local estava cheio, mas apenas uma funcionária teria reagido. Ela afirmou que chamaria a polícia e só aí os suspeitos cessaram as agressões. Lucas teve hematomas no rosto, mas não precisou de internação. “As pessoas ficaram olhando, mas ninguém me ajudou.”Mãe da vítima, Perpétuo do Socorro do Nascimento, de 54 anos, quer justiça. “Amanhã a delegacia afirmou que vai puxar as imagens das câmeras de segurança para entender o que aconteceu. Lucas trabalha no supermercado há 1 ano e 8 meses, nunca faltou sequer um dia trabalho. Minha indignação é que ninguém defendeu ele, o supermercado estava cheio. É muita indignação por uma coisa dessas. Meu filho está trancado, dentro do quarto, traumatizado, todo roxo, com os olhos cheios de hematomas”, acrescenta.A família afirma que o supermercado não prestou socorro ao colaborador, não acionou a polícia ou levou o jovem a uma unidade de saúde. Ele buscou atendimento por conta própria, com apoio de familiares. “Agora estão vindo aqui em casa, querem prestar apoio psicológico e médico. Por que não ajudaram meu filho na hora?”, questiona Perpétuo.A reportagem tentou entrar em contato com o supermercado por telefone, mas ninguém atendeu às ligações.