-Imagem (1.2449723)A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou uma quadrilha composta por, pelo menos, sete pessoas que aplicavam o golpe do “sequestro do Pix” contra homens gays na região do DF e em Goiás. As vítimas eram atraídas por meio de aplicativos de relacionamento e quando chegavam ao local do encontro, eram rendidas e roubadas.Conforme informações da PCDF, os membros do grupo marcavam encontros com as vítimas e as atraíam para casas em Santa Maria, no DF, e Novo Gama, no Entorno. Chegando lá, a pessoa era rendida pelo líder do grupo, de 26 anos, e sua namorada. Eles usavam uma faca e um simulacro de arma de fogo para ameaçá-la e imobilizá-la.As vítimas, geralmente homens gays, eram obrigadas a passar senhas de celulares e aplicativos de bancos, o que possibilitava aos criminosos fazer transferências para outras contas. “Os valores subtraídos variavam da capacidade financeira das vítimas, chegando em alguns casos a R$ 25 mil. O líder, durante seu interrogatório, afirmou que que escolhia as vítimas que, preferencialmente, postavam fotografias com celulares iPhone”, detalhou o delegado Leandro Ritt.Em um vídeo feito pelos próprios criminosos, uma das vítimas do golpe aparece imobilizada.Filha de dono de imobiliária cedia casas para o crimeAs investigações apuraram que a filha do dono de uma imobiliária do Entorno do DF se associou ao grupo criminoso e passou a fornecer as chaves da residência onde o golpe ocorria.De acordo com o delegado Leandro Ritt, ela participava do esquema mediante o recebimento de 10% das quantias roubadas.Além disso, Ritt destacou que um outro jovem também se associou aos criminosos em dezembro de 2021, sendo o sexto envolvido. Seu papel era auxiliar nas abordagens que aconteciam nas residências.De acordo com o delegado, “o mentor dos crimes e líder do grupo mantinha o registro dos dados das vítimas, as quais recebiam ordens de relatar o crime de maneira diversa do ocorrido, quando do registro de ocorrência, o qual somente era feito quando ocorria a subtração do veículo”.O líder do grupo confessou a prática de 40 crimes. A PCDF trabalha, agora, para identificar outras vítimas.Leia também:Suspeito de gastar R$ 20 mil em cartão de crédito do amigo é preso em Mineiros67 países têm leis que inviabilizam os direitos dos LGBT, diz pesquisa