A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) realiza, na manhã desta quinta-feira (28), a Operação SSP Brasil em combate à corrupção por meio de falsificação de documentos públicos. No total, sete mandados de prisão temporária e 14 de busca e apreensão estão sendo cumpridos no DF, entorno e Região Metropolitana de Goiânia. A quadrilha já teria causado um prejuízo superior a R$ 300 mil aos cofres públicos e os suspeitos estão sendo investigados por integrar organização criminosa, sonegação fiscal, falsificação de documento e uso de documento falso. Em caso de condenação, podem pegar até 30 anos de prisão.De acordo com as investigações, três núcleos compõem o grupo investigado. O primeiro seria executivo, formado por integrantes de uma mesma família que elaboram documentos públicos falsificados utilizando espelhos de documento de identidade de várias unidades da federação. O segundo, responsável pela contabilidade, contaria com a participação de contadores e técnicos em contabilidade responsáveis por abrir empresas de “fachada” com quadro societário composto por pessoas fictícias e inexistentes, criadas com base nos documentos fraudados pelo núcleo executivo.Por fim, um o núcleo operacional, responsável em emitir notas fiscais eletrônicas em nome das empresas de fachada. Com isso, obtinham créditos tributários e reduziam o recolhimento de tributos.Inquéritos e mandadosSegundo a Polícia Civil do DF, o grupo atua há mais de 10 anos e há 12 inquéritos em curso na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT). Os mandados estão sendo cumpridos em residência de contadores e de outros integrantes do grupo, nas empresas participantes do esquema e na casa de alguns empresários. Participaram da ação de hoje cerca de cem policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, além de equipes da Polícia Civil de Goiás. Durante a investigação, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária contou com auxílio da Subsecretaria da Receita da Secretária de Estado de Economia do Distrito Federal (SUREC/SEEC) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, através da Promotoria de Defesa da Ordem Tributária.