Atualizada às 13h desta sexta-feira (10)A funcionária de um hospital particular de Itumbiara, no Sul de Goiás, é alvo de investigação da Polícia Civil por suspeita de adquirir receitas e medicamentos na unidade hospitalar e vendê-los a pacientes. A recepcionista, conforme as investigações, praticava o esquema há pelo menos três meses e chegava a cobrar R$ 300 por receita.De acordo com o delegado Vinicius Penna, as investigações tiveram início após denúncia de uma movimentação suspeita em uma residência da cidade, onde havia constante fluxo de entrega de medicamentos.As investigações apontaram que a moradora da casa atuava em um esquema de obtenção e revenda de receitas médicas e remédios. “Ela vendia as receitas diretamente aos pacientes quando saía no nome deles, ou quando ela pedia a receita em nome de terceiros, adquiria o medicamento e fazia a venda para o paciente”, detalha Penna.O delegado conta que a prática acontecia há pelo menos 90 dias. A mulher cobrava em média R$ 300 por receita e conseguia de duas a três por semana, com os médicos do hospital. “Ela pedia e os médicos davam as receitas. Dizia ‘doutor, faz uma receita de tal remédio para minha mãe, minha tia’ e eles faziam”, narra ele.A direção do hospital já foi ouvida pela polícia e adiantou que vai desligar a funcionária. Agora, as investigações seguem para apurar se os médicos obtinham, ou não, alguma vantagem no esquema e se houve ilegalidade na atuação deles.Em contato com a reportagem, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) afirmou que não vai se posicionar sobre o assunto. Leia também:Preso suspeito de abusar de criança que relatou crime por meio de desenho, em ItumbiaraDecisão mantém bloqueio de bens de ex-prefeito de Itumbiara suspeito de integrar “máfia do lixo”