WEBSTORIES INQUÉRITO PM

Inquérito da corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) aponta que foram efetuados 611 tiros pelos agentes envolvidos na operação que resultou na morte do homem de 37 anos que teria matado, na mesma abordagem, um cabo da PM e deixado gravemente ferido um sargento. O fato ocorreu na fazenda deste homem, o agricultor Fábio Bernardo dos Santos, de 37 anos, na zona rural de Niquelândia, em 12 de fevereiro. Apesar do volume de disparos, Fábio foi morto por um único tiro, dado à distância por um atirador de elite da PM-GO.

O documento foi enviado para a Justiça em 6 de agosto e é a primeira versão oficial tornada pública sobre a operação. Geralmente, os procedimentos feitos pela corregedoria da PM-GO em casos de mortes durante abordagens são remetidos para a Justiça comum e não evoluem processualmente. Não é comum serem anexados ao trabalho feito pela Polícia Civil. Tramita na delegacia de Niquelândia outro inquérito, que ainda não foi concluído, porém O POPULAR não conseguiu localizar o delegado responsável para comentar o andamento das investigações.&nbsp;

Os policiais militares contam que chegaram na propriedade rural por volta de meia-noite e que a intenção inicial era fazer um reconhecimento da área e ficar posicionado até dar o horário permitido pela legislação para cumprir um mandado de prisão contra Fábio. Conhecido como Jaqueta de Couro e Fábio Cigano, o agricultor era suspeito, ainda na versão dos policiais, de esconder armas e explosivos usados em roubos e de ser o mentor e executor de crimes violentos contra o patrimônio em todo o país.&nbsp;

A abordagem começou com três equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM-GO, uma de inteligência e duas operacionais, somando 10 policiais. Ao entrarem na propriedade, porém, teriam sido surpreendidos por Fábio, que teria começado a atirar com um fuzil na direção deles. O cabo Paulo Vitor Coelho Campos e o terceiro sargento José Carlos Rodrigues Mendes foram para um lado e o restante, para outro. Na troca de tiros que teria se sucedido, Paulo Vitor foi atingido três vezes por Fábio, sendo uma na cabeça, e José Carlos levou um tiro de raspão.&nbsp;

O número de disparos que teriam sido efetuados por Fábio não foram contabilizados ou estimados pela corregedoria. Constam apenas os depoimentos dos policiais envolvidos, dizendo se tratar de centenas de tiros. Todos de fuzil. Equipes do Bope de Goiânia se deslocaram até o local, pelo menos mais nove policiais, e a chegada deles se deu cerca de quatro horas depois. Neste momento, os policiais feridos se encontravam isolados em um cômodo para onde foram levados por colegas para evitar novos tiros e receberem os primeiros socorros.

Para tirar os policiais, as equipes que chegaram usaram explosivos para destruir uma parede do cômodo e conseguir uma rota de fuga longe da linha de tiros. Também foram usadas granadas de luz e som para distrair Fábio. Com o cabo e o sargento a caminho do hospital, um policial que fazia o papel de negociador teria conseguido convencer Fábio a sair do imóvel onde ele estava escondido junto com a esposa e uma criança de 5 anos de idade que seria filha do casal. O agricultor teria saído, mas armado com uma pistola e fazendo as duas familiares como reféns.

Ainda segundo a versão dos policiais, quando Fábio deixou a casa, havia já posicionado três atiradores de precisão, sendo que um deles efetuou o tiro de comprometimento que neutralizou imediatamente o suspeito. De acordo com o comandante da operação na ocasião, o disparo foi dado após avaliação do cenário, considerando a injusta agressão e iminente ameaça à vida das reféns. A mulher foi feriada de raspão no braço e teve declarações dadas à polícia publicadas pela imprensa, confirmando o dito pela PM sobre a ação. A criança não se feriu.

No inquérito da corregedoria, consta que os policiais feridos e os que os socorreram chegaram a ficar em um mesmo cômodo com a adolescente de 13 anos que seria filha do casal, em um “cenário onde o agressor (Fábio) disparava incessantemente, impedindo assim a saída dos policiais e também da menor”. Não há muitos detalhes sobre como foi a retirada dos policiais e da adolescente. Sobre esta, a informação é que foi retirada sem ferimentos da propriedade junto com o cabo e o sargento feridos. Ela não foi ouvida pela corregedoria.

A corregedoria concluiu a investigação afirmando que a quantidade de disparos realizados pelos policiais foi “estritamente inevitável para garantir o resgate das vítimas, tanto dos reféns quanto dos policiais militares feridos em combate, e a integridade física e a vida dos próprios operadores do Bope”. Além disso, o tiro que matou Fábio teria sido necessário porque ele “demonstrou provas concretas de que estava disposto ao cometimento de danos irreversíveis como a prática de homicídio contra os agentes de segurança pública e as reféns”.

<div attr-cid="policy:1.3301247" attr-version="policy:1.3301247:1755519643" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3301247" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3301247', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3301247">WEBSTORIES INQUÉRITO PM (1.3301247)</a></div>

Material apreendido 
As equipes que estiveram na abordagem afirmam terem encontrado diversos armamentos, alguns de grosso calibre, e artefatos escondidos na fazenda. Foram listados um fuzil Colt M16, um fuzil Taurus T4 calibre 5.56, uma espingarda Atakker FX-3 Eternal calibre 12ga, uma espingarda Boito Pump calibre 12ga, uma espingarda calibre 20ga, uma carabina CBC calibre 32ga, dois rifles CBC calibre 22, um revólver Taurus calibre 38 e uma pistola Sarsilmaz calibre 9mm, centenas de munições de calibres diversos intactas e deflagradas, 70 unidades de emulsões explosivas e 97 espoletas.

Dois funcionários da fazenda foram ouvidos pela corregedoria e disseram que Fábio era o gerente da propriedade e que o conheciam há quatro anos, mas não sabiam que ele era foragido da Justiça. Também afirmaram nunca terem presenciado ele atirando no local ou mesmo armado, apenas com um volume por baixo da camisa. Os dois depoentes estavam na fazenda, mas não testemunharam a ação policial. A esposa de Fábio não prestou depoimento porque, segundo a corregedoria, após a morte do marido não foi localizada para poder ser convocada para a oitiva.&nbsp;

Fábio estava em Goiás há cerca de quatro anos e era foragido da Bahia. Em pesquisa ao sistema eletrônico da Justiça baiana, foram encontrados dois processos criminais, um por roubo a mão armada contra uma pessoa em um posto de combustível e outro que ele chegou a ser acusado de envolvimento na execução de duas pessoas a mando de líderes de uma quadrilha, porém não foi a júri por falta de provas. Entretanto, segundo a corregedoria da PM-GO, ele respondeu seis vezes por homicídio, uma por roubo armado, uma por formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

Paulo Vitor era instrutor de tiros da PM, já tinha experiência neste tipo de operação, e era considerado um agente “altamente qualificado”. Em entrevista à imprensa na época, o chefe do Estado-Maior Estratégico da PM de Goiás, coronel Durvalino Câmara, afirmou que a reação de Fábio pegou de surpresa as equipes do Bope, uma vez que estava na residência com a mulher e a filha e se esperava que não agisse de forma violenta, e que o suspeito colocou o fuzil pela janela e efetuou mais de 60 disparos contra os policiais.

&nbsp;

Policiais atiraram 611 vezes em ação na qual PM morreu em Goiás

Cidades

Cidades - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Cidades

Violência

WEBSTORIES. Chacina em Cavalcante: policiais acusados de matar quatro pessoas são julgados

Dois dos sete policiais militares <a href="https://opopular.com.br/cidades/pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-defendem-cameras-em-fardas-1.2525950#google_vignette" target="_self">acusados pelas mortes de quatro pessoas</a> em uma propriedade rural de Cavalcante, no nordeste de Goiás, foram condenados por homicídio qualificado nesta quinta-feira (21). Os outros cinco réus foram absolvidos pelo júri popular.&nbsp;O crime ocorreu em janeiro de 2022 e envolveu 58 disparos de arma de fogo, segundo consta na denúncia. A sentença cabe recurso.&nbsp;

O julgamento teve início na terça-feira (19) em Goiânia, e se estendeu por quase três dias, sendo concluído na madrugada desta quinta-feira (21). A sessão foi presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa, com atuação da promotora de Justiça Renata de Oliveira Marinho e Sousa.

De acordo com a sentença, o sargento Aguimar Prado de Morais recebeu a pena mais severa. O juiz entendeu que ele liderou uma operação ilegal e desorganizada, agindo em desacordo com os deveres de sua função. Também foi destacado que Aguimar possuía antecedentes criminais e que os demais policiais agiram sob seu comando.

<ul>
	<li>Assista os bastidores do julgamento e a entrevista do juiz na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/sete-policiais-acusados-de-chacina-em-cavalcante-tem-julgamento-encerrado-nesta-quinta-13859595.ghtml" target="_blank">Sete policiais acusados de chacina em Cavalcante têm julgamento encerrado nesta quinta</a></li>
</ul>

Já o soldado Luís César Mascarenhas Rodrigues teve sua culpabilidade considerada de grau médio, pois seguiu ordens superiores, mas ainda assim participou da operação sem planejamento. Ele também possui antecedentes, o que influenciou na definição da pena.

Ao POPULAR,&nbsp;o advogado Fernando Cavalcante de Melo, que representa a defesa de Luís César e Ítallo Vinícius, informou que vai recorrer da condenação de Luís. Segundo ele, houve um equívoco na votação do júri. Em relação a Ítallo, o advogado considerou justa a absolvição e comemorou o resultado. A reportagem também procurou as defesas dos demais envolvidos, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/chacina-em-cavalcante-policiais-acusados-de-matar-quatro-pessoas-s-o-julgados-em-goiania-1.3302086" target="_self">Chacina em Cavalcante: policiais acusados de matar quatro pessoas são julgados em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-defendem-cameras-em-fardas-1.2525950#google_vignette" target="_self">PMs acusados de chacina em Cavalcante defendem câmeras em fardas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/moradores-contestam-vers-o-da-pm-sobre-mortes-de-quatro-homens-na-chapada-dos-veadeiros-1.2390410" target="_self">Moradores contestam versão da PM sobre mortes de quatro homens na Chapada dos Veadeiros</a></div>

<h2>Condenados:</h2>

<ul>
	<li>Sargento Aguimar Prado de Morais: condenado por homicídio qualificado – 13 anos e 9 meses de prisão, em regime fechado;</li>
	<li>Soldado Luís César Mascarenhas Rodrigues: condenado por homicídio simples – 6 anos de prisão, em regime semiaberto.</li>
</ul>

<h2>&nbsp;Absolvidos:</h2>

<ul>
	<li>Cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos</li>
	<li>Sargento Mivaldo José Toledo</li>
	<li>Soldado Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida</li>
	<li>Soldado Welborney Kristiano Lopes dos Santos</li>
	<li>Soldado Eustáquio Henrique do Nascimento</li>
</ul>

Os sete policiais estavam em liberdade, exercendo funções administrativas em Goiânia por determinação judicial. Três deles tentaram retornar à região de origem, mas sem sucesso. O grupo integrava o batalhão da Polícia Militar em Niquelândia. Com a sentença, ainda não há informações sobre a situação dos condenados a partir de agora.

<h2>Julgamento transferido</h2>

Após um impasse que se arrastava desde novembro de 2022, o julgamento dos sete policiais militares acusados da chacina em Cavalcante foi transferido para Goiânia por questões de segurança. A mudança de comarca foi solicitada pela assistência da acusação, que alegava risco de parcialidade dos jurados devido à forte comoção provocada pelo caso na cidade.

Nos bastidores, também se falava em possíveis ameaças à segurança de integrantes do Judiciário e do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Os pedidos de transferência apresentados ao Tribunal de Justiça foram assinados por mais de um promotor.

A 1ª Câmara Criminal do TJ-GO decidiu, por unanimidade, pelo deslocamento do processo. No despacho, os magistrados ressaltaram que Cavalcante, com menos de 10 mil habitantes, não possui estrutura para garantir a segurança do julgamento. Também destacaram a repercussão da chacina, não apenas no município, mas em comunidades vizinhas.

<div attr-cid="policy:1.3302164" attr-version="policy:1.3302164:1755698006" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3302164" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3302164', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3302164">WEBSTORIES. Chacina em Cavalcante: policiais acusados de matar quatro pessoas são julgados (1.3302164)</a></div>

<h2>Relembre o caso</h2>

Os sete policiais militares são acusados de simular um flagrante de tráfico de drogas para invadir duas chácaras e matar quatro pessoas com quase 60 tiros, em janeiro de 2022. Segundo a denúncia, a ação teria começado após uma suposta denúncia anônima sobre o cultivo de maconha no local.

Os PMs alegaram legítima defesa, afirmando que as vítimas atiraram primeiro. No entanto, não foram encontradas armas com os mortos, nem indícios de outros disparos além dos efetuados pela Polícia Militar. O inquérito concluiu que a versão dos policiais era insustentável.

O caso só passou a ser investigado após forte pressão popular e ampla repercussão na imprensa regional. A Polícia Civil não conseguiu esclarecer o motivo do crime. Testemunhas afirmaram ter presenciado parte das execuções.

Apurações indicam que os PMs permaneceram no local por cerca de uma hora após os assassinatos, tempo usado para destruir provas. Eles atearam fogo à vegetação e recolheram quase todas as cápsulas deflagradas. Os corpos foram levados ao Hospital Municipal de Colinas do Sul já sem vida.

No local, foram encontrados apenas quatro pés de maconha, bem abaixo da quantidade que os policiais alegaram ter apreendido.

Chacina em Cavalcante: Dois dos sete policiais acusados por quatro mortes são condenados

SENTENÇA

Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (UB) e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha&nbsp; (MDB), enviaram um ofício para reforçar a <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-e-df-firmam-acordo-por-consorcio-no-transporte-coletivo-1.3233452" target="_self">criação do consórcio do transporte</a> e pedir a prorrogação por mais 90 dias da suspensão do reajuste das tarifas de ônibus do Entorno do Distrito Federal. O documento assinado em conjunto foi encaminhado, na quarta-feira (20), ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).&nbsp;

Caso o pedido não seja aceito pelos órgãos, a tarifa deve aumentar em 2,91% e a cobrança extra passa a valer neste sábado (23). Na justificativa, os dois governadores alertam sobre os prejuízos para a população e, consequentemente, à economia da região. Ao POPULAR, a assessoria de imprensa do governo de Goiás destacou que em fevereiro houve o anunciou do reajuste, mas por intervenção de Goiás e do DF o governo federal manteve o preço das passagens sem aumento por&nbsp; seis meses.&nbsp; &nbsp;

Segundo Caiado e Rocha, o novo prazo é importante para não prejudicar milhares de trabalhadores que dependem do transporte entre Goiás e Brasília. O governador goiano argumenta que a economia da região depende do deslocamento diário de quem vive nos municípios circunvizinhos à capital federal e trabalha no Distrito Federal.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/planalto-segura-verba-pedida-por-ministerio-dos-transportes-para-religar-radares-nas-estradas-federais-1.3301730#google_vignette" target="_self">Planalto segura verba pedida por Ministério dos Transportes para religar radares nas estradas federais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/inteligencia-artificial-promete-facilitar-viagens-de-onibus-1.3296957" target="_self">Inteligência artificial promete facilitar viagens de ônibus</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/abrigos-de-onibus-de-goiania-s-o-retirados-para-reforma-1.3299395" target="_self">Abrigos de ônibus de Goiânia são retirados para reforma</a></div>

O pedido também destaca que Goiás e o Governo do DF já protocolaram no Ministério dos Transportes a <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-e-df-firmam-acordo-por-consorcio-no-transporte-coletivo-1.3233452" target="_self">minuta de criação do Consórcio Interfederativo</a> da Região Metropolitana do Entorno (Cirme). A implantação do órgão permitirá uma gestão conjunta do serviço por União, DF e Goiás.&nbsp;

Caiado frisou que Goiás defende a proposta desse consórcio conjunto desde 2019. O governador pontua que atualmente a gestão é feita exclusivamente pela União (governo federal). No entanto, conforme ele, o Estado e o Distrito Federal "estão sensíveis ao problema enfrentado pela população do Entorno e dispostos a participar de uma solução compartilhada".

O POPULAR entrou em contato com o Ministério dos Transportes e com a ANTT para obter posicionamentos, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

&nbsp;

Caiado e Ibaneis pedem prazo maior para aumento na passagem do transporte no Entorno do Distrito Federal

Política

Política - título

Matéria - Política

Ônibus 

A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico, anunciou nesta quarta-feira (20), em Goiânia, que pretende investir mais de R$ 400 milhões na ampliação e modernização da infraestrutura de transmissão de Goiás entre 2025 e 2027. Os investimentos neste ano serão voltados para instalação de teleproteção, alteamento de linhas, substituição de equipamentos e ampliação de capacidade em subestações estratégicas, principalmente as localizadas na região metropolitana (Goiânia Leste, Xavantes, Anhanguera e Pirineus) e no norte do estado (Itapaci). A EDP atua em transmissão em Goiás desde 2022, quando assumiu a gestão da Celg T, adquirida em leilão por R$ 2,1 bilhões. O portfólio inclui 756 quilômetros de linhas de transmissão e 14 subestações. A empresa informa que, desde então, já investiu mais de R$ 480 milhões no estado até 2025, em um plano contínuo de modernização e expansão da infraestrutura.Nos próximos anos, o foco dos investimentos será na digitalização das subestações e em novos pontos de conexão. De acordo com a empresa, as obras trarão maior confiabilidade e segurança operacional, reduzindo falhas e interrupções, além de ampliar a eficiência do sistema, com maior capacidade de carga, flexibilidade e menores perdas elétricas. Entre os destaques, está a instalação de cabos de fibra ótica em nove linhas de transmissão da própria companhia em Goiás, o equivalente a 473 quilômetros de cobertura. “Esses incrementos reforçam a confiabilidade da rede elétrica, além de ampliar a infraestrutura de fibra ótica no estado, essencial para a nova economia”, explica Daniel Sarmento, vice-presidente de Transmissão da EDP na América do Sul. Segundo ele, a empresa está investindo para que Goiás tenha uma rede de transmissão mais segura, digital e mais preparada para o futuro. “As obras em execução reduzem falhas, aumentam a eficiência e ampliam a integração do sistema, enquanto contribuem, também, com a conectividade do estado”, completa. Com isso, Sarmento afirma que a empresa está criando as bases para impulsionar desde a transição energética até o fomento de novos polos de tecnologia que dependem de energia estável e comunicação de alta capacidade.Geração distribuídaA energia solar é um dos pilares da estratégia da EDP em Goiás. Entre 2023 e 2024, a empresa investiu cerca de R$ 230 milhões na construção de 11 usinas de geração distribuída no estado, localizadas em Padre Bernardo, Iaciara, Anápolis, Leopoldo de Bulhões, Orizona, Catalão, Paranaiguara, Jataí, Matrinchã e São Miguel do Araguaia. Elas operam nas modalidades compartilhada e dedicada, com capacidade instalada total de 46 MWp. Apenas duas usinas, de Paranaiguara e Catalão, ainda estão aguardando energização, prevista para dezembro. As usinas solares da companhia no estado, como a de Iaciara, atendem a empresas com geração de energia para as instalações e agências do Banco do Brasil. Elas também abastecem consumidores residenciais e pequenas e médias empresas, por meio do serviço Solar Digital. Pelo serviço, o consumidor pode ter acesso à energia renovável sem a necessidade de instalar placas solares e de alterar a rede elétrica. “Podem aderir consumidores residenciais e empresas de todo o estado, que tenham uma fatura mensal de energia elétrica a partir de R$ 250, que contam com desconto de cerca de 20% na conta”, explica Verena Greco gestora comercial da EDP. O processo funciona a partir da geração de energia pelas usinas solares administradas pela EDP no estado e injetada na rede elétrica da distribuidora local. A fatura continua chegando até o consumidor da forma como é recebida normalmente, mas o cliente também passa a receber um extrato da energia gerada pela usina solar e os seus créditos proporcionais que serão compensados nos meses subsequentes. Por exemplo, um consumidor que possui uma fatura mensal de R$ 250 pode ter uma economia mensal de cerca de R$ 50 e anual de aproximadamente R$ 600, apenas fazendo a adesão, sem arcar com nenhum custo.Verena Greco explica que o Solar Digital foi criado para democratizar o acesso à energia renovável, principalmente a solar. “É de fácil adesão, além de ser sem taxas, custo de adesão ou de instalação e que traz economia para as contas de energia pagas à distribuidora local”, destaca.Segundo ela, apesar de ser focado em pequenas e médias empresas, como padarias, açougues, salões de beleza, oficinas mecânicas e farmácias, por exemplo, também atende pessoas físicas em Goiás.Portanto, todos podem aderir e usufruir do desconto de 20% na fatura. “A EDP tem a missão de ser líder na transição energética e investe muito nestes recursos renováveis. Temos operação otimizada e fazemos com que esta geração seja mais barata que a tradicional”, ressalta. Quem aderir, passa a receber a fatura da distribuidora com uma linha onde estará escrito “injeção de energia”, que é abatida do consumo do cliente. “Quando ele adquire esta energia da EDP, estará pagando mais barato por ela”, explica a gestora comercial.Por isso, a empresa realiza uma campanha para incentivar as adesões. Atualmente, já conta com 3.840 clientes de geração distribuída no estado. “Temos 8 mil MGW/h de energia gerada em Goiás e queremos chegar a mais de 10 mil clientes atendidos com este desconto”, conta. Objetivo é comunicar ao consumidor que existe esta possibilidade de consumir energia solar, que é mais barata, e sem fazer investimentos. A EDP atua também no mercado livre de energia, atendendo a grandes e pequenos consumidores, que estão na média e alta tensão, por meio de contratação varejista ou atacadista. A empresa foi pioneira ao criar uma comercializadora varejista no Brasil, em 2018, está atenta à abertura gradual do mercado livre de energia no País.

EDP anuncia R$ 400 milhões para investimentos em transmissão em Goiás

Economia

Economia - título

Matéria - Economia

Energia elétrica

<img attr-cid="policy:1.3170629" attr-version="policy:1.3170629:1725412399" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3170629/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Homem se hidrata perto do Estádio Serra Dourada, no Jardim Goiás: baixa umidade do ar pede muita água e proteção contra raios solares (Wesley Costa / O Popular)

A cidade de São Miguel do Araguaia, no norte goiano, registrou 38°C na terça-feira (19), de acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimhego). Conforme o instituto, o calor intenso no estado baixou o nível da umidade relativa do ar, considerado de alerta após apontar 18%.&nbsp;&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

As temperaturas devem continuar nessa média até o final de setembro, segundo o gerente do Cimhego, André Amorim. As regiões norte e oeste são as mais atingidas pelo calor. Outras cidades mais quentes apontadas pela meteorologia são: Porangatu, Araguapaz e Aruanã, com 37°C cada um.&nbsp;&nbsp;

Nesta quarta-feira (20), o céu deve permanecer claro com predomínio de sol, intensificado pela ação de uma massa de ar quente e seco que está localizada em cima do Brasil central, conforme a previsão. Em Goiânia, haverá predomínio de sol, temperatura máxima podendo chegar aos 33°C e umidade relativa do ar variando entre 18% a 65%.&nbsp;

Segundo Amorim, essa condição favorecerá, especialmente à tarde, um aumento significativo das temperaturas máximas em todo estado. Contudo, a umidade relativa do ar apresentará uma queda drástica no período da tarde, promovendo um ambiente de ar extremamente seco, o que pode representar riscos à saúde, conforme o especialista.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3302317" attr-version="policy:1.3302317:1755719177" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3302317/WhatsApp Image 2025-08-20 at 15.38.27.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Registro das temperaturas no país entre 19 e 21 de agosto (Divulgação / Cimehgo)

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/alerta-de-vendaval-e-emitido-para-goias-veja-lista-de-cidades-que-podem-ser-afetadas-1.3301842" target="_blank">Alerta de vendaval é emitido para Goiás; veja lista de cidades que podem ser afetadas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/temperatura-pode-chegar-ate-38-c-e-deixar-umidade-em-nivel-critico-em-goias-diz-cimehgo-1.3301791" target="_blank">Temperatura pode chegar até 38°C e deixar umidade em nível crítico em Goiás, diz Cimehgo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/espanha-estima-mais-de-1-100-mortos-devido-a-onda-de-calor-1.3301733" target="_blank">Espanha estima mais de 1.100 mortos devido a onda de calor</a></div>

As regiões com as temperaturas mais elevadas são também as que estão com maior período sem chuva, sendo a Norte e Oeste com 107 dias e a Leste, com 105.&nbsp;

Para quinta-feira (21) as temperaturas e nível da umidade relativa do ar tendem a continuar as mesmas no estado.

<cite>Os prognósticos não indicam ficar com temperaturas mais elevadas e sim uma estabilização. Vamos trabalhar com a data até o final do mês, mas tudo indica que vamos entrar setembro com o calor”, acrescentou Amorim.&nbsp;</cite>

O boletim do Cimehgo reforça que a escassez de chuvas prolongadas exige uso racional da água, especialmente para garantir abastecimento humano e irrigação agrícola. No campo, a combinação de estiagem, calor extremo e baixa umidade aumenta os riscos de perdas em lavouras e pressiona o manejo sustentável dos recursos naturais.

Ao POPULAR, a coordenadora do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Elizabeth Ferreira, explicou que ainda é cedo para se falar em onda de calor, já que temperatura tem subido em média 3ºC.&nbsp;

<cite>Essas condições de temperatura elevada persistem, mas ainda não há uma condição favorável para onda de calor, ou seja, 5 graus acima da média por no mínimo 3 dias consecutivos", afirmou.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3302317" attr-version="policy:1.3302317:1755719177" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3302317/WhatsApp Image 2025-08-20 at 15.38.27.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Registro das temperaturas no país entre 19 e 21 de agosto (Divulgação / Cimehgo)

<h2>Nível de alerta</h2>

O Cimhego também emitiu que a umidade relativa do ar do estado está abaixo de 20%, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é 60%.&nbsp;

De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a condição, além de elevar as temperaturas, potencializa riscos ambientais e à saúde: incêndios florestais e urbanos estão em nível crítico em todo o território goiano, e os efeitos da baixa umidade aumentam as chances de desidratação, alergias, irritações oculares e crises respiratórias.

Calor em Goiás: São Miguel do Araguaia registra 38°C, e estado está em nível de alerta pelo tempo seco

CLIMA

O Popular