Perícia feita nos celulares dos seis policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) acusados de matar dois homens em uma emboscada próxima ao batalhão da unidade, em Goiânia, mostra que eles estavam cientes de que seriam presos e que teriam os aparelhos apreendidos, por isso os descartaram antes e adquiriram novos. Em troca de mensagens com outros policiais e pessoas próximas, os suspeitos são alertados sobre a dimensão que o caso ganhou dentro da corporação e traçam estratégias. O autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42, foram mortos pelos policiais em uma rua perto do Setor Jaó e a 1,5 km do batalhão do COD, na tarde de 1º de abril. Um vídeo feito a partir do celular de Junio no momento da abordagem, mostra o homem chegando no carro em que Marines estava ao volante e pedindo para o amigo abrir porque estava junto com os policiais. Em seguida, nota-se alguns disparos e parte dos seis acusados agindo.