-Imagem (1.1122401)Matéria atualizada em 12h39.Com o mote “A Segurança Pública está de luto contra o pior salário do Brasil” e vestidos de preto, policiais civis de Goiás estão protestando na manhã desta terça-feira (26), contra o salário de R$ 1,5 mil, fora os descontos legais, chegando a pouco mais de R$ 1,2 mil."Queremos chamar a atenção da sociedade para a gravidade da situação", diz o presidente do Sinpol, Paulo Sérgio Alves de Araújo. Ele lembra que para pagar esse salário, o governo do Estado precisou mandar projeto de lei à Assembleia Legislativa, criando o cargo de agente e escrivão de polícia substituto. "As leis estão em vigor, o governo está firme nesse propósito", lembra Paulo Sérgio.Os manifestantes iniciaram a concentrarão às 9 horas, na Praça Cívica, em frente ao coreto e depois seguiu para o Monumento ao Bandeirante, no cruzamento das avenidas Goiás e Anhangüera.No dia 21, o governo do Estado anunciou a decisão de adiar o lançamento do edital do concurso, que estava marcado para o dia 22. Não há previsão de data para o lançamento do certame. Mesmo com o adiamento, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO) manteve a data do protesto."A iniciativa da manifestação visa demonstrar a indignação dos policiais civis do Estado de Goiás, bem como da população goiana, contra as ações do Governo Estadual de Goiás, no sentido de realizar concurso público que busca pagar ao policial civil o subsídio de R$ 1500,00, uma afronta e uma desmoralização dos profissionais das forças de Segurança Pública”, afirma o presidente da Cobrapol. A entidade publicou em seu site um chamamento para os policiais participarem da manifestação em Goiânia.O Sinpol questionará a medida judicialmente. "Não vamos aceitar jamais esse ataque à nossa categoria", alerta Paulo Sérgio. O Sinpol também prossegue com a campanha de valorização do policial civil. Entre outras ações, a campanha contempla a divulgação de vídeos que mostram a real situação da segurança pública em Goiás. Somados, eles já atingiram mais de 300 mil visualizações.O outro ladoPor meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) se manifestou sobre o assunto. O órgão afirma que apesar da grave crise econômica que atingiu o país, esse foi um ano de avanços para os policiais goianos, que conquistaram, por exemplo, o direito à Assistência Jurídica, projeto implantado na atual gestão, para sanar problemas decorrentes do exercício diário da atividade.Os policiais civis, em especial, também acompanharam, na atual gestão, inaugurações de novas delegacias, como em Senador Canedo e em Itumbiara. Receberam novos armamentos e munições, e tiveram, por parte do governo do Estado, a ampliação do orçamento destinado à corporação.A SSPAP relembra que em agosto, as forças policiais – e aí inclui-se a Polícia Civil – serão contempladas com a renovação de toda a frota: 2,7 mil novas viaturas serão entregues. No que diz respeito ao concurso da Polícia Civil, o salário base inicial para os agentes e escrivães substitutos será de R$ 1,5 mil, e o nível de escolaridade é o superior, conforme acordado entre entidades representativas das categorias e a lei aprovada na Assembleia Legislativa. Acréscimos no exercício das funções podem elevar esse valor para em torno de R$ 3 mil.Por fim a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária diz que todas as decisões relativas ao processo seletivo partiram da força-tarefa de combate à violência, formada por representantes do Ministério Público Estadual, Poder Judiciário, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) e Assembleia Legislativa, entre outros.