Um policial militar de Goiás é suspeito de atirar e matar o cachorro de sua vizinha com sete tiros, em Porangatu, região norte do Estado. O cachorro, chamado Tupan, teria se envolvido em uma briga com o cachorro do militar, que foi até a casa da vizinha e atirou contra o animal.Ana Karoliny, neta da dona de Tupan, publicou a denúncia em suas redes sociais na última quinta-feira (22). De acordo com ela, o cachorro de sua avó estava preso por correntes no quintal de casa, no sábado (17), quando foi surpreendido por outro cachorro vindo em sua direção e os dois começaram a brigar.“Tentamos cessar a briga, mas quando conseguimos, o seu dono (vulgo policial) já estava vindo pela rua, armado. Ele entrou na residência e efetuou 7 tiros em direção ao nosso cachorro, e infelizmente o matou”, escreveu.O caso aconteceu por volta das 17h00 da tarde do sábado (17), no Setor Nossa Senhora da Piedade. A avó de Karoliny e dona de Tupan, Eunice Batista, tem 72 anos e lamenta a situação. “Eu só tinha ele, era meu cãozinho de guarda, me fazia companhia, vigiava o quintal. Não aguento nem olhar para o quintal e não ver ele”, conta emocionada.Como a casa é de cerca, o cachorro do policial fugiu de casa e entrou na casa de Eunice com muita facilidade. O PM, ao notar o desaparecimento do seu pet, pediu a um menino do setor para ir procurá-lo. Quando o menino localizou os dois animais brigando, ele avisou o militar, que foi até sua casa e buscou uma arma, segundo a denúncia.Ele chegou até a residência armado, de máscara e capacete e disparou contra o animal, atingindo sua pata. A idosa pediu, desesperada, para que ele não matasse seu cachorro, mas ele ignorou e continuou atirando. “Eu pedi para ele não fazer isso, e depois que ele matou, continuou parado em frente minha casa. Eu falei vai embora e ele continuou parado”, explicou.Eunice conta que ele só foi embora quando passou um carro e pegou ele. O boletim de ocorrência foi registrado no dia do crime, mas o militar ainda não foi responsabilizado.Polícia MilitarA reportagem entrou em contato com a asessoria da Polícia Militar de Goiás pedindo um posicionamento em relação ao caso e questionando se o PM será responsabilizado, mas eles disseram desconhecer o caso. Segundo a PMGO, não chegou nenhuma informação sobre e não foi encontrado nenhum registro. Leia também:UFG apura atropelamento de cachorro por estudante; associação denuncia que aluno “deu risadas”Projeto que endurece penas para maus-tratos a animais é aprovado na Câmara de Goiânia