O acesso a uma vaga de emprego formal é uma realidade distante para parte das pessoas em situação de rua. Enquanto a Prefeitura de Goiânia tem divulgado o encaminhamento desta população ao mercado de trabalho, com 121 tendo recebido oportunidade de entrevista – em cumprimento a lei municipal de 2020 que estabelece que 5% das vagas sejam destinadas a pessoas em situação de rua –, parte ainda relata dificuldades no acesso ou mesmo na permanência no mercado de trabalho. Não à toa, dentre os 12 contratados, três permaneceram em suas funções. Entre os pontos apontados por pesquisadores e pela própria população neste cenário estão a falta de moradia, a dificuldade no acesso ao tratamento de saúde mental, o preconceito e falta de informações sobre ações sociais. Na última semana, a administração municipal publicou um informativo mostrando que 121 pessoas em situação de rua haviam sido encaminhadas ao mercado de trabalho. Dentre estas, 12 já haviam sido efetivamente contratadas, sendo que, para o restante, ainda se aguardava uma resposta. Conforme a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), todos foram levados para vagas no Consórcio Limpa Gyn, empresa que atua na coleta de lixo, ofertadas devido ao contrato junto à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) firmado em abril do ano passado.