O empresário Antônio Scelzi Netto, de 25 anos, se comprometeu a pagar R$ 2,1 mil por mês por 20 anos à família do vigilante Clenilton Lemes Correia, de 39 anos, tentando com isso atenuar a pena em uma possível condenação pela morte dele em acidente de trânsito na GO-020, em Goiânia, na madrugada de 5 de junho do ano passado. Antônio também ressarciu o valor da moto usada pelo vigilante, repassando mais R$ 16,2 mil. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) quer que ele seja condenado por homicídio com duas qualificadoras e por omissão de socorro. A vítima ainda estava viva quando o empresário fugiu do local e morreu antes da chegada de socorro médico. Leia no g1 Goias: Veja quem é o motorista de carro de luxo suspeito de matar vigilante atropelado quando vítima ia para o trabalho Antônio estava na direção de um Mercedes Benz C180FF, voltando para casa em um condomínio fechado após ter passado por seis estabelecimentos noturnos, como bares e boates, onde fez ingestão de bebida alcoólica com amigos, quando em alta velocidade atingiu a moto de Clenilton. Era por volta de 5 horas da manhã de um domingo, e o vigilante seguia para o trabalho em Senador Canedo. Laudo de reprodução simulada feito pela Polícia Científica de Goiás mostra que após a colisão a moto foi arrastada por 86 metros, com o empresário fazendo movimentos de zigue-zague na pista e ao se soltar a moto ainda avançou a uma velocidade superior a 75 km/h.