A Justiça determinou a interdição da Praia Quarto Crescente, no município de Aragarças (GO), na divisa com Mato Grosso, após constatar danos ambientes. A decisão aponta que a prefeitura fazia intervenções em áreas de preservação sem as licenças necessárias.

O Ministério Público do Estado de Goiás moveu uma ação civil pública contra o município de Aragarças após denúncias de que maquinários da prefeitura estavam fazendo limpeza de vegetação e movimentação de sedimentos para a construção de um estacionamento e de uma praia artificial.

A decisão de interdição foi assinada pela juíza Yasmmin Cavalari, da Vara das Fazendas Públicas de Aragarças, na última terça-feira (30).

AO POPULAR, o&nbsp;coronel Antônio Ghiovani Moreira Peres, do 47º Batalhão da Polícia Militar de Goiás, afirmou que a PM e a prefeitura estão cumprindo a determinação judicial.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Aragarças neste sábado (4), mas não teve retorno até a última atualização desse texto.

Mesmo após um acordo feito no início de 2025, que previa medidas de proteção ambiental, como proibição de veículos, limpeza diária e apresentação de um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad),&nbsp;o município não teria cumprido as obrigações estabelecidas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/nova-rotatoria-ira-ligar-barra-do-garcas-aragarcas-e-pontal-do-araguaia-video-impressiona-1.3319033" target="_self">Nova rotatória irá ligar Barra do Garças, Aragarças e Pontal do Araguaia; vídeo impressiona</a> 
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Na nova decisão, foi determinado o acesso proibido de pessoas e veículos à praia, até que o município apresente o plano de recuperação ambiental ou até o julgamento final da ação. A juíza também ordenou que a prefeitura e a Polícia Militar atuem na fiscalização e instalem placas informativas sobre a interdição, alertando que o descumprimento pode configurar crime de desobediência e crime ambiental.

<cite>Os danos ambientais, mesmo após liminar deferida e acordo homologado em juízo, não cessaram, nem mesmo sob pena de multa pecuniária”, destacou a juíza em sua decisão.</cite>&nbsp;

O documento também aponta que o uso indevido da área tem provocado compactação do solo, poluição e assoreamento do Rio Araguaia, afetando tanto o território goiano quanto o mato-grossense. Por isso, a juíza determinou ainda o envio do processo à Justiça Federal, para que se avalie o interesse da União, já que o rio é considerado bem federal.

Praia do Rio Araguaia é interditada em Aragarças após decisão da Justiça

Cidades

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Matéria - Cidades

Meio Ambiente

niquelandia_fogo_queimada.mp4

niquelandia_serra_queimada.mp4

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Os moradores de Niquelândia, no Entorno do Distrito Federal, estão preocupados com os focos de queimadas na região. Nas redes sociais, vários habitantes registraram a fumaça e os pontos de incêndio.&nbsp;O Corpo de Bombeiros informou ao POPULAR que o fogo está sendo combatido por oito militares na linha de frente e que os focos estão sob controle.

A moradora Fernanda Cardoso, de 35 anos, contou ao POPULAR que há cerca de duas semanas há focos de incêndio fora da área urbana da cidade. Ela ressaltou que à noite a situação se agrava, pois o ar fica 'parado'.

<cite>Estou tomando antialérgico por conta da fumaça. Meus filhos também estão ruins",disse Fernanda Cardoso.</cite>

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Fernanda Cardoso também disse que a fumaça está 'por toda a cidade' e que os focos de incêndio são 'uma preocupação de todos'. Outro morador fez uma postagem com a fumaça ao fundo e escreveu:&nbsp;'Onde nós vamos parar, senhor?'. Um terceiro postou: 'Só&nbsp;Deus para ter misericórdia de nós'.

Ao&nbsp;POPULAR, o Sargento&nbsp;Gleikio Caiado explicou a combinação perigosa da estiagem prolongada e a baixa umidade. Caiado destacou que os principais focos de queimadas já foram controlados e que a equipe está empenhada em gerenciar os rescaldos para evitar novos incêndios.

<cite>Este ano está sendo atípico devido à seca e à estiagem prolongada. Fazia três anos que não ocorriam incêndios como esses. Estamos controlando para não acontecer o efeito pirose e gerar novos pontos de reignição, evitando o rescaldo", explicou Gleikio Caiado.</cite>

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Focos de incêndio em Niquelândia já estão sendo controlados, disse o Corpo de Bombeiros. (Divulgação/ Corpo de Bombeiros)

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/camera-registra-passeio-de-onca-parda-com-os-filhotes-em-area-do-cerrado-em-niquelandia-video-1.3319439" target="_self">Câmera registra passeio de onça-parda com os filhotes em área do Cerrado, em Niquelândia; vídeo</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-destroi-area-na-chapada-dos-veadeiros-ha-mais-de-60-horas-video-1.3318970" target="_self">Incêndio destrói área na Chapada dos Veadeiros há mais de 60 horas; vídeo</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-que-ja-dura-quatro-dias-destroi-quase-2-mil-hectares-de-vegetac-o-em-simolandia-1.3315831" target="_self">Incêndio que já dura quatro dias destrói quase 2 mil hectares de vegetação em Simolândia</a> 
&nbsp;</div>

Moradores se assustam com avanço de queimadas nos arredores de Niquelândia; vídeo

INCÊNDIO

Viatura bombeiros fogo

<div attr-cid="policy:1.3319877" attr-version="policy:1.3319877:1759489254" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3319877" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3319877', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3319877">Viatura bombeiros fogo (1.3319877)</a></div>

Uma viatura dos bombeiros pegou fogo em Jussara, no nordeste goiano, enquanto os militares combatiam um incêndio na vegetação. Apesar dos estragos, ninguém ficou ferido. Um vídeo mostra que a caminhonete ficou destruída pelas chamas (assista acima).

O caso aconteceu na última quarta-feira (1º) na zona rural do município, durante as ações da Operação Cerrado Vivo. Segundo os bombeiros, o incêndio foi controlado, mas ainda não se sabe a causa. As chamas mudaram de direção de forma repentina. Mesmo com os danos, a equipe continuou atuando para controlar o fogo na região e proteger a população (leia a nota na íntegra ao final da matéria).

A ocorrência faz parte de uma série de incêndios em vegetação ocorridos em Goiás nos últimos dias, como, por exemplo, na <a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-destroi-area-na-chapada-dos-veadeiros-ha-mais-de-60-horas-video-1.3318970" target="_self">Chapada dos Veadeiros</a> e em <a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-que-ja-dura-quatro-dias-destroi-quase-2-mil-hectares-de-vegetac-o-em-simolandia-1.3315831" target="_self">Simolândia.</a> Em cada um dos casos, a área destruída foi de aproximadamente dois mil hectares. Segundo os bombeiros, até essa quinta-feira (2), um total de 10.424 incêndios em vegetação foram registrados em Goiás. Os dados são referentes a 2025.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-destroi-area-na-chapada-dos-veadeiros-ha-mais-de-60-horas-video-1.3318970" target="_self">Incêndio destrói área na Chapada dos Veadeiros há mais de 60 horas; vídeo</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-que-ja-dura-quatro-dias-destroi-quase-2-mil-hectares-de-vegetac-o-em-simolandia-1.3315831" target="_self">Incêndio que já dura quatro dias destrói quase 2 mil hectares de vegetação em Simolândia</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/grande-goiania-tem-256-queimadas-em-uma-semana-1.3312316" target="_self">Grande Goiânia tem 256 queimadas em uma semana</a></div>

Conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), os incêndios florestais geram prejuízos graves para a biodiversidade, a saúde humana e a economia, o que compromete o desenvolvimento sustentável. As informações constam em um <a href="https://goias.gov.br/meioambiente/wp-content/uploads/sites/33/2024/12/Versao-final-relatorio-incendios.pdf" target="_blank">relatório</a> que lista as ocorrências de 2024.

Além disso, o fogo está atingindo as zonas urbanas. Por exemplo, entre os dias 8 e 14 de setembro deste ano, houve <a href="https://opopular.com.br/cidades/grande-goiania-tem-256-queimadas-em-uma-semana-1.3312316" target="_self">256 focos de queimadas</a> na Região Metropolitana de Goiânia. O balanço também foi feito pela Semad. De acordo com o órgão, os principais fatores que contribuem para o problema são as altas temperaturas, a baixa umidade e os ventos fortes.

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Nota - Viatura CBMGO

Durante ações da Operação Cerrado Vivo na quarta-feira, 1º, em Jussara, uma caminhonete do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) foi atingida pelo fogo devido a uma mudança repentina na direção das chamas enquanto a equipe combatia um incêndio em vegetação. Felizmente, não houve feridos, e todos os profissionais seguiram atuando para controlar as chamas e garantir a segurança da população e do meio ambiente.

<img attr-cid="policy:1.3319876" attr-version="policy:1.3319876:1759489166" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3319876/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-10-03T075707.020.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Viatura dos bombeiros ficou destruída com as chamas. (Reprodução/TV Anhanguera)

Viatura dos bombeiros é destruída pelo fogo durante combate a incêndio em Jussara; vídeo

PREJUÍZO

Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, registrou o dia mais seco do Brasil, na quinta-feira (2). No município, os termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) marcaram 9% de umidade relativa do ar. Já a temperatura máxima chegou aos 33,4°C.&nbsp;

As maiores temperaturas no estado ocorreram na Cidade de Goiás e São Miguel do Araguaia. Ambas atingiram 39,5°C&nbsp;e ficaram no ranking dos sete municípios mais quentes do país. A liderança ficou com Palmas (TO), com 40,6°C.&nbsp;Na terça-feira (30), São Miguel do Araguaia apareceu entre os <a href="https://opopular.com.br/cidades/cidade-em-goias-tem-a-quinta-maior-temperatura-do-brasil-1.3318936" target="_self">cinco municípios mais quente do Brasil</a>.&nbsp;

Segundo o Inmet, a temperatura máxima de Goiânia foi de 37,3°C. A umidade do ar chegou aos 15%. Ao POPULAR, a meteorologista do órgão, Elizabete Alves, disse que essas condições devem continuar até meados deste mês, como a umidade do ar baixa em até 8%.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/cidade-em-goias-tem-a-quinta-maior-temperatura-do-brasil-1.3318936" target="_self">Cidade em Goiás tem a quinta maior temperatura do Brasil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/chuvas-em-goias-devem-retornar-a-partir-de-13-de-outubro-aponta-inmet-1.3318214" target="_self">Chuvas em Goiás devem retornar a partir de 13 de outubro, aponta Inmet</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/baixa-umidade-veja-como-aliviar-os-incomodos-do-tempo-seco-e-temperaturas-elevadas-1.2311517" target="_self">Baixa umidade? Veja como aliviar os incômodos do tempo seco e temperaturas elevadas</a></div>

A especialista destaca que a previsão de <a href="https://opopular.com.br/cidades/chuvas-em-goias-devem-retornar-a-partir-de-13-de-outubro-aponta-inmet-1.3318214" target="_self">mudança no tempo</a> só ocorrerá a partir do dia 13. Isso deve acontecer com a chegada de uma frente fria mais intensa, que pode romper o bloqueio que mantém o calor no centro do país.

<cite>As frentes frias que chegam no sul do país não conseguem subir até a região centro-oeste, e mais a região central de Goiás. Então, elas ficam mais atuando no Mato Grosso do Sul, parte ali do Mato Grosso e com instabilidades ou com alguma nebulosidade na região sudoeste aqui do estado, mas com poucas condições de chuva", explicou Alves.&nbsp;</cite>

<h2>Como se proteger do tempo seco e das altas temperaturas</h2>

Com umidade do ar abaixo de 10% em algumas cidades goianas e temperaturas próximas aos 40°C, especialistas recomendam <a href="https://opopular.com.br/cidades/baixa-umidade-veja-como-aliviar-os-incomodos-do-tempo-seco-e-temperaturas-elevadas-1.2311517" target="_self">cuidados redobrados para enfrentar os efeitos do clima</a>. O tempo seco pode causar desidratação, irritações respiratórias, ressecamento da pele e dos olhos, além de aumentar o risco de doenças.

Veja algumas orientações:

Hidrate-se: beba água ao longo do dia. A recomendação é de 30 ml por quilo corporal. Sucos e chás não substituem a água.

Alimente-se bem: evite embutidos, frituras e alimentos gordurosos. Prefira frutas, saladas, carnes magras e ovos.

Cuide da pele: use hidratantes adequados para cada faixa etária e tipo de pele. Após o banho, com a pele ainda úmida, é o melhor momento para aplicar.

Proteja a boca: mantenha a higiene bucal e use protetores labiais. Lábios ressecados e respiração bucal exigem atenção médica.

Evite exercícios ao ar livre nos horários mais quentes: se for se exercitar, hidrate-se bem e escolha horários com temperaturas mais amenas.

Evite crises alérgicas: mantenha a casa limpa, arejada e livre de poeira. Use panos úmidos na limpeza e troque roupas de cama com frequência.

Cuidado com o ar-condicionado: ele resseca ainda mais o ambiente. A recomendação é usá-lo junto com o vaporizador por períodos curtos, mantendo a umidade entre 40% e 70%. A tela do equipamento deve ser lavada a cada 15 dias, preferencialmente com sabão de coco.&nbsp;

Use vaporizadores com cuidado: higienize diariamente e evite aromatizantes. Esses aparelhos ajudam a aumentar a umidade do ar, mas exigem atenção na hora de usar e limpar. Segundo especialistas, umidade acima de 70% pode favorecer infecções fúngicas e bacterianas. O uso de toalhas molhadas no ambiente também é recomendado como alternativa.

O aparelho deve ser higienizado diariamente com água e, se possível, sabão de coco. Após a secagem, pode-se aplicar álcool líquido ou em gel. A água usada deve ser potável e não pode ficar parada por muito tempo. Aromatizantes e produtos químicos devem ser evitados.

O ideal é ligar o vaporizador cerca de três horas antes de dormir e desligá-lo ao deitar. Se for usado durante o sono, mantenha na velocidade mínima e evite direcionar o jato para a cama ou parede, para não provocar mofo. Em casos de Covid-19, o aparelho não deve ser compartilhado.

&nbsp;

Cidade em Goiás tem o dia mais seco do Brasil

Previsão do tempo 

Drenagem para obras resseca solo e mata as veredas do Parque Buritis

Um buritizal destruído, mesmo estando em uma área de proteção permanente (APP) dos córregos Macambira e Buritis, é o cenário do interior do Parque Buritis Sebastião Júlio Aguiar, no Setor Parque Oeste Industrial, na região oeste de Goiânia. Construído em 2020, o aparelho urbano que foi uma opção para preservar a vereda de buritis, ou campo de murundus, é visto por ambientalistas e técnicos como o principal responsável pela derrocada da paisagem natural, em conjunto com as construções na vizinhança. Um incêndio ocorreu no local há um mês, com focos subterrâneos, em um terreno que deveria ser brejoso, mas está seco.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_self">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Presidente da Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca), o ambientalista e especialista em planejamento urbano Gerson Neto diz que sem as obras no entorno não haveria incêndio. “Ali era um terreno alagado. Quando drenaram, o mato nasceu”, conta. “Em 2019 fizemos um grande debate para tentar evitar esse crime ambiental. Aquela, talvez, fosse a última vereda preservada que tínhamos em área urbana em Goiânia. O projeto proposto, criando um lago artificial a jusante da vereda, já era flagrantemente prejudicial para aquele ecossistema, porque a água obedece à lei da gravidade, ela escoaria para o lago.”

Gerson Neto diz que o que destruiu mais rapidamente ainda a região foram os canais de drenagem abertos nos dois lados da vereda, “pois eles drenaram a água do campo dos murundus e mataram o buritizal”. “Na época, chegamos a nos reunir com o então prefeito, Iris Rezende, para propor um projeto alternativo de parque, com passeios suspensos em estruturas menos impactantes, passando por dentro da vereda, o que tornaria esse um parque único no mundo. Um cartão postal. Infelizmente, fomos ignorados e a devastação total venceu. Agora ficamos com esse parque destruído, feio e semimorto”, relata.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/parque-lago-das-rosas-aguarda-reforma-passo-seguinte-e-concess-o-1.3309127" target="_self">Parque Lago das Rosas aguarda reforma; passo seguinte é concessão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/paco-estuda-repassar-parques-a-iniciativa-privada-1.3302002" target="_self">Paço estuda repassar parques à iniciativa privada</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/lago-seca-em-parque-de-goiania-1.3308469" target="_self">Lago seca em parque de Goiânia</a></div>

A criação da unidade de conservação no local foi envolta de polêmicas e laudos contraditórios. Inicialmente, os documentos elaborados pelos técnicos da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e de universidades apontavam a existência de 29 nascentes no local e afirmavam que a área deveria ser preservada. Porém, ela se encontrava antropizada e aterrada, ou seja, boa parte das veredas estava soterrada e o local era usado para o descarte de lixo, além de lotes e residências. Uma ação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) em 2006 iniciou as tratativas para uma definição da preservação, com a criação de um parque urbano.

Porém, os diferentes laudos apontavam para necessidades diversas em relação à área. Um laudo elaborado por empresas do mercado imobiliário assinalava a existência de apenas uma nascente, com ramificações, diferentemente do constatado pela Amma, o que reduziria a área a ser preservada na integridade e influiria também sobre ter ou não obras de drenagem. Em 2019, a Amma decidiu rejeitar o laudo técnico de seus servidores e utilizar o realizado pelas empresas, liberando a construção do parque, cujo projeto e parte da execução foram das empresas.

<div attr-cid="policy:1.3319893" attr-version="policy:1.3319893:1759493411" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3319893" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3319893', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3319893">Drenagem para obras resseca solo e mata as veredas do Parque Buritis (1.3319893)</a></div>

Segundo um relatório da Amma, em 2023, a pedido do MP-GO, ao ser questionada se houve dano ambiental no local, apontou que sim. “A implantação do parque desconsiderando a delimitação que mantinha os estratos da vereda (fundo, meio e borda) inviabiliza a dinâmica de recarga inerente a esse tipo de sistema. Ao recortar o terreno e recortar a área de recarga (meio e borda), bem como algumas das nascentes que contribuíam diretamente com o fluxo hídrico, há comprometimento direto dos elementos que sustentam a perenidade do córrego em longo prazo”, diz o documento, ao ressaltar que o adensamento no entorno do parque potencializará a impermeabilização do solo.

Atualmente, a Amma informa que o Parque Buritis Sebastião Júlio Aguiar foi inaugurado em 2020 e que a atual gestão acompanha a ação e o impacto dos drenos colocados anteriormente no local. “Há cerca de um mês houve um incêndio no local, prontamente controlado. As equipes operacionais de parques, com o apoio de caminhões-pipa, monitoram o local com ações de combate a incêndios diuturnamente. Os operacionais da agência implantaram uma vala de infiltração no parque com o objetivo de direcionar água para o subsolo. A medida ajuda a manter a umidade do solo, contribui para o controle de focos de fogo subterrâneo e fortalece a recuperação ambiental da área.” A agência complementa que, tão logo o período chuvoso comece, “é possível realizar projetos de plantio de espécies arbóreas, ampliando a área verde do parque”.

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Última vereda com buritis em parque de Goiânia está ameaçada

Meio ambiente

O Popular