O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), afirmou que a liberação das emendas parlamentares ocorre dentro de um limite legal que não permite ao Executivo interferir no conteúdo dos planos de trabalho apresentados pelos vereadores e pelas entidades. Ele alega que a emenda, por ser impositiva, chega à Prefeitura já com a instituição escolhida e com o plano de trabalho definido pelo parlamentar. Segundo ele, cabe ao município apenas verificar a documentação básica — existência da entidade dentro do prazo legal, certidões obrigatórias e comprovação da atividade compatível — sem avaliar preços, escolhas de serviços ou metas estipuladas. “A emenda é impositiva. Eu só verifico documentação. Eu não checo o plano de trabalho”, afirmou. Ao responder sobre casos de valores considerados altos ou propostas incomuns, o prefeito diz que não é o Paço quem “aprova” essas definições e que não tem participação nas escolhas feitas por vereadores e entidades. Ele afirma que só intervém quando encontra algo que considera completamente fora do razoável. “Quando é um negócio desse que é, vamos dizer, absurdo dos absurdos, aí a gente manda a emenda de volta.” Mabel citou como exemplo um plano de trabalho que incluía a previsão de uma comissão de 10% sobre o valor da própria emenda — situação semelhante à revelada pelo POPULAR em outubro, quando um consultor receberia R$ 250 mil de um total de R$ 2,5 milhões indicados.