A Prefeitura de Goiânia afirmou ter solicitado à Fundação Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) o distrato dos convênios de gestão dos Hospitais e Maternidades Municipais Célia Câmara e Dona Iris. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a formação de uma equipe de transição é discutida entre a pasta e a fundação. A solicitação ocorreu após uma reunião entre os envolvidos na manhã desta segunda-feira (24). O funcionamento das unidades custa R$ 17,3 milhões por mês.

O Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), no Conjunto Vera Cruz, o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), na Vila Redenção, e a Maternidade Nascer Cidadão (MNC), no Jardim Curitiba, são administradas pela Fundahc e, na última sexta-feira (21), suspenderam as cirurgias eletivas e alguns procedimentos não-emergenciais por falta de insumos ocasionada pelo atraso nos repasses financeiros que deveriam ser feitos pela SMS. Segundo a secretaria, as cirurgias eletivas foram retomadas de forma gradativa ainda nesta segunda. Porém, a pasta não detalhou em quais unidades isto aconteceu.

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Também na última sexta, o conselheiro Joaquim Alves de Castro Neto, do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), acatou pedido feito pela vereadora Aava Santiago (PSDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal, e determinou que a Prefeitura de Goiânia garanta o pleno funcionamento das três maternidades, inclusive com a retomada dos serviços paralisados. A medida cautelar teve aval do Ministério Público de Contas (MPC).

Apesar de a suspensão ter sido apenas sido apenas dos procedimentos eletivos, usuários apontam que o atendimento de urgência e emergência também foi afetado. A autônoma Tâmara Rúbia Oliveira, de 31 anos, está grávida de aproximadamente cinco semanas e chegou até o HMDI por volta de 10 horas desta segunda com um sangramento vaginal. “Passei pelo médico e a suspeita é de aborto. Estou sangrando muito, mas até agora (por volta de 16h30) não fiz uma ultrassom transvaginal”, conta.

Tâmara afirma que as condições de limpeza da unidade de saúde estão precárias. “Tem xixi e sangue no chão do banheiro. Está tudo sujo”, destaca. Ela aponta também dificuldade para acessar itens básicos como papel higiênico e copos plásticos. “O atendimento também não está bom. Todo mundo muito grosso”, relata.

Em 13 de julho deste ano, a diretoria geral da MNC enviou um ofício à diretoria executiva da Fundahc onde informou que “o clima organizacional” do local estava totalmente afetado, já que “os colaboradores têm vivenciado angústia constante de não recebimentos de vales transportes, alimentação e salários nos prazos devidos”.

No documento, a unidade explicou ainda que os sistemas que permitem o acesso ao prontuário eletrônico dos pacientes estavam comprometidos devido a débitos e que enfrentava problemas no fornecimento de gêneros alimentícios básicos para elaboração de refeições, como carne, hortifruti e panificação, “comprometendo diretamente a assistência nutricional aos pacientes”. A SMS não informou o motivo de também não ter solicitado o distrato do convênio de gestão da MNC.

Na mesma data, em outro ofício enviado à Fundahc, a diretoria do HMDI relatou que as empresas que prestam serviços à unidade ou entregam materiais por contratos suspenderam a entrega dos meses por terem notas de serviços em atraso. Como exemplo, o HMDI citou a empresa que presta serviços de higienização, que chegou a suspender o serviço por dez dias em junho, e a empresa que realiza o teste do coraçãozinho nos recém-nascidos, que na ocasião havia diminuído o atendimento em 30%.

Também em ofício à Fundahc, o HMMC relatou que enfrentava dificuldade em fechar a escala de profissionais prestadores de serviços médicos, como em ginecologia e obstetrícia, e dificuldade na reposição de insumos, visto que algumas empresas se negam a entregar os produtos solicitados sem a quitação de débitos anteriores como, por exemplo, uma empresa responsável pelo fornecimento de equipes, material essencial para o funcionamento das bombas de infusão.

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Fundação afirma que não houve pedido de distrato de contrato

Em nota, a Fundação Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) informou que em resposta à nota enviada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ao POPULAR, ”a Fundahc esclarece não foi solicitado distrato à fundação, mas informado na reunião que foi uma determinação do prefeito (Rogério Cruz)” e que “cirurgias e procedimentos eletivos que necessitam de insumos continuam suspensos nas unidades, a não ser em casos específicos de urgência ou que há os insumos necessários em estoque”.

De acordo com a fundação, a dívida da SMS chega a R$ 67 milhões e envolve pagamentos que deveriam ter sido feitos desde 2021. O último repasse recebido em 7 de julho deste ano e corresponde a menos de 50% do total devido pelo serviço prestado no mês de maio. Segundo a Fundahc, o valor foi utilizado para arcar com despesas de pessoal e algumas das atividades realizadas no mês de maio nas três unidades de saúde.

A Fundahc informou que adotou todas as medidas possíveis para manter o serviço, mas que há falta de insumos básicos que vão desde itens de higiene alimentação até equipamentos de proteção individual (EPIs), sendo que alguns dos itens foram tomados emprestados com outras unidades de saúde e a própria SMS providenciou alguns desses insumos, medidas consideradas paliativas pela fundação.

Segundo a Fundahc, seguindo os planos de trabalho vigentes, o custo mensal para funcionamento das três maternidades públicas de Goiânia é de R$ 20,2 milhões. Elas são responsáveis por mais de mil partos por mês, mais de 17 mil exames e cerca de 3,4 mil consultas, além de quase 6 mil atendimentos de urgência e emergência.

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Prefeitura de Goiânia pede distrato de convênios para gestão de maternidades na capital

Cidades

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Matéria - Cidades

Saúde

Os dois últimos anos do mandato de Ronaldo Caiado (UB) à frente do Palácio das Esmeraldas serão marcados por esforços para manter o nível de aprovação da administração e efetivar a <a href="https://opopular.com.br/politica/oposic-o-avalia-caminho-em-meio-a-transic-o-de-caiado-1.3210296" target="_blank">transição de governo</a> para o vice, Daniel Vilela (MDB), que assumirá o cargo em abril de 2026. A passagem de bastão inclui o processo já iniciado de inclusão do emedebista nas funções lideradas por Caiado, mas também com trabalho de busca pela transferência de capital político.

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Segundo aliados ouvidos pelo POPULAR, o principal desafio na reta final é manter os índices de avaliação positiva, que chegaram a 88%, segundo última rodada de pesquisa do instituto Genial/Quaest, divulgada em 12 de dezembro. O mesmo levantamento mostra que apenas 9% dos entrevistados desaprovam a gestão, enquanto 4% não responderam.

Os números são considerados fundamentais para, além de medir a satisfação dos eleitores goianos, apontar os caminhos para os antecipados projetos eleitorais de Caiado e Daniel no próximo ano. Neste sentido, a continuidade do trabalho considerado “linha dura” na Segurança Pública, sem margem para possível crescimento dos indicadores de criminalidades, e o primeiro lugar nacional no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), são cruciais para a propaganda caiadista em busca da candidatura à Presidência da República.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/oposic-o-avalia-caminho-em-meio-a-transic-o-de-caiado-1.3210296" target="_blank">Oposição avalia caminho em meio à transição de Caiado​</a> 
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<a href="https://opopular.com.br/politica/estado-amplia-as-relac-es-diplomaticas-1.3218955" target="_blank">Estado amplia as relações diplomáticas</a></div>

Já a pré-candidatura de Daniel, na visão de alguns dos principais auxiliares e aliados, tem contexto favorável para a estruturação, mas depende da apresentação do vice como protagonista da gestão bem avaliada, que continua relacionada diretamente à imagem pessoal de Ronaldo Caiado. Neste sentido, a expectativa é de que Vilela seja incorporado a todas as principais decisões e anúncios do governador, desde o início deste ano.

A principal demanda considerada internamente é a efetivação de entregas, depois de consolidar a imagem de que a atual gestão conseguiu “arrumar a casa”, mas sem alcançar a conclusão de grandes obras próprias.

“A gente levou bastante tempo, tanto do ponto de vista fiscal como de estrutura interna do governo, para ter uma organização pronta para entregar e isso começou a acontecer. Por isso temos reflexos na segurança pública, na educação, na saúde, transporte coletivo e tantas outras áreas. O primeiro ponto importante é a continuidade do que está sendo feito para não baixar a guarda”, avalia o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

O auxiliar aponta que, além da “manutenção, que dá um trabalho enorme”, o governo seguirá até o fim de 2026 com o foco em entregas na área de infraestrutura. “Tem muita coisa para ser entregue nos próximos dois anos de estradas. Tem pouco mais de 100 estradas que serão entregues, sendo que 20 delas já foram entregues e outras 60 em obras ou em fase de licitação. O restante já está com o projeto pronto”, conta.

A lista inclui obras consideradas prioritárias, como a duplicação da GO-213, entre Morrinhos a Caldas Novas, e a restauração da GO-060, entre Goiânia e Trindade, com a construção do viaduto em frente ao Terminal Vera Cruz e uma trincheira próxima à fábrica da Coca-Cola, além da duplicação da GO-010 até Bonfinópolis, na última saída da capital ainda em pista única.

Ainda na lista de obras rodoviárias, o governo pretende lançar neste ano a duplicação até Catalão e completar obras na Região Nordeste do estado. Em dezembro, Caiado entregou a pavimentação da GO-591, entre Cabeceiras e a divisa com Minas Gerais. Durante o evento, ele afirmou que os municípios da região foram “esquecidos” e “totalmente isolados”. “Agora estamos desenvolvendo e executando projetos de emancipação”, disse.

<h2>Viabilidade</h2>

O secretário estadual de Infraestrutura, Pedro Sales, admite que o ritmo de finalização das obras foi prejudicado ao longo dos primeiros seis anos da gestão. “Nós plantamos bastante e sofremos muito com o tempo. A infraestrutura poderia apertar mais e fazer mais, mas não podemos esquecer que isso significa menos segurança, menos educação, por conta do teto (de gastos)”, considera.

O auxiliar, que ainda acumula a presidência da Agência Goiana de Infraestrutura (Goinfra), comemora a iminente adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) em substituição ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

“Hoje temos essa autorização do Propag, que abriu mais R$ 3 bilhões de espaço no orçamento, e veio a calhar junto com o momento em que estamos com as coisas mais organizadas e com mais musculatura. Vamos poder expandir a infraestrutura sem gerar nenhum sacrifício das outras áreas. Isso nos dá um conforto”, considera.

Além das obras rodoviárias, o governo espera entregar novas unidades de saúde, com destaque para o Complexo Oncológico de Referência de Goiás (Cora) e novas policlínicas, em Mozarlândia, Campos Belos e Mineiros. As policlínicas devem ser finalizadas até o início de 2026, enquanto a parte pediátrica do Cora, que tinha previsão de entrega em dezembro último, agora é esperada para até o fim do primeiro semestre.

A Goinfra prevê conclusão das obras das reformas do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), que terá aumento no número de leitos de 56 para 149, e do Hospital Estadual de Formosa (HEF), que sairá de 90 leitos para 242. A agência ainda espera finalizar, até 2026, a reforma da Escola do Futuro de Goiás (EFG) em Artes Basileu França, em Goiânia.

Em meio ao “desafio” de avançar na infraestrutura, aliados do governo consideram “tranquila” a situação na área da educação, já que o estado seguirá com o primeiro lugar no Ideb até o fim de 2026, quando novos resultados serão divulgados. Até lá, são previstos investimentos como a ampliação da entrega de chromebooks para alunos do primeiro e segundo anos do ensino médio e ampliação da educação profissional.

Governo de Goiás quer efetivar entregas em reta final

Política

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Eleições 2026

Os enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam nas três maternidades públicas de Goiânia - Célia Câmara, Dona Iris e Nascer Cidadão -&nbsp; iniciaram, nesta segunda-feira (9), uma paralisação das atividades. Estão mantidos apenas 30% dos atendimentos classificados como urgência e emergência.

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Conforme a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg), Roberta Rios, a paralisação reivindica&nbsp; o&nbsp; pagamento de salário do mês de novembro de 2024, além da&nbsp; primeira parcela do 13º salário e o adiantamento de férias. “É uma paralisação dos celetistas, que são a maioria dos trabalhadores”, diz.&nbsp;

A paralisação das atividades tem funcionado no seguinte esquema: seis horas de interrupção durante o período matutino e mais seis horas de interrupção durante o período noturno. A paralisação seguirá esse arranjo até a próxima quarta-feira (11), ocasião em que o sindicato fará uma nova assembleia para discutir o assunto.

Esse novo encontro da categoria irá ocorrer em frente à Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), no Setor Sul. O intuito é discutir sobre o futuro da paralisação e prestar solidariedade<a href="https://opopular.com.br/cidades/dois-servidores-s-o-presos-apos-confus-o-em-maternidade-de-goiania-1.3207688"> à enfermeira e ao maqueiro que foram presos, na noite da última sexta-feira (6), enquanto trabalhavam no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC)</a>.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/casal-pivo-da-confus-o-na-maternidade-celia-camara-denuncia-mensagens-agressivas-de-medica-1.3208285" target="_blank">Casal, pivô da confusão na Maternidade Célia Câmara, denuncia mensagens agressivas de médica</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeira-diz-que-confus-o-poderia-ter-sido-evitada-e-afirma-estamos-sendo-injusticados-1.3208236" target="_blank">Enfermeira diz que confusão poderia ter sido evitada e afirma: 'Estamos sendo injustiçados'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075" target="_blank">Inconformado, maqueiro diz que foi tratado como bandido pela PM e pede Justiça</a></div>

Em nota, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que gere as três maternidades municipais, informou que é&nbsp;direito dos trabalhadores celetistas e estatutários aderirem a movimentos grevistas, desde que respeitem a legislação vigente (pela&nbsp; Lei nº 7.783/1989, é obrigatório manter um percentual mínimo de 30% dos profissionais em atividade).

Dos 1,5 mil colaboradores da fundação, 733 (48%) são enfermeiros ou técnicos de enfermagem. Há, ainda, 76 profissionais que são servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).&nbsp;A fundação explicou que "a classe desempenha um papel fundamental e indispensável nas rotinas de assistência aos pacientes" e que&nbsp;&nbsp;"se solidariza com os profissionais e agradece seu trabalho e sua dedicação à saúde dos pacientes".

A Fundahc também comunicou que é uma fundação sem fins lucrativos e que todos os recursos para a manutenção das maternidades municipais são provenientes da Prefeitura de Goiânia, por meio da SMS.&nbsp; A fundação ainda destacou que a&nbsp;crise financeira enfrentada pelas maternidades é "uma realidade há muito conhecida" e que todos os esforços estão voltados para saná-la, sendo que a fundação aguarda o "repasse de recursos para pagamento da folha salarial, 13° salário, férias e vale-alimentação dos colaboradores até a presente data".

Em nota, a SMS informou que os pagamentos serão realizados em conformidade com o MP-GO.

<h2>Confusão</h2>

Fabiana Ribeiro de Sousa e Valteir Vieira dos Santos Junior foram detidos e encaminhados para a Central de Flagrantes de Goiânia sob as acusações de desobediência e resistência. A PM-GO destacou que a equipe atendeu uma ocorrência de possível omissão de socorro a uma gestante, que passava mal na maternidade.&nbsp;

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), que classificou a abordagem policial como um episódio de violência e abuso de autoridade, a confusão aconteceu durante a troca de plantão dos funcionários, após o marido de uma gestante, classificada como de "menor gravidade", exigir atendimento prioritário. <a href="https://opopular.com.br/cidades/casal-pivo-da-confus-o-na-maternidade-celia-camara-denuncia-mensagens-agressivas-de-medica-1.3208285">O casal, pivô da confusão, denunciou o recebimento de mensagens agressivas de uma médica</a>.&nbsp;

“Não precisava disso tudo. Era uma situação que dava para ser contornada com conversa. Estamos sendo injustiçados por conta de toda essa situação. Eu estava no meu ambiente de trabalho, prestando uma assistência que com certeza, nunca deixei a desejar. Estava prestando um serviço à comunidade e ao município que inclusive não pagou o nosso salário e o nosso 13º está atrasado", <a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeira-diz-que-confus-o-poderia-ter-sido-evitada-e-afirma-estamos-sendo-injusticados-1.3208236">declarou a enfermeira em entrevista à TV Anhanguera</a>.

“O assessor de um vereador foi acionado pela família e ele chamou a polícia. Quando a Fabiana informou que estava indo embora e virou as costas, um cabo deu um mata-leão nela. Foi isso que me comoveu, ver uma mulher sendo agredida no seu local de trabalho. Pedi calma e que ele não agisse daquela forma. Fui surpreendido com voz de prisão, agressões, golpes de mata leão e colocado algemado no camburão na frente dos meus colegas de trabalho e dos pacientes. Fiquei duas horas algemado lá dentro”, <a href="https://opopular.com.br/cidades/inconformado-maqueiro-diz-que-foi-tratado-como-bandido-pela-pm-e-pede-justica-1.3208075">disse o maqueiro ao POPULAR</a>.&nbsp;

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Enfermeiros e técnicos de enfermagem das maternidades paralisam atividades

Com o decreto para ajuste financeiro em vigência há quase um mês, a Prefeitura de Goiânia estima que 80% dos contratos do município devem sofrer redução de 25%. O objetivo da gestão do prefeito Rogério Cruz (SD) é diminuir as despesas para tentar reverter o cenário de déficit no último ano de mandato.

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De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), Cleyton Menezes, o comitê gestor que ficou responsável pela análise das despesas da administração realizou cerca de 35 reuniões com todos os órgãos, mas o relatório preliminar com a economia proporcionada pelas medidas ainda está em fase de elaboração.

Menezes afirma que há casos em que as pastas apresentaram justificativa para que a redução não ocorra, pois o andamento integral do contrato seria importante para a prestação de serviço à população. Estes pedidos estão em análise.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/ccj-derruba-vetos-decruz-a-emendas-feitas-no-refis-por-mabel-1.3199154" target="_blank">CCJ derruba vetos deCruz a emendas feitas no Refis por Mabel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-deve-desengavetar-criac-o-da-taxa-do-lixo-1.3199150" target="_blank">Mabel deve desengavetar criação da taxa do lixo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/gest-o-mabel-quer-zerar-deficit-do-paco-ainda-em-2025-1.3198671" target="_blank">Gestão Mabel quer zerar déficit do Paço ainda em 2025</a></div>

O decreto foi publicado em 17 de outubro - 11 dias após o primeiro turno, quando Cruz foi derrotado em sua tentativa de reeleição, com 3,14% dos votos válidos. No documento, o prefeito determinou, além da renegociação de contratos, medidas como revisar licitações, suspender itens da despesa corrente e ajustar gastos com pessoal.

Faltando um mês e meio até o fim do mandato, Menezes afirma que a prioridade na Sefin é o cumprimento dos índices constitucionais com saúde e educação e pagamentos das folhas de novembro e dezembro e de encargos da dívida, que não têm como ser objeto de negociação. “Quanto às demais, estamos fazendo cortes de despesas correntes, de capital e outras, para fazer a entrega da Prefeitura de forma enxuta para a próxima gestão”, disse o secretário.

O auxiliar destacou que Cruz tem compromisso com os funcionários públicos e que não há “nenhum perigo de o servidor não receber a folha de pagamento de novembro e dezembro”. O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), fez declarações em que levantou dúvidas sobre a real capacidade da atual gestão pagar as próximas folhas. Cruz já rebateu os comentários e disse que realizará os pagamentos.

“Se você olhar tudo que o prefeito Rogério fez para os servidores, estruturou todas as carreiras, isso reflete o cuidado que ele tem. Então, não seria agora, no final de mandato, ou seja, novembro e dezembro, que o prefeito ia descuidar do servidor. Essa fala de que a Prefeitura não faria a folha de novembro e de dezembro não é uma fala da gestão. Não saiu da Secretaria de Finanças e nem da Prefeitura”, disse Menezes.

<h2>Pagamento da folha</h2>

Questionado se existe esforço para que o pagamento seja feito, o auxiliar comparou o cenário em Goiânia com a situação a nível nacional. “No governo federal, Lula (PT) está fazendo, estudando contenção de despesa e corte de gastos em toda a administração. Então, déficit, ou seja, dificuldade financeira não é uma questão só da Prefeitura de Goiânia, é da administração pública como um todo”, argumentou Menezes.

O gasto com pessoal é uma das principais despesas do Paço e ajudou a levar às dificuldades financeiras enfrentadas atualmente. Dados do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) mostram que o gasto está em crescimento desde 2022. No ano passado, a folha representou 49,84% da receita corrente líquida (RCL). A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que o limite, para o Executivo, é de 54%.

O POPULAR já mostrou que, em 2023, a folha registrou aumento de R$ 300 milhões. Entre 2022 e 2023, sete categorias de servidores públicos tiveram novos planos de carreira aplicados.

Quanto ao cumprimento do mínimo constitucional de 15% das receitas próprias com saúde, Menezes afirmou que a Prefeitura deve terminar o ano com porcentual de 24% a 26%. O POPULAR já mostrou que o Paço gastou R$ 896,3 milhões com saúde até o 4º bimestre deste ano, valor que representa 24,26% da receita. No mesmo período de 2023, a despesa nesta área foi de R$ 703,5 milhões, com índice de 22,18%. Mesmo gastando mais, a capital passa por problemas na saúde, com crises recentes no funcionamento de unidades e falta de insumos.

Na educação, Menezes disse que o gasto mínimo de 25% ainda não foi atingido, mas será cumprido até o fim do ano. “Nós temos o processo de construção e reforma de CMEIs. Estão na fase final e a gente vai dar ordem de serviço e cumprir o mínimo constitucional”, disse o secretário.

<h3>Refis</h3>

Em um cenário em que a Câmara de Goiânia discute a derrubada de vetos de Cruz que podem prolongar o Programa de Recuperação de Créditos Tributários, Fiscais e Não Tributários, o Refis 2024, até fevereiro de 2025, Menezes afirma que “não trabalhamos com a possibilidade de derrubada do veto” e que “a Sefin tem logística e planejamento para levar o Refis até 29 de novembro”. A estimativa de arrecadação é de R$ 140 milhões, sendo R$ 40 milhões à vista. (A primeira versão deste texto informava a estimativa de arrecadação de R$ 180 milhões, conforme o secretário disse na entrevista, mas o dado foi alterado a pedido da assessoria de imprensa. O texto também apontava que a arrecadação à vista de R$ 140 milhões, mas o dado foi corrigido).

Cruz enviou à Câmara projeto de lei para realizar o programa de renegociação até o fim deste mês, com a expectativa de turbinar a arrecadação no fim do mandato. Entretanto, Mabel articulou com vereadores a aprovação de emendas para ampliar o prazo de adesão ao Refis até fevereiro de 2025 (para dívidas anteriores a 2024), cobrança de 1% ao mês de juros até a data de vencimento das parcelas renegociadas e desconto em honorários de sucumbência, de 50% a 70%.

Cruz vetou as emendas. Em reação, Mabel prometeu articulação pela derrubada do veto. Nos bastidores, a expectativa era de que, na reunião desta quarta-feira (13), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) iria manter o veto à cobrança de juro de 1% e derrubar os demais, em acordo costurado com a equipe de Mabel. Não foi isso o que aconteceu, pois os vetos aos três dispositivos foram derrubados. Ainda há possibilidade de mudança no cenário durante a votação no plenário.

Menezes afirmou que houve diálogo com a equipe de transição contra a continuidade da emenda relacionada à cobrança de juro de 1%, e que a negociação sobre o período de adesão está com a Secretaria Municipal de Governo. Quanto aos honorários dos procuradores, o secretário diz que o tema não é relacionado à Sefin.

De acordo com o secretário, diante das medidas de redução de despesa e do Refis em andamento, ainda não há estimativa de como a Prefeitura deve terminar o ano, em déficit ou superávit. Em 2023, o déficit foi de R$ 111 milhões. Até o segundo quadrimestre deste ano, o saldo negativo era de R$ 349 milhões. Menezes está à frente da Sefin desde 11 de outubro, quando Vinícius Alves pediu demissão do cargo. O atual secretário é servidor de carreira do estado de Goiás e faz parte do quadro de direção da Finanças desde janeiro de 2021.

Secretário de Finanças aponta redução em 80% dos contratos do Paço

Prefeitura de Goiânia

Primeiras definições

Mabel cria plano para primeiros 100 dias

O planejamento para os cem primeiro dias de mandato, a redução da estrutura administrativa do Paço Municipal e o “choque de gestão” na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) foram foco da primeira reunião do prefeito eleito de Goiânia, o ex-deputado federal Sandro Mabel (UB), com a sua equipe de transição, na noite de terça-feira (7). No encontro, de quase 7 horas, Mabel sinalizou para algumas das prioridades (veja quadro) para o início da gestão, em janeiro.

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Nesta quarta-feira (6), o prefeito eleito foi a Brasília para reuniões em três ministérios - Educação, Saúde e Desenvolvimento Regional - em busca de recursos para 48 projetos. A maior parte deles tem inclusão no plano para cem dias, especialmente melhorias em unidades de saúde e maior oferta de mais vagas da rede de ensino.

Mabel também participou de treinamento para prefeitos eleitos promovido pela Fundação Índigo, braço de formação e pensamento do União Brasil. Conforme antecipou o POPULAR nesta quarta, o futuro prefeito viajará a Londres (Inglaterra), dos dias 16 a 20 de novembro, como parte dos eventos promovidos pelo partido.

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A reunião de Mabel com auxiliares de sua transição ocorre paralelamente aos trabalhos da comissão definida em conjunto por ele e pelo atual prefeito Rogério Cruz (SD). No encontro, que começou às 17 horas, na Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), havia 129 ítens na pauta. Ao chegar em 80, uma nova reunião foi agendada para a manhã de sábado (9).

Além dos 14 integrantes que o prefeito eleito indicou para a comissão, também participaram outros técnicos convidados por Mabel.

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A equipe indicada por Cruz tem prazo até 11 de novembro para o envio de documentos solicitados pelo grupo da futura gestão.

No planejamento para os cem primeiros dias, estão previstas medidas relacionadas a compromissos de campanha feitos pelo ex-deputado, mas também houve a inclusão de novos pontos. A expansão de vagas em centros municipais de educação infantil (Cmeis), o atendimento pediátrico nas unidades e a regulamentação das feiras estão entre as promessas incluídas.

A intenção do grupo é enviar o projeto de lei da reforma administrativa à Câmara de Goiânia ainda este ano, como ocorreu na transição de 2020, quando o então prefeito Iris Rezende (MDB) enviou ao Legislativo a proposta feita pela equipe do prefeito eleito Maguito Vilela (MDB).

O presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), faz parte da comissão de transição, nomeado por Mabel, e tem dito nas reuniões não ver dificuldades na aprovação ainda este ano.

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Além de reduzir a estrutura administrativa, com junção de secretarias e redução de níveis de hierarquia, o prefeito eleito também já antecipou que pretende estabelecer um sistema de meritocracia para pagamento de gratificações a servidores. Mabel também deixa claro o seu perfil centralizador, repetindo que pretende cuidar pessoalmente de algumas áreas e acompanhar muito de perto outras.

<h2>Viagem</h2>

Mabel participou nesta quarta de um ciclo de palestras para 140 dos 591 prefeitos eleitos do partido nas maiores cidades do País, promovido pela Índigo, que é presidida pelo ex-prefeito de Salvador (BA) ACM Neto. O evento foi chamado de “Prefeito de Sucesso”.

O treinamento é focado em definição de planejamento estratégico, medidas de transição e gestão pública. A previsão é que o governador Ronaldo Caiado, pré-candidato à Presidência da República pelo UB, faça o encerramento do evento, nesta quinta-feira (7).

Dos participantes do treinamento, 15 prefeitos foram escolhidos para a agenda internacional organizada pela entidade. Mabel disse que resistiu ao convite porque está focado nas reuniões de transição, mas que o partido insistiu na presença. “Não queria ir porque estamos muito atarefados, mas como o partido insistiu, achei por bem participar”, afirmou.

A fundação informou que a intenção é que os futuros prefeitos conheçam programas bem-sucedidos desenvolvidos na capital inglesa, com agenda que inclui visitas a instituições públicas e privadas, encontros com lideranças governamentais e dirigentes empresariais.