A Prefeitura de Goiânia contratou uma nova empresa para realizar testes do novo coronavírus do tipo RT-PCR. O Cientificalab Produtos Laboratoriais e Sistemas, de Barueri, São Paulo, do Grupo Dasa, foi contratado por R$ 1,5 milhão para realizar 10 mil testes. O contrato com o antigo laboratório, o HLAGyn, de Goiânia, se encerrou. A escolha da empresa foi feita por dispensa de licitação devido a urgência da pandemia.Enquanto o novo laboratório não começa a realizar testes, os exames do tipo PCR são feitos pela Universidade Federal de Goiás (UFG), que faz uma média de 150 a 200 testes diários para a Prefeitura de Goiânia, segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do município, Yves Mauro Ternes. Com a nova empresa, a SMS deve ampliar sua capacidade para mais de 300 testes por dia, de acordo com Yves. O superintendente explica que ela foi escolhida porque apresentou o menor preço.Reportagem do POPULAR publicada na edição do dia 15 de julho mostrou que houve um congestionamento de amostras para testes de Covid-19 nos laboratórios privados que atendem Goiás, entre eles o HLAGyn. Na época, houve aumento do tempo de espera para ter resultados e diminuição na quantidade de testes feitos em algumas cidades, como Goiânia, Aparecida e Anápolis. A escassez coincidiu com uma alta demanda de teste em Rio Verde. O HLAGyn aumentou sua capacidade para cerca de 5 mil exames diários. No começo do mês essa média era de cerca de 2,2 mil por dia e até semana passada era por volta de 3 mil. Esse aumento foi possível com a aquisição de três robôs que aceleram a extração do RNA, uma das etapas do teste. Cada máquina faz a extração de 100 amostras em uma hora.Outros laboratórios também estão investindo em tecnologia para acompanhar a demanda por testes e evitar novos congestionamentos. O Grupo Pardini, que tem sede em Belo Horizonte (MG) e é representado em Goiás pelo laboratório Padrão, realiza atualmente entre 6 mil e 7 mil testes diários de Covid-19. Apesar da corrida dos laboratórios por mais testes, ainda há relatos de demora para resultados. Em Anápolis, os resultados de testes PCR, contratados pela prefeitura em laboratórios privados, continuam atrasados desde quando houve o congestionamento de amostras no início do mês de junho.