Qual é o grande problema da crise na Saúde municipal na sua avaliação? Graves problemas de gestão, como, por exemplo, recursos do Ministério da Saúde desviados da finalidade para a qual foram transferidos. Com isso, além da falta de UTIs, com pessoas que morreram na fila à espera de vaga, houve serviços indispensáveis que foram suspensos, como cirurgias que deixaram de ser realizadas porque não pagaram anestesistas, entre outras diversas situações. Uma violação sem precedentes aos direitos dos pacientes. O MP identificou declínio no quantitativo dos leitos de UTIs em Goiânia? Conforme a investigação concluída pelo MP, houve paulatina restrição do acesso dos usuários do SUS a leitos de UTI até a supressão total da oferta em diversos hospitais da rede de Goiânia. O Hospital e Maternidade Santa Bárbara contabilizou 2.598 diárias de UTI no ano de 2018. O número reduziu para 320 diárias em 2023, redução de aproximadamente 88% e, nos primeiros três meses de 2024, não houve internações. Situação semelhante a do Hospital Infantil de Campinas, do Hospital da Criança e do Gastro Salustiano Hospital.