O juiz Adriano Roberto Linhares Camargo, titular da 2ª Vara Criminal de Anápolis, prorrogou até 26 de dezembro a prisão temporária de dez policiais militares e de outras duas pessoas que são investigadas pela Operação Malavita, suspeitas de praticar crimes na disputa pelo tráfico de drogas na cidade. Outros três investigados que estavam presos, incluídos dois policiais militares, passaram a cumprir medida cautelar, usando tornozeleiras eletrônicas. A decisão é de quinta-feira. O prazo da prisão temporária é de 30 dias.A Operação Malavita foi deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil, em 29 de outubro, em Anápolis. Os integrantes do grupo aterrorizavam a cidade, na disputa pelo tráfico de drogas, usando até máscaras de palhaço, para invadir casas de traficantes rivais, e aparelhos de rádio comunicador, para trocar informações entre eles, como revelou a reportagem A farda como arma criminosa, publicada em 16 de novembro pelo POPULAR.Seguem presos os PMs Thiago Marcelino Machado, Erick Pereira da Silva, Fabiano de Borba Ferreira, Wilker Pereira Torres, Wenderson Silva Almeida, Thiago Lacerda Campos, Welton da Silva Veiga, Marcio Antônio da Silva, Marcos Pereira Santana e Raihon Severino Barbosa. A prisão temporária também foi prorrogada para Jorge Marcos Pereira e Fábio Henrique dos Santos.Os três suspeitos que passaram a usar tornozeleiras eletrônicas são o 2º sargento da PM Lúcio Mariano Borges e o soldado Victor Lemes Vaz da Costa, além de Marcelo Felipe de Almeida, o Tatiquinho. No total, são cinco policiais civis, quatro PMs e dois civis.As investigações correm em segredo de Justiça, mas o POPULAR apurou que o inquérito elenca 54 vítimas do suposto grupo criminoso, 34 delas assassinadas. Casos de extorsão, ameaça e sequestro também estão entre os crimes investigados pela Draco, cujos trabalhos são acompanhados pelo Grupo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).-Imagem (Image_1.725528)