-Imagem (1.1615876)Com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em roubo e receptação de cargas roubadas, a Polícia Civil do Distrito Federal (DF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), a Operação Pullum. Até as 11 horas, oito mandados de prisão já haviam sido cumpridos e uma carga de cigarros tinha sido apreendida. Além de quatro cidades do DF, os mandados também foram cumpridos em Goiás nas cidades de Valparaíso, Novo Gama e Luziânia.Chefe da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), responsável pela operação, o delegado Marco Aurélio Vergílio de Souza afirmou que o grupo contava com o auxílio de pessoas dentro das empresas-alvo para conseguir executar o crime com maior eficiência. Dois funcionários foram identificados e presos por envolvimento no repasse de informações para os suspeitos.“Eles assediavam funcionários das empresas buscando saber o itinerário, a mercadoria que seria transportada, o valor dessa mercadoria e se a cara ou o próprio veículo tinham rastreamento”, diz o delegado. “Eles tomavam vários cuidados visando a otimização da execução do crime e também já dar uma destinação mais rápida junto a receptadores interessados naquela determinada mercadoria”, continua ele.De acordo com o investigador, o grupo utilizava armas de fogo durante as ações e vários veículos. Os integrantes, de cinco a seis pessoas, atuavam disfarçados com toucas, óculos, bonés e luvas, tentando não deixar pistas para serem localizados e continuarem a cometer os crimes.Até o momento, diz Souza, os funcionários presos não deram detalhes sobre a forma como eram abordados pela quadrilha, mas confirmaram que passaram a fazer acordos com indivíduos do grupo em troca de dinheiro. Há suspeita de prática de seis delitos, cinco praticados no Distrito Federal e um em cidades do Entorno do DF, em Goiás. As cargas subtraídas pelo grupo estão avaliadas em R$ 500 mil.“Nós recuperamos parte dela, relacionada a cigarros, e vamos buscar nos aprofundar em outros crimes ocorridos no mesmo período, que têm semelhança, e em que eles podem estar envolvidos também”, afirma o chefe do Corpatri.Um receptador também foi identificado, segundo o delegado. “Ele não tinha como comprovar o material que foi encontrado junto à sua distribuidora e informou que o adquiria de uma pessoa de Goiás, que não tinha nenhuma documentação ou nota. Ou seja, ele sabia que a procedência não era legal”, explica.Os suspeitos serão indiciados por organização criminosa e, conforme for comprovada a participação dos indivíduos nos crimes, podem ser também enquadrados nos delitos de roubo majorado, por haver o emprego de arma, e receptação.-Imagem (1.1615849)