Os quatro profissionais ligados à montagem da rampa que desabou durante o Rap Mix Festival, em julho de 2023, em Goiânia, foram condenados por lesão corporal culposa, com penas de detenção em regime aberto que foram transformadas em prestação pecuniária, cujo valor ainda será definido pela Justiça. A queda de uma altura de até cinco metros da estrutura metálica que ligava a arquibancada ao gramado, no Estádio Serra Dourada, deixou ao menos 77 pessoas feridas, sendo que algumas ficaram com sequelas. Laudo pericial feito pela Polícia Técnico-Científica apontou que a causa determinante para o acidente foi a montagem improvisada da rampa. O engenheiro Alex José de Rezende e o arquiteto Enio Gonçalves Lois, que assinaram os documentos técnicos em relação à estrutura, e Deives Rogério Vono, que atuou como gestor do processo de montagem, tiveram uma pena de 3 meses de detenção em regime aberto convertida em prestação pecuniária, enquanto o projetista José Miguel Miranda Gomes teve uma pena 10 dias maior, também transformada em uma pena restritiva de direitos. No caso de José Miguel, a Justiça considerou que ele, além da negligência, não observou regra técnica de profissão, o que é um agravante, segundo o Código Penal.