A Polícia Civil de Minas Gerais encerrou a investigação sobre a queda do paredão que matou dez pessoas numa lancha no lago de Furnas, em Capitólio, em 8 de janeiro deste ano, e concluiu que a tragédia ocorreu devido a causas naturais, sem influência humana.A investigação determinou ainda que não havia indícios aparentes que pudessem apontar para o desprendimento do paredão.Ao mesmo tempo, verificou que outros pontos próximos ao local do acidente apresentam problemas semelhantes, visíveis, e que quedas semelhantes poderão ocorrer. Os passeios de lancha pela região estão proibidos desde o dia do acidente. Conforme perícia geológica realizada pela corporação, a queda do paredão ocorreu por dois motivos. Na parte inferior, por correnteza provocada por cachoeira que desemboca no lago e fica próxima à rocha, e, em sua parte superior, pela ação do vento e da chuva no próprio bloco que se desprendeu, cuja constituição física, de muitas fendas horizontais e verticais, chamadas fraturas, ajuda na influência de agentes naturais.O paredão que se desprendeu e caiu sobre a embarcação tinha 900 toneladas, conforme cálculos da Polícia Civil. No momento do acidente, havia no local oito lanchas e uma moto aquática. A embarcação em que estavam as vítimas se chamava Jesus e tinha, além do piloto, nove turistas.As investigações apontaram que os pilotos que navegavam com turistas pela região no dia do acidente, e conseguiram escapar do local, não tinham conhecimento de alerta emitido pela Defesa Civil de Minas Gerais na manhã do dia 8. O acidente ocorreu no início da tarde.Segundo o delegado regional de Passos, Marcos Pimenta, responsável pelas investigações, é possível que os pilotos já tivessem saído para o lago no momento do alerta. O inquérito será enviado para o Ministério Público. (Folhapress)