Em Goiás a população sente na saúde os efeitos da estiagem prolongada. Nas regiões Norte, Oeste e Leste, já são mais de cem dias sem chuva; na Grande Goiânia, a seca dura mais de 60 dias. Com a umidade do ar abaixo de 20%, poluição atmosférica e o alerta máximo para risco de incêndios, o alerta é máximo. Embora com números abaixo do que os registrados em 2024, as queimadas preocupam as autoridades porque elas contribuem para piorar a qualidade do ar, além de colocar em risco bens materiais e a própria vida, humana e da fauna. Na maioria das vezes, as ações são criminosas. Os incêndios urbanos, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), são os maiores responsáveis pela poluição do ar. “As pessoas ainda têm o hábito de usar o fogo como instrumento de limpeza em lotes baldios ou fundos de quintal. E essa grande quantidade de incêndios urbanos causa a poluição atmosférica que estamos observando”, afirma o major bombeiro militar Sayro Geane Oliveira dos Reis, da Operação Cerrado Vivo. Ele lembra que focos de incêndios de grande proporção próximos à capital, como o que ocorreu no final de semana próximo a Nerópolis, também contribuem para agravar as condições atmosféricas. Os Bombeiros e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) têm concentrado esforços em unidades de conservação perto de Goiânia para evitar uma piora na qualidade do ar.