Testemunhas que presenciaram o crime e vídeos feitos por câmeras de segurança de imóveis da região onde ocorreu o assassinato do radialista e comentarista esportivo Valério Luiz de Oliveira, de 49 anos, filho do também comentarista Manoel de Oliveira, poderão ajudar a polícia a identificar o autor do homicídio, que ocorreu ontem à tarde, na Rua T-38, no Setor Serrinha. A informação é da delega da titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), Adriana Ribeiro. Por volta de 14 horas de ontem, o radialista e seus colegas terminaram de gravar mais uma edição do programa Debate Esportivo, na Rádio AM 820, que fica na Rua Teixeira de Freitas. Logo em seguida, Valério saiu da rádio e seguiu para o seu carro, que estava estacionado na Rua T-38, quando um homem em uma moto atirou uma vez contra ele, que já estava dentro do veículo. O carro do radialista desceu a rua desgovernado, e quando parou, o homem desceu da motocicleta e continuou atirando contra Valério. Foram mais seis tiros. Todos os sete disparos atingiram o comentarista esportivo, que morreu no local. Depois de atirar contra o radialista, o motociclista, que estava de capacete, fugiu pela Rua Teixeira de Freitas, na contramão. A Polícia Militar (PM) chegou a essa descrição do crime depois de ouvir três testemunhas que estavam perto do local. Uma delas presenciou o assassinato da sacada de um dos apartamentos de um prédio da região. “Algumas testemunhas nos passaram informações, inclusive do biotipo do autor. Estamos identificando todas as câmeras de segurança da região, na tentativa de encontrar pistas deste homem”, disse o tenente da PM, Vicente Martins. O pai de Valério Luiz, Manoel de Oliveira, chegou logo depois ao local onde o radialista foi assassinado. Revoltado, ele afirmou várias vezes que sabia quem tinha mandado executar o seu filho mais velho. “Mataram meu filho, eu sei quem foi que mandou matar meu filho”, gritou. Familiares e amigos de Valério Luiz tentaram acalmar Manoel de Oliveira, que foi levado para dentro da Rádio 820. Todos estavam muito abalados. O repórter da Rádio AM 820, Fred Silveira, que trabalhava com Valério ontem de manhã, conta que saiu do local junto com o radialista. “Nós saímos juntos, mas eu fui para o meu carro que estava na Rua Teixeira de Freitas e ele seguiu para a T-38. Eu não vi nada”, disse. Um dos funcionários de uma escola de idiomas que fica bem em frente do local onde Valério foi executado disse que ouviu um tiro e um pouco depois os outros. O carro do radialista chegou a bater no dele que estava estacionado em frente à escola. “Saí para ver o que tinha acontecido e vimos o comentarista dentro do carro. Dava para ver que ele ainda respirava”, lembra. Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou logo depois ao local e atestou o óbito do comentarista. O presidente da Associação dos Cronistas Esportivos de Goiás, Romes Xavier, falou que apesar de ser um crítico polêmico, Valério era uma pessoa tranquila, de boa convivência. “Em nome da imprensa esportiva vamos cobrar da polícia a elucidação desse crime bárbaro”, declarou. Romes contou que tanto a Rádio AM 820, quanto a PUC TV, locais onde Valério trabalhava, foram proibidas de fazer matérias no Atlético Clube Goianiense, por causa de comentários considerados ofensivos, feitos pelo radialista recentemente.-Imagem (Image_1.173363)-Imagem (Image_1.173361)-Imagem (1.173348)