O tema da redação neste primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, já era esperado por professores e alunos goianos. Com a prova caracterizada nos últimos anos por destacar os direitos coibidos socialmente de minorias, como de mulheres, povos originários, negros e outros, professores afirmam que há alguns anos já havia a expectativa de que o etarismo, ao tratar das dificuldades das pessoas acima de 60 anos, fosse o tema a ser discutido, o que ocorreu neste ano, justamente quando as inscrições no Enem teve um recorde de pessoas dessa idade (17.192). Professora do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Pedro Xavier Teixeira, Allyne Alves, da rede estadual de ensino, falou sobre o tema na última sexta-feira (7) aos seus alunos. No caso, o trabalho foi em cima do analfabetismo de pessoas com mais de 60 anos. “Eu cheguei a falar que o tema idoso estava para cair no Enem, neste último aulão. Nós trabalhamos essa questão sob a perspectiva de duas minorias: o analfabetismo e o etarismo”, conta Allyne. Com isso, ela acredita que o tema não foi uma surpresa para os inscritos, tendo sido trabalhado em salas de aula. “Nos últimos anos, foi falado sobre minorias invisibilizadas e faltavam os idosos. É um tema bastante pertinente.”