Trânsito na Avenida Deputado Jamel Cecílio, na saída para a GO-020, no Jardim Goiás, em Goiânia: mobilidade extrapola limites da capital (Wildes Barbosa / O Popular) Há pelo menos duas décadas, a mobilidade urbana é citada nas eleições municipais de Goiânia como um problema a ser solucionado por uma próxima administração. Em resumo, a solução para a melhoria do trânsito, transporte e cotidiano da população é unânime: é preciso reduzir o uso dos veículos motorizados nas ruas da capital. A frota atual já soma 1.332.170 veículos, o que é cerca de 100 mil carros e motos a mais do que havia em 2021, quando começou a atual administração municipal. Se a solução é conhecida, como colocá-la em prática é um embate, até mesmo pela impopularidade de fazer o goianiense deixar o carro na garagem. O diagnóstico feito por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) para a composição do Plano Municipal de Mobilidade de Goiânia (PlanMob), a pedido da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh), verificou que mais da metade das viagens feitas na capital são de menos de 10 minutos. São deslocamentos feitos em até 5 quilômetros, o que, na visão dos especialistas, poderiam ser realizados por outros modais, como a bicicleta ou mesmo a caminhada, o que reduziria a quantidade de veículos nas ruas e, logo, aumentaria o espaço viário para a fluidez. A minuta do PlanMob traz diretrizes e ações para reduzir o uso do carro, mas segue sem ser oficializada ou enviada à Câmara Municipal de Goiânia.