A atual gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia já havia apontado, no começo deste ano, uma série de irregularidades no convênio de R$ 11,7 milhões feito sem licitação entre a gestão anterior da pasta, em junho de 2024, e o Instituto Idesp, de Palmas. A principal delas era o fato de os repasses financeiros terem sido realizados de forma célere, sem a devida comprovação de que o serviço fora executado. O contrato é alvo de investigação pela Polícia Civil, que nesta terça-feira (18) realizou uma operação de busca e apreensão em endereços dos envolvidos na suposta fraude. Entre os problemas encontrados pela SMS estão a ausência de ritos processuais como por exemplo o atesto do serviço prestado, que tem que ser emitido pelos servidores municipais nomeados como gestor e fiscal do contrato; os relatórios apresentados pelo instituto com o resumo da produção semanal não possuírem assinaturas de participantes no campo ‘aprovações’ que os validariam; a ausência do material que teria sido produzido e entregue pelo instituto; e a velocidade com que os pagamentos foram efetuados, o que se mostra “fora do fluxo processual praticado pela pasta”.