As bacias dos rios Meia Ponte e dos Bois, em Goiás, ainda possuem 25% de remanescentes de vegetação nativa, enquanto as do Médio Tocantins e Paranã alcançam 33%. É o que aponta um levantamento fruto de uma iniciativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG). A identificação precisa dessas áreas é essencial para estudos de conservação, manejo sustentável e monitoramento ambiental.

O Atlas dos Remanescentes de Vegetação Nativa do Estado de Goiás foi iniciado em dezembro de 2024, com o intuito de mapear esses territórios. “Surgiu pela necessidade de uma base confiável, que demonstrasse a realidade do remanescente de vegetação nativa no estado”, diz Robson Disarz, subsecretário de Licenciamento, Fiscalização e Controle Ambiental da Semad. Juntas, as duas bacias mapeadas até agora representam cerca de 33% do território total de Goiás. O Atlas, que deve entregar todos os resultados até setembro de 2026, ainda vai mapear as bacias do Alto Araguaia e Rio Vermelho, Paranaíba, Médio Araguaia e Almas, São Francisco e Corumbá.

As bacias do Meia Ponte e dos Bois possuem 12,5 mil quilômetros quadrados (km²) de remanescentes, com predominância de florestas secas e úmidas. Já nas bacias do Médio Tocantins e Paranã são 36,5 mil km², com a maior parte de vegetação remanescente composta por savanas secas e úmidas. As diferenças entre os tipos de formações do Cerrado (floresta, savana e campo) estão principalmente na densidade vegetal, sendo as formações florestais mais densas e os campos menos densos.

Geógrafa e coordenadora do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Lapig), vinculado ao Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG, Elaine Silva esclarece que essa predominância de formação em cada uma das regiões se explica por causa do relevo, que na região Nordeste é mais montanhoso. “Tem essa perspectiva de ter uma vegetação mais ‘rala’”, conta. Já na região Centro-Sul do estado, onde o planalto predomina, a tendência é a presença de mais formações florestais.

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De acordo com Elaine, o Atlas é uma ferramenta poderosa de monitoramento ambiental e orientação de políticas públicas de preservação. Por meio dele é possível identificar, por exemplo, se os remanescentes estão isolados e se as áreas ao redor deles já sofreram muitas alterações. “Isso significa que esses remanescentes precisam de mais atenção”, afirma.&nbsp;

A mesma lógica se aplica às diferentes formações do Cerrado. As que ocorrem de forma mais rara em determinado território, como é o caso da savana seca na região Centro-Sul — encontrada em locais como as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Serra das Areias e Serra da Jiboia — acabam demandando maior atenção do poder público.

Com base na análise das bacias mapeadas até agora, Elaine destaca a qualidade dos remanescentes nas bacias do Meia Ponte e dos Bois. “As APPs (áreas de preservação ambiental), matas ciliares, precisam de muita atenção. Existem trechos de margens de rio em que elas são bem estreitas”, frisa. Ela observa ainda que muitos remanescentes estão “ilhados” por pastagens e lavouras. “Assim, os fragmentos (remanescentes) já estão sofrendo alterações. Uma formação florestal, por exemplo, que já está perdendo suas características e está quase como uma formação savânica”, comenta a especialista, acrescentando que isso afeta diretamente a resiliência e o potencial de biodiversidade da vegetação.

O mapeamento realizado pelo Atlas também ajuda a prever quais áreas têm maior potencial de risco. Nesse sentido, Elaine afirma que apesar de a região Nordeste apresentar uma proporção maior de remanescentes, já se percebe avanço de pastagens e lavouras no local — mesmo sendo um terreno mais acidentado, o que não é ideal para essas atividades. “Ocupação chegando de forma intensa”, avalia.

De acordo com ela, o cenário é preocupante, pois a área, que atualmente abriga uma grande quantidade de remanescentes, pode acabar degradada. Um problema em potencial é a Medida Provisória (MP) 1308/25, que cria a Licença Ambiental Especial (LAE) para empreendimentos considerados estratégicos pelo governo federal e que foi aprovada pelo Senado Federal na última semana. Ela ainda depende da sanção do presidente Lula (PT), mas é apontada como um risco por defensores do meio ambiente, que temem o avanço do desmatamento. “O que levamos quatro décadas para perder, pode se perder em uma década”, alerta Elaine.

A ideia é que os resultados obtidos no Atlas ajudem a pautar uma série de atividades da Semad relacionadas ao monitoramento e preservação ambiental, como a emissão de licenças ambientais, análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e da Declaração Ambiental do Imóvel (DAI), aprovação de reserva legal e checagem de confirmação de APPs. As reservas legais poderão, por exemplo, subsidiar a formação de corredores ecológicos. “Para juntar áreas verdes de propriedades privadas com unidades de conservação”, finaliza Disarz, subsecretário de Licenciamento, Fiscalização e Controle Ambiental da pasta.&nbsp;&nbsp;

Maior precisão

O mapeamento realizado pelo Atlas dos Remanescentes de Vegetação Nativa do Estado de Goiás promete apresentar precisão maior do que outros levantamentos já feitos no Cerrado sobre o mesmo tema. Isso se deve ao uso de imagens de alta resolução fornecidas pelo programa brasileiro de satélites chamado CBERS. Com essa tecnologia, o estudo alcança um nível de detalhamento cerca de 20 vezes superior ao dos mapas de uso e cobertura do solo do MapBiomas Brasil, que era a referência utilizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

O subsecretário de Licenciamento, Fiscalização e Controle Ambiental da pasta, Robson Disarz, explica que essa diferença já pode ser percebida ao se constatar uma quantidade maior de remanescentes no mapeamento da Semad em comparação com levantamentos anteriores. “Com esse levantamento, por ele ser mais preciso, a gente tem a capacidade de mapear fragmentos menores, principalmente áreas de preservação permanente (APPs) que são próximas a córregos, que pelas imagens e metodologias dos levantamentos que tínhamos até o momento não eram passíveis de ser mapeadas e, portanto, não eram contabilizadas”, esclarece Disarz.

O levantamento mais recente sobre o tema é o do MapBiomas Brasil. Divulgado em outubro deste ano, ele também trabalha com dados de 2024 e apontou que, atualmente, 47,9% do Cerrado são ocupados por uso antrópico e 51,2% permanecem cobertos por vegetação nativa. O mapeamento abrange as mudanças ocorridas entre 1985 e 2024, período em que o bioma perdeu 40,5 milhões de hectares de vegetação nativa — o equivalente a 28% de sua cobertura original. Segundo o estudo, a proporção de vegetação nativa em Goiás no ano passado foi de 36%.

Campo

O trabalho conduzido pela Semad em convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG) não se baseou apenas na análise de imagens de satélite de altíssima resolução, mas também em verificações em campo. Para superar a limitação relacionada à resolução das imagens, a Semad promoveu, em 2022, uma consulta pública em formato de seminário, reunindo pesquisadores universitários para discutir a metodologia. Um dos consensos estabelecidos foi a necessidade de validação em campo, considerada essencial para garantir precisão e refinamento aos dados.

Desse debate, foi elaborado um termo de referência que orientou o contrato firmado entre a Semad e o Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Lapig), vinculado ao Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG. Nesse processo, cabe à secretaria monitorar a coleta e o tratamento dos dados por parte da universidade.

A elaboração do levantamento envolveu uma equipe multidisciplinar formada por especialistas em biologia, ecologia, geografia, ciências ambientais e sensoriamento remoto, com ênfase em interpretação visual. A visita de campo nas bacias dos rios Meia Ponte e dos Bois ocorreu em outubro de 2024, durou sete dias e checou 106 pontos. Já nas bacias do Médio Tocantins e Paranã foram realizadas duas campanhas, totalizando sete dias e 71 pontos verificados.

Os mapeamentos mostraram uma grande quantidade de remanescentes em áreas de preservação já conhecidas, como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, mas evidenciaram, sobretudo, os remanescentes existentes fora das unidades de conservação. “A importância dele (levantamento) é mapear o que está fora das unidades para sabermos o que temos na totalidade de remanescentes”, frisa Disarz.

Outros benefícios

Conforme a Semad, o Atlas também trará dados mais detalhados sobre a participação de Goiás no sequestro de gases de efeito estufa, considerando que cada tipo de formação vegetal (florestal, savana e campo) mapeada exerce um papel específico nesse mecanismo.

Outra função importante do Atlas está relacionada ao avanço das próximas etapas do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), cujo foco central é a conservação dos remanescentes de vegetação nativa. Com essas informações aprimoradas, a Semad terá mais segurança para definir quais municípios devem ser priorizados na inclusão ao programa.

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Remanescentes de vegetação nativa variam entre 25% e 33% em Goiás

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Meio Ambiente

VÍDEO: Secretaria de Meio Ambiente investiga a morte de peixes no Rio Claro, em Caçu

<div attr-cid="policy:1.3337159" attr-version="policy:1.3337159:1763154411" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3337159" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3337159', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3337159">VÍDEO: Secretaria de Meio Ambiente investiga a morte de peixes no Rio Claro, em Caçu (1.3337159)</a></div>

A Secretaria de Meio Ambiente de Caçu investiga a morte de peixes registrada no Rio Claro após moradores encontrarem dezenas de animais, principalmente da espécie mandi, boiando em um trecho próximo a cidade. Amostras de água e dos peixes foram recolhidas para análise em Goiânia.&nbsp;

Em nota divulgada nas redes sociais,&nbsp;a Prefeitura de Caçu informou que “as equipes técnicas estão acompanhando a situação e realizando as análises pertinentes para identificar as causas do ocorrido e adotar as medidas cabíveis” (leia ao final da matéria a nota completa).

Ainda não há orientações específicas sobre restrições de pesca, banho ou consumo de peixes no trecho afetado, e novas medidas devem ser definidas após a conclusão dos laudos.

A Secretaria de Meio Ambiente de Goiás (Semad) também informou que ainda vai iniciar investigação própria sobre o caso.

<ul>
	<li>Veja a reportagem da TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/secretaria-de-meio-ambiente-de-cacu-investiga-morte-de-varios-peixes-no-rio-claro-14093017.ghtml" target="_blank">Secretaria de Meio Ambiente de Caçu investiga morte de vários peixes no Rio Claro</a></li>
</ul>

Segundo informações da TV Anhanguera, fiscais da prefeitura esteveram no local acompanhados pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar e pela Polícia Civil. As equipes coletaram material que deve apontar se a mortandade ocorreu por fatores naturais — considerados menos prováveis — ou por algum tipo de contaminação. Acima do ponto onde os peixes foram encontrados, há uma usina hidrelétrica, que também foi vistoriada para descartar possíveis causas relacionadas ao empreendimento.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-go-prop-e-ac-o-civil-contra-saneago-e-semad-por-poluic-o-em-bela-vista-de-goias-1.3327411" target="_self">MP-GO propõe ação civil contra Saneago e Semad por poluição em Bela Vista de Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cobra-de-mais-de-2-metros-e-encontrada-na-cozinha-de-casa-durante-mudanca-1.3336021" target="_self">Cobra de mais de 2 metros é encontrada na cozinha de casa durante mudança</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/trilhas-e-cachoeiras-conheca-area-turistica-que-e-alvo-de-disputa-entre-tocantins-e-goias-1.3333602" target="_self">Trilhas e cachoeiras: conheça área turística que é alvo de disputa entre Tocantins e Goiás</a></div>

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Peixes mortos no Rio Claro, em Caçu (Reprodução / TV Anhanguera)

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Até o momento, a principal suspeita levantada pelo órgão municipal é de contaminação da água, mas exames laboratoriais ainda são necessários para confirmar a origem da mortandade e identificar eventuais responsáveis.

A reportagem procurou o Batalhão Ambiental da Polícia Militar e a Polícia Civil, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.&nbsp;

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Fiscais da Secretaria de Meio Ambiente durante verificação dos animais no Rio Claro, em Caçu (Reprodução / TV Anhnaguera)

<h2>Nota da Prefeitura Municipal de Caçu</h2>

MORTANDADE DE PEIXES NO RIO CLARO&nbsp;

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa à população de Caçu que já está adotando todas as providências necessárias em relação à mortandade de peixes registrada no Rio Claro.&nbsp;

As equipes técnicas estão acompanhando a situação e realizando as análises pertinentes para identificar as causas do ocorrido e adotar as medidas cabíveis.&nbsp;

A Secretaria reforça seu compromisso com a preservação ambiental e com a transparência nas ações voltadas à proteção dos recursos naturais do nosso município.&nbsp;

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE&nbsp;

PREFEITURA DE CAÇU&nbsp;

Secretaria de Meio Ambiente investiga a morte de peixes no Rio Claro, em Caçu

Peixes mortos

A COP30 em Belém reposiciona o Brasil no centro do debate climático mundial e impõe uma tarefa urgente: transformar compromissos globais em políticas que atuem nas nossas paisagens e cidades. Se a Amazônia simboliza a proteção de florestas, o Cerrado é o bioma estratégico onde se decide a segurança hídrica, a resiliência dos territórios e a sustentabilidade da produção. Proteger o Cerrado é proteger nascentes, aquíferos e a capacidade de abastecer o país.

Mais de 85% da população brasileira vive em cidades, e é nelas que a crise climática se manifesta com maior intensidade: enchentes, ilhas de calor, estiagens e eventos extremos que já integram o cotidiano urbano. O recente tornado que devastou Rio Bonito do Iguaçu (PR), com destruição de bairros e perdas humanas, lembra que adaptação urbana deixou de ser uma agenda futura e virou prioridade imediata.

O governo federal avança em instrumentos para que a agenda climática chegue às ruas. O Novo PAC tem incluído investimentos em drenagem urbana, mobilidade limpa, habitação sustentável e eficiência energética. A iniciativa AdaptaCidades (MMA) apoia municípios na elaboração de planos de adaptação; estudos coordenados por órgãos federais e pelo BNDES identificam 187 projetos de mobilidade urbana e estimam investimento da ordem de R$ 430 bilhões para sistemas coletivos de média e alta capacidade. O Fundo Tropical “Florestas Para Sempre” mobiliza recursos globais, mais de US$ 5 bilhões, captados para conservação e restauração dos biomas tropicais.

A transição energética é central nesta agenda. O Brasil tem condições para ampliar renováveis solar, eólica e bioenergia e para eletrificar o transporte público. Goiás reúne condições para ser exemplo: potencial solar, biomassa e redes urbanas que podem integrar ônibus elétricos e logística de baixa emissão. Articulação entre ministérios, estado e municípios é crucial para transformar potencial em obras e empregos verdes.

Mas a ação climática só será legítima se for justa. As populações mais vulneráveis em encostas, várzeas e periferias sem saneamento sofrem primeiro e mais. Investir em drenagem, saneamento, transporte coletivo de qualidade e habitação segura é política de proteção de vidas e redução de custos de desastre. Integrar agricultura sustentável e restauração no Cerrado reconecta produção com preservação, gerando renda e resiliência.

A COP30 terá significado apenas se conseguirmos traduzir o debate em obras nas cidades e no Cerrado. Nas praças, nos terminais, nas nascentes recuperadas e nas comunidades protegidas se verá se a transição é real. O Brasil tem conhecimento técnico, recursos e vontade política. Cabe a parlamentos e governos locais tornar compromissos em políticas que protejam o clima e promovam justiça social, começando pelo Cerrado e chegando às cidades.

Sob a liderança do presidente Lula há convergência política para avançar com investimentos que tornem essa agenda realidade.

Rubens Otoni, deputado federal pelo&nbsp;PT de Goiás

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

Cerrado, cidades e clima

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Rubens Otoni

Jardim de Maytrea

<img attr-cid="policy:1.3332706" attr-version="policy:1.3332706:1762348239" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3332706/WhatsApp Image 2025-11-05 at 10.02.23.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Atrizes globais visitam pontos turísticos da Chapada dos Veadeiros (Reprodução/ Instagram de Letícia Spiller e Instagram de Isadora Cruz)

A beleza natural do Cerrado serve como cenário de “Coração Acelerado”, nova novela das sete da TV Globo que está sendo filmada em Goiás. Nas redes sociais, o elenco compartilha passeios pelos principais pontos turísticos da Chapada dos Veadeiros, localizada no entorno do Distrito Federal (DF).&nbsp; 
&nbsp; 
Letícia Spiller, atriz global que já esteve em várias produções da emissora, dará vida a personagem Janete, ao lado de Isabelle Drummond, Isadora Cruz e Filipe Bragança. “Autoconhecimento, concentração, respiração…e estar aqui, neste lugar, só me dá forças para um novo desafio. Que venha minha Janete! Evoé!”, disse a atriz em uma publicação. &nbsp; 
&nbsp; 
O Jardim de Maytrea, cartão postal da Chapada dos Veadeiros, impressionou a atriz: “Começar as gravações de Coração Acelerado nos Jardins de Maytrea foi muito significativo. Para quem não sabe esse é um lugar místico e sagrado aqui na Chapada dos Veadeiros”, escreve. &nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3332696" attr-version="policy:1.3332696:1762347866" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3332696" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3332696', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3332696">Jardim de Maytrea (1.3332696)</a></div>

Localizado às margens da GO-118, o ponto turístico é um campo do cerrado que está entre os municípios de Alto Paraíso de Goiás e São Jorge. Cercado pelo Morro da Baleia e o Morro do Buracão, o local preserva a vegetação local (veja as fotos acima).&nbsp;&nbsp;

​Isadora Cruz, que também integra o elenco, se aventurou pelas cachoeiras geladas da região e conheceu o Vale da Lua, ambiente que impressiona pelas pedras com formatos inusitados e pela paisagem misteriosa.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3332695" attr-version="policy:1.3332695:1762347751" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3332695/WhatsApp Image 2025-11-05 at 09.56.47.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Atriz Isadora Cruz visitando o Vale da Lua e cachoeira da região (Reprodução/ Instagram de Isadora Cruz)

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/novela-gravada-em-goias-corac-o-acelerado-tera-a-musica-como-protagonista-1.3331100" target="_self">Novela gravada em Goiás, 'Coração Acelerado' terá a música como protagonista</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/atriz-mostra-lado-bom-de-ser-goiano-durante-gravac-o-de-novela-ao-comer-pequi-e-ir-a-pit-dog-1.3332220" target="_self">Atriz mostra lado bom de ser goiano durante gravação de novela ao comer pequi e ir a pit dog</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/isadora-cruz-fala-sobre-dificuldade-com-o-jeito-de-falar-do-goiano-na-proxima-novela-da-globo-1.3332395" target="_self">Isadora Cruz fala sobre dificuldade com o jeito de falar do goiano na próxima novela da Globo</a></div>

<h2>Novidade na telinha&nbsp;&nbsp;</h2>

Criada e escrita por Izabel de Oliveira e Maria Helena Nascimento, Coração Acelerado estreia na TV Globo em janeiro de 2026 com a proposta de mostrar a cultura sertaneja em uma história de amor, identidade e potência feminina. &nbsp; 
&nbsp; 
A trama contará a história de Agrado Garcia (Isadora Cruz), uma cantora e compositora talentosa que batalha para conquistar uma carreira de sucesso. A jovem, que vê seu destino cruzado com o do famoso João Raul (Filipe Bragança), um astro do sertanejo em crise, vai precisar encarar a revolta da influenciadora Naiane (Isabelle Drummond), com quem ele tinha um romance.&nbsp;

No início de outubro, a equipe veio para Goiás para filmar a primeira parte da história, que se passa na cidade fictícia de Bom Retorno, vizinha de Goiânia.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3332716" attr-version="policy:1.3332716:1762349210" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3332716/WhatsApp Image 2025-11-05 at 10.21.09.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Bastidores das gravações da nova novela das sete (Reprodução/ Instagram de Letícia Spiller e Isadora Cruz)

Elenco da Globo conhece atrativos da Chapada dos Veadeiros durante gravações de nova novela; veja fotos

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BELEZAS GOIANAS 

Alertas sobre a degradação do Cerrado são constantes e preocupantes. Mas em tempos de avalanche de informações, após os suspiros, sigamos para as próximas notícias. Porém com a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30) no Brasil, notícias sobre o Cerrado retornam. Mas qual é a relação do Cerrado com a COP 30? Afinal, o evento será em Belém, na capital Pará, na Amazônia, o “coração verde do planeta”, e o que o Cerrado tem a ver com isso?

Sim, o Cerrado é essencial para o debate das mudanças climáticas, não apenas para o Brasil, mas para o mundo. No entanto, é um tipo de primo pobre entre os biomas brasileiros, tratado de forma marginal no que se refere as políticas públicas de proteção. Por exemplo, 57,3% do território da Amazônia é protegido por unidades de conservação e terras indígenas, enquanto do Cerrado são apenas 8,7%.

Por outro lado, ele é muito valorizado para que o Brasil permaneça com a sua sina de roça do mundo, com a exportação de commodities, na mesma lógica dos ciclos econômicos da colonização portuguesa, através do comércio do pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, cacau, café, algodão e borracha.

Mas atualmente, a vocação de fazenda, se caracteriza como uma forma de neocolonialismo pautado na venda da soja (15%), óleos brutos de petróleo (14%), minério de ferro (9,1%), açúcares (5,5%), óleos combustíveis de petróleo (3,6%), carne bovina (3,2%), farelo de soja (3,1%), celulose (3,1%), café não torrado (3%), carnes de aves (2,6%), dados oficiais de 2024, referente aos 10 produtos mais exportados pelo país.

Os números da exportação tiveram poucas mudanças ao longo das últimas décadas e o Cerrado tem total relação com os mesmos, pois 44,2% do seu território é ocupado pela agropecuária. Segundo o MapBiomas 77% da área de agropecuária no Brasil é ocupada por pastagem, soja e cana, e é no Cerrado que são produzidas mais da metade da soja e dois terços da cana, sem ignorar que 26% do seu território está ocupado por pastagens.

Mas também, boa parte da produção localizada fora, depende diretamente dele, pois é nele que nascem as principais bacias hidrográficas do país, no “berço das águas” do Brasil. Foram identificadas no Cerrado mais de 11 de plantas nativas, cerca de 200 espécies de mamíferos, 900 de aves, 1.200 peixes, 180 de répteis, 150 anfíbios.

Sem ignorar os invertebrados, aproximadamente 320 mil, dos quais 90 mil são insetos (Embrapa). Mas já se foram 110 milhões de hectares, 49% do total, junto com eles, bilhões de árvores, trilhões de animais e milhares de rios. Outros 21% do Cerrado estão em processo acelerado de destruição, na melhor das hipóteses ainda existem 30% de área preservada.

Pesquisas revelam que a interdependência entre a Amazônia e o Cerrado são vistais para e existência dos mesmos. Então, ou a COP na Amazônia discute com seriedade a questão do Cerrado ou, em um futuro próximo, ambos não existirão, juntamente, com todos nós!

Gabriel de Melo Neto, licenciado, mestre e doutor em Geografia.&nbsp;Professor, extensionista e pesquisador na&nbsp;Faculdade de Educação da Universidade Federal de Catalão (UFCAT)

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COP 30: e o Cerrado?

Gabriel de Melo Neto

O Popular