O limite no número de consultas eletivas vai prejudicar os usuários do plano de saúde do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo). A avaliação é do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), contrários à nova medida da autarquia.Presidente do Cremego, Aldair Novato Silva diz que melhorar atendimento não requer restrição de consulta. “Com as novas regras, o paciente não vai ter opção de procurar o médico que ele deseja, mas ficará ainda mais submetido a se consultar com aquele que estiver disponível no sistema de agendamento Ipasgo”, lamenta ele, para acrescentar: “Vejo com preocupação o fato de fazer restrição numérica no número de consulta.”A insatisfação com as novas regras do plano de saúde também é reforçada pelo secretário de administração do Simego, Alexandre Meneghini. “Se há 10% dos médicos que estão agindo de maneira desonesta ou pouca honesta, o Ipasgo tem de tomar alguma atitude, mas individualmente, sem prejudicar os demais também e à população”, reclama ele, antecipando que o sindicato vai consultar a categoria para avaliar se tomará alguma medida contra a nova portaria.As más práticas por parte de médicos devem ser apuradas e punidas, destaca Aldair. “O Conselho não apoia nenhuma má prática e os médicos precisam ter o tempo necessário para fazer o diagnóstico seguro. Não estamos atendendo ao Ipasgo. Atendemos a pacientes”, assevera o presidente do Cremego, destacando que existem especialidades que realizam atendimento o dia inteiro.O secretário do sindicato ressalta que o Ipasgo deve ser mais transparente com suas medidas, informando, conforme sugere, quais medidas foram tomadas em cada um dos casos identificados como supostamente irregulares. “O Ipasgo mudou a gestão, prometeu melhoras e não estamos enxergando esta melhora.” O presidente do instituto, Francisco Taveira Neto, não concedeu entrevista solicitada pelo POPULAR por motivos de agenda, segundo sua assessoria.