Goiânia viveu um verdadeiro caos na Saúde municipal em 2024. Em meio ao colapso, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) tomou uma atitude drástica e entrou com um pedido de intervenção do Estado na Saúde pública da capital. “Uma medida grave, como último remédio que a Constituição e as leis colocam para garantir o direito à vida e à saúde”, explicou o procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres. Apesar da gravidade, a medida sem precedentes foi vista como natural e até com um certo alívio pela população que acompanhava apreensiva a rotina de problemas nas unidades de saúde. Assuntos amplamente noticiados pela editoria Vida Urbana ao longo do ano, a crise nas maternidades, a falta de insumos básicos e medicamentos em Cais e UPAs, o lixo acumulado porque os funcionários da limpeza das unidades estavam sem receber salários, a falta de combustível para ambulâncias, além dos constantes anúncios de paralisação de médicos e enfermeiros se intensificaram no segundo semestre. O auge da crise ocorreu entre novembro e o início de dezembro, quando os pacientes começaram a morrer à espera de UTI. Pelo menos quatro pessoas perderam a vida enquanto aguardavam leitos de terapia intensiva.