A reforma do conjunto arquitetônico da Praça Cívica, com previsão de ser concluída até o fim de fevereiro de 2026, é apenas o início de um amplo projeto de requalificação do Centro de Goiânia, segundo a Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Enquanto toca obras dos prédios públicos tombados pelo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a pasta começou a estruturar, ainda internamente, propostas para que as demais construções com características art déco da Região Central passem por revitalização a partir do próximo ano.

“Estamos começando os estudos para uma verdadeira revitalização do Centro, e não só prédio por prédio. Estamos iniciando o estudo de ocupação, incentivo para proprietários, revitalização de fachadas. Algo maior”, adianta a secretária da Secult, Yara Nunes. A ideia inicial se concentra na Avenida Goiás, onde muitos edifícios art déco foram descaracterizados ao longo das décadas.

O plano não é intervir em imóveis privados, e sim pensar em soluções que permitam que os proprietários não sofram prejuízos, como incentivos fiscais. “Esses prédios pertencem a pessoas, muitas vezes com atividade econômica instalada. Não podemos impor. Por isso estamos estudando incentivos e formas de equilibrar tudo”, afirma.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/comeca-o-restauro-de-predios-da-praca-civica-em-goiania-1.3050917" target="_self">Começa o restauro de prédios da Praça Cívica, em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/predios-da-praca-civica-est-o-de-cara-nova-1.3081774" target="_self">Prédios da Praça Cívica estão de cara nova</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/apos-9-meses-restaurac-o-do-coreto-da-praca-civica-e-finalizada-1.2048947" target="_self">Após 9 meses, restauração do Coreto da Praça Cívica é finalizada</a></div>

Ela ainda explica que os espaços podem começar a ser ocupados de diferentes formas, mantendo as características e preservação do art déco: “Por exemplo, se a gente consegue ocupar esses prédios com restaurantes, galerias, lojas que as pessoas vão querer frequentar, a gente vai conseguir revitalizar e ocupar o centro”.

As intervenções ao longo da Região Central só devem começar depois de finalizadas as obras na Praça Cívica, que teve prazo anunciado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) durante discurso na última terça-feira (9). “Eu quero, até o dia 31 de março, entregar para vocês a Praça Cívica 100% recuperada. Vocês estão vendo que ela está ficando uma coisa mais linda. Vocês viram o Palácio (das Esmeraldas), como é que está? Vocês viram aqui agora o jardim? Estão vendo os prédios todos? Estou finalizando esse prédio aqui ao lado e o Zoroastro ali? Estão quase no final. Então, essa praça vai ser 100% restabelecida na sua condição de ser o maior conjunto arquitetônico art déco da América do Sul”, disse Caiado.

A Secult apresenta um prazo ainda menor: fevereiro de 2026. Com isso, a Secult finalizará as reformas nos prédios históricos sob responsabilidade direta do estado na Praça Cívica. Todas as intervenções custaram R$ 19,7 milhões. Sendo R$ 7,2 milhões para obras entregues e R$ 12,5 milhões para as que ainda estão em andamento.

A secretária diz que essa requalificação do Centro pode estimular tanto a ocupação da região quanto o turismo cultural, com possibilidades futuras como circuitos guiados passando pelos prédios históricos, a exemplo de um city tour que começa no Museu Frei Confaloni, na Antiga Estação Ferroviária de Goiânia, e termina na Praça Cívica. Embora ainda sem valores definidos, o estudo já está em andamento e deve ser repassado à próxima gestão como uma das propostas estruturantes para o patrimônio arquitetônico de Goiânia.

<h2>Entregas</h2>

Nos últimos três anos, a pasta concluiu a recuperação das fachadas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Goiás (Seds) e do Centro Cultural Marietta Telles, sede da própria Secult, além da revitalização externa do Palácio das Esmeraldas e da reforma completa da Chefatura de Polícia. Os serviços incluem reparos estruturais, impermeabilização, pintura interna e externa, reforço de segurança e correção de infiltrações. Na Seds também foram feitos reparos em fissuras, calhas, instalação de pingadeiras, reparo nos drenos dos aparelhos de ar-condicionado e pintura das janelas, portas e fachadas. No Palácio das Esmeraldas, reparos de fissuras no prédio, recuperação dos balaústres do guarda-corpo da varanda frontal, além de acabamentos nas paredes externas, impermeabilização com manta asfáltica, execução de ladrilho hidráulico, recomposição de peitoril em granilite e recuperação das fachadas externas.

A secretária Yara Nunes explica que a obra do antigo fórum, que atualmente abriga parte da Procuradoria Geral do Estado (PGE), e a restauração completa do Museu Zoroastro Artiaga são as últimas reformas em andamento. “Nossa previsão de entrega desses dois prédios é fevereiro de 2026”, afirma. Ela detalha que o antigo fórum receberá reforço de fundação, restauração das telhas cerâmicas francesas, recuperação de elementos originais, modernização das instalações e ampliação do hall. O prédio será transformado em um espaço cultural com salas permanentes e temporárias do Museu da Imagem e do Som (MIS), além de abrigar a administração da Secult no pavimento superior.

Outro ponto que passa por intervenções recentes é o Museu Pedro Ludovico, que está em fase final de uma revitalização que envolveu a substituição do telhado, recuperação do piso e correção de problemas estruturais antigos. “A gente encontrou ali o mesmo problema do Zoroastro, não existia rede de esgoto. Esses prédios mais antigos ainda têm estrutura semelhante a fossas. Estamos corrigindo isso agora”, conta Yara. A conclusão, antes prevista para dezembro, deve ficar para janeiro.

Yara afirma que parte dos atrasos ocorreu por entraves com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tanto em relação a uma promessa de repasse do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de R$ 1 milhão que não chegou quanto às exigências técnicas que elevaram custos. No caso do Zoroastro, a troca das telhas solicitada pelo Iphan, segundo a secretária, aumentou o peso da cobertura e exigiu reforço estrutural.

“Se lá no início a gente soubesse que o recurso não viria, essa obra já teria sido resolvida há muito mais tempo. O governador Ronaldo Caiado (UB) cobra essa revitalização da Praça Cívica há anos”, lembra.

Mesmo com o desgaste dos processos, a secretária diz que as obras criam um efeito direto na aproximação da população com os equipamentos culturais. Para ela, prédios revitalizados estimulam a ocupação. “As pessoas passam, veem o espaço bonito, convidativo, e querem entrar. Isso ajuda a formar público, porque a gente sabe que o goianiense ainda não tem muito hábito de visitar museus e galerias da própria cidade”, afirma.

Entre os 22 bens do conjunto arquitetônico art déco de Goiânia tombados pelo Iphan, cinco deles estão na Praça Cívica, sob responsabilidade do Poder Executivo estadual, além de outros equipamentos no entorno da Praça, como o Coreto, a Torre do Relógio e o Museu Pedro Ludovico. A reportagem procurou o Iphan sobre as obras citadas e não houve retorno.

Em comemoração ao centenário do art déco no mundo, o POPULAR publicou ao longo de 2025 uma série especial sobre as influências do movimento arquitetônico em Goiânia. Projetada nos anos 1930, a cidade incorporou o estilo em suas construções públicas e privadas, tornando-se uma das cidades brasileiras com maior número de obras nessa linguagem. Para ler, basta acessar o site do jornal.

Revitalização iniciada na Praça Cívica deve ser ampliada

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Art déco

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Web mudança no Ipasgo

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O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, em primeira votação, o projeto enviado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) para instituir a <a href="https://opopular.com.br/politica/mudanca-no-ipasgo-gera-insatisfac-o-na-base-e-tramitac-o-e-adiada-1.3347800" target="_self">cobrança de contribuição para dependentes do Ipasgo Saúde</a>, que atualmente são isentos. Depois do aval, com 25 votos favoráveis e 7 contrários, a matéria volta à pauta na sessão ordinária desta quinta-feira (11), para a deliberação definitiva antes de sanção ou veto.

O líder da base governista, Talles Barreto (UB), chegou a solicitar a realização de segunda sessão extraordinária ainda na noite desta quarta-feira (10) para realizar a segunda votação, mas o pedido foi negado pelo presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), que fez acordo com a oposição sobre a sequência da tramitação. Momentos antes, o texto foi debatido em reunião da Comissão Mista, que havia adiado a avaliação na terça, com pedido de vistas conjunto de deputados da base e da oposição.

Como informado pelo POPULAR, o projeto criou cenário de insatisfação entre os aliados, principalmente pelo fato de os governistas não terem sido comunicados previamente sobre a matéria ou a justificativa para a mudança. Os deputados caiadistas mantiveram reclamações, nos bastidores, ao longo das sessões desta quarta e apontaram falta de cumprimento do “protocolo” informal entre o grupo e o governo estadual.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mudanca-no-ipasgo-gera-insatisfac-o-na-base-e-tramitac-o-e-adiada-1.3347800" target="_self">Mudança no Ipasgo gera insatisfação na base e tramitação é adiada</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/quase-3-mil-beneficiarios-perdem-plano-apos-ufg-romper-com-ipasgo-saude-1.3324617" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Quase 3 mil beneficiários perdem plano após UFG romper com Ipasgo Saúde</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ipasgo-reajusta-tabela-de-valor-pago-para-medicos-por-consultas-1.3281645" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Ipasgo reajusta tabela de valor pago para médicos por consultas</a></div>

A mobilização dos aliados foi coordenada pelo líder da bancada e presencialmente pelo secretário estadual de Relações Institucionais (Serint), Armando Vergílio, que ficou na Casa até o fim da sessão extraordinária que deu o primeiro aval à matéria. O auxiliar visitou a Alego pelo segundo dia consecutivo diante das reações negativas de aliados, junto do presidente do Ipasgo, Bruno D’Abadia.

A força-tarefa para manter número mínimo de aliados durante a reunião da Comissão Mista e a sessão extraordinária ocorreu após ameaça de obstrução da oposição. Os deputados críticos ao texto lembraram que a aprovação do projeto que convalidou o aumento de alíquotas de ICMS sobre combustíveis contou com 15 votos favoráveis, mas os oito contrários foram fundamentais para alcançar o quórum mínimo de 21 votantes.

As discussões ocorreram sob protestos de pequeno grupo de servidores mobilizados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). Não houve engajamento de outras categorias, apesar do planejamento em reunião do Fórum em Defesa dos Serviços e dos Servidores Públicos de Goiás.

Representante de servidores públicos, o deputado estadual Coronel Adailton (SD) admite que o texto traz dificuldades e nega que as insatisfações na base tenham sido contornadas nos últimos dias, apesar da aprovação do projeto. “Não, não foi. Nós todos fomos incisivos sobre isso. Não é apenas o fato de a matéria ter chegado de surpresa. O ideal é que o governo, ao saber de uma matéria dessa, o secretariado nos chamasse e explicasse que vai ser sensível e dura para determinado setor. Era o mínimo que se poderia fazer, porque o governo tem ciência do desgaste político que essa matéria traz”, afirmou ao POPULAR.

O texto do Executivo prevê o pagamento de mensalidade por parte dos dependentes que hoje são isentos de “qualquer contribuição assistencial” e define que a obrigação será equivalente a 30% dos valores previstos na tabela atuarial do plano de saúde, conforme a faixa etária. Considerando a planilha vigente, pessoas entre 0 e 18 anos pagarão R$ 47,45 pelo plano básico e R$ 54,31 pelo especial. Já aqueles com 59 anos ou mais precisarão desembolsar R$ 207,33 e R$ 311,55.

A proposta, no entanto, pode ter impacto reduzido, já que a soma das contribuições dos dependentes não poderá ultrapassar o valor contribuído pelo titular. Na justificativa, a Secretaria de Economia argumenta que o padrão de cobrança única foi preservado na transição do Ipasgo do modelo de autarquia para o de Serviço Social Autônomo (SSA), regido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas o sistema “tornou-se progressivamente incompatível com a estrutura de utilização e com a necessidade de equilíbrio econômico-financeiro”.

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<h2>A favor e contra</h2>

Na aprovação em primeira votação foram a favor Amauri Ribeiro (UB), Amilton Filho (MDB), Anderson Teodoro (Avante), André do Premium (Avante), Bruno Peixoto (UB), Cairo Salim (PSD), Charles Bento (MDB), Coronel Adailton (SD), Cristiano Galindo (SD), Dra. Zeli (UB), Henrique César (Podemos), Issy Quinan (MDB), Jamil Calife (PP), Julio Pina (SD), Lincoln Tejota (UB), Lineu Olímpio (MDB), Lucas Calil (MDB), Ricardo Quirino (Republicanos), Rosângela Rezende (Agir), Rubens Marques (UB), Talles Barreto (UB), Véter Martins (UB), Virmondes Cruvinel (UB), Wagner Camargo (SD) e Wilde Cambão (PSD).

Já os deputados Antônio Gomide (PT), Bia de Lima (PT), Clécio Alves (Republicanos), Eduardo Prado (PL), Gugu Nader (Avante), Major Araújo (PL) e Mauro Rubem (PT) votaram contra a proposta. Não votaram os governistas Cristóvão Tormin (PRD), George Morais (PDT), Karlos Cabral (PSB), Lucas do Vale (MDB) e Vivian Naves (PP), além dos opositores Paulo Cézar Martins (PL), Gustavo Sebba (PSDB), José Machado (PSDB).

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Plenário da Alego durante a sessão extra que aprovou a nova contribuição ao Ipasgo Saúde (Maykon Cardoso / Alego)

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Cobrança de contribuição para dependentes do Ipasgo é aprovada

Política

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Assembleia

Web: Mabel admite alongar calamidade na Saúde para 2026

A Prefeitura de Goiânia publicou nesta quarta-feira (10) o decreto do prefeito Sandro Mabel (UB) que prorroga a <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-assina-prorrogac-o-da-calamidade-publica-na-saude-1.3348146" target="_self">calamidade pública na área da saúde na capital por mais seis meses</a> a partir de 1º de janeiro. Depois de todo o primeiro ano de gestão sob a vigência da condição, a gestão aponta a permanência de dificuldades financeiras e operacionais “latentes” e, além do decreto, enviou ofício à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) que analisará a solicitação.

Deputados estaduais ouvidos apontam que haverá debate na Casa, principalmente por conta da resistência enfrentada pela gestão municipal para alcançar a primeira renovação, em julho deste ano. Na oportunidade, no entanto, havia também a manutenção do status para a Secretaria Municipal da Fazenda, o que gerou os maiores questionamentos entre os parlamentares tanto da base quanto da oposição, além de parecer contrário do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM/GO)

Como antecipado por Mabel em entrevista ao podcast Giro 360, não houve pedido de continuidade da calamidade nas finanças e a vigência da condição na saúde seria mantida ao longo do primeiro semestre do próximo ano. Apesar da antecipação de posicionamentos contrários por deputados de oposição, o presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), acredita na aprovação da matéria sem grandes dificuldades. “Vou trabalhar junto aos deputados para viabilizar a aprovação. Pretendo conversar com todo mundo e acho que a Alego aprova”, afirmou Peixoto ao Giro na última semana.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Saiba mais sobre o recurso na CBN Goiânia:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/tarde-cbn/na-trilha-da-politica/calamidade-financeira-volta-a-pauta-e-estado-cobra-recursos-da-saude-1.3321706" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_self">Calamidade financeira volta à pauta e estado cobra recursos da saúde</a></li>
</ul>

A proposta da Prefeitura foi lida em plenário na sessão extraordinária desta quarta e a tramitação será iniciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “É um assunto que nós vamos debater e ouvir as considerações técnicas do prefeito e do secretário de saúde para dar atenção a um pedido importante da capital. Não temos posição firmada e vamos ouvir os motivos”, afirma o presidente do colegiado, Amilton Filho (SD).

Oposição tanto ao governo estadual quanto à gestão de Mabel, Clécio Alves (Republicanos), antecipou o debate sobre o tema antes mesmo do protocolo do ofício na Alego, e solicitou apoio dos colegas para a reprovação do pedido para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-assina-prorrogac-o-da-calamidade-publica-na-saude-1.3348146" style="font-size: 12px;" target="_self">Mabel assina prorrogação da calamidade pública na saúde</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-defende-manutenc-o-da-calamidade-e-pede-bom-senso-a-deputados-estaduais-1.3342547" style="font-size: 12px;" target="_self">Mabel defende manutenção da calamidade e pede 'bom senso' a deputados estaduais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-distribuiu-cargos-para-aprovar-calamidade-diz-ex-lider-1.3313272" style="font-size: 12px;" target="_self">Mabel distribuiu cargos para aprovar calamidade, diz ex-líder</a></div>

O primeiro decreto da calamidade na saúde da capital foi assinado em 2 de janeiro deste ano e houve prorrogação para a vigência no segundo semestre. O texto enviado à Alego inclui pareceres favoráveis à renovação elaborados pelas secretarias da Saúde, da Fazenda e da Casa Civil, além da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Na justificativa, a gestão aponta a existência de “dívidas astronômicas” herdadas, além de sucateamento da SMS, dificuldade de abastecimento de medicamentos e insumos e filas de espera para cirurgias e exames.

Ao retomar o cenário encontrado ainda na transição e, principalmente, no início do ano, o documento alega “grave cenário financeiro enfrentado pela Prefeitura, em especial aos desafios para administrar uma dívida astronômica herdada pela gestão anterior, que comprometeu diversas pastas”. De acordo com a exposição de motivos do prefeito, a situação “refletiu diretamente no planejamento e busca em recuperar o trágico estado financeiro da Secretaria de Saúde, levando assim à medida de decretar estado de calamidade no âmbito desta pasta”.

A solicitação de Mabel à Alego admite que “alguns pontos” da gestão na saúde demonstraram “evolução”, mas alega que o estado de calamidade financeira da secretaria “permanece latente”. Além de citar problemas para o pagamento de fornecedores, prestadores de serviços e os vinculados ao SUS, o texto aponta dificuldade de abastecimento de medicamentos e insumos, prejudicando também ações para diminuir filas de consultas, exames e cirurgias, por falta de “considerável investimento”.

<div attr-cid="policy:1.3342606" attr-version="policy:1.3342606:1764243139" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3342606" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3342606', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3342606">Web: Mabel admite alongar calamidade na Saúde para 2026 (1.3342606)</a></div>

<h2>Filas</h2>

A SMS indica no documento que registra mais 36 mil usuários na fila para cirurgia plástica; 13 mil para dermatologia; 11 mil para angiologia e doenças venosas e 9 mil para pequenas cirurgias, entre outros. Nos casos de média complexidade, seguem aguardando 182 mil usuários por ultrassonografia, endoscopia e colonoscopia, além de 80 mil para estudo urodinâmico, 35 mil para patologia clínica e 35 mil esperando por exames de alta complexidade.

“Tais prejuízos permanecem afetando diretamente o planejamento orçamentário desta pasta, de forma que, além das dificuldades mencionadas, como abastecimento de medicamentos e insumos, tem-se ainda diversos desafios financeiros, como promover o pagamento de fornecedores e prestadores que cobram diuturnamente notas fiscais em atraso”, define o projeto enviado por Mabel.

Em nota enviada ao POPULAR, a Secretaria Municipal de Saúde informa que a decretação de estado de calamidade tem o objetivo de “fortalecer a capacidade de resposta do poder público para enfrentamento da atual situação das redes de atenção à saúde na capital”. A pasta pontua “o instrumento jurídico permite a flexibilização de procedimentos administrativos, reduzindo prazos e formalidades incompatíveis com a urgência da atual conjuntura”.

A manifestação destaca que a calamidade é “fundamental para a aquisição rápida de medicamentos, insumos e equipamentos, contratação de serviços e profissionais de saúde e provimento de condições adequadas de infraestrutura nas 122 unidades de saúde”. A SMS ainda ressalta que a atuação da pasta segue monitorada por órgãos de controle e fiscalização e que tem Plano de Ação em andamento, pactuado junto ao Tribunal de Contas dos Municípios.

Mabel pede à Alego renovação de calamidade na Saúde por 6 meses

Prefeitura de Goiânia

Em dia marcado por reuniões de três comissões permanentes da Câmara Municipal de Goiânia, cinco projetos de lei de autoria da Prefeitura apontados como prioritários foram <a href="https://opopular.com.br/politica/seis-projetos-pedidos-por-mabel-s-o-aprovados-pelos-vereadores-1.3345792" target="_self">aprovados nos colegiados temáticos</a> nesta quarta-feira (10) e seguem agora para a segunda votação em plenário.

A reunião da Comissão de Finanças, Orçamento e Economia (CFOE), que confirmou três projetos de natureza financeira, foi a mais movimentada. O encontro foi longo, de quase duas horas, e marcado por manifestações contrárias às matérias pela oposição e intenso bate-boca entre os vereadores.

O projeto que abre crédito adicional especial de R$ 21 mil para ajustar a alocação de despesas ligadas a parcerias público-privadas (P1PPs) ocasionou a principal celeuma do colegiado. De oposição ao Executivo, Kátia Maria (PT) reiterou que a proposta tem “fragilidades para a administração”, ao fracionar o crédito “sem dizer quais são as PPPs”, o que, segundo ela, viola princípios de transparência e “faz um esvaziamento do controle da Câmara”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/seis-projetos-pedidos-por-mabel-s-o-aprovados-pelos-vereadores-1.3345792" target="_self">Seis projetos pedidos por Mabel são aprovados pelos vereadores</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/apos-pedido-de-mabel-ccj-aprova-pacote-de-7-projetos-da-prefeitura-1.3345260" target="_self">Após pedido de Mabel, CCJ aprova pacote de 7 projetos da Prefeitura</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/prefeitura-de-goiania-cancela-r-41-milh-es-em-restos-a-pagar-1.3347324" target="_self">Prefeitura de Goiânia cancela R$ 41 milhões em restos a pagar</a></div>

Na semana passada, a petista acionou o Ministério Público de Contas (MPC) do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) contra a proposta, após sua aprovação em primeiro turno pelo plenário. Os argumentos na representação foram os mesmos reforçados na reunião desta quarta. Para Kátia, a proposta configuraria “dotação simbólica” usada para criar janelas orçamentárias que permitem ao Executivo ampliar posteriormente os valores por meio de suplementações, amparadas pela autorização de remanejamento de até 50% do Orçamento, sem novo aval específico da Câmara.

Aava Santiago (PSDB) questionou a ausência de parecer da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) e cobrou explicações sobre quais despesas seriam custeadas com os valores destinados a cada pasta. O líder do governo, Wellington Bessa (DC), rebateu dizendo que o crédito vale apenas até 31 de dezembro e não representa risco de redirecionamento futuro.

Após a fala, o presidente da comissão, Welton Lemos (SD), colocou em votação o voto em separado de Kátia, rejeitado pelos membros. Em seguida, o relatório favorável de Anselmo Pereira (MDB) foi aprovado, com votos contrários de Kátia, Aava e Coronel Urzêda (PL), apesar de tentativas de interrupção que foram barradas por Lemos.

O entrevero chegou ao clímax quando, ao responder questionamentos de Aava, Anselmo afirmou que a vereadora “chegou atrasada” à reunião e que “um pouco do hormônio supitou”, comentário que foi imediatamente rebatido por ela como desrespeitoso e desigual em relação aos colegas homens. A discussão escalou, com Anselmo se levantando e acusando Aava de “chegar atrasada todos os dias” e dizendo que ela não iria “ganhar no grito”.

“Dizer que as minhas perguntas são em relação a qualquer exaltação hormonal, o senhor desabona o meu mandato, e o senhor jamais se referiu dessa forma a nenhum dos seus colegas homens”, disse Aava, acrescentando que havia combinado anteriormente com o presidente da comissão sobre seu horário de chegada. Entre as trocas de acusações, Lemos retomou os trabalhos e buscou encerrar a discussão.

<div attr-cid="policy:1.3343966" attr-version="policy:1.3343966:1764588551" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3343966" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3343966', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3343966">Mabel cobra mais agilidade da base (1.3343966)</a></div>

<h2>Empréstimo</h2>

A análise da autorização do empréstimo de R$ 132 milhões ao BNDES também gerou novo impasse entre os vereadores. Relatora, Aava recomendou a rejeição por falta de documentos e pouca clareza sobre o uso dos recursos, enquanto Léo José (SD) apresentou relatório em separado pela aprovação, alegando investimentos no parque tecnológico da capital. Kátia criticou a ausência de documentos pedidos pela Procuradoria da Câmara, como certidões, do plano de aplicação e da comprovação da regra de ouro.

A votação do relatório de Léo José provocou novo bate-boca: Kátia teve questão de ordem negada, discutiu em voz alta com Lemos, que mandou cortar seu microfone ao afirmar que ela “não vai ficar dando show”, levando Aava a fazer desagravo em defesa da petista. Katia reforçou ter se sentido “desrespeitada” pela ação. No fim, o relatório de Léo José foi aprovado, e o de Aava, rejeitado.

A CFOE passou ainda o projeto que institui o Programa de Autonomia Financeira das Instituições Educacionais (Pafie), que possibilita a execução de gastos rotineiros destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, mas rejeitou o pedido de Lucas Vergílio (MDB) para incluir na pauta o projeto que revoga a Taxa de Limpeza Pública (TLP), a taxa do lixo.

Mais cedo, outros dois projetos foram aprovados em colegiados. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) passou o PL 376/2025, que altera a lei 9.548/2015 para estabelecer normas sobre a autorização legislativa para concessões patrocinadas, garantias em contratos de PPPs e vinculação de receitas. Já a Comissão do Trabalho e Servidores Públicos (CTSP) confirmou a concessão de ajuda de custo para os servidores da Educação no mês de dezembro.

Vereadores aprovam projetos prioritários de Mabel nas comissões

Câmara de Goiânia

Aumento do preço do etanol

A alta no preço do etanol assustou o motorista goianiense no início desta semana. O litro do combustível subiu mais de R$ 0,40 em muitos postos da cidade e, nesta quarta-feira (10), <a href="https://opopular.com.br/economia/preco-do-etanol-chega-a-r-5-27-e-assusta-motoristas-de-goiania-1.3347612" target="_self">já era encontrado por até R$ 5,27</a>. Os revendedores garantem que vêm recebendo sucessivos reajustes há várias semanas, que ainda não haviam sido repassados ao consumidor.

As indústrias de etanol informam que o motivo do aumento é o início do período de entressafra da cana de açúcar, mas afirmam que o reajuste nas bombas foi maior que nas usinas.

Nesta quarta-feira, a fiscalização do Procon Goiás autuou nove postos por abusividade no preço do etanol, sete em Goiânia e dois em Aparecida, com base em notas fiscais de compra do combustível nos últimos 30 dias. Em quase todos os estabelecimentos, de acordo com as notas, foi constatada uma variação de mais de 30% na margem de lucro bruto no litro do etanol comum.

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De acordo com os levantamentos semanais do Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Esalq/USP, o litro do etanol hidratado nas usinas goianas passou de R$ 2,68 no início de novembro para R$ 2,87 no início deste mês de dezembro, um alta de R$ 0,30.

O presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol no Estado (Sifaeg), André Rocha, diz que a safra de cana de açúcar está praticamente finalizada no País e que ela trouxe uma produção menor do que era esperado.

Segundo ele, havia uma expectativa de que a safra tivesse um crescimento de 5 milhões de toneladas, mas avançou apenas 500 mil toneladas em Goiás, enquanto houve queda em todo País. Isso aconteceu, principalmente, devido ao maior período seco deste ano e do ano anterior, que agravaram as ocorrências de incêndios nas lavouras, prejudicando o desenvolvimento da cana. “Em Goiás, houve quebra de safra, que foi até menor que em outros estados. Consequentemente, a produção de etanol está sendo menor que esperado”, destaca Rocha.

Com a conclusão da safra de cana, a maior parte do etanol fabricado atualmente é proveniente do milho. Ao mesmo tempo, segundo ele, a demanda pelo combustível permanece aquecida. “Com a menor oferta, o preço é uma questão de mercado”, ressalta.

Mas o presidente do Sifaeg diz que o preço em Goiás demorou a subir em comparação com outros estados, como São Paulo e Mato Grosso, que reajustaram há mais tempo. “Nos últimos 30 dias, na usina subiu só R$ 0,20. O preço na indústria de Goiás permanece o menor, mas na bomba não”, diz.

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<h2>Repasse</h2>

Já o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto), Márcio Andrade, conta que os preços vêm aumentando semanalmente desde o início do mês de outubro e os postos não repassaram todos os reajustes para o consumidor.

“Foram uns R$ 0,30 de reajuste no total até agora. As distribuidoras vão represando isso enquanto nenhum posto quer ser o primeiro a repassar por causa da concorrência”, afirma.

Mas, segundo ele, quando um posto começa a fazer o repasse, depois que todos já estão com suas margens de lucro bem espremidas, vários outros acabam acompanhando para recompô-las, num verdadeiro efeito cascata.

O presidente do Sindiposto garante que os postos já estão pagando R$ 3,99 pelo litro do etanol nas distribuidoras e a justificativa tem sido, justamente, o início do período de entressafra, além da queda na produção deste ano, em virtude da menor produtividade.

“As questões climáticas teriam afetado a produção deste ano e pressionado os preços, mas parece que a perspectiva é que próxima safra seja melhor”, destaca. Todavia, de acordo com Andrade, como qualquer outro comércio, os postos também tiveram outros impactos nos custos, como o reajuste de quase 19% na energia elétrica, além do pagamento do 13º salário para os funcionários

Ele informa que as vendas de dezembro, geralmente, são boas porque as pessoas saem muito para as compras e passeios. Mas, no mês de janeiro, há uma queda nos abastecimentos e os preços tendem a recuar um pouco, tradicionalmente. Com a alta do etanol, a tendência é que muitos motoristas migrem para a gasolina, que passa a ter um melhor custo benefício.

“Hoje, a relação já está mais favorável à gasolina, pois o etanol está custando mais de 70% do valor cobrado por ela. “Este aumento de preço equilibra a oferta e procura durante o período de entressafra”, completa o presidente do Sindiposto, que não comenta margens de lucro praticadas pelos postos.