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Rio Meia Ponte, em Goiânia (Wesley Costa/O Popular)

O Rio Meia Ponte está em nível de atenção desde o dia 20 de maio e, de acordo com André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cihmego), já são 19 dias sem chuva na bacia de captação do rio. Em 2025, essa é a primeira vez que o Meia Ponte entra em um nível crítico. 
 
Segundo o Cihmego, há uma resolução da equipe técnica do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, que define níveis de gravidade que caracterizam a falta de água no rio e as ações que devem ser tomadas para o enfrentamento de emergência hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte. 
 
Entre os níveis, o menos grave é o nível de atenção, que corresponde a vazão menor ou igual a 12 mil litros de água.&nbsp;

<h2>Confira todos os níveis:</h2>

<ul>
	<li>Nível de Atenção – vazão menor ou igual a 12.000 L/s; 
	&nbsp;</li>
	<li>Nível de Alerta – vazão menor ou igual a 9.000 L/s; 
	&nbsp;</li>
	<li>Nível Crítico 1 – vazão menor ou igual a 5.500 L/s; 
	&nbsp;</li>
	<li>Nível Crítico 2 – vazão menor ou igual a 4.000 L/s; 
	&nbsp;</li>
	<li>Nível Crítico 3 – vazão menor ou igual a 3.000 L/s; 
	&nbsp;</li>
	<li>Nível Crítico 4 – vazão menor ou igual a 2.000 L/s.</li>
</ul>

A média de vazão do Meia Ponte, em 2025 é de 11.222 mil litros por segundo. Segundo André Amorim, este número tem se mantido.

<div class="p-readmore-box"> 
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<h2>Cuidados</h2>

Ao&nbsp;POPULAR, André Amorim explicou que, mesmo em um momento de nível de atenção, é preciso atentar-se aos cuidados que a população deve ter.

<cite>É aquele momento que a gente sempre pede para as pessoas um uso racional da água, ou seja, conservação dos recursos hídricos. Às vezes as pessoas acham que isso é só atividade do governo, mas não é. A própria lei dos recursos hídricos e as boas práticas nos indicam que isso é comprometimento de todo mundo. Dentro dos nossos mananciais nós encontramos, infelizmente, garrafa, pneu, geladeira, sofá, etc”</cite>, afirma André Amorim. 
 
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O Cihmego também aponta que é preciso ter cuidado com a contaminação de outros corpos hídricos, para ter atenção à água que será consumida no futuro, com a compreensão de que esse bem é finito.&nbsp; 
 
Para André Amorim, Goiânia é a cidade que deve ter o maior cuidado. "Nós temos uma grande aglomeração de pessoas na capital, que está passando de 1,2 milhão de habitantes. Ao longo dos anos nós não temos um reflexo positivo da quantidade de chuvas que vêm caindo e precisamos de chuva para que esses mananciais tenham sua reparação após o período de estiagem", conclui.

<h2>Rio Meia Ponte</h2>

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Equipe realiza monitoramento no Rio Meia Ponte (Diomício Gomes)

De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, a bacia hidrográfica do rio está localizada na região centro-sul do Estado e pode ser considerada a principal bacia goiana, por concentrar, em apenas 4,2% do território goiano, aproximadamente 40% , incluindo a Região Metropolitana de Goiânia. 
 
Conforme informado por André Amorim, o Meia Ponte conta com a ajuda de outras fontes para abastecer Goiânia. Por isso, ele não compreende a totalidade do abastecimento, mas representa boa parte dele.&nbsp;

Rio Meia Ponte entra em nível de atenção

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Matéria - Cidades

MEIO AMBIENTE 

Quando o casal de professores da Universidade de Brasília (UnB), Laís Aderne e Armando Faria, chegou ao distrito de Olhos D’Água, município de Alexânia, no final dos anos de 1960, desenvolveu uma relação simbiótica com a comunidade local. Foi uma mistura de encantamento, respeito e cuidados que rendeu uma longeva manifestação cultural. A Feira do Troca, realizada em junho e dezembro, completa cem edições em 2025 e será celebrada entre os dias 6 e 8 com uma série de atrações musicais, artísticas e exposições de artigos artesanais e antiguidades, uma herança daquele movimento inicial que nasceu, sobretudo, para favorecer a sobrevivência dos locais.

A “gambira”, prática de trocar um produto por outro, já existia há anos no meio rural e foi ela que inspirou a arte-educadora Laís Aderne a criar a Feira do Troca, que teve sua edição inicial no primeiro domingo de junho de 1974. Os amigos, principalmente de Brasília, levaram roupas e calçados e trocaram por itens da produção local, como arroz, feijão, farinha e até cobertas tecidas na roça. Esse movimento atraiu muitos visitantes e a feira se expandiu, prosperando a economia local, fomentando o trabalho dos artesãos. “Muito mais do que levar mercadorias, Laís valorizou a vida caipira sustentável ligada ao Cerrado”, lembra Mariana Bulhões, hoje à frente da Associação Comunitária de Olhos D’Água (Acorde).

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Registro de uma das primeiras edições da Feira do Troca (Kim Ir Sen)

Somando os dois eventos anuais, com exceção de dois anos na pandemia da Covid-19, a Feira do Troca de Olhos D’Água chega às cem edições. No ano passado, em dezembro, Armando Faria, que morreu no primeiro semestre de 2024, foi homenageado. Este ano, a reverenciada é Laís Aderne, que partiu em 2007. O único filho do casal, Pierre, que reside na Europa e produz um documentário sobre a mãe, estará presente nas celebrações. “Aqui ainda tem muito da vida caipira, do uso sustentável do Cerrado. E o mundo precisa disso”, afirma Mariana Bulhões. Vivendo há mais de 30 anos em Olhos D’Água, ela reforça que a Feira do Troca rendeu muito mais do que gambiras. Não por acaso, a pequena localidade é chamada de Capital do Artesanato Goiano, pelo artesanato rico e diversificado produzido ali.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

<h2>Economia solidária</h2>

A 15 quilômetros de Alexânia, a cidade-sede, Olhos D’Água é o principal destino turístico do município. E isso se deve muito ao legado de Laís Aderne, que enxergou na cultura e saberes locais e no meio ambiente uma imensa oportunidade de fomentar a economia solidária por meio das relações interpessoais. Tendo como embrião a Feira do Troca, o povoado possui atualmente uma programação anual de eventos, com destaque para o Festival da Cachaça no mês de maio; a Folia do Divino Espírito Santo, também em maio; e o Fiofó da Onça, evento tradicional da localidade, realizado na rua principal, no mês de agosto. Todos os sábados, pela manhã, uma feira com produção local é um dos atrativos.

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Artesã Hilda Freire, uma das expositoras da Feira do Troca, apresenta duas de suas esculturas (Diomício Gomes / O Popular)

Desde 2018, a história do povoado é mantida no Memorial de Olhos D’Água, resguardado pela Acorde, que ocupa um imóvel em estilo colonial, cedido pela Secretaria de Cultura de Alexânia. A crônica local, desde os primórdios, está ali retratada em fotografias, filmes, objetos e reportagens. Mariana Bulhões conta que o artista plástico e curador Wagner Barja, então diretor do Museu Nacional da República, foi um apoiador de peso para o projeto museológico que é vital para a preservação dos saberes e fazeres do distrito. Atualmente, são recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) que asseguram oficinas diversas, de catira, de artesanato e de música.

<h3>Inovações</h3>

Olhos D’Água possui cerca de cem artesãos cadastrados. Durante a Feira do Troca, é possível conferir e adquirir peças produzidas no distrito, conhecer a vivência local e fazer o escambo, que não desapareceu por completo. O que antes era uma iniciativa informal passou a ser conduzida pela Prefeitura de Alexânia, que introduziu inovações, como palco com estrutura mais elaborada e shows em todos os dias de evento. O sábado (7), entretanto, é dedicado aos saberes da comunidade do povoado, com oficinas de tecelagem e de viola com música regional, show de viola caipira, a feira Troquinha para crianças e um bate-papo sobre Laís Aderne, a mentora de tudo isso.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mulheres-coralinas-ganham-premio-nacional-de-direitos-humanos-1.3188851" target="_self">Mulheres Coralinas ganham prêmio nacional de direitos humanos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/um-imovel-definitivo-para-continuar-2-historias-de-luta-social-em-goiania-1.3151366" target="_self">Um imóvel definitivo para continuar 2 histórias de luta social em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/cooperativas-d-o-apoio-na-assistencia-tecnica-e-no-uso-de-tecnologias-1.3044292" target="_self">Cooperativas dão apoio na assistência técnica e no uso de tecnologias</a></div>

<h3>Local do evento causa tensão entre igreja e artesãos&nbsp;</h3>

Nos dias atuais, nem tudo é motivo de celebração na Feira do Troca de Olhos D’Água. A praça em torno da Igreja de Santo Antônio, no centro do povoado, era o local de concentração dos expositores desde os primórdios da feira, mas isso mudou. Depois que, em 2022, associações locais pediram ao Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o tombamento da praça e o registro da Feira do Troca, evidenciou-se um clima de animosidade entre a igreja e a comunidade artesã, impedida de usar o gramado que pertence à instituição religiosa.

A Prefeitura de Alexânia transferiu a feira para as ruas no entorno da praça, mas na segunda edição de 2023, em dezembro, policiais militares foram chamados para conter o barulho que estaria atrapalhando a celebração religiosa. Na semana seguinte, a igreja amanheceu pichada. Os ânimos já estavam alterados porque dias antes três árvores antigas, entre elas um jatobá e uma maria-preta, que integravam a paisagem local e ofereciam sombreamento, foram extirpadas pela prefeitura a pedido da igreja.

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Praça e rua do distrito de Olhos D’Água, a 15 quilômetros de Alexânia, puxa turismo do município (Diomício Gomes / O Popular)

O POPULAR entrou em contato com a Paróquia Imaculado Conceição, em Alexânia, responsável pela igreja de Olhos D’água e a informação é de que a proibição para o uso da praça permanece. Na edição deste ano, o palco central paralisa as atividades durante as celebrações religiosas.

Sobre o processo de tombamento e registro da Praça de Olhos D'água, o Iphan informou que trabalha na identificação dos valores culturais materiais e imateriais do lugar, partindo da escuta da sociedade civil. Atualmente, o processo está em fase de instrução. “Em abril de 2024, a Superintendência do Iphan em Goiás realizou uma oficina de Inventário Participativo que possibilitou, além de uma leitura do espaço e das práticas culturais que lá ocorrem, uma produtiva aproximação institucional do Iphan com os diferentes níveis de governo e sociedade civil”, disse a autarquia em nota.

“Temos algo original e único que está sendo maltratado”, lamenta Mariana Bulhões. Nos últimos anos, a Acorde e a Associação de Artesãos organizam a Feira do Troca em conjunto com a administração de Alexânia. Antes, a feira ocorria em apenas um domingo, agora é no final de semana. Laís Aderne estabeleceu o primeiro domingo de junho e de dezembro para a realização do evento, mas este ano o prefeito Warley Gouveia (Podemos) optou pelo primeiro fim de semana para não chocar com outros eventos da região. Coordenadora de Cultura e Turismo de Alexânia, Camila Rocha enfatiza que a festa é para os artesãos. “Queremos manter a tradição”.

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Feira do Troca, em Olhos D'Água, completa centenário de edições

Economia solidária

Webstories: Comurg pode retomar coleta seletiva

Cooperativas de catadores de materiais recicláveis discutem a possibilidade da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) <a href="https://opopular.com.br/cidades/tcm-cobra-regularizac-o-da-coletiva-seletiva-em-goiania-1.3206403" target="_self">retomar a coleta seletiva</a>. A alternativa, que tem sido sondada por impasses na prestação do serviço pelo Consórcio Limpa Gyn – como a redução expressiva na quantidade de resíduos destinados às entidades –, foi ventilada durante reunião junto à companhia e ao Sistema OCB Goiás nesta semana.

A coleta seletiva foi conduzida parcialmente pela Comurg até outubro do ano passado, quando a <a href="https://opopular.com.br/cidades/terceirizac-o-afetou-volume-de-residuos-da-coleta-seletiva-1.3194986" target="_self">terceirizada assumiu totalmente o serviço</a>, iniciado em abril daquele ano. Desde então, coletores têm reclamado que o volume de materiais recebidos caiu drasticamente. Em novembro, o POPULAR mostrou que as cooperativas paralisaram o recebimento diante da baixa qualidade, e até lixo hospitalar chegava para triagem.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

À época, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) também cobrou da Prefeitura e do consórcio para que a coleta fosse regularizada, inclusive, com a retirada de caminhões do tipo prensa que eram usados para recolhimento de recicláveis – compactando os materiais. Em maio, o promotor Juliano de Barros Araújo voltou a citar que a “quantidade e qualidade do material caíram muito”, além de reclamações da população pela ausência do recolhimento regular.

Durante a reunião nesta segunda-feira (2) para tratar de alternativas para melhoria da <a href="https://opopular.com.br/cidades/cooperativas-paralisam-recebimento-de-reciclaveis-em-goiania-1.3196856" target="_self">coleta de recicláveis</a>, o presidente do Sistema OCB Goiás – que integra o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB/GO) e o Serviço Nacional de Aprendizagem no Cooperativismo em Goiás (SESCOOP/GO) –, Luís Alberto Pereira, propôs o retorno do serviço à Comurg como uma solução a curto prazo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/tcm-cobra-regularizac-o-da-coletiva-seletiva-em-goiania-1.3206403" target="_self">TCM cobra regularização da coletiva seletiva em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cooperativas-paralisam-recebimento-de-reciclaveis-em-goiania-1.3196856" target="_self">Cooperativas paralisam recebimento de recicláveis em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/terceirizac-o-afetou-volume-de-residuos-da-coleta-seletiva-1.3194986" target="_self">Terceirização afetou volume de resíduos da coleta seletiva</a></div>

Posteriormente, a médio e longo prazo, a coleta seletiva seria de responsabilidade das cooperativas de catadores, que seriam remuneradas pelo serviço. “Acho que esse é o cenário que temos que trabalhar”, enfatiza Pereira. Conforme ele, hoje, a reciclagem chega a 1,8% dos resíduos. “Precisamos no curto prazo levar para 10% e, no médio e longo prazo, chegar a níveis de até 50%, se tudo for bem conduzido e tiver apoio de todos os lados”, complementa.

O presidente do Sistema OCB Goiás pondera que isso decorre da desarticulação do serviço nos últimos meses. “A Comurg que recolhia esse material e levava às cooperativas e tinha uma crescente (na coleta seletiva), com a população separando mais. Era um projeto que estava sendo bem conduzido e melhorando os níveis de reciclagem em Goiânia. Depois que entrou o consórcio, esse programa foi descontinuado. A população não teve uma continuidade da conscientização, e também esse recolhimento ficou irregular.”

Pereira aponta que a Comurg “está a favor de participar, mas é lógico que tem que ter sustentabilidade no processo, assim como a Limpa Gyn”. Na reunião, esteve presente o presidente da companhia, Coronel Cleber Aparecido Santos. O POPULAR não conseguiu falar com ele, mas participantes da reunião afirmam que ele teria demonstrado “interesse e capacidade de retomar” a coleta.

Conforme informações do Sistema OCB/GO, o dirigente da Comurg deixou claro que “há determinação do prefeito Sandro Mabel de tornar Goiânia referência nacional como cidade limpa e responsável ambientalmente e, para isso, é fundamental ampliarmos a coleta seletiva do lixo e a reciclagem. Inclusive para reduzir a pressão sobre o aterro sanitário.” O POPULAR questionou a Comurg, mas a assessoria da companhia diz que o tema não foi tratado na reunião.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), responsável pelo contrato com o Consórcio Limpa Gyn, não respondeu se a possibilidade está sendo avaliada pela administração. Já a terceirizada diz que não acredita que a companhia tenha condições de reassumir a função, “visto que a empresa atravessa dificuldades financeiras e operacionais, não tendo nem mesmo sacos de lixo para armazenar os detritos da varrição manual que executa.”

O consórcio também diz que “não haverá mudanças na coleta seletiva” e se defende ao dizer “não houve redução drástica no volume recolhido, pelo contrário ,é crescente o número de toneladas recolhidos a cada mês”. “Estamos acima da média prevista no contrato. E projetos, já em fase de serem aplicados, colocados em prática, prevê aumento ainda maior do número e qualidades dos recicláveis recolhidos”, completa.

<h2>Reclamações</h2>

Presidente da Cooperativa dos Coletores de Material Reciclável A Ambiental, Mylene Lima participou da reunião na segunda-feira e cita que as entidades estão “procurando um meio para que a Comurg comece a entrar de novo”. “Quando estava com a Comurg, era melhor. Não era mil maravilhas, porque a cidade não tem educação ambiental, a companhia fazia do jeito que dava, mas já tinham a expertise do trabalho e as cooperativas não penavam tanto como agora. Antes tinha material reciclável, hoje recebe mais papelão. Então 60% dos recicláveis vão para o aterro”, comenta.

Por conta da queda da entrega de materiais recicláveis, Mylene cita que a cooperativa “não sabe se fecha as contas no fim do mês”. “Limpa Gyn não tem pessoal preparado, que não tem capacidade para distinguir (os resíduos). Estão mandando só papelão, e isso não sustenta. Mês passado, vendemos em torno de umas 20 toneladas. Com a Comurg, eram 50 toneladas por mês. Está ficando insustentável.” Ainda conforme ela, não há nada acertado para a retomada do serviço pela companhia. “Está tudo no ar”, reflete.

Ela cita que também é favorável ao serviço ser repassado às cooperativas, desde que haja capacitação para os catadores, remuneração adequada, além de estrutura para a coleta, como os caminhões utilizados. “Com certeza seria melhor, porque não vamos carregar lixo, vamos pegar material reciclável. A gente sabe o que é”. Contudo, enfatiza, a retomada da conscientização sobre a importância da separação dos resíduos em casa é fundamental. “Precisa de lei.”

<div attr-cid="policy:1.3272914" attr-version="policy:1.3272914:1749033420" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3272914" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3272914', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3272914">Webstories: Comurg pode retomar coleta seletiva (1.3272914)</a></div>

<h3>Demanda</h3>

À frente da Cooperativa de Trabalho dos Coletores de Material Reciclável Goiânia Viva, Ildo Sebastião de Souza não esteve presente na reunião, mas também se diz favorável ao retorno da Comurg na coleta seletiva. “É como se voltasse a fazer a coleta seletiva. Ao menos a gente teria certeza que ia chegar material com qualidade aqui nas cooperativas”. Ele pondera que o repasse do recolhimento de recicláveis às entidades também seria positivo. “Só que não tem estrutura, veículo, para fazer essa coleta. Se tivesse, seria maravilhoso. Nós já fazemos serviço de separação e não recebemos nada por isso.”

A presidente da Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável Reciclamos e Amamos o Meio Ambiente (Cooper Rama), Dulce Helena do Vale, cita que a Comurg tem “a expertise do assunto”, e que o problema “não é o trabalho dela, mas quem vai para administrar”. Ela enfatiza ainda que a cobrança é para que os catadores sejam “pagos pelo serviço que prestam há anos ao município, sem nenhum tipo de remuneração.” No dia 29 de maio, a Comurg publicou no Diário Oficial do Município (DOM) a rescisão unilateral do contrato junto a 11 cooperativas. Dentre os serviços que deveriam ser pagos, está a triagem do material.

As diretoras da Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reciclável Fênix Carrossel, Lorena Zemir, e da Cooperativa de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis Dom Fernando (Cooprec), Nair Rodrigues, também se manifestaram favoráveis ao retorno da Comurg. Lorena, que não esteve presente na reunião, pondera a manifestação da companhia para reassumir a coleta seletiva já era de conhecimento dela. Contudo, não sabia do debate junto ao Sistema da OCB/GO.

Cooperativas de Goiânia pedem volta da Comurg

Coleta seletiva

WEBSTORIES EVENTOS PARQUES GOIÂNIA

Dois dias após a gestão municipal sofrer críticas, especialmente nas redes sociais, por realizar domingo (1º) fiscalização no Parque Flamboyant que <a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-exige-autorizac-o-para-festas-em-areas-verdes-da-cidade-1.3272486" target="_self">impediu a realização de comemorações particulares</a> no espaço público sem a devida licença, o prefeito Sandro Mabel (UB) publicou um vídeo se dizendo indignado com a instrução normativa de dezembro de 2020. Pela regra que regulamentou o uso dos parques e praças para eventos com mais de dez pessoas e com uso de sons e equipamentos, é necessária autorização da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e o pagamento de uma taxa. Apesar de existir desde dezembro de 2020, a situação não recebia a devida fiscalização.

<ul>
	<li>Veja vídeo da TV Anhanguera: <a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/confira-regras-para-fazer-festas-em-parques-e-pracas-13648078.ghtml" target="_blank">Chá revelação em parque é interrompido por fiscalização</a></li>
</ul>

Até por isso, muitas pessoas realizavam os eventos <a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-as-regras-para-realizar-eventos-em-parques-e-areas-publicas-em-goiania-1.3272525" target="_self">sem o pedido de autorização e sem o pagamento da taxa</a>, sob o argumento de desconhecimento da lei. O próprio prefeito, em seu vídeo, relata que só soube da norma, a qual chamou de lei, nesta terça-feira (3), por causa da repercussão negativa da fiscalização. Mabel afirmou que entende que os parques são locais para fazer atividades como piqueniques e passeios, entre outras, sendo dez pessoas uma quantidade pequena. Para ele, as regras deveriam valer apenas para eventos maiores, citando um número de 20 a 40 pessoas. O prefeito disse ainda que adora fazer piqueniques nos parques e que vai “mudar essa lei rapidinho”, para deixar as pessoas se divertirem nos espaços públicos.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

No último final de semana, fiscais da Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) estiveram no Parque Flamboyant, no Jardim Goiás, e impediram o prosseguimento de dois aniversários e um chá revelação que estavam sendo realizados sem a autorização da Amma nem o pagamento da taxa. Os fiscais informaram que receberam denúncias de usuários do espaço público sobre as festas e foram ao local para verificar a existência da licença, o que não havia, e então encerraram as comemorações, conforme publicou O POPULAR na edição desta terça-feira (3).

A Instrução Normativa nº 75, de 30 de dezembro de 2020, no final da gestão do ex-prefeito Iris Rezende (MDB), exige o pedido de autorização com um mínimo de 7 dias de antecedência para pequenos eventos e 30 dias para aglomerações. No caso de aniversários, eventos religiosos e reuniões com até dez pessoas que não utilizem estruturas como mesas, cadeiras ou equipamentos de som, não é preciso fazer o trâmite burocrático. Pelo vídeo publicado pelo prefeito, é possível entender que a mudança na norma será para ampliar a liberação para eventos com uma quantidade maior de pessoas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-as-regras-para-realizar-eventos-em-parques-e-areas-publicas-em-goiania-1.3272525" target="_self">Veja as regras para realizar eventos em parques e áreas públicas em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-exige-autorizac-o-para-festas-em-areas-verdes-da-cidade-1.3272486" target="_self">Prefeitura exige autorização para festas em áreas verdes da cidade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/exercicios-sem-academia-treinar-nas-pracas-de-goiania-tambem-traz-resultados-1.3271397" target="_self">Exercícios sem academia: treinar nas praças de Goiânia também traz resultados</a></div>

A realização da norma atende a uma determinação do Código de Posturas que já existia desde 1992. A mesma regra permaneceu na atualização do código, feita em 2023, o que não modificou a legalidade da instrução normativa. Segundo o Código de Posturas, em seu artigo 125, dependerá de prévia autorização da entidade ou órgão municipal licenciador o funcionamento de atividades, seja em área pública ou privada. O segundo parágrafo determina que “em caso de ocupação de área pública municipal, a entidade ou órgão municipal licenciador poderá exigir contrapartida de bens, serviços e direitos, proporcional ao porte do evento, como forma de compensação”, ou seja, permite a cobrança da referida taxa.

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A norma que regulamenta a lei considera que a Amma conceda a autorização de acordo com o Plano de Manejo dos parques e, em caso de não haver, que sejam impedidos os eventos nas áreas de proteção permanente. As autorizações são necessárias para cerimônias de casamento ou similares; aniversários, com mais de dez participantes; piqueniques, com mais de dez participantes; evento com utilização de instrumento musical sem amplificação de som e com mais de dez participantes; evento com utilização de instrumento musical com amplificação de som; e eventos de iniciativa pública ou particular.

Após repercussão, Mabel vai mudar regras para eventos em parques

Áreas verdes

Alunos de escolas municipais de Aparecida de Goiânia e Trindade, na região Metropolitana, poderão ver e tocar animais silvestres durante aula especial em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na quinta-feira (5). Conforme os organizadores, os estudantes terão contato com exemplares vivos de cobra, lagarto e tartaruga (veja abaixo as escolas que recebem o projeto).&nbsp;

A programação teve início nesta segunda-feira (2) e segue até o dia 13 de junho, por meio de iniciativa da&nbsp; BRK Meio Ambiente em parceria com a organização SOS Ambiental. Entre as ações educativas, estão o Teatro Ambiental, a dinâmica Natureza do Brincar e a Oficina da Batata Cabeluda.&nbsp;

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<h3>Participam da ação, nesta semana, os alunos das escolas:</h3>

<ul>
	<li>Segunda-feira (2) – Escola Municipal Andréia Ferreira Barbosa</li>
	<li>Endereço: Av. Capyaba, 177-267 - Jardim Helvécia, Aparecida de Goiânia&nbsp;</li>
	<li>Horário: Períodos matutino e vespertino</li>
</ul>

&nbsp;

<ul>
	<li>Terça-feira(3) – Escola Municipal Jardim Ipê</li>
	<li>Endereço: R. Ji 51, 854-1018 - Jardim Ipê, Aparecida de Goiânia</li>
	<li>Horário: Períodos matutino e vespertino</li>
</ul>

&nbsp;

<ul>
	<li>Quarta-feira (4) – Escola Municipal Professora Mônica Tomaz da Silva</li>
	<li>Endereço: Rua 49, c/ Rua 44, Quadra 96, Lotes 1 e 2, Bairro Independência, Aparecida de Goiânia</li>
	<li>Horário: Períodos matutino e vespertino</li>
</ul>

&nbsp;

<ul>
	<li>Quinta-feira (5) – Escola Municipal Santo André</li>
	<li>Endereço: Rua Engenheiro Luís Pangendler, s/n - Santo André, Aparecida de Goiânia</li>
	<li>Horário: Períodos matutino e vespertino</li>
</ul>

&nbsp;

<ul>
	<li>Sexta-feira (6) – Escola Municipal Deraldo Lisboa dos Santos</li>
	<li>Endereço: Av. Hortêncio, 554 - Jardim Rosa do Sul, Aparecida de Goiânia</li>
	<li>Horário: Períodos matutino e vespertino</li>
</ul>

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<h4>Parque da Criança</h4>

Além dos estudantes, a programação será levada para o Parque da Criança Murilo Soares, no&nbsp;Setor Mansões Paraíso,&nbsp;em Aparecida de Goiânia, no sábado (7), das 8 às 12 horas. E será aberto ao público infantil, em geral.&nbsp;&nbsp;

Os organizadores ainda não divulgaram a programação para a segunda semana do evento (9 a 13 de junho).&nbsp;

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Alunos de escolas de municipais participam das oficinas e dinâmicas (Divulgação/ BRK Ambiental)

<h2>Sobre a programação:&nbsp;</h2>

Durante o Teatro Ambiental, as crianças participam de uma atividade desenvolvida por uma equipe de biólogos, veterinários e educadores ambientais. É nesta etapa que os alunos podem observar e tocar animais silvestres vivos, como cobra, lagarto e tartaruga, enquanto aprendem mais sobre fauna brasileira e temas relevantes do meio ambiente.&nbsp;

Segundo os organizadores,&nbsp; os animais são licenciados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e “as equipes seguem todas as práticas de manejo preconizadas pelo pelo Ministério do Meio Ambiente, garantindo uma experiência segura e responsável para todos”, informaram os organizadores.&nbsp;&nbsp;

Já na dinâmica Natureza do Brincar, os estudantes poderão experimentar brincadeiras e jogos que conscientizam sobre questões como desmatamento, poluição, degradação ambiental, caça, queimadas e poluição nos oceanos.&nbsp;

Entre os jogos estão o do Desmatamento, onde, segundo os organizadores, as crianças ficam espalhadas pelo local e paradas como se fossem árvores. Cada participante recebe um animal de pelúcia, que passa a fazer parte da floresta toda composta pelos alunos. A floresta está em equilíbrio, até a chegada de serralheria clandestina na região, que começa a derrubar as árvores.&nbsp;

Nesta etapa, o educador passa com um machado de brinquedo, cortando as árvores. Para cada árvore cortada, o animal que estava nela precisa ir para outra ainda viva. Para cada corte da árvore, um animal é jogado pelo estudante para outro, para tentar salvá-lo do desmatamento. O animal que cair no chão “morre” e, ao final da atividade, haverá apenas uma árvore e os estudantes vão contabilizar quantos animais vivos restaram, detalham os organizadores.

Também será ministrada a Oficina da Batata Cabeluda, com objetivo de ressaltar a importância da preservação do meio ambiente.&nbsp; Nesta ação, os estudantes recebem um boneco feito de pó de serragem com sementes dentro, envolto em um tecido de meia calça. Depois disso, o educador aborda os temas propostos e a criança modela o boneco, dando forma e personalidade a ele.

&nbsp;Após a personalização, o estudante leva a batata para casa, se compromete a regá-la todos os dias e pode apreciar o processo de ver as sementes germinarem e a grama brotar, como se fossem os fios de cabelo do boneco (daí o nome “batata cabeluda”), segundo os organizadores.&nbsp;