Uma tentativa de roubo a uma residência acabou em tiroteio na madrugada de ontem. Seis assaltantes invadiram uma casa no Setor Residencial Itália e renderam cinco pessoas, entre eles um policial militar reformado.Os suspeitos separavam os eletrodomésticos, eletrônicos e objetos pessoais, quando o policial conseguiu se afastar, alcançar a arma e disparar em direção aos assaltantes, que fugiram na sequência, deixando para trás um Kia/Picanto branco, um revólver calibre 38 e um simulacro.O tiroteio se estendeu na mata próxima a residência da vítima, mas os assaltantes conseguiram escapar. A polícia investiga um homem que foi atendido no Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) do Jardim Curitiba com um tiro na perna. Nenhuma das vítimas ficou ferida.

Roubo em residência termina em tiroteio

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Matéria - Cidades

O governador Ronaldo Caiado (UB) sancionou lei na terça-feira (23) que regionaliza os Centros de Atendimento Socioeducativo (Cases) do Estado de Goiás em meio a plano de desativação de duas unidades, sob alegação de baixa demanda no sistema. Como mostrou o POPULAR no dia 12, o Estado registrou queda de 66% no número de adolescentes internados de 2019 a 2022, enquanto a média nacional foi de 43,7%. 

Com a reestruturação e sete regionais, a unidade de Itaberaí deixará de funcionar e a de São Luís de Montes Belos, construída para cumprir termo de ajustamento de conduta (TAC) de 2012 com o Ministério Público, não chegará a funcionar como Case. Uma nova unidade a ser inaugurada em Rio Verde, também prevista no TAC, vai abrigar os internados de Itaberaí e a demanda de São Luís.&nbsp;Já a unidade de Porangatu ganhou sede definitiva e com capacidade ampliada, segundo o governo.

O secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, afirma que os dados atualizados e a nova lei serão usados para encerrar o TAC com o MP. Segundo ele, o Estado terá 462 vagas e hoje os internados somam 206. O secretário diz ainda que a “margem de segurança” foi combinada com o Tribunal de Justiça.

Remanejados

A unidade de Caldas Novas, cuja construção está paralisada, não irá adiante. O município ficará na regional de Itumbiara. A unidade pronta de São Luís será destinada ao sistema prisional.

Diferença

Em 2019, segundo a Seds, havia 468 jovens em unidades de internação, com cenário de superlotação em algumas delas, e outros 569 aguardando vagas.

2º termo

O governo goiano assinará até o fim do mês o segundo termo aditivo da renegociação das dívidas do Propag. É que ainda será finalizada a estimativa do fluxo de recebíveis (ativos ofertados para amortizar 20% da dívida).

Lista

Além de Goiás e Sergipe, Minas confirmou a entrada no Propag. Rio de Janeiro ganhou no Supremo Tribunal Federal prazo de 6 meses para aderir ao novo programa, que se encerra legalmente no dia 31.

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“Clamor pelo Brasil” - Presente em evento evangélico no Espírito Santo, ao lado de três filhos de Bolsonaro, o senador goiano Wilder Morais (PL) demonstrou desconforto com os quase 20 minutos em que as autoridades ficaram ajoelhadas para orações (Divulgação)

Retenção

O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue de Goiás (Sindilabs) afirma que Goiânia recebeu recursos referentes a outubro do Ministério da Saúde no dia 4 de dezembro e não efetuou o pagamento a prestadores de serviços credenciados ao SUS no prazo de 5 dias úteis. Alega que deixaram de ser pagos R$ 4 milhões aos seus associados.

Para 2026

A Secretaria Municipal de Saúde alega que houve um problema técnico no sistema da Secretaria Municipal da Fazenda e que há tentativa de correção até a próxima semana. A pasta admite a possibilidade de o pagamento ficar apenas para janeiro. O Sindilabs comunicou ao MP e fala em possível interrupção parcial ou total dos serviços.

Mais uma etapa

O governo estadual publicou decreto que declara de utilidade pública o edifício da superintendência da Caixa Econômica, que será adquirido para estruturar novo centro administrativo.

Pergunta para:

Marconi Perillo 
Presidente do PSDB-GO

<img attr-cid="policy:1.3354197" attr-version="policy:1.3354197:1766705059" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3354197/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Marconi Perillo, candidato a senador pelo PSDB (Divulgação)

Com o PL próximo do governo e o PT até agora sem candidato, não é muito difícil que a eleição em Goiás tenha dois turnos?

Tenho amigos em comum com Wilder Morais e todos têm dito categoricamente que ele é candidato, ainda mais com Flávio Bolsonaro à Presidência. E eu acho que obrigatoriamente Lula vai ter um candidato em Goiás. Mas, com mais ou menos nomes, eu sigo adiante e não abro mão de disputar.

Arremate:

démodé-O deputado federal Gustavo Gayer (PL) repetiu a prática de enviar receita de bolo em resposta ao Estadão, que publicou anteontem reportagem especial sobre as eleições ao governo e ao Senado em Goiás. Ele é pré-candidato ao Senado.

Grama de verdade -&nbsp;A Comurg abriu licitação esta semana para adquirir grama natural para implantação em praças, canteiros, rotatórias e parques da cidade, mas não houve interessados. Foi declarada fracassada.

Fins terapêuticos - A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) doou mais de 2,9 mil mudas de plantas medicinais à população em 2025. Elas são produzidas no Horto Medicinal do Jardim Botânico de Goiânia.

Governo desativa unidades de internação de adolescentes

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

A morte de Tainara Souza Santos, de 31 anos, atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na zona norte de São Paulo em 29 de novembro, deve levar ao aumento da pena à qual o motorista do carro pode cumprir em caso de condenação. Douglas Alves da Silva, apontado pela polícia como a pessoa que dirigia o veículo, é réu por tentativa de feminicídio, mas deve passar a responder pelo crime consumado.

Tainara havia tido as duas pernas amputadas e passado por cinco cirurgias para ajudar na reconstrução das lesões geradas pelas amputações. Devido à complexidade dos ferimentos, ela ficou intubada desde o dia do acidente. Morreu na noite desta quarta-feira (24), após ficar 25 dias internada.

Até agora, o motorista estava sujeito a uma redução de um a dois terços do tempo total de pena. É o que prevê o Código Penal para casos em que o crime não se completa, por motivos alheios à vontade do autor. Douglas teria pena máxima de aproximadamente 26 anos e 8 meses em caso de condenação. Com a morte confirmada, ele pode receber uma pena de até 40 anos.

Cabe ao Ministério Público fazer um aditamento à denúncia contra o motorista, para incluir o atestado de óbito da vítima no processo e pedir a mudança da tipificação do crime. De acordo com a investigação conduzida pelo delegado Luiz Gonçalves Dias Filho, Douglas teve uma briga com um homem que acompanhava Tainara e tentou matar os dois por ciúme. Segundo testemunhas ouvidas e o advogado da família da vítima, Douglas e Tainara tiveram um breve relacionamento no passado.

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Relembre crime do cantor goiano Lindomar Castilho, que assassinou ex-esposa no palco e chocou o Brasil</a></div>

O homem que acompanhava Tainara conseguiu se esquivar e não foi atropelado, mas sofreu lesões ao tentar se proteger. Douglas negou à polícia que o atropelamento tenha sido proposital e afirmou que não conhecia Tainara ou seu acompanhante. Ele disse, ainda, não ter percebido os alertas de outros motoristas de que a vítima estava sendo arrastada pelo seu veículo e, também, que deixou o local com medo de ser agredido.

“É evidente que essa investigação no âmbito policial é fundamental para formatar a convicção do Ministério Público”, diz o advogado Fernando Castelo Branco, criminalista há mais de 30 anos. Os depoimentos coletados pela polícia são essenciais para diferenciar o homicídio do feminicídio, crime que só se caracteriza quando o motivo da morte tem relação com o fato de a vítima ser muher.

O promotor Leonardo Sobreira Spina diz na denúncia que Douglas utilizou recurso que dificultou a defesa das vítimas – que foram surpreendidas pela agressão e não puderam esboçar reação. Diz também que o motorista “agiu pelo torpe sentimento de vingança, pois pensava que havia relacionamento afetivo” entre as duas vítimas.

Esses agravantes – motivo torpe e dificultar a defesa da vítima – podem aumentar a pena, cada uma, em cerca de um sexto. “Iríamos precisar muito do depoimento da Tainara neste momento”, disse o advogado Fábio Costa, que defende a família de Tainara. “Na parte jurídica, contávamos muito com o depoimento dela sobre o relacionamento dela com o Douglas. Ninguém sabe precisar o que aconteceu e como aconteceu.”

Morre Tainara, arrastada por 1 km; acusado pode ter pena maior

Atropelamento em São Paulo

Em 2 de janeiro, a primeira medida prática da gestão de Sandro Mabel (UB), então recém-empossado, foi retirar um semáforo na Avenida Jamel Cecílio com a Rua PL-4. A medida veio com a ideia de nova política de mobilidade, considerado um dos principais problemas de Goiânia. A promessa da Prefeitura era dar fluidez, com melhoria de 30% no tempo de viagem. O programa resultou na implantação de três novos corredores e da metronização, que visa priorizar o transporte coletivo nos cruzamentos semaforizados.

Para 2026, Tarcísio Abreu, titular da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), diz que o foco será na mobilidade ativa (pedestres e ciclistas) e na implantação de novos corredores, a começar pela Avenida T-10.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/ciclomotores-eletricos-na-mira-do-detran-condutor-tem-de-se-regularizar-1.3350919" target="_self">Ciclomotores elétricos na mira do Detran; condutor tem de se regularizar</a> 
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Qual era o plano inicial da gestão para o trânsito de Goiânia?

A nova mobilidade tinha um plano bem estruturado, baseado em três pilares, que era continuar fortalecendo e focado no transporte público. A nova RMTC, que começou em 2021, dá sequência nisso. Aí incluiu o trânsito, e ele falou que o transporte público que ia comandar o trânsito na nossa cidade. Dentro do trânsito, fez ações que fortalecessem, dessem mais fluidez, uma melhor segurança, tudo voltado para o trânsito. Eu acho que agora tem um trabalho muito grande para ser feito daqui para frente, que é a mobilidade ativa. Eu ponho esses três pilares muito bem estabelecidos. Acho que isso foi a grande fortaleza do trabalho, porque tinha um plano muito bem desenhado, com ações muito claras do que seria feito. Também existem planos de ações. Tanto que a gente sabia que dia 2 ia retirar o semáforo da Jamel Cecílio. No dia 6, a gente ia liberar os corredores de ônibus para as motos. Isso já no primeiro dia.

A retirada dos semáforos e dos estacionamentos teve protesto de comerciantes. A inclusão das motos nos corredores teve críticas de especialistas em mobilidade. Foram decisões acertadas? 

Vou usar uma palavra forte: convicção. Temos convicção de que as mudanças foram para melhor. Liberar os corredores para as motos, em nossa visão, traria benefícios e hoje se comprova isso. Com o motociclista, o corredor tem mais frequência. O transporte público tem viagens programadas e há certa ociosidade no corredor, em alguns horários. Então, o motociclista anda no corredor muito bem amparado. Mais: ao pilotar no corretor, ele só tem opção de ultrapassagem pelo lado esquerdo – não tem o lado direito, quando está entre os carros. Isso direciona. Não tivemos incidente até hoje envolvendo moto e ônibus.

Pela lógica, se o ônibus tem corredor, ao colocar mais veículos ele perde velocidade, por ter menos espaço.

Quando há frequência, horário, o ônibus também tem seu horário. E quando há o corredor, se segue esse padrão. Hoje, com a metronização, o motorista também tem velocidade média que ele para percorrer de modo que todo o sistema funcione muito bem. É a mesma coisa dentro do corredor, onde estão as motos hoje. Também melhorou o trânsito das demais vias, porque as motos saíram de lá. Demos mais fluidez para o carro andar normalmente e ordenamos o trânsito.

A resposta de motoristas de ônibus e motociclistas é positiva?

Dos motociclistas é superpositiva. Ninguém até hoje criticou isso. Muitos pedem mais corredores, para andar por via expressa. Já os motoristas pedem o mesmo que a secretaria: respeitar a legislação de trânsito, ter prudência na pilotagem da moto.

Os motoristas sentiram redução de velocidade dos ônibus?

De forma alguma. A gente não teve prejuízo com isso.

Foram implantados os corredores Jamel Cecílio, Castelo Branco/Mutirão e 24 de Outubro. Há também 36 projetos. Como está essa implantação? 

O nome é Programa de Desobstrução das Vias Arteriais. É um programa com 300 km, 36 corredores. Implantamos cinco corredores. O T-10 é um dos corredores, como também a Avenida Mangalô, a T-9 e vários outros – Independência, 5ª Avenida, São Francisco. Todas vão participar do programa de substituição das vias arteriais. Implantamos e vamos acompanhando. Só que isso acompanha um programa com semaforização, onda verde, sincronização com o corredor. É preciso trabalhar de forma conectada, não adianta só liberar a pista. Na 85, fizemos vários ajustes, na Jamel, também. Tivemos de tirar estacionamentos da terceira faixa, tudo que estava obstruindo. São 14 pontos a serem trabalhados – estacionamento, desobstrução, caçambas, precisamos olhar tudo. Tem de ser corredor mesmo, trazer o resultado prometido. O prefeito falou de ganho de 30% com a desobstrução e estamos vendo que hoje quase todos os corredores têm mais que isso.

Como estão esses resultados?

Na Jamel/ 136 hoje, mais de 40%. Saímos de 27 minutos para 12 ou 13 minutos para percorrer todo o corredor. Em torno de 50% de ganho real.

Qual será o próximo corredor implantado?

O da T-55/T-10. O prefeito já até fez anúncio.

Na época, logo que O POPULAR fez matéria, houve abaixo-assinado de moradores e comerciantes que não queriam esse corredor binário nem a mão única na T-10.

É preciso entendimento do projeto. Às vezes as pessoas não entendem o que é um binário. Querendo ou não, qualquer mudança mexe na zona de conforto, estão acostumados com o modelo daquele jeito. Ali não é mudar só a T-55 e a T-10. Precisa de um trabalho estruturante também na T-3, nas outras vias que cortam a T-55 e a T-10 também. Todas vão ganhar atenção em relação a isso. Um trabalho conjunto e bem complexo. As pessoas começarão a entender como será, o objetivo, o ganho com o corredor. Hoje na T-10, quando se faz aquela conversão à esquerda, trava o trânsito, fecha a via que desce e a que sobe e o carro fica parado no meio. Quando se faz isso no cruzamento semaforizado, aí se verá a mudança. Estamos demonstrando coisas que já fizemos. Em qualquer corredor já implantado, o ganho é real.

Em 2014, quando da inauguração do Corredor T-7, na Avenida dos Alpes houve protesto dos comerciantes, porque tiraram os estacionamentos. Até hoje parece ser esse o principal problema lá.

Faz parte de nossa cultura parar em frente ao comércio onde se vai. Isso é um costume nosso. Eu fui à Jamel/136 e observei, todas as vezes, que os carros em frente às lojas eram de donos ou funcionários. O estacionamento tem de ser rotativo, isso é importantíssimo para a cidade, porque essa rotatividade dá o fluxo para o comércio. Não pode ficar igual em Campinas, que tem vaga que se fica o dia inteiro. E quem vai comprar? Vai para onde? O estacionamento é nosso maior desafio. Na Jamel Cecílio, encontramos a solução: calçadas largas, de 4 a 5 metros, onde se fez um recuo.

Esses locais teriam de ser Área Azul? 

Sim. E comunicamos isso na época. Tem de ser rotativo, pelo comércio. Conseguimos resolver na 136, na Castelo Branco/Mutirão. Organizamos a questão de carga e descarga – na Castelo Branco, o comércio já é recuado, tem estacionamento. O problema lá é carga e descarga. Chegamos a um horário: qualquer caminhão, de 9 às 15 horas, pode estacionar nos locais demarcados e fazer carga e descarga. São todos os pontos de acessos? Não. Mas organizamos com a associação, com os comerciantes e estão felizes. Primeiro, porque o trânsito melhorou; segundo, porque encontramos a solução. E isso vai se complementar com a implantação do sistema rotativo.

Como está o projeto da nova Área Azul? 

Adiantado. O prefeito tem cobrado muito da secretaria, mas são vários pontos e é preciso sinalizá-los. Precisamos ter equipamento para isso, estamos trabalhando com nossa tecnologia.

A secretaria já sabe quais os pontos? 

Sim, estão mapeados. São mais de 10 mil vagas. Temos as vagas já organizadas, em Campinas, Setor Central e a 44. Essas vias já estão todas mapeadas, mas tem a expansão também. O prefeito topou essa expansão. Estamos mudando a lógica do serviço. Hoje a Área Azul está no aplicativo Prefeitura 24 Horas. Estamos trabalhando com outro modelo, para que a secretaria fique responsável por controle e fiscalização e a Prefeitura, pela venda do crédito. A ideia agora é fazer a liberação. O prefeito já assinou os decretos e agora são ajustes finos, fazer a demarcação e autorizar. Creio que logo no início do ano vai estar tudo pronto.

Os radares ainda não estão todos implantados e houve polêmicas sobre a falta de pagamento às empresas terceirizadas. De fato, estão sem receber?&nbsp;

Na verdade, foi um contrato e uma ordem de serviço assinada na gestão passada, mas não foi implantado nada naquela gestão, só assinaram. Ficou para esta gestão operar esse contrato. Tivemos períodos iniciais de ajuste da operacionalização, reavaliação de pontos, equipamentos, validação da própria sinalização, validação da instalação pelo Inmetro. Vários ajustes. Tivemos também contratos encerrados de sinalização. Hoje, estamos organizando os pagamentos. Existem algumas secretarias envolvidas nisso, não só a SET. Os pagamentos estão sendo feitos, nos últimos 30 dias fizemos vários, colocando em dia o que pode ser pago, porque tem o que está no processo de medição e avaliação.

Falta muito para o parque de sinalização ou de fiscalização chegar à cidade toda? 

Não. Estamos fazendo ajustes para iniciar a operação. Mas hoje nosso parque, dentro do que estava previsto para o contrato, está sendo executado normalmente, sem nenhum débito. Até no monitoramento do gabinete de crise temos câmeras nossas. Instalamos câmeras específicas para monitorar tanto o trânsito como a situação da Marginal Botafogo e da Rua 87. Dentro da central, se faz toda essa gestão e a qualidade é muito boa.

Como está a expansão da metronização? Há trechos curtos, mas não temos um corredor inteiro.

Vamos ter ao dar continuidade ao processo. Foi uma solução construída pelo prefeito. Toda a ideia foi concebida por ele. A gente fala aonde vamos que só Goiânia tem metronização, não tem outro local com solução idêntica à nossa. Começamos com tags dentro do ônibus, mas com a inteligência artificial não precisa mais, no contato do ônibus com o semáforo se faz essa “conversa” e automaticamente, a sincronização. É um modelo novo, não tem parâmetro fixo de temporização semafórica, é de acordo com a demanda.

Tem funcionado como o planejado?

Muito bem, está dando certo. A ideia agora é crescer. O Eixo Leste-Oeste é o próximo, para o próximo trecho, depois Norte-Sul, e aí expandir. O prefeito também quer colocar metronização em corredores fora dos BRTs. Isso já está alinhado já com a RedeMob e a CMTC. Estamos trabalhando para isso acontecer de forma estruturada. A metronização é sucesso nacionalmente, é nosso carro-chefe.

Qual é o balanço disso ou de projetos mais simples? A gestão passada falava muito sobre esses projetos locais, por bairros, essa gestão não tem feito esses projetos, tem pensado mais na fluidez dos corredores.

Quais são as vias arteriais que cruzam a nossa cidade, que movimentam a cidade? O plano foi concebido baseado nisso. Hoje temos 300 km de prioridade em 6,5 mil km de vias na capital. Nós estamos utilizando como referência por sabermos que é nessas vias que há maior circulação de veículos. Estamos pensando a cidade como um todo. Lógico, tem pontos específicos a trabalhar. E aí trabalhamos com a direita livre, fazendo ajustes de geometria, questão de estacionamento, para melhorar a fluidez como um todo.

O projeto da direita livre já finalizou?

Não, estamos com pouco mais de cem direitas livres. Ainda tem lugar para instalar e às vezes, a gente, onde não é totalmente livre. Por exemplo, fizemos isso ali na Circular. Na T-63, para poder virar à direita e seguir na Circular tem um ganho de tempo ali. Fizemos isso já em mais de 20 pontos. Você fica mais tempo de sinal verde para entrar à direita.

Ainda há falta de entendimento dos motoristas sobre essa sinalização? 

Sim, tem esse problema. Um dia tivemos de remover uma caçamba na via da direita livre. Mas as pessoas gostaram, acho que é unanimidade a direita livre, só que gente sem consciência, tirando proveito.

Muitos especialistas de trânsito, desde o começo do ano, criticam o projeto da Prefeitura na mobilidade ativa. Afirmam tratar muito de fluidez para carros e esquecer pedestre e ciclista. Onde eles estão nesse programa?

Tem um pilar específico para trabalhar calçadas, acessibilidades, bicicletas, ciclofaixas, ciclovias e também as bicicletas integradas ao transporte coletivo. O prefeito apresentou isso e agora estamos organizando. Tivemos dificuldade com o fornecedor, mas estamos com a deliberação e temos tudo organizado. É o plano para 2026. Vai ter um foco muito grande na mobilidade ativa, mas não deixando de realizar o que está sendo feito, porque tem coisa por fazer ainda.

Como coexiste essa junção de mobilidade ativa e pedestre com a direita livre? 

Para mim, totalmente. Basta tomar exemplos. Estivemos em Barcelona, lá tem os corredores, tudo funcionando, e tem a acessibilidade também. E funciona muito bem. Lá, muita gente faz seu último trecho de bicicleta. É o que estamos propondo aqui. Só que lá não é integrado ao transporte. Fiz a apresentação lá do modelo de Goiânia, ficaram encantados: dar a condição de sair do ônibus, pegar uma bicicleta, ir para casa e depois voltar no outro dia nela para pegar o ônibus e seguir seu caminho. É uma integração total. Tem um pouco de cultura, talvez não estejamos acostumados a fazer essa integração e caminhar um pouco a pé, fazer um trecho pequeno com bicicleta. Quando se fala de transporte coletivo ou mobilidade, tem de integrar modais. Tem de ter soluções que integrem bicicleta, calçada, acessibilidade. Esse processo tem de ser junto.

A proposta da gestão é essa integração para a mobilidade ativa?

Integrar as bicicletas, fazer as faixas. Temos fiscalizado muito isso. Nós temos tido muita fiscalização, com muita remoção de veículos de ciclofaixas. Domingo é o dia da ciclofaixa e os carros nossos ficam aqui aguardando. Quando se vê carro parado na ciclofaixa, se remove mesmo. Nosso pátio está bem cheio por conta disso. Esquina, calçada, ciclofaixa, paradas em frente à residência, fechando o portão. É ligar e a equipe se desloca e remove. Temos feito muito isso.

Quando foi feito o Plano de Mobilidade, concluíram que o principal problema era a quantidade de carros, com gente usando o carro para se deslocar por pouca distância, principalmente na região mais populosa. O que o sr. acha disso? 

É uma questão de comportamento coisa que não se pode proibir. Quer dizer, até pode, se proíbe o deslocamento em alguns locais. Mas é complicado porque é questão de comportamento.

Como a secretaria pode trabalhar ou tentar conversar com as pessoas? Como atuar no comportamento delas? 

Tem uma forma de fazer isso: campanha educativa. E aí têm algumas coisas. Primeiro é conscientização do motorista mesmo. Com campanha, panfleto. Regras não resolvem isso. Regras podem mudar, mas hoje não é o que vai resolver, impor que não se vai circular de carro em algum lugar. É porque hoje fazer isso não é o objetivo da gestão, não se pensa em pedágios, não há planos para isso. A gestão, por enquanto, pensa em campanhas educativas, de conscientização e orientação. O segundo ponto que a gente tem feito é trabalhar com as escolas. Temos tentado transformar os estudantes em miniagentes, para, dentro do carro ou em casa, formar opinião junto aos pais. Isso nós temos intensificado muito nas escolas e é uma proposta do prefeito. Estamos trabalhando nisso já em um programa com cartilha e tudo. Tem a minicidade, que temos levado para algumas escolas, têm campanhas educativas. Eu acredito que a cultura muda assim. Podemos fiscalizar e punir. Mas hoje não é o foco da gestão. O foco agora é a conscientização.

O sr. concorda com os estudiosos da UFG, para quem o alto número de carros é o grande problema da mobilidade de Goiânia hoje? 

Sim. Nós temos 1,3 milhões de veículos para 1,5 milhões de habitantes. O volume é gigante, não adianta.

Chefe do Trânsito em Goiânia, Tarcísio Abreu avalia ano como positivo e diz que 'mudança mexe na zona de conforto"

Entrevista

A área entre as avenidas T-5 e T-3 e a Rua T-58, no Setor Bueno, <a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-cobra-projeto-para-area-publica-ao-lado-do-parque-vaca-brava-em-goiania-1.2530522" target="_self">poderá se tornar um grande mercado público</a>. Essa é a proposta do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB). Em entrevista ao POPULAR, ele explicou que a proposta é construir um equipamento inspirado em mercados de cidades brasileiras e europeias, em parceria com a iniciativa privada. O local, em frente à Maternidade Amparo, tem histórico de disputas e interesses pela localização privilegiada, sendo a última área livre na orla do Parque Vaca Brava.

“Quero construir um mercado grande e moderno. Vou construir junto com a iniciativa privada”, afirmou Mabel. A proposta, de acordo com o prefeito, prevê a realização de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), etapa preliminar em que o poder público consulta o mercado para avaliar a viabilidade técnica, econômica e jurídica do empreendimento. Caso os estudos avancem, a intenção é estruturar uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar a obra.

“Com a PMI a gente lança uma PPP e faz ela. A ideia é que o lugar se torne aqueles mercados grandes como tem em São Paulo e na Europa. Vamos fazer até o final da gestão”, disse Mabel. Entre outubro e novembro, o prefeito de Goiânia visitou mercados públicos em Portugal. O gestor complementa que o local deve contar com comércios e restaurantes, além de vender frutas e verduras.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-cobra-projeto-para-area-publica-ao-lado-do-parque-vaca-brava-em-goiania-1.2530522" target="_self">MP cobra projeto para área pública ao lado do Parque Vaca Brava, em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/area-publica-ocupada-por-construtora-deve-ser-integrada-ao-parque-vaca-brava-em-goiania-1.1688542" target="_self">Área pública ocupada por construtora deve ser integrada ao Parque Vaca Brava, em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/paco-aprova-aumento-de-area-urbana-em-quase-mil-hectares-em-goiania-1.3347334" target="_self">Paço aprova aumento de área urbana em quase mil hectares em Goiânia</a></div>

O terreno possui cerca de 5 mil metros quadrados e está situado na confluência da Avenida T-5 com a Avenida T-3, no Setor Bueno, uma das regiões mais valorizadas da capital. De acordo com o Boletim de Informações Cadastrais (BIC) da Prefeitura de Goiânia, o imóvel é classificado como propriedade municipal. O valor venal do terreno é de R$ 13 milhões, conforme a Planta de Valores Imobiliários em vigor.

A área, no entanto, carrega um histórico complexo. O ex-secretário municipal de Meio Ambiente de Goiânia, Osmar Pires, que ocupou o cargo na gestão do prefeito Darcy Accorsi, afirma que o local deveria ser integrado ao Parque Vaca Brava e se tornar uma praça. Ele diz que a destinação como praça foi definida por decreto municipal que aprovou o loteamento da região e, posteriormente, foi reforçada por lei aprovada pela Câmara Municipal. “É uma área pertencente ao povo de Goiânia, integrada ao parque, com função ambiental e de convivência.”

De acordo com Pires, o local abriga nascentes do Córrego Vaca Brava, responsáveis por alimentar o lago do parque. Segundo o ex-gestor, ainda na década de 1990 foi implantado um sistema de drenagem subterrânea, conhecido como “escama de peixe”, justamente para conduzir essas águas até o lago e preservar o equilíbrio ambiental.

Em 1995 houve uma tentativa de construção de um edifício residencial de grande porte no local, por uma empresa privada, o que levou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente a embargar a obra e instaurar processos administrativos e judiciais. O caso resultou em uma ação civil pública que tramitou por cerca de 18 anos. Ao final, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela nulidade dos registros em nome de particulares e pela reintegração da área ao domínio público, reconhecendo sua destinação ambiental.

Conforme a certidão do Registro de Imóveis da 1ª Circunscrição de Goiânia, o terreno foi originalmente destinado à construção de uma escola e pertenceu, ao longo das décadas, a diferentes proprietários privados. Em 2004, o imóvel passou a ser objeto de uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público contra o Município de Goiânia e outros envolvidos, com ganho de causa em favor do município.

Para Osmar, a decisão judicial impõe restrições claras. Ele argumenta que a área deve receber apenas intervenções mínimas, compatíveis com a preservação das nascentes e do lençol freático. “Qualquer obra mais pesada pode comprometer a alimentação do lago do Parque Vaca Brava. Não é uma área para múltiplos usos, nem para edificações de grande porte”, afirmou.

Moradora da região há cerca de 45 anos, a artista plástica Graça Estrela afirma que o terreno, situado em frente à sua casa, sempre foi tratado pela comunidade como parte integrante do Parque Vaca Brava. Graça relata que, ao longo dos anos, diferentes interesses privados tentaram se apropriar do espaço, inclusive com o uso informal como estacionamento. “Aquilo virou estacionamento por muito tempo. Sempre foi uma confusão”, diz.

Na avaliação da moradora, a implantação de um mercado no local é inviável tanto do ponto de vista ambiental quanto urbano: “Ali não comporta mercado. Não tem estacionamento, não tem como absorver esse fluxo. Qualquer construção pesada ali acaba com as nascentes”, diz.

Ainda não há prazo definido para o lançamento da PMI nem detalhes sobre o modelo de gestão do futuro mercado. A prefeitura também não informou se haverá necessidade de ajustes legais ou urbanísticos para a implantação do projeto. Segundo o prefeito, a meta é concluir o processo e entregar o equipamento até o fim do atual mandato.

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