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A Prefeitura de Goiânia já definiu quais organizações sociais (OSs) vão assumir as maternidades municipais da capital. No Portal da Transparência da Prefeitura, já aparecem empenhados R$ 38 milhões a serem pagos para Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), Instituto Patris e Sociedade Beneficente São José (SBSJ). O termo de colaboração emergencial terá duração de três meses.

O Instituto Patris ficará responsável pelo Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) e deverá receber R$ 16,7 milhões para atuar durante os três meses. A SBSJ deverá ficar com R$ 15,3 milhões para administrar o Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) pelo mesmo período. Já a AHBB deverá contar com R$ 5,9 milhões para tomar conta da Maternidade Nascer Cidadão (MNC). Ao todo, deverão ser gastos R$ 12,6 milhões por mês com a gestão das três unidades de saúde.

No início desta semana, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), atual gestora das três maternidades municipais, recebeu oficialmente o ofício da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) comunicando o encerramento da gestão. De acordo com a SMS, os novos contratos serão assinados em até 30 dias.

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OSs

A SBSJ e a AHBB são de São Paulo. A primeira administra unidades de saúde em três cidades do interior paulista: Guarulhos, Mongaguá e Herculândia. Também presta serviço de remoção terrestre e serviços técnicos especializados para suporte às urgências e emergências em saúde no Polo Industrial de Manaus, no Amazonas. Igualmente, a AHBB, também conhecida como Rede Santa Casa, toma conta de unidades de saúde no interior de São Paulo. Ela é responsável por hospitais em Bilac, Garça, Taboão da Serra e Itápolis.

O Instituto Patris é do Mato Grosso, mas também possui filiais em Goiás e no Paraná. É a única das três OSs que já está à frente da gestão de uma grande unidade de saúde goiana. Em 2022, assumiu o Hospital Estadual de Luziânia (HEL). O contrato tem duração de quatro anos. Atualmente, o valor mensal de custeio é de R$ 5,2 milhões e anual de R$ 63 milhões.

O Instituto Patris também já participou de chamamentos públicos para a gestão de outras unidades da rede estadual de Saúde, como o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), o Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás (Herso) e o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).

Histórico

Os atendimentos prestados pelas maternidades municipais ocorrem de forma deficitária há quase dois anos – de maneira mais intensa, há um ano – por conta de uma dívida milionária acumulada por parte da SMS que afeta diretamente o oferecimento de serviços. Desde que assumiu a gestão municipal, o prefeito Sandro Mabel (UB) tece críticas à Fundahc e reclama dos valores repassados à fundação em detrimento do serviço entregue.

Por conta disso, no início deste ano o Conselho Municipal de Saúde (CMS) aprovou a redução do valor do contrato da Prefeitura com a Fundahc de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões mensais. Um novo contrato seria assinado de forma emergencial e teria duração de 120 dias. Para isso, novos planos de trabalho, mais enxutos, foram desenhados. Entretanto, eles foram reprovados pelo CMS. Em paralelo, o mal-estar entre a Prefeitura e a Fundahc aumentou, o que impediu que as negociações avançassem.

No início de julho, o drama ganhou novo capítulo quando a realização de partos normais e cesáreas na Célia Câmara foi suspensa. O motivo foi a dívida acumulada pela Fundahc junto aos anestesiologistas. O cenário se agravou ainda mais quando os atendimentos na Dona Iris e Nascer Cidadão ficaram restritos às urgências e emergências.

Em reportagem publicada no dia 23 de julho, O POPULAR antecipou que Mabel já havia batido o martelo sobre as OSs nas maternidades de Goiânia. A previsão dada pelo prefeito foi de que todo o processo de mudança na administração deveria levar até três meses. Nos bastidores, a informação é de que as novas OSs devem assumir o controle das maternidades, no máximo, até a próxima semana.

Um mês antes da veiculação da reportagem, Paula dos Santos Pereira, superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da SMS, assinou um despacho com o relatório técnico que embasa a substituição do modelo de gestão das três maternidades da capital. No documento, a SMS citou irregularidades na prestação de serviços pela Fundahc. Entre elas, está “o descumprimento de metas pactuadas, falhas de gestão e utilização indevida do fundo rescisório” entre 2020 e 2024.

Após a divulgação do relatório, a Fundahc explicou que envia à SMS mensalmente os relatórios para prestação de contas, além de ser avaliada a cada trimestre por uma Comissão Especial de Avaliação instituída pela própria secretaria, “que, ao longo dos anos, emitiu pareceres favoráveis à execução dos serviços prestados”. Também alegou que os valores rescisórios citados foram usados para “manutenção de serviços quando os repasses se tornaram irregulares”.

Segundo a fundação, a dívida total da Prefeitura é de R$ 158,5 milhões, sendo R$ 46,5 milhões para quitação de direitos trabalhistas. Ao longo dos últimos meses, a Fundahc vem reforçando em notas enviadas à imprensa que trabalha para assegurar a continuidade dos serviços e que procura promover negociações para honrar os pagamentos.

Na segunda-feira (28), a Fundahc foi notificada sobre o fim dos contratos atuais. No mesmo dia, em portaria divulgada no Diário Oficial do Município (DOM), o secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, formalizou a instituição de comissão de transição e acompanhamento dos convênios das três maternidades.

Auditoria

Em meio à mudança de gestão, as maternidades passam por uma auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS). A inspeção do governo federal foi motivada por um ofício encaminhado pela vereadora Aava Santiago (PSDB) ao DenaSUS. Aava enviou o documento, que aponta uma série de interrupções dos serviços prestados pelas maternidades, ao governo federal em 20 de março. Um dos pontos citados por ela é justamente a redução do valor do contrato entre a Prefeitura e a Fundahc.

No final de maio, o diretor do DenaSUS, Rafael Bruxellas, esteve em Goiânia. Na ocasião, o secretário municipal de Saúde da capital disse ter ficado surpreso ao saber que a auditoria do Ministério da Saúde nas três maternidades da capital será referente ao exercício do ano de 2025 e a SMS informou que a pasta iria solicitar ao governo federal que os anos de 2023 e 2024, período em que a pasta foi comandada por Durval Pedroso e Wilson Pollara, também sejam auditados.

Saúde define OSs que vão assumir maternidades municipais em Goiânia

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Operação combate golpes na venda de carros de luxo e bloqueia R$ 1 milhão de investigados

Operação carro de luxo

<div attr-cid="policy:1.3296808" attr-version="policy:1.3296808:1754480146" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3296808" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3296808', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3296808">Operação combate golpes na venda de carros de luxo e bloqueia R$ 1 milhão de investigados (1.3296808)</a></div>

Um grupo formado por membros da mesma família foi preso alvo de uma operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) que investiga golpes milionários em vendas fraudulentas de carros de luxo.&nbsp;Essa associação, de acordo com as investigações, atuava há pelo menos quatro anos e fez vítimas em vários estados.

A operação, realizada nesta quarta-feira (6),&nbsp;&nbsp;bloqueou&nbsp;R$ 1 milhão dos investigados&nbsp;e cumpriu seis mandados de prisão, sendo um deles em Pires do Rio, sudeste goiano. As demais prisões ocorreram em Ituiutaba (MG), Joinville (SC) e Chapecó (SC).

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, O POPULAR não pôde localizar a defesa dos envolvidos para posicionamento.&nbsp;

Um dos casos que deu início à investigação envolveu um empresário de Goiânia, que teve prejuízo estimado em R$ 1 milhão.&nbsp;Segundo informações do delegado Murilo Leal ao POPULAR, os suspeitos criavam grupos em aplicativos de mensagens e simulavam a venda de carros de luxo seminovos.

<h2>Como aconteciam os golpes</h2>

De acordo com o investigador, os criminosos apresentavam documentos e laudos falsos para dar aparência de legalidade e convencer empresários do ramo de revenda de veículos a realizar pagamentos. Os veículos, no entanto, nunca eram entregues.

<cite>Nesse tipo de golpe, procuravam empresários do ramo de revenda de veículos de luxo seminovos. No Brasil todo, eles buscavam esse tipo de vítima”, explicou o delegado.</cite>

Segundo o delegado, os suspeitos usavam contas bancárias de laranjas, abertas com documentos de familiares, e encerravam essas contas logo após receber os valores para dificultar o rastreamento.

<cite>Assim que era creditado o dinheiro, ele era pulverizado e a conta encerrada, no intuito de disfarçar a origem ilícita desses valores e dificultar a investigação. Isso caracteriza lavagem de dinheiro”, explicou.</cite>

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Cada membro tinha uma função específica, como o contato com as vítimas, o envio de documentos falsos ou a movimentação bancária.

<cite>Um dos membros da família se passava por cliente que já teria comprado um veículo, com o objetivo de dar credibilidade à negociação e convencer a vítima a concluir o pagamento”, detalhou o delegado.</cite>

Todos os suspeitos presos já tinham passagens anteriores pelo mesmo tipo de crime. De acordo com o delegado, eles devem responder por fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 20 anos de prisão.

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<img attr-cid="policy:1.3296804" attr-version="policy:1.3296804:1754479917" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3296804/venda_de_carro_de_luxo_em_goiás.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Segundo a polícia, a associação criminosa praticava estelionato por meio de fraude eletrônica (Divulgação/Polícia Civil)

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Família é presa em operação que apura golpe de R$ 1 milhão com venda de carros de luxo, diz polícia

Pires do Rio

Web. Nova OS assina carteiras de trabalho por valor menor

Diversos trabalhadores do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), em Goiânia, foram surpreendidos na segunda-feira (4) ao abrir a carteira de trabalho digital e verificar que estava assinada pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), atual gestora das três maternidades municipais, e pelo Instituto Patris, organização social (OS) que deve assumir a administração da unidade nos próximos dias. Os funcionários apontam redução salarial e reclamam de falta de transparência e comunicação por parte das instituições envolvidas.

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De acordo com o Instituto Patris, tratou-se de “uma simulação de contratação de servidores para uma unidade de saúde da Prefeitura de Goiânia com dados públicos extraídos do Portal da Transparência para estabelecer protocolos de gestão de pessoas em situação real”. A OS também frisou que a simulação representa “a preocupação da instituição em realizar um adequado planejamento orçamentário e seu reflexo tributário”. Dessa forma, “nenhum valor deverá ser considerado”.

No fim da semana passada, O POPULAR revelou em primeira mão quais OSs administrarão as maternidades municipais da capital. No final de julho, a gestão notificou a Fundahc sobre o fim dos contratos atuais. O Instituto Patris ficará com o HMDI; a Sociedade Beneficente São José (SBSJ), com o Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC); e a Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), a Maternidade Nascer Cidadão (MNC).

<ul>
	<li style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;">Assista entrevista com o secretário de Saúde&nbsp;na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeitura-de-goiania-afirma-que-negociacoes-para-saida-de-fundahc-esta-avancada-13772794.ghtml" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_self">Novos gestores para as maternidades</a></li>
</ul>

Ao todo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) gastará R$ 12,6 milhões por mês com a gestão das três unidades. No Portal da Transparência já aparecem empenhados R$ 38 milhões a serem pagos às instituições. O termo de colaboração emergencial terá duração de três meses.

O POPULAR obteve acesso, com exclusividade, a capturas de telas das carteiras de trabalho digital de funcionários da Dona Iris. As imagens são desta terça-feira (5). Um dos documentos, de uma trabalhadora da área assistencial, aponta diferença salarial de R$ 1,5 mil entre o pagamento da Fundahc e o do Instituto Patris. Enquanto a fundação assina a carteira da trabalhadora por R$ 4,5 mil, a OS assina por R$ 3 mil.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/fundahc-contesta-rescis-o-de-contrato-de-gest-o-das-3-maternidades-1.3296321" target="_blank">Fundahc contesta rescisão de contrato de gestão das 3 maternidades</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/saude-define-oss-que-v-o-assumir-maternidades-municipais-em-goiania-1.3294772" target="_blank">Saúde define OSs que vão assumir maternidades municipais em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/relatorio-cita-erros-da-fundahc-na-gest-o-de-maternidades-em-goiania-1.3293966" target="_blank">Relatório cita erros da Fundahc na gestão de maternidades em Goiânia</a></div>

À reportagem, ela explicou não ter interesse em permanecer trabalhando na Dona Iris por esse valor. Também reclama da falta de comunicação por SMS e Fundahc sobre a mudança de gestão. “Não fomos avisados de nada.” Segundo ela, ao menos metade dos que trabalham na mesma área está em situação semelhante.

A história se repete entre os trabalhadores da área administrativa. Nesta segunda, diversos deles também foram surpreendidos com mudanças na carteira de trabalho digital. No documento de um dos funcionários da área também consta diferença salarial de R$ 1,5 mil, além da informação de que o vínculo empregatício vai só até 17 de setembro. Ele conta que isso impacta diretamente seu orçamento familiar. “Tenho filhos e o financiamento de uma casa”, frisa.

O trabalhador avalia a recente movimentação como falta de transparência por parte das instituições envolvidas e conta que a situação reforça o clima de insatisfação e frustração já existente entre os funcionários. “Toda essa situação das maternidades fica se arrastando. Já estamos sem saúde mental. Ninguém sabe se vai receber, ser demitido, conseguir acerto (trabalhista)”, desabafa.

<div attr-cid="policy:1.3296915" attr-version="policy:1.3296915:1754488532" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3296915" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3296915', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3296915">Web. Nova OS assina carteiras de trabalho por valor menor (1.3296915)</a></div>

Para a advogada trabalhista e professora de Direito do Trabalho, Juliana Mendonça, simulações de contratações não são comuns. “Questões administrativas são muito burocráticas. Fazer isso como simulação não faz muito sentido.” Ela ainda explica que os trabalhadores não podem ter redução salarial por conta da mudança na gestão da maternidade. “O que podem fazer é demitir todo mundo. Para isso, precisam pagar as rescisões trabalhistas”, aponta.

<h2>Registro preliminar</h2>

Em nota, o Instituto Patris informou que o trabalho de simulação de contratação “foi feito por empresa especializada em recursos humanos que utilizou os dados disponibilizados no Portal Transparência, sem qualquer objetivo de provocar dissabores, não tendo nenhum tipo de contato com qualquer colaborador”.

De acordo com a OS, houve um “registro preliminar” na base de testes da plataforma eSocial e em seguida “excluído”, conforme “comprovação de logs do sistema”. O Instituto Patris ainda esclareceu que nenhum colaborador passou por processo seletivo ou entrevista e que “todos terão oportunidade de se cadastrar em um futuro e eventual processo seletivo”.

Por fim, a instituição reforçou “o compromisso em executar uma gestão administrativa e financeira responsável com os recursos públicos, objetivando a entrega do atendimento humanizado” e “garantindo eficiência e qualidade na assistência à saúde”.

Em nota, a SMS comunicou que “os termos de colaboração para a gestão das maternidades municipais não foram assinados e que, até que os instrumentos jurídicos sejam devidamente formalizados, a gestão das unidades segue sob responsabilidade da Fundahc” e que a secretaria “não é a responsável pelos contratos de trabalho entre a gestora das unidades e os profissionais”.

Já após o fechamento da edição impressa, a Fundahc enviou ao POPULAR a seguinte nota: "A Fundahc reforça sua atuação transparente e esclarece que todas as informações repassadas a colaboradores, fornecedores e prestadores de serviços acontecem quando há decisão oficial e sempre de forma ágil. Fundação e Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia mantém diálogo para que a transição de gestão ocorra da melhor maneira possível, prezando por um processo ético, digno e, acima de tudo, respeitoso. As instituições ressaltam que, até este momento, não existe cronograma definido que permita novas ações de transição."

<h3>Rescisão vai ganhar cronograma</h3>

Uma reunião nesta terça-feira (5) entre Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) definiu que haverá um cronograma para rescisão dos convênios entre a fundação e a pasta. O documento conterá as datas das mudanças na gestão. Também o pagamento da dívida da Prefeitura com a Fundahc, que diz ter R$ 158,5 milhões a receber, terá um cronograma.

Na quinta-feira (31), dois dias após a Fundahc contestar a rescisão unilateral dos convênios de gestão das maternidades, a diretora-executiva da fundação, Lucilene Maria de Sousa, e a equipe jurídica da instituição foram ao MP-GO para discutir a rescisão e o funcionamento das maternidades. A reunião contou com a coordenadora da Área da Saúde do Centro de Apoio Operacional (CAO), Marlene Nunes Freitas Bueno, e o promotor Cassius Marcellus de Freitas Rodrigues, titular da 88ª Promotoria.

Nesta terça-feira (5), nova reunião, desta vez com representantes da SMS, entre eles a superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da pasta, Paula dos Santos Pereira, que assinou o despacho com a justificativa técnica para substituição do modelo de gestão das três maternidades.

<h3>Fundo rescisório é ponto de atenção</h3>

O pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários da Fundahc é um dos pontos de atenção no processo de troca na gestão das três maternidades municipais. De acordo com informações fornecidas pela fundação no fim de julho, o valor necessário para a quitação dos direitos trabalhistas dos 1,2 mil profissionais contratados em regime CLT nas três unidades de saúde é de cerca de R$ 46,5 milhões.

Entretanto, despacho da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de 23 de junho, que embasa a substituição do modelo de gestão das três maternidades, cita uso indevido do fundo rescisório para pagamentos de despesas administrativas, identificado em auditoria da Controladoria-Geral do Município (CGM). “Essa falha estrutural amplia o risco de passivos ocultos, uma vez que a insuficiência de recursos no fundo pode inviabilizar o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores, recaindo tal ônus sobre os cofres públicos municipais em caso de encerramento de parceria”, define.

Em contestação enviada à SMS relativa à rescisão dos convênios, a Fundahc defendeu que as transferências financeiras foram “medidas emergenciais e necessárias para cobrir despesas essenciais, como folha de pagamento e tributos, a fim de manter os hospitais em funcionamento”. A instituição ainda aponta que as operações foram realizadas com o conhecimento da SMS e que, por isso, não se trata de “uso indevido” do recurso.

Enquanto a Fundahc e a SMS permanecem em disputa, o clima de angústia avança entre os trabalhadores, que dizem temer ficarem sem direitos caso sejam demitidos. “O clima é de completa incerteza”, relata um trabalhador do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) que preferiu não se identificar.

<div attr-cid="policy:1.3294900" attr-version="policy:1.3294900:1754002766" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3294900" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3294900', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3294900">Webstories oss (1.3294900)</a></div>

Nova OS da Dona Iris assina carteiras por valores menores

MATERNIDADES

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) homologou mais de 200 ações ligadas à <a href="https://opopular.com.br/cidades/hospital-lucio-rebelo-volta-a-funcionar-apos-disputa-judicial-1.3047809" target="_self">falência do Hospital Lúcio Rebêlo.</a> O juiz Rodrigo de Melo Brustolin, da 30ª Vara Cível de Goiânia, promoveu a conciliação entre os credores e a massa falida, que levou à homologação de acordos e arquivamento definitivo de 224 incidentes processuais.&nbsp;

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Ao POPULAR, o advogado Miguel Jorge Junior, que representa 46 clientes com créditos trabalhistas, explicou que no caso do Hospital Lúcio Rebêlo, o que foi encerrado foram somente as ações incidentais de impugnação de crédito.&nbsp;

<cite>Agora, após a decisão do TJGO que convolou a recuperação judicial em falência, foi retomado o curso da ação falimentar. O primeiro passo é o julgamento desses incidentes de impugnação de crédito. O encerramento desses incidentes é o julgamento definitivo dos incidentes de impugnação de crédito”, disse o advogado.</cite>&nbsp;

De acordo com Miguel Jorge, após a publicação do edital de credores, por haver divergência nos valores dos créditos, os advogados representado os credores, fizeram as ações de impugnação de crédito (instrumento jurídico que permite aos credores&nbsp;discutir a inclusão, exclusão ou modificação dos créditos arrolados) mostrando à Justiça que os valores lançados no edital não estavam corretos. Nesse sentido, com o encerramento dos incidentes, isso significa que os advogados dos credores chegaram a um valor comum com a administração judicial da massa falida.&nbsp;

“Os créditos foram atualizados até a data da decretação da falência conforme estabelece a lei de falências. Esses 224 incidentes arquivados são as ações de impugnação de crédito. Agora esses créditos têm valor definitivo e a ação de falência segue normalmente para as próximas fases como arrecadação de bens para pagamento dos credores”, afirma o advogado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/recuperac-o-judicial-n-o-e-o-fim-mas-um-recomeco-para-a-empresa-diz-ceo-do-grupo-bar-o-1.3283972" target="_self">'Recuperação judicial não é o fim, mas um recomeço para a empresa', diz CEO do Grupo Barão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/pedido-de-recuperac-o-judicial-do-super-bar-o-e-acatado-1.3277833" target="_self">Pedido de Recuperação Judicial do Super Barão é acatado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/recuperac-o-judicial-da-agrogalaxy-e-homologada-em-goias-1.3273305" target="_self">Recuperação judicial da AgroGalaxy é homologada em Goiás</a>&nbsp;</div>

Ao POPULAR, a&nbsp;administradora judicial Cincos - Consultoria Organizacional de Resultado Ltda., sob responsabilidade de Stenius Lacerda Bastos, informou que a partir de agora será impulsionado os autos a fim de dar destinação ao imóvel e demais ativos do Hospital Lúcio Rebêlo, na busca de garantir que os credores que foram prejudicados recebam o que lhes for devido no processo.

<h2>Recuperação judicial &nbsp;</h2>

O processo de falência do Hospital Lúcio Rebêlo teve início com o pedido de recuperação judicial protocolado em novembro de 2019. A solicitação foi indeferida, inicialmente, pela 28ª Vara Cível de Goiânia, sob o fundamento de inexistência de atividade empresarial desde meados de 2018, conforme apontado em laudo de constatação prévia. No entanto, o TJGO&nbsp;reformou a decisão e deferiu o processamento da recuperação judicial em abril de 2020.&nbsp;

Posteriormente, em agosto de 2023, a Justiça reconheceu a recuperação judicial em falência do Hospital Lúcio Rebêlo. Essa decisão foi mantida pelo TJGO em maio de 2025. A partir desse marco, iniciou-se formalmente o processo falimentar.&nbsp;&nbsp;

Mais de 200 ações ligadas à falência do Hospital Lúcio Rebêlo são encerradas pela Justiça