No primeiro semestre de 2019, a rede estadual de Saúde de Goiás registrou 43 mil atendimentos e 3 mil cirurgias a mais que no mesmo período de 2018. Com redução de mais de R$ 3 milhões mensais na renovação dos contratos com as organizações sociais (OSs), a Secretaria de Estado de Saúde conseguiu aumentar os números de cirurgias, internações e atendimentos ambulatoriais. Os dados foram repassados na manhã desta quinta-feira (11) durante o balanço dos seis primeiros meses da gestão do secretário Ismael Alexandrino à frente da pasta. A apresentação foi realizada no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG) e contou com a presença do governador Ronaldo Caiado (DEM).O início da apresentação foi marcado pela divulgação do cenário da pasta deixado pela gestão anterior. Entre os problemas citados: 13 meses de atraso no repasse obrigatório aos municípios goianos; R$ 215 milhões de atraso no pagamento das organizações sociais; dívidas de R$ 100 milhões com fornecedores de medicamentos e um total de R$ 728 milhões de dívidas deixadas na Saúde. O governo optou por fazer os pagamentos de 2019 tentando mantê-los em dias, mas as dívidas do ano anterior ainda não foram quitadas por completo e passam por auditoria.“Temos tentado manter a regularidade dos pagamentos com as OSs e temos conseguido. Isso não é fácil, exige um orçamento, planejamento e fluxo de caixa. Junto à diretoria dos hospitais estamos trabalhando uma inteligência em relação à dinâmica hospitalar. Às vezes você reduz o tempo de internação, mantendo a qualidade. Na Unidade de Terapia Intensiva do HGG, por exemplo, tivemos taxa de infecção de 0%. Isso diminui o tempo de internação necessário para o paciente e gera menos gasto. Como consequência, um maior número de pacientes pode ocupar aquele leito”, completa o secretário Ismael Alexandrino.O secretário falou ainda sobre uma auditoria que está sendo realizada pela pasta em relação aos contratos das Organizações Sociais. Ele afirmou que existem cobranças controvérsias e indevidas. “Se o serviço não foi prestado e a meta não foi atingida, nós entendemos que não deve ser pago na proporcionalidade. Acreditamos então que após a auditoria finalizada, a dívida será reduzida. Aí sim poderemos falar em programação para pagamento de um valor final real. Não vamos dar datas porque só faremos isso quando pudermos cumprir”, finalizou Ismael.