A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) registrou infecção simultânea de dengue e chicungunha em 11 pacientes. A detecção foi realizada pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO), por meio do exame de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-pico-dengue-da-sinais-de-queda-em-goias-1.3124918" target="_blank">Após pico, dengue dá sinais de queda em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/com-baixa-procura-vacinas-contra-a-dengue-proximas-de-vencer-s-o-levadas-para-mais-de-100-cidades-1.3124670" target="_blank">Com baixa procura, vacinas contra a dengue próximas de vencer são levadas para mais de 100 cidades</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/o-que-n-o-comer-e-n-o-beber-em-caso-de-dengue-1.3123751" target="_blank">O que não comer e não beber em caso de dengue</a></div>

Os pacientes com a dupla infecção são moradores de cinco municípios goianos, que ainda não foram revelados pela secretaria. Eles são monitorados pela SES-GO, que informou avaliar se o quadro pode aumentar a gravidade ou a chance de complicação.&nbsp;

Ainda conforme a Secretaria de Saúde, a circulação simultânea de dengue e chicungunha, ambas transmitidas pelo mosquito&nbsp; Aedes aegypti, foram registradas em 65 municípios.&nbsp;

Agentes de saúde orientam que a melhor maneira de evitar dengue, zika e chicungunha é a eliminação de criadouros do Aedes aegypti.&nbsp;

<h2>Combate ao Aedes Aegypti</h2>

Atualmente, o trabalho para controlar a proliferação do mosquito tem sido feito principalmente por meio do manejo ambiental, como a retirada de lixos. Além disso, o combate ao mosquito deve ser visto com atenção pela população, já que, segundo a SES, 75% dos criadouros estão dentro das casas.

Os agentes de combate a endemias têm visitado as residências para combater criadouros e as bombas costais têm sido usadas de forma estratégica. O fumacê, amplamente usado há alguns anos, tem servido para situações específicas como, por exemplo, quando não é possível usar as bombas costais. Segundo SES-GO, a estratégia tem baixa eficácia porque a maioria das casas possuem muro alto e árvores nas portas.

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Saúde registra infecção simultânea de dengue e chicungunha em pacientes de Goiás

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NOVO CENÁRIO 

A advogada Izabella Gonçalves, de 31 anos, descobriu que tinha lúpus somente em abril de 2024. Diagnosticada com dengue e influenza, ela enfrentou uma internação em UTI devido à água no pulmão e dificuldades respiratórias. Durante a internação, exames indicaram a presença do lúpus, que já estava em seu corpo, mas foi ativado pela infecção grave. “Enfrentei mudanças significativas, incluindo o uso de corticoides que afetaram minha aparência e autoestima, além do desenvolvimento de hipertensão pulmonar. A rotina diária se tornou mais desafiadora devido à fadiga extrema e ao impacto emocional da doença”, conta.

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Com orientação da reumatologista e outras terapias, ela aprendeu a gerenciar as crises e a equilibrar sua saúde emocional e física. Hoje, Izabella segue um tratamento intensivo, incluindo medicação e exercícios. Assim como a advogada, cerca de 5 milhões de pessoas no mundo convivem com o lúpus. No Brasil, há estimativas de que entre 65 mil e 300 mil pessoas tenham a doença que é crônica, inflamatória e autoimune. O lúpus é uma das três doenças destacadas na campanha Fevereiro Roxo, ao lado do Alzheimer e da fibromialgia, que, embora incuráveis, podem ser controladas com o tratamento adequado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/faltou-tratamento-adequado-para-60-das-pessoas-que-morreram-por-dengue-em-goias-1.3231277" target="_blank">Faltou tratamento adequado para 60% das pessoas que morreram por dengue em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sobe-para-43-o-numero-de-cidades-goianas-em-situac-o-de-emergencia-por-causa-da-dengue-veja-a-lista-1.3231124" target="_blank">Sobe para 43 o número de cidades goianas em situação de emergência por causa da dengue; veja a lista</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/remedios-como-ozempic-podem-aumentar-risco-de-les-o-renal-aguda-e-pancreatite-aponta-estudo-1.3228166" target="_blank">Remédios como Ozempic podem aumentar risco de lesão renal aguda e pancreatite, aponta estudo</a></div>

Os sintomas podem aparecer lentamente, mas são contínuos e variam em fases de atividade e remissão. “O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é influenciado por fatores genéticos e ambientais. Geneticamente, há um componente hereditário, com maior risco em familiares de primeiro grau. Além disso, genes envolvidos na resposta imunológica também contribuem. Ambientalmente, fatores como exposição à radiação UV, infecções virais, hormônios sexuais, tabagismo e o uso de certos medicamentos podem desencadear ou agravar a doença em pessoas predispostas”, explica Isabella Monteiro Moura, médica reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia.

A doença causa inflamação e pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo, como a pele, os rins, o cérebro e as articulações. De origem desconhecida ela pode ser grave e, se não tratada de forma adequada, até levar à morte. “O diagnóstico ainda é desafiador devido à diversidade de sintomas e à semelhança com outras doenças. Além disso, os sintomas variam de leves, afetando apenas a pele e as articulações, a graves, comprometendo rins e sistema nervoso”, explica a médica. Para realizar o diagnóstico, médicos utilizam exames de sangue, urina e testes clínicos. Exames de anticorpos e até biópsias podem ser necessários para confirmar a presença da doença.

O lúpus pode se manifestar de formas diferentes, como o cutâneo, medicamentoso e neonatal, cada um com características e tratamentos distintos, além do tipo sistêmico com acometimento renal, que exige acompanhamento constante. A reumatologista Anna Sylvia Gonçalves Reis explica que há várias medidas que pacientes com lúpus podem adotar para controlar a doença e melhorar a saúde a longo prazo. “Entre as principais recomendações, estão a fotoproteção, com o uso de protetor solar e roupas com proteção UV, para evitar que a exposição ao sol agrave a condição. Além disso, uma alimentação equilibrada, rica em antioxidantes e com baixo teor de sódio, é fundamental para reduzir inflamações. Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que podem piorar a inflamação e interagir com os medicamentos, também é essencial”.

A adesão ao tratamento médico, incluindo imunossupressores e antimaláricos, é crucial, assim como a prática regular de exercícios físicos e o controle do estresse e do sono. Um ponto importante é que o diagnóstico de lúpus pode afetar a saúde mental dos pacientes, com transtornos como ansiedade e depressão sendo comuns devido às incertezas da doença e aos efeitos colaterais dos medicamentos. “O lúpus também pode impactar o sistema nervoso central, levando a alterações cognitivas e emocionais. Para lidar com isso, é recomendada a terapia cognitivo-comportamental, grupos de apoio e, em alguns casos, medicação psiquiátrica”, ressalta.

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Desafios no tratamento

Muitas pessoas associam o lúpus apenas às manchas vermelhas na pele, mas essa é apenas uma das manifestações da doença. Existem diferentes formas de Lúpus, cada uma com características próprias. O lúpus discóide afeta apenas a pele, causando lesões vermelhas em áreas como o rosto e o couro cabeludo. Já o lúpus sistêmico, o tipo mais comum, pode comprometer vários órgãos, como rins, pulmões e coração. Existe também o lúpus induzido por drogas, que ocorre devido ao uso de certos medicamentos, e o raro lúpus neonatal, que afeta bebês de mães com a doença.&nbsp;

O tratamento adequado pode aliviar os sintomas e, em alguns casos, até reverter a doença, especialmente quando a causa é medicamentosa. “Embora o lúpus não tenha cura, os avanços na reumatologia permitiram o desenvolvimento de terapias altamente eficazes, incluindo imunossupressores e terapias biológicas. O tratamento precoce e personalizado é essencial para evitar complicações graves”, explica a reumatologista Anna Sylvia Gonçalves Reis, do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia. Nos últimos anos, houve avanços significativos no tratamento do LES, com o desenvolvimento de novas terapias que modulam o sistema imunológico e reduzem a toxicidade dos tratamentos.

O tratamento do lúpus, segundo a médica, visa controlar suas manifestações conforme o órgão afetado, requerendo abordagens terapêuticas específicas. Quando há comprometimento renal, o tratamento envolve acompanhamento rigoroso com exames e, em alguns casos, biópsia renal. Para a inflamação articular, antiinflamatórios e imunossupressores são utilizados, enquanto no acometimento cutâneo, é fundamental a fotoproteção e, quando necessário, terapias tópicas ou sistêmicas. O tratamento inclui imunossupressores, corticosteroides e terapias biológicas, com monitoramento constante e acompanhamento regular. Um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo reumatologistas, nefrologistas, dermatologistas e outros especialistas, é essencial para um manejo eficaz da doença.

O acompanhamento médico regular e a realização de exames periódicos são fundamentais para o controle da doença e para evitar complicações graves. A doença pode afetar qualquer pessoa, mas é mais prevalente em mulheres, especialmente entre 15 e 40 anos. Pessoas com lúpus estabilizado e em remissão podem viver normalmente, trabalhando e praticando atividades físicas, desde que tenham acompanhamento médico e laboratorial.

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Mitos sobre o lúpus

 
"Lúpus é uma doença rara."

Embora menos prevalente que outras doenças autoimunes, o lúpus afeta milhões de pessoas, especialmente mulheres jovens, entre 15 e 45 anos.

 
"O lúpus é contagioso."

O lúpus não é causado por agentes infecciosos, como vírus ou bactérias, e, portanto, não é transmissível. Ele é uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do corpo.

 
"Quem tem lúpus não pode ter uma vida normal."

Com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, a maioria das pessoas com lúpus consegue ter uma vida ativa e produtiva, mesmo sendo uma condição crônica.

 
"O lúpus sempre afeta os rins."

Embora a nefrite lúpica seja uma complicação séria, nem todos os pacientes com lúpus apresentam problemas renais. Alguns podem ter apenas manifestações cutâneas ou articulares.

 
"Apenas mulheres desenvolvem lúpus."

Embora seja mais comum em mulheres, homens também podem ser diagnosticados com lúpus, e nesses casos, a doença tende a ser mais grave.

 
"Não há tratamento para o lúpus."

Apesar de não haver cura, o avanço no tratamento do lúpus, com imunossupressores e terapias biológicas, tem sido promissor. O diagnóstico precoce e o tratamento individualizado são fundamentais para evitar complicações sérias.

 
Fontes: Isabella Monteiro Moura e Anna Sylvia Gonçalves Reis,&nbsp; reumatologistas do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia.&nbsp;

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Doença crônica, inflamatória e autoimune, lúpus desafia medicina com diagnóstico complexo

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Inimigo interno

Vídeo chuva em Pirenópolis

<div attr-cid="policy:1.3231598" attr-version="policy:1.3231598:1739736613" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3231598" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3231598', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3231598">Vídeo chuva em Pirenópolis (1.3231598)</a></div>

Uma chuva intensa de apenas 30 minutos deixou uma mãe e suas duas filhas desabrigadas, além de causar diversos estragos em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada para atender a ocorrência de alagamento em uma pousada e a queda de um muro entre duas casas. Não há registro de feridos.

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Em nota, a Prefeitura de Pirenópolis disse que&nbsp;está acompanhando os impactos causados pela forte chuva na cidade e que&nbsp;está tomando todas as medidas necessárias para restabelecer a normalidade o mais rápido possível.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="opopular.com.br/cidades/tempestade-de-granizo-deixa-pasto-de-fazenda-coberto-de-gelo-em-goias-1.3230159">Tempestade de granizo deixa pasto de fazenda coberto de gelo em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/represa-se-rompe-durante-a-chuva-e-agua-arrasta-gado-em-goias-video-1.3228305" target="_blank">Represa se rompe durante a chuva e água arrasta gado em Goiás; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tempestade-com-ventos-fortes-assusta-e-derruba-34-arvores-em-goiania-1.3228057" target="_blank">Tempestade com ventos fortes assusta e derruba 34 árvores em Goiânia</a></div>

O temporal teve início por volta do meio-dia deste domingo (16). De acordo com os bombeiros, 136 apartamentos da pousada foram inundados, danificando tudo o que estava a até 40 centímetros do chão. Uma imagem da piscina completamente tomada pela enxurrada chamou a atenção (veja abaixo).&nbsp;A Defesa Civil disse que solicitou um abrigo e apoio necessários para a mãe e as filhas até que a casa delas seja restituída.

<img attr-cid="policy:1.3231597" attr-version="policy:1.3231597:1739736526" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3231597/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-02-16T170842.996.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Piscina de uma pousada após chuva forte no Jardim Santa Bárbara, em Pirenópolis (Reprodução/Redes Sociais)

Ao POPULAR, o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cihmego), André Amorim, informou que, no bairro Jardim Santa Bárbara, o volume de chuva registrado foi de 51,4 milímetros em apenas meia hora. Esse índice é significativamente superior ao esperado para a região, que varia entre 15 e 20 milímetros.

<img attr-cid="policy:1.3231596" attr-version="policy:1.3231596:1739736397" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3231596/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-02-16T165633.509.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Muro desabou entre uma pousada e duas casas, em Pirenópolis (Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Nota da Prefeitura de Pirenópolis

A Prefeitura Municipal de Pirenópolis informa que está acompanhando de perto os impactos causados pela forte chuva que atingiu a cidade na manhã deste domingo (16/02). Equipes do Corpo de Bombeiros e da prefeitura estão mobilizadas para prestar apoio, avaliar danos e trabalhar na recuperação das áreas atingidas.

Até o momento, foram registrados alagamentos em alguns pontos da cidade, mas não há, até agora, relatos de vítimas graves, mas seguimos monitorando a situação e reforçamos a importância de a população permanecer atenta e acionar os órgãos competentes em caso de emergência.

A Prefeitura está tomando todas as medidas necessárias para restabelecer a normalidade o mais rápido possível. Pedimos a compreensão e colaboração de todos, especialmente para evitar áreas de risco e seguir as orientações das autoridades.

Seguiremos atualizando a população à medida que novas informações forem confirmadas.

Chuva de 30 minutos desabriga mãe e filhas e causa estragos em Pirenópolis; vídeo

TEMPESTADE

Em 60% dos casos de <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-confirma-a-segunda-morte-por-dengue-em-2025-1.3228122" target="_blank">morte por dengue</a> registrados em Goiás, em 2024, não houve assistência à saúde adequada. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Até agora, já foram confirmados 436 óbitos pela doença no ano passado, o pior da série histórica. Outras 23 mortes ainda estão em investigação. De acordo com especialistas, o principal desafio da assistência reside em oferecer hidratação adequada aos pacientes.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

A superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Amanda Limongi, explica que quando uma pessoa morre com suspeita de dengue, a pasta faz uma investigação para verificar se, de fato, a morte ocorreu pela doença. Caso haja a conformação, os prontuários do paciente são analisados. “Para entender quantas vezes aquela pessoa foi em uma unidade de saúde, o que foi prescrito para ela e se isso é compatível com os protocolos do Ministério da Saúde”, esclarece.

De acordo com ela, foi verificado que a maioria das pessoas que morreram pela doença, em Goiás, no ano passado, passaram por uma unidade de saúde pelo menos uma vez. A falha assistencial recaiu sobre a hidratação, que em grande parte dos casos foi menor do que o protocolo do governo federal preconizava para o perfil do paciente. “É o cálculo de hidratação. É diferente para cada paciente (adulto, criança, portador de comorbidades, etc.)”, pondera Amanda.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sobe-para-43-o-numero-de-cidades-goianas-em-estado-de-emergencia-por-causa-da-dengue-veja-a-lista-1.3231124" target="_blank">Sobe para 43 o número de cidades goianas em estado de emergência por causa da dengue; veja a lista</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-de-goiania-quer-devolver-tinta-de-combate-a-dengue-1.3230863" target="_blank">Prefeitura de Goiânia quer devolver tinta de combate à dengue</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-confirma-a-segunda-morte-por-dengue-em-2025-1.3228122" target="_blank">Goiás confirma a segunda morte por dengue em 2025</a></div>

A desidratação causada pela dengue acontece por conta do extravasamento plasmático. Isso ocorre porque os vasos sanguíneos do corpo humano funcionam como canudos, mas permeáveis. Quando a pessoa é infectada por qualquer tipo de arbovirose, pode acontecer do plasma extravasar pelas paredes dos vasos sanguíneos, o que leva o sistema circulatório a entrar em choque.

O <a href="https://opopular.com.br/cidades/municipios-e-estado-apostam-em-trabalho-conjunto-pela-saude-publica-1.3227588" target="_blank">tratamento da dengue</a> é sintomático, voltado especialmente para a hidratação do paciente. Ela pode acontecer via oral, mas também via venosa, caso o paciente apresente, por exemplo, vômitos intermitentes. Especialistas consultados pelo POPULAR concordam que ter domínio da hidratação é a chave para o bom manejo de pacientes com dengue.

“Tem médico que acha que é importante apenas ficar de olho nas plaquetas, mas também é preciso se atentar ao sinais de alerta, como pressão baixa e sangramento gastrointestinal”, diz Vivian Furtado, infectologista e diretora técnica do Hospital Estadual de Doenças Tropicais (HDT) - unidade de referência no estado -, sobre os sintomas ligados à dengue grave, também conhecida como “dengue hemorrágica”.

Vivian ainda alerta para a importância de os pacientes procurarem uma unidade de saúde antes de apresentarem os sinais de alerta e também para a necessidade de os médicos exercitarem o diagnóstico diferencial. “Alguns sintomas são os mesmo de outras doenças, como Covid-19 e até meningite”, destaca.

<h2>Treinamentos </h2>

Em 2024, de acordo com o painel de monitoramento da SES-GO, Goiás registrou 322,2 mil <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-registra-mais-de-4-mil-casos-de-dengue-em-janeiro-e-tem-15-cidades-em-situac-o-de-emergencia-diz-saude-1.3227274" target="_blank">casos de dengue</a>. Neste ano, já foram 10,4 mil registros e a principal preocupação das autoridades gira em torno da circulação do sorotipo 3, que não era encontrado no estado há anos, o que torna a população mais suscetível a ele.

Para melhorar a qualidade da assistência, a SES-GO tem promovido treinamentos com os profissionais de toda a rede estadual. Na quinta-feira (13), por exemplo, um dos treinamentos contou com a participação de quase 500 pessoas. Na ocasião, foi abordado o fluxo de atendimento de crianças com dengue.

Além disso, a secretaria deixou seis unidades da rede estadual de Saúde à disposição para matriciamento. O intuito é permitir que profissionais da atenção primária entrem em contato com especialistas para tirar dúvidas sobre o manejo de pacientes com dengue.

“Vimos essa necessidade porque, em alguns casos, os pacientes demoravam muito a chegar até a atenção especializada. Quando chegavam, já estavam muito graves”, pontua a superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde da SES-GO.

As unidades matriciadoras da secretaria são: HDT; Hospital Estadual da Criança e Adolescente (Hecad); Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia (Heapa); Hospital Centro Norte Goiano (HCN); Hospital Estadual de Formosa (HEF) e Hospital Estadual de Jataí (HEJ). “Elas se revezam. No HDT, por exemplo, uma profissional fica à disposição dos colegas da atenção primária às segundas-feiras.

<h3>Goiânia</h3>

No final de novembro de 2024, no auge da crise da Saúde de Goiânia, a vendedora autônoma Katiane de Araújo Silva, de 36 anos, morreu no Centro de Atenção Integral em Saúde (Cais) Cândida de Morais. Ela foi uma das quatro pessoas que, ao longo do final do ano passado, morreu à espera de um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) pela rede municipal. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que Katiane morreu por causa da dengue grave, mas negou que houvesse falta de assistência.

A superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde da SMS, Maria Claudia Honorato, afirma que, neste ano, a capacitação dos profissionais que atendem na urgência da rede municipal começou ainda no final de janeiro. Nesta semana, foi iniciado o trabalho junto à atenção primária. Ambos devem durar até o final de fevereiro.

Conforme Maria Claudia, as unidades de atenção primária da capital podem se tornar pontos para tratar e acompanhar os casos mais leves de dengue, o que diminuiria a pressão das unidades de urgência, que poderiam se concentrar em tratar os <a href="https://az.opopular.com.br/cidades/sobe-para-43-o-numero-de-cidades-goianas-em-estado-de-emergencia-por-causa-da-dengue-veja-a-lista-1.3231124" target="_blank">casos mais graves</a>. Entretanto, para isso acontecer falta uma operação direta dessas unidades com laboratórios, a fim de que possam fechar diagnósticos. “É algo que já estamos organizando”, conta.

Além disso, está prevista para a próxima semana a chegada de pacotes de soro oral, que estavam em falta na rede municipal. O intuito da SMS é que eles sejam distribuídos nas unidades de saúde da capital. “O soro para via venosa, nós temos”, frisa Maria Claudia.

O estado de emergência na saúde municipal foi decretado em 2 de janeiro, após a posse do prefeito Sandro Mabel (UB). Conforme painel de monitoramento da SES-GO, já são 2,6 mil casos confirmados na capital, que acumula 12 óbitos suspeitos. Diante do cenário epidemiológico da dengue em Goiânia, o governo federal reconheceu situação de emergência em saúde pública. Com isso, a capital terá prioridade em recursos e assistência do Ministério da Saúde.

Faltou tratamento adequado para 60% das pessoas que morreram por dengue em Goiás

Manejo

Subiu para 43 o número de cidades goianas em situação de emergência de saúde por causa da dengue (veja a lista no final da matéria). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), os municípios são classificados nessa situação quando apresentam a taxa de incidência acima do limite esperado para o período em quatro semanas consecutivas.&nbsp;

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Conforme os dados consultados nesta sexta-feira (14) na plataforma de Arboviroses da SES-GO, o estado registrou 10.405 casos confirmados, 21.325 casos notificados. Há cinco mortes confirmadas, sendo cada uma nas cidades de Mozarlândia, Ceres, Goianésia, Heitorai e São Simão, e 24 em investigação, sendo metade somente em Goiânia.

Em 2024, nesse mesmo período, foram 59.470 casos confirmados, 83.080 casos notificados, com 55 óbitos confirmados. Ano passado foi o período da mais casos de dengue em Goiás desde a série histórica iniciada em 2011.&nbsp;

A superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES-GO, Cristina Laval, afirmou que a menor incidência da dengue neste ano ocorre devido a permanência do sorotipo 2 da doença na maioria dos casos. Segundo ela, a explosão dos casos em 2024 aconteceu por causa da inversão do sorotipo 1 para o sorotipo 2, momento em que deixou a população mais propensa a ser infectada.&nbsp;

<cite>Quando há essa inversão, normalmente, a gente espera realmente uma explosão de casos, porque você tem um número grande da população que ficou um bom tempo sem ter contato com esse sorotipo”, explicou.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/municipios-e-estado-apostam-em-trabalho-conjunto-pela-saude-publica-1.3227588" target="_blank">Municípios e Estado apostam em trabalho conjunto pela saúde pública</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ministerio-atesta-emergencia-decretada-por-goiania-para-dengue-1.3224619" target="_blank">Ministério atesta emergência decretada por Goiânia para dengue</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-confirma-a-segunda-morte-por-dengue-em-2025-1.3228122" target="_blank">Goiás confirma a segunda morte por dengue em 2025</a></div>

<h2>Possível aumento dos casos</h2>

Contudo, ela alertou que há casos do sorotipo 3 em cidades fronteiras do estado. Caso haja uma circulação expressiva dessa variante, poderá ocorrer um aumento exponencial dos casos, segundo a superintendente.

<cite>Nós temos agora uma circulação maior de sorotipo 3 em estados que são limítrofes ao estado de Goiás. Isso já aconteceu o ano passado, mas nesse ano está com mais força. Isso é preocupante, porque o sorotipo 3, desde 2008, nós não temos uma circulação expressiva dele, então a gente tem aí com uma população toda exposta, o que pode levar ao aumento do número de casos”, alertou.&nbsp;</cite>

Em nota, a SES-GO informou que tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em todo território goiano, incluindo a distribuição de bombas costais aos municípios, inseticidas, medicamentos para hidratação e controle do quadro febril. Acrescentou que, desde 2024, três grandes campanhas da dengue já foram realizadas e reativou a Sala de Situação de Arboviroses, no dia 23 de janeiro, em parceria com a Defesa Civil (veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;&nbsp;

“O objetivo da sala é unir esforços para avaliar e redirecionar as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, e dar agilidade no encaminhamento de materiais, regulação de pacientes e apoio técnico aos municípios”, mencionou no comunicado.&nbsp;

Veja as cidades que estão em situação de emergência de saúde por dengue:&nbsp;

1. Americano do Brasil&nbsp;&nbsp;&nbsp;

2. Amorinópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

3. Anicuns&nbsp;&nbsp;&nbsp;

4. Araguapaz&nbsp;&nbsp;&nbsp;

5. Brazabrantes&nbsp;&nbsp;&nbsp;

6. Caçu&nbsp;&nbsp;&nbsp;

7. Campos Belos&nbsp;&nbsp;&nbsp;

8. Cachoeira Alta&nbsp;&nbsp;&nbsp;

9. Chapadão do Céu&nbsp;&nbsp;&nbsp;

10. Cromínia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

11. Davinópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

12. Diorama&nbsp;&nbsp;&nbsp;

13. Faina&nbsp;&nbsp;&nbsp;

14. Firminópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

15. Goianápolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

16. Gouvelândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

17. Guarinos&nbsp;&nbsp;&nbsp;

18. Heitoraí&nbsp;&nbsp;&nbsp;

19. Iporá&nbsp;&nbsp;&nbsp;

20. Itajá&nbsp;&nbsp;&nbsp;

21. Itapaci&nbsp;&nbsp;&nbsp;

22. Itapuranga&nbsp;&nbsp;&nbsp;

23. Itumbiara&nbsp;&nbsp;&nbsp;

24. Ivolândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

25. Jaupaci&nbsp;&nbsp;&nbsp;

26. Jaraguá&nbsp;&nbsp;&nbsp;

27. Morrinhos&nbsp;&nbsp;&nbsp;

28. Mossâmedes&nbsp;&nbsp;&nbsp;

29. Mozarlândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

30. Mundo Novo&nbsp;&nbsp;&nbsp;

31. Nerópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

32. Nova Crixás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

33. Palestina de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

34. Sanclerlândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

35. Santa Helena de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

36. Santo Antônio de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

37. Santo Antônio do Descoberto&nbsp;&nbsp;&nbsp;

38. São Luiz do Norte&nbsp;&nbsp;&nbsp;

39. Silvânia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

40. Taquaral de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

41. Turvânia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

42. Turvelândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

43. Vianópolis&nbsp; &nbsp;

<h2>Nota completa da SES-GO</h2>

A Secretaria de Estado da Saúde informa que Goiás registra até o momento (semanas epidemiológicas de 1 a 7) 10.242 casos confirmados, 20.815 casos notificados, com 5 óbitos confirmados e 24 em investigação. Em 2024, nesse mesmo período, foram 59.470 casos confirmados, 83.078 casos notificados, com 55 óbitos confirmados.

A SES informa ainda que 43 municípios estão em situação de emergência, que corresponde aos municípios que estão com taxa de incidência por 4 semanas consecutivas ou mais acima do limite esperado para o período.&nbsp;

A SES tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti em todo território goiano, incluindo a distribuição de bombas costais aos municípios, inseticidas, medicamentos para hidratação e controle do quadro febril. A pasta tem realizado, também, uma série de capacitações sobre o manejo clínico adequado da doença, além de discutir novas estratégias em parceria com o Ministério da Saúde. Uma série de 9 capacitações teve início no final de janeiro e segue até abril. O Estado realizou em dezembro e janeiro a campanha de rádio e tv: O combate à dengue não tira férias. Desde 2024, três grandes campanhas da dengue já foram realizadas.

A Sala de Situação de Arboviroses foi reativada no dia 23 de janeiro, em parceria com a Defesa Civil. O objetivo da sala é unir esforços para avaliar e redirecionar as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, e dar agilidade no encaminhamento de materiais, regulação de pacientes e apoio técnico aos municípios.

No dia 24 de janeiro foi lançado um mutirão de limpeza pelo governo estadual em parceria com as prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia, com o objetivo de combater os focos do mosquito Aedes aegypti nas duas maiores cidades do estado. O Governo Estadual já participou de diversas mobilizações de dia D de Combate ao Aedes em municípios como Araçu, Trindade, Senador Canedo, Goiânia e Aparecida de Goiânia.&nbsp;

A SES-GO também irá expandir outra iniciativa para monitoramento do mosquito transmissor da dengue: o Projeto de Armadilhas de Oviposição (ovitrampas). A estratégia, que já estava em funcionamento de maneira piloto em 10 municípios, agora será levada a todas as demais cidades goianas, com a aquisição dos materiais necessários pela pasta de saúde. A iniciativa visa monitorar a densidade da população do vetor, norteando as ações de controle da proliferação do mosquito.&nbsp;

As armadilhas de oviposição simulam condições ideais para que o mosquito deposite seus ovos. Elas são formadas por um recipiente com água parada, que atrai o mosquito, e uma palheta de madeira, que facilita a postura dos ovos pelas fêmeas. Os ovos se prendem a palheta, que semanalmente é retirada por agentes de endemias e enviada para análise no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Além de auxiliar no monitoramento da infestação pelo Aedes, na região, a partir da contagem dos ovos, os exames no Lacen-GO permitem descobrir qual o sorotipo da dengue está circulando no local.&nbsp;

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