A Secretaria de Saúde do Estado (SES-GO) alerta para o descarte próximo das vacinas contra a Covid-19 em Goiás. Em âmbito nacional, aproximadamente 13 milhões de doses podem ser perdidas devido ao prazo de validade previsto para o início de 2023, de acordo com informações do Ministério da Saúde (MS) para a equipe de transição do governo federal. O prejuízo pode chegar a R$ 2 bilhões. A SES já está fazendo um levantamento do impacto goiano. Cenário denuncia a baixa adesão vacinal da população às doses de reforço e cidades goianas já ampliam a vacinação para a faixa etária de crianças entre 6 meses e 3 anos sem comorbidade.Uma forma de estimular a imunização no estado, decidida em Nota de Recomendação da SES, é que municípios liberem a vacina para todas as crianças entre 6 meses a menores de 3 anos incompletos, até então somente o público de risco poderia receber a vacina. Goiânia já iniciou o novo formato, com a Pfizer Baby, nesta quarta-feira (30). A aplicação da Pfizer Baby segue sendo realizada em quatro unidades de saúde: Centro Municipal de Vacinação (CMV), Ciams Urias Magalhães, Unidade de Saúde da Família (USF) São Carlos e Cais Goiás. Atendimento sempre das 8h às 17h.O secretário municipal de Saúde da capital, Durval Pedroso, afirmou, em nota, que a adesão foi imediata. “Tão logo houve a recomendação da SES para a ampliação, imediatamente determinamos a liberação, pois sabemos que há muitos pais ansiosos para garantir essa proteção aos seus filhos”, diz. Por enquanto, até terça-feira (29), foram aplicadas 142 doses da Pfizer Baby nas quatro unidades que disponibilizam o imunizante em Goiânia, sendo 34 em crianças com comorbidades e 108 sem comorbidades, por meio das sobra de doses em frascos abertos, a chamada “xepinha”.Leia também:- Goiânia amplia vacinação da Covid para crianças de seis meses a menores de 3 anos, sem comorbidade- Aparecida de Goiânia começa a vacinar crianças a partir de 6 meses contra Covid-19- Médico Ubirajara de Oliveira Fernandes, fundador do Grupo Hemolabor, morre aos 82 anosEm Aparecida, as vacinas estão disponíveis na Central de Imunização, UBS Cruzeiro do Sul, UBS Santa Luzia, UBS Bairro Cardoso, UBS Veiga Jardim, UBS Bandeirantes e Maternidade Marlene Teixeira. As Unidades Básicas de Saúde (UBS´s) funcionam de segunda a sexta das 8h às 16h. A Central de Imunização está aberta de segunda a sexta das 8h às 18h e aos sábado das 8 às 13h. Já a sala de vacinação da Maternidade Marlene Teixeira funciona de segunda a sexta das 8h às 18h.Até o momento, a Prefeitura de Aparecida recebeu 970 doses de vacina contra a Covid-19 para esse público. De acordo com o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, na segunda-feira (28), apenas 106 doses foram aplicadas em crianças menores de 3 anos, ou seja, pouco mais de 10% do estoque.Seguindo a nota técnica do Ministério da Saúde, o esquema vacinal básico contra a Covid-19 para crianças acima de 6 meses e menores de 3 anos é de três doses da vacina Pfizer específica para esse público (veja quadro). O intervalo entre a primeira e segunda dose é de 4 semanas e o da segunda para a terceira dose é de 8 semanas.O que levarÉ importante que os pais e responsáveis das crianças se atentem a documentação necessária para vacinação. Pode ser apresentado: certidão de nascimento ou RG, cartão SUS ou CPF e cartão de vacinação. Caso o responsável legal não possa acompanhar, basta assinar um termo de autorização que deve ser apresentado por alguém maior de idade no momento da aplicação.Assim como em adultos, a vacinação pediátrica contra a Covid-19 pode ser realizada conjuntamente com as demais vacinas do Calendário Nacional, ou seja, não há mais intervalo mínimo exigido entre a administração deste e de outros imunizantes. Eles podem ser aplicados no mesmo dia.CenárioO novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na terça-feira (29), mostrou que Goiânia está em 10º lugar de 19 das 27 capitais brasileiras, que apresentam crescimento moderado de casos, na tendência de longo prazo, principalmente entre a população adulta e acima de 60 anos. A orientação da quantidade de doses segue por faixa etária e condições de cada pessoa, como observações para imunossuprimidos.Diante disso, a superintendente da Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, explicou que não há evidências que demonstrem necessidade de ampliação quanto ao número de doses por faixa etária. “O calendário do Ministério de Saúde fala que é a partir de 40 anos e aqui no estado de Goiás, devido a nossa avaliação do cenário epidemiológico e quantidade de hospitalizações e da comissão que a gente tem de assessores para imunização, foi definido que a partir de 30 anos no estado de Goiás”.Ela frisa que o cronograma de doses disponível já existente não está sendo aderido pelo público adulto. “Nossa principal prioridade são as pessoas entre 12 a 29 anos que não tomaram nenhuma dose de reforço, e totalizam quase 3 milhões de goianos”.Ela diz que é imprescindível que todos os goianos busquem atualizar as doses de vacinas. “Precisamos do maior numero de pessoas possível com esquema completo, ainda mais em um cenário de aumento no número de casos”, afirma. (Manoella Bittencourt é estagiária do GJC em convênio com a PUC-Goiás, sob supervisão da editora Elaine Soares)-Imagem (1.2571298)