Desorganização na Saúde

Titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia por apenas sete dias, a cirurgiã-dentista <a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-de-saude-de-goiania-recem-empossada-cynara-mathias-pede-demiss-o-1.3206585" target="_blank">Cynara Mathias Costa</a> afirmou ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) que entregou o cargo por ter encontrado uma situação calamitosa que, na opinião dela, impossibilitava a adoção de qualquer providência efetiva para regularizar o funcionamento da rede municipal de saúde.&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a> 
 
Em depoimento de 49 minutos, que O POPULAR teve acesso com exclusividade, Cynara diz ao assumir a função descobriu que não havia na secretária nenhuma informação clara sobre o que se estava devendo, o que precisava ser pago prioritariamente, o que cada prestador de serviço efetivamente cumpriu dos contratos e nem sequer dinheiro para resolver a crise que se agravou em 2024.

Cynara tomou posse na SMS Goiânia em&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/servidora-efetiva-assume-secretaria-de-saude-de-goiania-apos-pris-o-da-cupula-da-pasta-1.3203996" target="_blank"> 27 de novembro</a>, dia em que o então secretário, o médico Wilson Pollara, foi preso durante uma operação do Grupo de Atuação Especializada no Patrimônio Público (Gaepp) do MP-GO que apura possíveis irregularidades na forma como os recursos financeiros estavam sendo repassados por <a href="https://opopular.com.br/cidades/secretario-de-saude-de-goiania-e-preso-em-operac-o-contra-pagamentos-irregulares-na-secretaria-diz-mp-1.3203904" target="_blank">Wilson a fornecedores e prestadores de serviços</a>.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/servidora-efetiva-assume-secretaria-de-saude-de-goiania-apos-pris-o-da-cupula-da-pasta-1.3203996" target="_blank">Servidora efetiva assume Secretaria de Saúde de Goiânia, após prisão da cúpula da pasta</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-de-saude-de-goiania-recem-empossada-cynara-mathias-pede-demiss-o-1.3206585" target="_blank">Secretária de Saúde de Goiânia recém-empossada, Cynara Mathias pede demissão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tcm-faz-auditoria-nos-contratos-pagos-pela-secretaria-de-saude-de-goiania-1.3206799" target="_blank">TCM faz auditoria nos contratos pagos pela Secretaria de Saúde de Goiânia</a></div>

Após uma semana no cargo, <a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-de-saude-de-goiania-recem-empossada-cynara-mathias-pede-demiss-o-1.3206585" target="_blank">Cynara pediu exoneração sem informar publicamente o motivo, pegando de surpresa muitos servidores da </a><a href="https://opopular.com.br/cidades/tcm-faz-auditoria-nos-contratos-pagos-pela-secretaria-de-saude-de-goiania-1.3206799" target="_blank">SMS</a>. Junto com ela, saíram também as pessoas que assumiram os cargos de secretário-executivo e diretor financeiro da pasta no lugar, respectivamente, de Quesede Ayres Henrique e Bruno Vianna Primo, presos junto com Wilson.

Na oitiva, a ex-secretaria expôs uma série de problemas para dimensionar o tamanho da crise. Ao final, foi questionada sobre sua saída e respondeu: “diante disso tudo que falei para o senhor, precisa de mais alguma (explicação)?” Em seguida, com duas palavras, resumiu o motivo como: “impossibilidade financeira”. “Você ver as pessoas morrerem e não poder fazer nada é sofrido.”

Cynara foi ouvida pelo Gaepp na tarde de quinta-feira (5), um dia depois de ter pedido a exoneração, e foi bastante pessimista sobre o tamanho da crise. Ao explicar porque não buscou entender o quadro atual, disse que seria uma perda de tempo diante do que tinha à disposição. “Adianta fazer diagnóstico se não tenho remédio? Não adianta. Preciso ter instrumentos.”

<div attr-cid="policy:1.3207831" attr-version="policy:1.3207831:1733597431" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3207831" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3207831', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3207831">Desorganização na Saúde (1.3207831)</a></div>

<h2>Prova de incapacidade</h2>

No requerimento feito pelo MP-GO à Justiça para que o governo estadual intervenha na saúde municipal, o procurador-geral de Justiça Cyro Terra cita o depoimento e a exoneração de Cynara como evidência da incapacidade de o município e do gabinete de crise criado com representantes da SMS e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Goiás em apresentar soluções rápidas.

Cyro cita um trecho da oitiva em que a ex-secretaria afirma que tentou junto à Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) de Goiânia conseguir o repasse de R$ 28 milhões devidos para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), entidade que administra as três maternidades municipais, mas ouviu do titular da pasta, Cleyton Menezes, que não havia nenhum recurso disponível.

A ex-secretaria confirmou as suspeitas do MP-GO de que a SMS não respeitava a ordem cronológica dos <a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-pris-o-de-secretario-da-saude-rogerio-cruz-fala-da-suspeita-de-pagamentos-irregulares-seguem-ordem-cronologica-1.3204017" target="_blank">pagamentos pelos serviços prestados pelos fornecedores da pasta</a>, conforme exige a legislação federal e de acordo com o que foi reforçado por meio de decreto municipal em fevereiro deste ano. Segundo ela, não havia nenhuma planilha detalhando a situação financeira da pasta.

A ausência da ordem cronológica foi um dos motivos alegados pelo Gaepp para realizar a Operação Comorbidade em 27 de novembro, pois, segundo os promotores do caso, a cúpula da SMS Goiânia na época estava priorizando credores sem respeitar as dívidas mais antigas, inclusive por meio de ingerência na Fundahc, uma vez que negociavam diretamente com fornecedores da entidade.

Cynara - que está na SMS desde 1999 e, antes de assumir o cargo de secretária, era superintendente de Gestão de Redes da Atenção à Saúde - diz que o primeiro passo adotado por ela ao entrar no lugar de Wilson foi ter uma noção da questão financeira. “Fui tomar pé para fazer um diagnóstico principalmente financeiro. Essa peculiaridade do financeiro, a gente não tinha acesso antes.”

<h3>Soluções insuficientes</h3>

Assim que viu a dimensão do problema, ela passou a se reunir com os outros gestores da pasta e com os fornecedores, citando os dos serviços considerados em situação mais grave, já a partir do dia 28. Ela citou um problema com a falta de medicamentos injetáveis, que precisou lidar nestes dias e que resolveu por meio de uma compra emergencial por R$ 510 mil.

Ela explica que, se a ausência destes medicamentos permanecesse, pacientes que demandam vagas nas enfermarias poderiam ter o quadro agravado e precisarem de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), piorando ainda mais a crise. Por isso, ouviu orientações do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) no dia 2 e optou por um processo indenizatório de compra.

Na terça-feira (3), um dia antes de pedir a exoneração, ela voltou a se reunir com os gestores da SMS orientando-os para que fizessem um levantamento sobre as necessidades mais urgentes de serviços, suprimentos e pagamentos, fornecendo a eles, inclusive, um modelo de planilha. Queria saber deles também como estava a execução de cada contrato, algo que não se tinha noção.

Neste mesmo dia, ela se reuniu com a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Maria da Sousa, para ver o que a SMS poderia fazer naquele momento para evitar que as maternidades fechassem. Foi acordado que seria necessário um repasse de R$ 28 milhões, a partir de uma “planilha com o essencial” apresentada por Lucilene.

Com este valor em mãos, Cynara encaminhou um pedido à Sefin e foi atrás do titular da pasta de Finanças dialogar. Ouviu dele não apenas que não havia “disponibilidade para repassar aquele recurso” como foi alertada também que em abril deste ano Wilson pegou adiantado R$ 77 milhões referentes a três meses da folha de pagamento dos servidores.

Ao MP-GO, a ex-secretaria diz que não sabia detalhes sobre o motivo do adiantamento ou o que foi feito com o dinheiro. “Ele (Cleyton) me mostrou que não tinha dinheiro em caixa”, comentou ela, sem especificar se seria o caixa da SMS ou da própria prefeitura. É a primeira vez que se tem informação publicamente deste repasse feito em abril.

Ainda sobre a Fundahc, ela disse que sabia que desde antes Wilson chegar à SMS, em outubro de 2023, os repasses não eram feitos integralmente e que era negociado com a entidade o que priorizar de acordo com os recursos disponíveis. Porém, não tinha conhecimento sobre conversas diretamente com fornecedores, o que foi revelado agora pelo MP-GO.

<h3>Sem contato</h3>

O Gaepp perguntou à Cynara sobre possíveis pedidos suspeitos de terceiros ou mesmo abordagens pelos investigados durante o período em que ela comandou a SMS. Ela negou ter havido qualquer contato ou tentativa de por parte de Wilson, Quesede e Bruno e também não ter recebido nenhuma orientação ou abordagem que sugerisse algo ilegal.

Cynara também negou ter ouvido em algum momento, seja como secretaria ou, antes, como superintendente, conversas sobre solicitações de descontos nas notas fiscais para pagamentos de fornecedores ou sobre negociações para priorizar o credor que desse desconto maior. O <a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-go-pede-intervenc-o-do-estado-na-area-da-saude-de-goiania-1.3207484" target="_blank">MP-GO</a> a questionou sobre possíveis suspeitas sobre os investigados, mas ela disse não saber de nada.

Ainda durante o depoimento, a ex-secretaria deu explicações técnicas sobre o funcionamento da SMS. Ela deixou o cargo na quarta-feira (4) e em seu lugar assumiu Pedro Guilherme Gioia de Moraes.

Secretária por 7 dias, Cynara Mathias fala em total desorganização na Saúde de Goiânia

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Crise

Contratos barrados marcaram a gestão de Pollara e Quesede na SMS

Crise na Saúde

Secretário de Saúde de Goiânia pede exoneração do cargo

O secretário municipal de Saúde da Prefeitura de Goiânia,<a href="https://opopular.com.br/cidades/pedro-guilherme-gioia-assume-secretaria-municipal-de-saude-de-goiania-1.3206724"> Pedro Guilherme Gioia</a>, pediu exoneração nesta segunda-feira (16/12). Pedro Guilherme assumiu a pasta no dia 4 de dezembro e foi o terceiro a deixar o cargo em menos de três semanas.

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Em nota, Gioia afirmou que, diante do processo de intervenção, “a figura do secretário de Saúde de Goiânia se torna dispensável”. A medida do Estado na Saúde municipal foi oficializada no último dia 9.&nbsp;

"A secretaria enfrenta um momento desafiador que exige decisões rápidas, objetivas e centralizadas. Para isso, é fundamental contar com um único tomador de decisões, evitando fluxos diferenciados ou dispersos que comprometam a agilidade na resolução dos problemas”, diz o ex-secretário. 
 
Gioia assumiu a SMS no lugar de <a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-de-saude-de-goiania-recem-empossada-cynara-mathias-pede-demiss-o-1.3206585">Cynara Mathias, que deixou o cargo</a> no dia 4 de dezembro. A ex-gestora, por sua vez, ficou apenas sete dias como titular da pasta, onde havia&nbsp;sido nomeada após a prisão do então secretário Wilson Pollara, preso durante a Operação Comorbidade, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) no dia 27 de novembro,&nbsp;por supostos pagamentos irregulares a prestadores de serviços. 
 
Com apenas 30 anos, Gioia foi o secretário mais jovem a assumir a SMS. Apesar da passagem rápida pela pasta, em 12 dias ele conseguiu destravar alguns gargalos, mesmo diante do bloqueio das contas pela justiça, a pedido do MP. Entre as ações estão: compra de medicamentos com entrega imediata; convocação de novos trabalhadores para aturem nas unidades de urgência e emergência e no Samu; e pagamento de prestadores de serviços contínuos como o de limpeza e home care.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/tcm-faz-auditoria-nos-contratos-pagos-pela-secretaria-de-saude-de-goiania-1.3206799" target="_blank">TCM faz auditoria nos contratos pagos pela Secretaria de Saúde de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-por-7-dias-cynara-mathias-fala-em-total-desorganizac-o-na-saude-de-goiania-1.3207653" target="_blank">MP quer prorrogar prisão de ex-secretário de Saúde de Goiânia 
Secretária por 7 dias, Cynara Mathias fala em total desorganização na Saúde de Goiânia</a></div>

A escalada da crise na Saúde municipal, com mortes de pessoas à espera de leitos de UTI, falta de medicamentos e insumos nas unidades de atendimento, interrupção de serviços de funcionários terceirizados por falta de pagamentos e a prisão da cúpula da SMS culminou em um decreto de intervenção do governo estadual. Por indicação do prefeito eleito Sandro Mabel, o governador Ronaldo&nbsp; Caiado nomeou o médico <a href="https://opopular.com.br/cidades/saiba-quem-e-marcio-leite-interventor-da-saude-em-goiania-1.3208968">Márcio de Paula Leite</a> como interventor da área.&nbsp; 
 
De acordo com informações preliminares, mesmo com a vacância do cargo de titular da SMS, não há necessidade de nomeação formal de outro chefe da pasta, tendo em vista que o interventor está hierarquicamente acima do secretário municipal. Nos bastidores, Leite tem sido chamado, inclusive, de "prefeito da Saúde", pelo fato de ter autonomia em relação ao atual prefeito, Rogério Cruz. 
 
Pelo decreto, Leite conta com o auxílio de um Conselho Consultivo, formado por membros do governo estadual, e de um Comitê de Observação, formado por membros da próxima gestão municipal. O interventor terá poderes sobre a Saúde de Goiânia até o final deste ano e poderá usar recursos e infraestrutura do governo estadual.&nbsp;

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Mabel anuncia futuro secretário municipal de Saúde de Goiânia

Em meio à&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/politica/justica-eleitoral-decide-pela-inelegibilidade-de-caiado-e-cassac-o-de-mabel-1.3209067">decisão da Justiça Eleitoral que determinou a cassação do mandato e a inelegibilidade de Sandro Mabel (UB) por oito anos</a>, o prefeito eleito de Goiânia anunciou o médico Luiz Gaspar Pellizzer como o futuro secretário municipal de Saúde de Goiânia na manhã desta quarta-feira (11). O médico, que já era cotado para o cargo, faz parte da equipe de transição e foi nomeado membro do Comitê de Observação da intervenção estadual na Saúde de Goiânia.

O anúncio foi feito juntamente com a apresentação de&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/saiba-quem-e-marcio-leite-interventor-da-saude-em-goiania-1.3208968">Márcio de Paula Leite</a>,&nbsp;médico que será o interventor estadual na Saúde municipal, em coletiva de imprensa na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Ao jornalistas, Mabel afirmou que confia na gestão que Pellizzer fará à frente da pasta.

"Pellizzer está conosco na transição e já sabe bem os problemas, tem competência para continuar analisando, trabalhando e tomando decisões para tirar a cidade do colapso que vive hoje. Além disso, terá uma equipe igualmente competente para mudar a realidade da saúde da nossa capital", enfatizou o prefeito eleito.

Pellizzer afirmou que vem se dedicando ao estudo da pasta e reconhece as dificuldades encontradas, mas destaca que, com gestão, é possível reverter o quadro de dificuldade atual. Mabel ressaltou que acompanhará a pasta de perto. "Faremos um trabalho em conjunto. Como venho falando desde a campanha, saúde é prioridade e vou trabalhar bem perto do secretário para encontrarmos soluções em conjunto", destacou.

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Intervenção

O interventor do governo estadual na gestão da rede municipal de saúde de Goiânia irá substituir o chefe do Poder Executivo municipal, até o dia 31 de dezembro, no que diz respeito à normalização da oferta de ações e serviços essenciais de saúde à população goianiense. <a href="https://opopular.com.br/cidades/interventor-tera-autonomia-mas-sera-acompanhado-por-comite-de-observac-o-1.3208966">Apesar da autonomia em relação ao prefeito da capital, Leite será acompanhado por um Comitê de Observação, composto por autoridades médicas, econômicas e jurídicas</a>.&nbsp;

O requerimento de intervenção estadual na Saúde de Goiânia foi feito pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) com base no avanço da crise na rede municipal. O cenário de escassez de insumos, medicamentos, profissionais e até leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) agravou a crise financeira e de gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que culminou nos últimos dias com a prisão do então titular da pasta, Wilson Pollara, e de outros dois membros da cúpula da secretaria, e na permanência por apenas sete dias de sua substituta, Cynara Mathias. Nesta segunda-feira (9), o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) foi favorável ao pedido do MP-GO.

Decisão&nbsp;

A juíza eleitoral Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, decidiu pela inelegibilidade por oito anos do governador Ronaldo Caiado (UB), do prefeito eleito da capital, e sua vice, Coronel Cláudia (Avante), por abuso de poder político diante da realização de jantares com aliados no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do chefe do Executivo de Goiás, durante a campanha eleitoral de 2024. A decisão também determina a cassação do registro de candidatura de Mabel e Cláudia. A execução não é imediata e ainda cabe recurso.

O processo foi protocolado pela coligação "Goiânia acima de Tudo", que teve o ex-deputado Fred Rodrigues (PL) como candidato a prefeito. A principal acusação é de abuso de poder político por parte de Caiado e Mabel, por meio de jantares, nos dias 7 e 9 de outubro (na semana seguinte ao primeiro turno da eleição), que teria o objetivo de buscar apoio para a campanha governista em Goiânia.

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Mabel anuncia Luiz Pellizzer como futuro secretário municipal de Saúde de Goiânia

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O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) confirmou, na manhã desta terça-feira (10), o nome de&nbsp;Márcio de Paula como interventor na saúde da capital.&nbsp;A indicação havia sido antecipada pela coluna Giro, do POPULAR, na noite de ontem, mas o nome ainda aguardava a avaliação do governador Ronaldo Caiado. 
 
A validação foi informada pelo prefeito eleito. "O governador Ronaldo Caiado nos ouviu para poder indicar o nome na saúde. O médico que indicamos, o dr. Márcio, tem conhecimento da estrutura de Saúde de Goiânia e tem disposição para atuar da maneira que precisamos neste momento", disse Mabel. 
 
Márcio foi sugerido por seu histórico de atuação como responsável técnico, na atenção primária e na urgência. Especialista em Atenção Básica em Saúde da Família, Márcio atuava, até o momento, como emergencista no Cais Candida de Morais, como médico auditor da prefeitura de Aparecida de Goiânia e como conselheiro fiscal do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego). Também é membro efetivo da Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3208731" attr-version="policy:1.3208731:1733851517" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3208731" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3208731', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3208731">webstories (1.3208731)</a></div>

A intervenção na saúde municipal de Goiânia pelo governo estadual foi determinada na tarde de segunda-feira (9), pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Em sessão extraordinária, o colegiado de desembargadores aprovou pedido feito pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), por meio da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), que apresentou como base o agravamento de uma crise financeira e de gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que culminou nos últimos dias com a prisão do então titular da pasta, Wilson Pollara, e na permanência por apenas sete dias de sua substituta, Cynara Mathias.&nbsp; 
 
O decreto de intervenção precisa ainda ser assinado por Caiado. Márcio de Paula assumirá a nova função assim que o documento for publicado no Diário Oficial do Estado, o que está previsto para acontecer no máximo até quarta-feira (11). 
 
Leite tomará as decisões ao lado de uma junta que vai mesclar integrantes da administração estadual e nomes que participarão da futura gestão de Mabel. De acordo com informações da coluna Giro, os futuros secretários Luiz Pellizzer (Saúde), Valdivino Oliveira (Finanças) e Wandir Allan (Procuradoria Geral do Município) participarão da intervenção, assim como representantes da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Controladoria Geral do Estado (CGE). Integrantes da Secretaria Estadual de Saúde também devem ser incluídos no decreto. Entre eles deverá estar o titular da pasta, Rasível dos Reis.&nbsp;