A falta de fiscalização eletrônica nas ruas de Goiânia já completa pouco mais de três meses e ainda não há uma estimativa de quando haverá essa organização no trânsito da capital. A informação já compromete o comportamento dos motoristas, que têm excedido na velocidade e no avanço do semáforo vermelho, as duas infrações mais registradas pelos equipamentos eletrônicos quando eles ainda atuavam na cidade, até meados de junho deste ano. A reportagem de O POPULAR, em parceria com o engenheiro civil especialista em trânsito e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG), Marcos Rothen, percorreu algumas ruas da capital com um radar móvel e verificou veículos a até 99 quilômetros por hora (km/h) na tarde de sexta-feira (20) em plena Marginal Botafogo. Para Rothen, a experiência mostrou ser visível que o trânsito da capital está mais inseguro sem a fiscalização eletrônica. “São duas situações claras e muito preocupantes para quem é pedestre, ciclista e mesmo para quem é motorista, que são o avanço de sinal e o excesso de velocidade. A gente vê que o comportamento infrator é progressivo, depois que um começa os demais vão fazendo também”, conta. No entanto, ele reforça que, no geral, ainda se vê que a maioria dos motoristas ainda respeita a sinalização e o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mesmo sem a fiscalização eletrônica.