Em decorrência de uma neurotuberculose, aos 52 anos Marcelo Alves articula poucas palavras, possui a memória comprometida e precisa de um andador para se locomover. Ele é um dos pacientes considerados de alta vulnerabilidade, sem rede de apoio familiar, que há meses recebem cuidados no Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol), localizado no Jardim Europa, região sudoeste de Goiânia. Há mais de um ano na unidade, Marcelo ganhou acolhimento, mais saúde e dignidade, mas não um espaço para chamar de seu, o que ajudaria na rotatividade de vagas. Paulista de Araraquara, Marcelo vivia em situação de rua quando foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Flamboyant há mais de um ano. Ele foi transferido para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e chegou ao Ceap-Sol em julho de 2023. Desde então, com as informações obtidas pelo Serviço Social, Marcelo ganhou um novo RG, já passou por perícia social junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e aguarda perícia médica visando a obtenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A expectativa é que isso facilite a transferência dele para um abrigo de longa permanência.