Na recepção do Centro de Saúde da Família (CSF) Vila Mutirão, a informação é de que o local não presta atendimentos odontológicos. Entretanto, duas salas da unidade de saúde abrigam seis cadeiras deste serviço e todos os utensílios necessários. A realidade é que um compressor de ar que não funciona há pelo menos três anos impede que os pacientes sejam tratados.

Profissionais da rede pública dizem que problemas com manutenção são recorrentes e reclamam da escassez de trabalhadores e sucateamento da infraestrutura de atendimento odontológico da capital.

Na tarde da última quinta-feira (18), O POPULAR esteve no CSF Vila Mutirão e conversou com Osni Pires, único dentista que ainda atua na unidade. De acordo com ele, até o início da pandemia da Covid-19 o local contava com quatro profissionais. Desde então, três deles foram remanejados para outras unidades e não há notícias de quando novos dentistas serão alocados no CSF Vila Mutirão.

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Porém, mesmo que novos profissionais começassem a trabalhar no local de forma imediata, procedimentos relativamente simples como a remoção de cáries e limpezas dentárias não poderiam acontecer por conta do compressor de ar inoperante. “Ele ficou estragado por três anos. Vieram aqui esses dias e consertaram. Entretanto, toda a parte da fiação foi condenada. Por isso, ainda não dá para usá-lo”, relata Osni.

Sem conseguir fazer os procedimentos, o dentista se dedica a fazer encaminhamentos de pacientes que precisam de atendimento especializado, orientações sobre escovação e algumas intervenções que podem ser feitas com outros utensílios. A falta de operação dos dois consultórios já fez com que massas para obturação e cimentos odontológicos fossem jogados fora por conta da data de vencimento.

O dentista, que atua na rede há 40 anos, explica que com a manutenção adequada, as seis cadeiras teriam condições de funcionar normalmente. “Elas precisariam ser redistribuídas por conta dos protocolos sanitários adotados com a pandemia da Covid-19. Mesmo assim, poderiam estar servindo para tratar diversos pacientes”, enfatiza.

Osni considera a situação da falta de atendimento odontológico no CSF Vila Mutirão um grande problema, já que a unidade é referência para milhares de moradores da região Noroeste de Goiânia. “É uma pena ver tudo isso aqui parado”, lamenta.

<img attr-cid="policy:1.3030566" attr-version="policy:1.3030566:1684714188" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3030566/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Compressor está sem funcionar há mais de três anos na Vila Mutirão (Wildes Barbosa)

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Além do CSF Vila Mutirão, a reportagem também visitou os Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Campinas e Novo Mundo, unidades que oferecem atendimento de urgência odontológica. Na quinta, ambas contavam com dentistas plantonistas. Entretanto, as más condições estruturais do Cais Campinas chamaram a atenção. Além de abafado, o local apresenta mofo em diversas paredes, além de ter várias janelas com vidros quebrados. Servidores do local reclamaram das condições sanitárias e da organização da unidade.

Representantes

A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO), Néia Vieira, diz que as principais reclamações recebidas por parte dos dentistas dizem respeito à falta de manutenção em equipamentos diversos. “Eles falam que quando um item como uma cadeira ou uma caneta odontológica quebra, demora muito tempo até o conserto, o que dificulta e até impede vários atendimentos”, enfatiza.

O presidente do Sindicato dos Odontologistas no Estado de Goiás (Soego), José Augusto Milhomem, explica que ainda em 2016, a rede pública de Goiânia contava com um déficit de em torno de cem dentistas. “Tivemos algumas convocações, mas nada o suficiente para sequer resolver o déficit que tínhamos na época. De lá para cá, como a rede aumentou, esse número também cresceu”, diz.

Além de problemas com manutenções e sobrecarga de trabalho por conta da pouca quantidade de dentistas, Milhomem conta que os profissionais da rede costumam reclamar das condições estruturais das unidades da capital. “Há locais que não têm ar condicionado. Como que um dentista vai fazer um atendimento usando um ventilador quando trabalhamos com aerossóis? É literalmente uma forma de espalhar as bactérias”, explica o presidente do Soego.

Milhomem afirma que a comunicação com a Secretaria Municipal de Saúde é muito difícil. “Não consigo ser recebido para conversar com o secretário municipal de Saúde sobre a situação que estamos enfrentando. Eu envio ofícios, mas eles remetem sempre para a Gerência de Saúde Bucal, que me diz que 80% da rede está funcionando. Porém, na prática, não é isso que se percebe. Nosso medo é que a população deixe de entender que a odontologia está inserida no serviço público de saúde”, finaliza.

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Sindicato acredita que programa trará melhorias

A retomada do programa Brasil Sorridente, que visa a combater a dificuldade de acesso à saúde bucal, principalmente para a população mais vulnerável e em regiões de vazios assistenciais, é vista com esperança pelo Sindicato dos Odontologistas no Estado de Goiás (Soego), que acredita que a movimentação trará melhorias para o atendimento odontológico prestado pelo SUS.

“Com o passar dos últimos anos, a odontologia foi perdendo cada vez mais espaço dentro do sistema de saúde. Nossa autonomia diminuiu. Vimos isso acontecer no Estado e agora nos municípios. A retomada do programa nos dá um fôlego, pois trata da recomposição da estrutura de atendimento. Nesse sentido, vamos seguir com nossas demandas como, por exemplo, a paridade das equipes de saúde bucal com as equipes de saúde médica”, explica o presidente do Soego, José Augusto Milhomem.

No dia 8 deste mês, o presidente Lula (PT) sancionou o projeto de lei nº 8131/2017, que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal, também conhecida como Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. O programa foi criado em 2004, mas havia perdido protagonismo.&nbsp;

Aprovada pelo Congresso em novembro de 2022, a proposta de lei prevê o acesso universal, equânime e contínuo aos serviços de saúde bucal, que passam a integrar o SUS definitivamente. O intuito é que a oferta de serviços odontológicos não seja interrompida ou colocada em segundo plano por gestores públicos.&nbsp;

Para iniciar a ampliação do atendimento, o Ministério da Saúde credenciou 3,6 mil novas equipes de saúde bucal e 630 novos serviços e unidades de atendimento. O investimento é de R$ 136,87 milhões. Para Goiás, serão 42 equipes de saúde bucal, quatro centros de especialidades odontológicas e 28 laboratórios de regionais de prótese dentária, que somam R$ 3,5 milhões de investimento.&nbsp;

 
Prefeitura diz que pandemia afetou serviço

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou, por meio de nota, que por conta da pandemia da Covid-19, o atendimento odontológico eletivo ficou prejudicado nos anos de 2020 e 2021, já que o serviço foi suspenso, seguindo a recomendação de notas técnicas do Ministério da Saúde. O motivo foi prevenir a disseminação do coronavírus (Sars-CoV-2) devido ao alto risco no atendimento odontológico. Nesse período, os serviços de urgência não foram interrompidos.&nbsp;

“Com o avanço da vacinação e diminuição de casos da Covid-19, Goiânia foi retomando, aos poucos, o serviço de odontologia. Em 2022, foram realizados no município um total de 161.117 procedimentos odontológicos na Atenção Primária e 9.287 nas unidades de Atenção Especializada”, comunicou a secretaria.

A pasta enfatizou que tem desenvolvido “inúmeras ações com a finalidade de aumentar a oferta de vagas para tratamento odontológico especializado no município, sendo que as especialidades de endodontia e odontologia para pessoas com necessidades especiais não apresentam demanda reprimida. O agendamento é realizado no mesmo dia ou dia seguinte.”

A SMS disse que para ampliar e fortalecer as ações de Saúde Bucal, neste ano foram convocados dez auxiliares de saúde bucal, dez cirurgiões-dentistas clínicos gerais e 12 cirurgiões-dentistas. Atualmente, o município conta com 278 odontólogos, sendo 82 na Estratégia Saúde da Família (ESF), 92 na Atenção Primária convencional, 53 na Atenção Especializada e 51 na urgência.

Em relação à infraestrutura, a secretaria esclareceu que todas as 12 novas unidades de saúde que estão sendo construídas contarão com consultórios odontológicos e que o CSF Vila Mutirão “está no cronograma de manutenção e reparos que solucionarão problemas estruturais, principalmente na rede elétrica que, atualmente, não suporta o funcionamento de todos os compressores”. A pasta explicou também que o Cais Campinas está entre as unidades de saúde que passarão por ampla reforma.

A secretaria destacou que por meio do Programa Saúde na Escola, uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), mantém trabalho educativo e de prevenção junto às crianças e adolescentes e que durante consultas nas unidades de saúde do município, ou por meio de atividades em grupo.

A SMS pontuou ainda que o estoque de insumos está regular no Almoxarifado Central e que a pasta “mantém contrato ativo com empresa especializada que, continuamente, presta serviços de manutenção nos equipamentos odontológicos”. Por fim, a secretaria informou que já solicitou ao Ministério da Saúde o credenciamento de 46 novas equipes de Saúde Bucal e que aguarda o órgão federal.

Serviço odontológico público de Goiânia sofre com condições precárias

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Sem sorriso

<img attr-cid="policy:1.3209835" attr-version="policy:1.3209835:1734054684" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3209835/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
BR-060, no perímetro urbano de Goiânia: rodovia teve trecho em Goiás repassado à iniciativa privada (Wesley Costa / O Popular)

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) decidiu, nesta segunda-feira (13), desqualificar o consórcio Rota Agro Brasil, liderado pela construtora Azevedo e Travassos e vencedor de leilão de trechos rodoviários que ligam Goiás e Mato Grosso, realizado em meados de agosto.

Até 23 de setembro, o grupo Azevedo e Travassos tinha em seu bloco de controle a gestora de investimentos Reag, investigada por envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro e fraudes de combustíveis do PCC na operação Carbono Oculto da Polícia Federal.

A justificativa para a decisão, segundo ata de julgamento publicada nesta terça-feira (14), tem "base na irregularidade das certidões trabalhistas dos administradores dos fundos de investimentos consorciados" e também porque o seguro garantia emitido pela Reag "não manteve suas condições regulares, havendo fundado risco à sua exequibilidade e à sua eficiência".

<img attr-cid="policy:1.3310469" attr-version="policy:1.3310469:1757502370" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3310469/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
BRs 060 e 452 terão sete pontos de pedágio espalhados pela rodovia (Divulgação/Rota Verde Goiás)

A empresa havia apresentado proposta de 19,7% de desconto no pedágio.Com a decisão, o segundo colocado no leilão, um consórcio liderado pela Way Concessões, assumirá a responsabilidade pelas obras, caso passe pelo crivo da ANTT. A oferta vencedora agora é de 19,6% de desconto.

Depois de vencer o certame, o consórcio vencedor passa por uma análise de documentos para verificar a qualificação técnica da proponente vencedora. Esse processo é de responsabilidade da Comissão de Outorga, liderada pela ANTT. Procurada, a construtora Azevedo e Travassos não respondeu à reportagem até a publicação deste texto.O motivo do veto ao consórcio vencedor, de acordo com a ANTT, foi a participação da Reag como agente financeiro.

Até o mês passado, a Reag era uma das principais investidoras da Azevedo e Travassos, grupo que lidera o consórcio Rota Agro Brasil, composto também por Sobrado Construção e GAE Construção e Comércio.

No último dia 23, o fundo de investimento anunciou que saiu do bloco de controle da empresa, depois de vender a participação por meio do Camaçari Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia à Nemesis Brasil Participações, holding do presidente do grupo, Gabriel Freire.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/infomercial/concess-o-das-brs-153-414-e-080-completa-4-anos-com-cerca-de-meio-bilh-o-investidos-e-quase-400-mil-atendimentos-1.3321628" target="_self">Concessão das BRs 153, 414 e 080 completa 4 anos com cerca de meio bilhão investidos e quase 400 mil atendimentos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/preco-de-pedagios-sobe-nas-rodovias-brs-153-414-e-080-em-goias-e-tocantins-a-partir-desta-sexta-feira-veja-valores-1.3319862" target="_self">Preço de pedágios sobe nas rodovias BRs-153, 414 e 080 em Goiás e Tocantins a partir desta sexta-feira; veja valores</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-promete-finalizar-avenida-leste-oeste-no-mandato-1.3315530" target="_self">Mabel promete finalizar avenida Leste-Oeste no mandato</a></div>

Além disso, João Carlos Mansur, fundador da Reag, renunciou à presidência do conselho de administração da Azevedo e Travassos e também à posição de membro do colegiado. A operação Carbono Oculto encontrou mais de uma dezena de fundos sob administração da Reag que teriam sido usados para fins ilícitos.

A empresa entrou no grupo Azevedo e Travassos há pouco mais de um ano, na ocasião em que a construtora desmembrou sua operação de petróleo e se fundiu com outras empresas controladas pela Reag para aumentar sua atuação no setor de infraestrutura.

A oferta de deságio de 19,6% do novo vencedor continua acima do limiar de referência de 18%. Nesses casos, a companhia precisa fazer um aporte de recursos no projeto, que vai inteiramente para a conta da concessão e é utilizado, por exemplo, na execução de obras não previstas. A ideia é evitar ofertas muito ousadas sem compromisso real.

ANTT veta vencedor de leilão da Rota Agro, que liga GO e MT, por ligação com Reag

ANTT veta vencedor de leilão da Rota Agro, que liga GO e MT

Economia

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<img attr-cid="policy:1.2600915" attr-version="policy:1.2600915:1750875701" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.2600915/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Mineração em Minaçu - GO (Diomício Gomes/O Popular)

Goiás foi o terceiro estado que mais recebeu royalties da mineração, com mais de R$ 3,2 milhões. O Pará lidera o ranking nacional, com R$ 42,9 milhões, seguido por Minas Gerais, com R$ 42,3 milhões (veja lista ao final da matéria).&nbsp; &nbsp;

A Agência Nacional de Mineração (ANM) divulgou os dados na última quarta-feira (8). Os valores correspondem à arrecadação de setembro e estão sendo distribuídos em outubro.

Segundo a agência, do total de R$ 504,7 milhões arrecadados em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), R$ 100,9 milhões serão destinados aos estados e ao Distrito Federal, e R$ 403,8 milhões aos municípios produtores.

O ranking mostra que apenas Pará e Minas Gerais receberam mais de 84% dos recursos. Os outros estados dividiram pouco mais de 16% restante.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/goias-e-jap-o-querem-avancar-em-cooperac-o-por-terras-raras-1.3305773" target="_self">Goiás e Japão querem avançar em cooperação por terras raras</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/prioridade-a-minerais-criticos-e-aprovada-de-forma-unanime-por-deputados-1.3305320" target="_self">Prioridade a minerais críticos é aprovada de forma unânime por deputados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/minerac-o-quer-atuac-o-publica-efetiva-e-perene-1.3295883" target="_self">Mineração quer atuação pública efetiva e perene</a></div>

<h2>Terras raras em Goiás</h2>

A busca por terras raras cresce devido à sua importância para a produção de tecnologias, como baterias de carros elétricos e smartphones, e para a transição energética.

Atualmente, Serra Verde, em Minaçu, é a única mineradora ativa no Brasil que explora terras raras. Além dela, há dois projetos em implantação em Goiás, nos municípios de Nova Roma e Iporá.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que outros pontos foram identificados em Niquelândia, Catalão e Monte Alegre de Goiás. Segundo ele, o estado concentra 25% das reservas de terras raras conhecidas no país.

Em agosto, <a href="https://opopular.com.br/economia/goias-e-jap-o-querem-avancar-em-cooperac-o-por-terras-raras-1.3305773" target="_self">representantes do Japão visitaram o governo de Goiás</a> interessados em investir na ampliação da cadeia produtiva de minerais críticos, com foco especial nas terras raras.

<img attr-cid="policy:1.3305772" attr-version="policy:1.3305772:1756432256" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3305772/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Governador Ronaldo Caiado e o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi: discussão inclui transferência de tecnologia (Wildes Barbosa / O Popular)

<h2>Confira os 10 estados que mais receberam royalties da mineração:</h2>

<ul>
	<li>Pará – R$ 42,9 milhões</li>
	<li>Minas Gerais – R$ 42,3 milhões</li>
	<li>Goiás – R$ 3,2 milhões</li>
	<li>Mato Grosso – R$ 2,4 milhões</li>
	<li>Bahia – R$ 2,1 milhões</li>
	<li>São Paulo – R$ 1,5 milhão</li>
	<li>Mato Grosso do Sul – R$ 729 mil</li>
	<li>Santa Catarina – R$ 637 mil</li>
	<li>Tocantins – R$ 593 mil</li>
	<li>Paraná – R$ 543 mil</li>
</ul>

Goiás é o terceiro estado que mais recebeu royalties da mineração

Ranking nacional 

Webstories - Mais de 6 mil famílias em Goiás devem devolver R$ 16 milhões de auxílio emergencial

Webstories - Auxílio emergencial: veja como conferir se você tem que devolver dinheiro

O governo divulgou que mais de <a href="https://opopular.com.br/economia/mais-de-6-mil-familias-em-goias-devem-devolver-r-16-milh-es-de-auxilio-emergencial-pago-indevidamente-diz-governo-1.3323017" target="_self">6 mil famílias em Goiás</a> devem devolver R$ 16,6 milhões de auxílio emergencial pago de forma indevida durante a pandemia. O prazo da devolução é de até 60 dias, contados a partir da notificação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). A fim de esclarecer dúvidas, o POPULAR preparou uma reportagem explicando como o cidadão pode consultar se há alguma pendência com o órgão.

Segundo o MDS, apenas quem foi notificado deve devolver o dinheiro. As notificações são enviadas por três canais: mensagem de texto (SMS), e-mail cadastrado no Gov.br e aplicativo "Notifica". Visando evitar golpes, o órgão destacou que não envia links nem boletos de cobrança por e-mail, SMS ou WhatsApp.

Além disso, as notificações ficam registradas no <a href="https://sso.mds.gov.br/login" target="_blank">sistema Vejae</a>. Ao acessar a página, é necessário logar na plataforma com nome de usuário e senha. Daí, caso apareça alguma notificação, significa que há uma pendência que precisa ser resolvida.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/mais-de-6-mil-familias-em-goias-devem-devolver-r-16-milh-es-de-auxilio-emergencial-pago-indevidamente-diz-governo-1.3323017" target="_self">Mais de 6 mil famílias em Goiás devem devolver R$ 16 milhões de auxílio emergencial pago indevidamente, diz governo</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/economia/concurso-do-conselho-de-medicina-veterinaria-de-goias-tem-vagas-com-salarios-de-ate-r-12-mil-1.3322616" target="_self">Concurso do Conselho de Medicina Veterinária de Goiás tem vagas com salários de até R$ 12 mil</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/economia/hospital-einstein-tem-vagas-abertas-com-salarios-de-ate-r-5-8-mil-1.3322563" target="_self">Hospital Einstein tem vagas abertas com salários de até R$ 5,8 mil</a></div>

O pagamento deve ser feito diretamente pelo Vejae, via PIX, cartão de crédito ou boleto. Também é possível pagar à vista ou parcelar o débito em até 60 vezes, com parcela mínima de R$ 50 e sem juros. Caso não concorde com a cobrança, a pessoa pode apresentar recurso, procedimento feito pelo próprio sistema.

Ainda de acordo com o MDS, o&nbsp;não pagamento pode resultar em uma série de prejuízos, como negativação do nome em órgãos de proteção ao crédito.&nbsp;Em caso de dúvidas, o cidadão pode acessar o&nbsp;<a href="https://www.gov.br/mds/pt-br" target="_blank">site oficial</a>&nbsp;do órgão, ligar para o telefone (61) 4042-1552 ou enviar mensagem para o <a href="https://api.whatsapp.com/send/?phone=556140421552&amp;text&amp;type=phone_number&amp;app_absent=0" target="_blank">WhatsApp (61) 4042-1552</a>.

Balanço 
 
Conforme o balanço feito pelo MDS, 6.304 famílias em Goiás devem devolver R$ 16.604.904,50 de auxílio emergencial. Os estados com maior número de famílias a restituir valores são: São Paulo (55,2 mil), Minas Gerais (21,1 mil), Rio de Janeiro (13,26 mil) e Paraná (13,25 mil). 
 
Em todo o Brasil, 177,4 mil famílias têm valores a ressarcir, o que representa R$ 478,8 milhões que devem ser devolvidos aos cofres públicos. As notificações começaram a ser enviadas no dia 6 de março de 2025.

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Motivos para devolução&nbsp;

Segundo o MDS, as pessoas notificadas receberam o benefício sem atender aos critérios exigidos. As principais irregularidades identificadas foram:&nbsp;&nbsp;

<ul>
	<li>emprego formal ativo; &nbsp;</li>
	<li>recebimento de benefício previdenciário ou assistencial; &nbsp;</li>
	<li>seguro-desemprego; &nbsp;</li>
	<li>benefício emergencial (BEm);&nbsp;</li>
	<li>rendimentos acima do limite legal; &nbsp;</li>
	<li>duplicidade de pagamento; &nbsp;</li>
	<li>recebimento por mais de duas pessoas da mesma família; &nbsp;</li>
	<li>renda familiar superior a três salários mínimos.&nbsp;</li>
</ul>

<div attr-cid="policy:1.3323121" attr-version="policy:1.3323121:1760268082" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3323121" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3323121', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3323121">Webstories - Mais de 6 mil famílias em Goiás devem devolver R$ 16 milhões de auxílio emergencial (1.3323121)</a></div>

Quem não precisa devolver&nbsp;

Ainda conforme o MDS, pessoas&nbsp;em situação de maior vulnerabilidade estão fora do processo de cobrança. Esses cidadãos atendem a um ou mais dos seguintes requisitos:&nbsp;

<ul>
	<li>beneficiários do Bolsa Família;&nbsp;</li>
	<li>inscritos no Cadastro Único (CadÚnico);&nbsp;</li>
	<li>quem recebeu valores inferiores a R$ 1,8 mil;&nbsp;</li>
	<li>quem possui renda familiar per capita de até dois salários mínimos&nbsp;ou renda mensal familiar de até três salários mínimos.&nbsp;</li>
</ul>

<div attr-cid="policy:1.3323362" attr-version="policy:1.3323362:1760355166" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3323362" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3323362', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3323362">Webstories - Auxílio emergencial: veja como conferir se você tem que devolver dinheiro (1.3323362)</a></div>

Auxílio emergencial: veja como conferir se você tem que devolver dinheiro ao governo; prazo para pagamento é de 60 dias

RESTITUIÇÃO

<img attr-cid="policy:1.3220118" attr-version="policy:1.3220118:1758889849" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3220118/WhatsApp Image 2025-01-14 at 18.37.56.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Tempo nublado em Goiânia. (Wildes Barbosa/O Popular)

Os moradores de Goiás podem, finalmente, se preparar para o retorno das chuvas regulares. O alívio climático, esperado após o período de estiagem, tem grandes chances de se concretizar, de acordo com as projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O órgão aponta o fenômeno La Niña como um fator crucial que deve favorecer a chegada dos temporais ao estado.

Ao&nbsp;POPULAR, André Amorim, gerente do&nbsp;Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), confirmou neste sábado (11) que a instabilidade deve se intensificar, com risco de chuvas e rajadas de vento em diversas regiões.As áreas que demandam maior atenção incluem as regiões central, sul e noroeste do estado.

<img attr-cid="policy:1.3322947" attr-version="policy:1.3322947:1760182895" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3322947/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-10-11T084122.463.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
As áreas que demandam maior atenção, incluem a região central, sul e noroeste do estado (Wildes Barbosa/O Popular)

De acordo com Amorim, o período chuvoso ainda não iniciou, mas há possibilidade de chuvas neste domingo (12). Segundo o especialista, o calor ainda pode demorar um pouco para passar.

<cite>A frente fria está se deslocando e trazendo bastante nebulosidade. E com isso, acaba favorecendo a formação de áreas de estabilidade. A região centro-sul tem maiores probabilidades de chuvas.&nbsp;Quando tivermos chuvas mais frequentes, o calorão vai diminuir. Precisamos de chuva para melhorar as condições das temperaturas", explicou André Amorim.</cite>

Ao&nbsp;POPULAR, Wendell Sialho metereologista do&nbsp;Inmet, explicou neste domingo (12) que a previsão para os próximos dias é de pancadas de chuvas isoladas em Goiânia e em outras partes do estado.&nbsp;

<cite>Com relação à umidade, ainda vai estar um pouco baixa, em torno de 30%. Amanhã ela sobe um pouquinho, vai a 40%. O quadro para a capital seria basicamente isso, uma temperatura variando de 22°C a uma máxima de 30°C, podendo chegar a 34°C na quinta-feira (16), resaltou&nbsp;Wendell Sialho.&nbsp;</cite>

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André Amorim, gerente do Cimehgo disse que a instabilidade deve se intensificar, com risco de chuvas localmente fortes e rajadas de vento em diversas regiões. (Divulgação/ Cimehgo)

Em entrevista à rádio CBN Goiânia, a coordenadora do Inmet, Elizabeth Alves, forneceu detalhes sobre o início do fenômeno La Niña e suas projeções para Goiás. Segundo Alves, as condições para a formação do La Niña tiveram início em setembro deste ano, marcadas pela expansão de temperaturas da superfície do mar abaixo da média nas áreas central e oeste do Oceano Pacífico equatorial.

A meteorologista esclareceu que, embora o La Niña seja um fator favorável, a influência do fenômeno em Goiás está atrelada a uma combinação de fatores. Entre eles, o principal é o favorecimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (Zcas), que é o sistema meteorológico crucial para a distribuição de chuvas no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

A coordenadora ressaltou que a atuação do La Niña em sua fase atual pode se estender até fevereiro de 2026. Ela finalizou reforçando que o Instituto Nacional de Meteorologia continua monitorando as condições climáticas de perto para atualizar as projeções e alertas.

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<h3>La Niña</h3>

O La Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico natural que faz parte do sistema ENSO (El Niño Oscilação Sul). Ele é definido pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental. Dentre as suas principais características se destacam o resfriamento do pacífico que ocorre devido ao fortalecimento dos ventos alísios.

Na região Centro-Oeste do Brasil, incluindo Goiás, o La Niña frequentemente se associa a um aumento da frequência e regularidade das chuvas. Ele favorece a organização de sistemas meteorológicos como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), fundamental para as chuvas da primavera e verão na região. Isso, em geral, é positivo para o início da estação chuvosa e para a recarga hídrica.

A Defesa Civil alerta para os riscos associados às chuvas. É fundamental adotar medidas de segurança, especialmente nas áreas mais vulneráveis. Evitar áreas de risco, ter maior atenção nos locais de alagamento e ter cuidado redobrado no trânsito são atitudes importantes.

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Regiões vão ter chuvas leves e moderadas neste sábado (11) e a outra no domingo (12). (Divulgação/ Cimehgo)