O servidor público Flávio Brandão Barros, de 55 anos, morreu após ser atacado por abelhas, em Goiânia. Ao POPULAR, a família informou que o ataque ocorreu quando ele protegeu a esposa do enxame, que também acabou sendo ferroada. A prefeitura havia sido acionada sobre o problema dois dias antes do acidente.

O ataque aconteceu no sábado (20) na Praça Léo Lynce, no Setor Oeste. Flávio morreu no domingo (21), enquanto estava internado no Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) de Campinas.&nbsp;

Em nota ao POPULAR, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que a Diretoria de Zoonoses foi acionada na quinta-feira (18) e que as equipes de controle de animais sinantrópicos efetuaram a retirada das abelhas do local no último sábado (20), “dentro do prazo de 72h estipulado para a remoção dos animais”.&nbsp;(veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;

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De acordo com a cunhada dele, Tatiuce Fernanda, por volta das 15h de sábado, a esposa da vítima saía do trabalho e foi até o carro estacionado na praça. Flávio estava por perto esperando por ela numa lanchonete, quando notou que a mulher começou a ser atacada pelas abelhas. Ele atravessou a rua para proteger a esposa, e acabou sendo o mais atingido pelos insetos, segundo a familiar.&nbsp;

<cite>Do outro lado da rua, ele viu e veio socorrer ela. Ele abraçou ela. E aí a abelha foi mais nele do que nela”, disse.&nbsp;</cite>

O casal entrou no veículo e tentou se livrar do ataque e buscar ajuda médica. Contudo, Flávio passou mal enquanto dirigia, perdeu as forças e parou o carro atravessado na calçada, nas imediações da Avenida Castelo Branco, no Setor Coimbra.

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Funcionários de uma funerária prestaram os primeiros socorros e acionaram o resgate, após ele ter um desmaio e depois uma convulsão, conforme a cunhada. Flávio foi encaminhado ao Cais de Campinas, onde recebeu atendimento médico e passou a noite internado. Contudo, na manhã do dia seguinte, por volta das 9h, sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu, segundo a familiar.&nbsp;

A esposa sofreu algumas ferroadas, foi atendida pela equipe médica e liberada sob medicação.

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Ferroadas que a esposa da vítima sofreu após o ataque de abelhas (Arquivo pessoal / Tatiuce Fernanda)

<h2>Homenagens</h2>

Fávio era&nbsp;técnico de informática da&nbsp;Gerência de Tecnologia (Getec) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Em nota, a pasta lamentou a morte do servidor.

<cite>Flávio foi um profissional dedicado e muito querido por todos os colegas, sempre lembrado pelo carinho, atenção e amizade que cultivava no ambiente de trabalho. Que Deus o receba em sua infinita misericórdia e conforte o coração de todos que tiveram o privilégio de conviver com ele", descreveu no comunicado.</cite>

O velório deve ocorrer nesta segunda-feira (22), a partir das 12h, na Funerária Paz Universal, no Setor Coimbra. As informações do sepultamento não foram divulgadas. Ele deixa esposa e um filho.

<h2>Nota completa da prefeitura&nbsp;</h2>

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que a Diretoria de Zoonoses foi acionada na quinta-feira (18) e que as equipes de controle de animais sinantrópicos efetuaram a retirada das abelhas do local no último sábado (20), dentro do prazo de 72h estipulado para a remoção dos animais.&nbsp;&nbsp;

A SMS destaca que há aumento de ataques de abelhas em todo o país durante a primavera e o verão, quando há maior crescimento populacional da espécie. Isso ocorre em razão das altas temperaturas e baixa umidade dessas estações - que favorecem a reprodução, levando as colônias a se dividirem e buscarem novos locais para se instalar; do período de floração, com aumento da disponibilidade de alimento; e das queimadas, que desalojam as abelhas de suas colmeias.&nbsp;&nbsp;

A secretaria orienta que a população deve acionar a Diretoria de Zoonoses para a remoção segura de abelhas e colmeias, pelo WhatsApp 62 99152-2545.&nbsp;

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Servidor público morre após ataque de abelhas ao proteger esposa de enxame, em Goiânia

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TRAGÉDIA

A manifestação em Goiânia contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, neste domingo (21), espelhou os demais protestos que ocorreram ao longo do dia em pelo menos 23 capitais do País, com críticas direcionadas aos deputados federais goianos que votaram favoravelmente à proposta e também ao projeto de lei que visa conceder anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. O ato teve início por volta das 16h15 na Praça Universitária, no Setor Universitário, e seguiu, às 18h, para a Praça Cívica. Os manifestantes empunhavam cartazes e bandeiras contrários às pautas mencionadas, mas também exibiam outras cobrando a votação de projetos como a isenção do Imposto de Renda, o fim da jornada 6 por 1, e a taxação dos super-ricos. Em ambos os locais, foram estendidas faixas e cartazes identificando - com nomes, partidos e fotos - os 14 deputados federais goianos favoráveis à PEC.Única da bancada de Goiás a votar contra o projeto presente no protesto, a deputada Adriana Accorsi (PT) fez discurso rápido em que destacou a relevância da mobilização na capital, a contrariedade à anistia aos “terroristas” e a aliança “da juventude, dos movimentos sindicais e dos trabalhadores” para lutar contra os “desmandos da extrema direita” e, assim, “reeleger Lula em 2026”. “A extrema direita se organiza para ficar impune, para ser anistiada, para querer descansar. Não podemos permitir. Temos que estar juntos e mobilizados. Eles são fortes, eles têm muita mobilização na rede social. Nós precisamos estar unidos e não permitir que hoje eles consigam anistia, impunidade com a PEC da Blindagem e da bandidagem, mas também, ano que vem derrotar a extrema direita com a reeleição do presidente Lula”, afirmou a petista.Questionada pelo POPULAR sobre os desdobramentos das manifestações, Adriana disse que a expectativa é que os atos “refluam” no Congresso, a ponto de frear a análise da PEC da Blindagem e a da Anistia no Senado Federal. “A pressão popular vai fazer com que outras pautas como a da jornada 6 por 1 e a isenção do Imposto de Renda avance”, disse a deputada. O ato em Goiânia foi organizado pelo Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania - que inclui partidos de esquerda, entidades sindicais e movimentos sociais. Segundo os organizadores do evento, a manifestação reuniu cerca de 10 mil pessoas. A reportagem questionou a Polícia Militar de Goiás (PM-GO) acerca da estimativa de público, mas a assessoria da corporação informou que a divulgação dos números deve ocorrer apenas nesta segunda (22).Apesar de a organização ter reforçado em diversos momentos que tratava-se de uma manifestação “suprapartidária”, do meio político estiveram presentes, além de Adriana, apenas os vereadores de Goiânia Fabrício Rosa e Kátia Maria (ambos do PT), e o deputado estadual Antônio Gomide (PT). Outros nomes históricos da esquerda como o ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson (PT) e o ex-deputado federal Aldo Arantes (PCdoB) também participaram, mas não chegaram a discursar no trio elétrico reservado para as falas dos participantes. O ato contou ainda com a presença de diversas lideranças sindicais, universitárias, militantes e representantes de outros partidos de esquerda. Kátia Maria buscou nacionalizar sua manifestação ao dizer que o “recado do ato” em Goiânia deveria “ser dado ao país”. Ela entoou por três vezes o coro “sem anistia”, e emendou: “E é sem dosimetria e sem a PEC da Bandidagem.” Em seguida, Kátia também criticou o governador Ronaldo Caiado (UB). “Ele negociou a sua liberdade, a sua elegibilidade para que o PL retirasse a ação que garantia a ele o afastamento das urnas por ter usado a máquina pública, e agora ele está dizendo ‘anistia’. Mas quem defende a anistia está contra a democracia”, afirmou a vereadora. “Ou o senhor (Caiado) defende a anistia ou o senhor está do lado dos patriotas falsos, aqueles que tentaram dar um golpe no povo brasileiro.”Na semana passada, o governador se posicionou nas redes sociais contra a blindagem. Para ele, a PEC “representa o divórcio do Congresso Nacional com o povo brasileiro e terá consequências nefastas para a política nacional”.Fabrício Rosa seguiu na mesma linha de Kátia, mas buscou rebater as alegações de que “Goiânia é terra conservadora”. “Goiânia, Goiás é uma terra dos direitos humanos. Estamos nas ruas porque não aceitamos fascistas nesse território, porque não aceitamos os sequestradores do orçamento público”, afirmou o vereador.Tanto na Praça Universitária quanto na Praça Cívica, os manifestantes reproduziram diversos versos e jingles. Um deles dizia: “Não é mole não/ A PEC da Blindagem só é boa pra ladrão/ Sem anistia”. Muitos dos presentes estavam vestidos com camisetas brancas, vermelhas, da seleção brasileira ou mesmo com adesivos verde e amarelo pregados em suas roupas com os dizeres “sem anistia” e “PEC da Blindagem não” - em contraponto aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que geralmente utilizam as mesmas vestimentas em atos ligados às pautas da direita. Além dos discursos, o evento também teve apresentações de artistas locais.TrâmiteOs protestos deste domingo ocorreram após a Câmara dos Deputados aprovar na última terça (16) em dois turnos a PEC da Blindagem, que amplia o foro especial e protege parlamentares não só em relação a investigações criminais, mas abre também brecha na área cível, algo inédito. A proposta está em análise agora pelo Senado, onde precisa ser aprovada também em dois turnos no plenário para ser promulgada e passar a valer. Entretanto, um levantamento do jornal O Globo neste domingo mostrou que 46 dos 81 senadores se declaram contrários à medida, e apenas seis afirmam ser favoráveis. Para que seja promulgada, a PEC precisa de ao menos 49 votos em plenário. No primeiro turno na Câmara foram 353 votos a favor e 134 contra o texto principal, além de uma abstenção. No segundo turno, o placar foi de 344 a 133. O texto, chamado pelos deputados de PEC das Prerrogativas, tem como principal ponto dar ao Congresso o poder de barrar processos criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) contra parlamentares ao exigir licença prévia do Legislativo. Essa autorização terá de ser deliberada pela respectiva Casa em até 90 dias a contar do recebimento da ordem do Supremo, em votação secreta. Dos 17 representantes de Goiás, 14 votaram a favor da proposta. Só Adriana Accorsi, Rubens Otoni (ambos do PT) e Flávia Morais (PDT) foram contra. No ato, os três parlamentares foram elogiados publicamente em momentos distintos. No decorrer da semana, diversos parlamentares pediram desculpas pelo voto a favor da PEC. A deputada Silvye Alves (UB) foi a única goiana a se desculpar pelo voto e alegou que foi “pressionada” a votar. Os demais receberam de forma passiva a enxurrada de críticas, com respostas pontuais aos internautas que questionaram sobre as motivações do voto.

Ato em Goiânia ataca PEC da Blindagem e a anistia

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Congresso Nacional

IA nas vendas do comércio

O consumidor que pesquisa sobre um produto na internet já se acostumou a, logo em seguida, receber uma enxurrada de ofertas em seu computador e celular. Quem clica em um anúncio de uma rede social, também já sabe que será direcionado para um atendimento virtual, que dará as primeiras informações para a venda. Às vezes, a empresa parece adivinhar quem é o cliente, o que ele quer, quanto e como pode pagar. Isso tem sido possível graças a ferramentas de inteligência artificial (IA), que estão se tornando um braço a mais das equipes de venda do comércio lojista.

Empresas que já utilizam estas ferramentas garantem que elas aumentam a eficiência operacional e melhoram a experiência do consumidor. A 6ª edição do relatório Connected Shoppers Report, da Salesforce, que ouviu 500 consumidores e 100 executivos no Brasil, mostrou que 73% dos varejistas planejam investir mais em IA neste ano. Especialistas garantem que o mercado já oferece soluções de baixo custo e até gratuitas para os pequenos negócios que desejam começar.

Entre os recursos usados pelo varejo online, estão ferramentas que analisam dados de comportamento e histórico de compras, oferecendo recomendações personalizadas. Nos ambientes físicos, vitrines digitais adaptam ofertas conforme o perfil do público e criam uma experiência integrada e customizada. Assistentes virtuais e chatbots solucionam dúvidas 24 horas por dia e a IA também já faz gestão de estoques e previsão de demanda, se encarregando de tarefas repetitivas, que consumiam muito tempo das equipes de vendas, com mais eficiência, rapidez e assertividade.

A empresária Juliana Magalhães, CEO da marca Ju Magalhães, fabrica peças de vestuário, tem uma loja de fábrica, mas vende 99% pelo e-commerce, através de canais como o site próprio, redes sociais e as plataformas Shopee, Mercado Livre e Shein. Segundo ela, há alguns anos, a empresa passou a utilizar ferramentas de IA para várias ações de gestão e vendas.

Uma das soluções, que desempenha funções que podem ser feitas por humanos, é o analista de e-commerce, que está integrado em todos canais de venda, avaliando os dados dos produtos cadastrados e identificando oportunidade de melhoria. “Se vendo uma calça alfaiataria, por exemplo, a IA analisa o que meus concorrentes oferecem e traz sugestões de melhoria para produtos que não estão performando bem, ou seja, recebendo visitas e gerando vendas”, explica.

De acordo com a empresária, a IA faz de forma automática o que um ser humano deveria fazer como analista de e-commerce, o que dá mais agilidade e competitividade para o negócio atender as demandas dos clientes e vendas. “Desde que começamos a utilizar os recursos de IA, aumentamos nosso tíquete médio de R$ 55 para R$ 65”, destaca. A ferramenta oferece até sugestões de montagem de kits com produtos de melhor aceitação pelo consumidor, inclusive sugerindo combinações de cores.

Outra ferramenta é o gestor de tráfego pago. Se, antes, o ser humano precisava criar campanhas, fazer análise de dados e otimizações, hoje a IA coleta os dados da campanha, sugere e executa as otimizações em tempo real para que a empresa gaste menos e venda mais. “Como vendemos moda e usamos muitas imagens, já economizamos muito com fotos de modelos profissionais. Investimos numa modelo em 2 ou 3 cores e o restante fazemos as imagens com geração de IA”, conta.

<div attr-cid="policy:1.3315147" attr-version="policy:1.3315147:1758507912" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3315147" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3315147', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3315147">IA nas vendas do comércio (1.3315147)</a></div>

Para o gerente de Negócios da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), Wanderson Lima, mesmo as empresas que ainda não inseriram a IA em seus processos para otimizar o funcionamento do negócio e melhorar o atendimento, começam a usar ferramentas para tirar dúvidas, elaborar textos ou fazer scripts de vendas. Ele acredita que este uso só não é maior por insegurança. “Mas a IA vai entender a necessidade do cliente e propor melhores soluções para ele, visando aumentar as vendas”, explica Lima.

Isso porque ela utiliza recursos como o cross-sell, ou venda cruzada, técnica que consiste em oferecer ao cliente produtos ou serviços adicionais e complementares à compra inicial, com o objetivo de aumentar o ticket médio e melhorar a experiência do cliente. Outra estratégia de vendas da IA é o upsell, que incentiva o cliente a comprar uma versão mais completa, superior ou com mais funcionalidades do que ele procurou inicialmente.

“A pessoa está comprando um sapato e ela oferece uma meia. Se ela busca um pacote básico de internet, ela oferece um mais completo, de forma automática, de acordo com o perfil do cliente, 24 horas por dia e 7 dias por semana”, ressalta o gerente da CDL Goiânia. Isso ocorre em uma etapa inicial de pré-venda, que depois deve ser concluída pelo vendedor.

Operações

Assim, aos poucos, a IA entra no dia a dia das empresas. Para ele, muita gente ainda tem medo da tecnologia tirar seus empregos, mas ela pode ser usada para fazer o trabalho operacional e reduzir processos que tomam mais tempo das equipes. “É importante lembrar que ela deve ser munida de boas informações por parte empresa para proporcionar os melhores resultados. A IA precisa ser treinada e orientada para atender da melhor forma”, alerta.

Isso acontece não apenas no processo de venda, mas também na análise de crédito segmentada, mostrando os riscos de vender a prazo para um cliente e minimizando riscos. Na logística, a IA pode ajudar a calcular estoques, programar entregas e definir as melhores rotas de forma integrada. Ela também pode indicar os clientes que não fazem pedidos há algum tempo e aqueles com maior potencial de compra.

Para quem ainda não tem a IA em seu negócio, Lima recomenda que é possível começar pequeno, dentro do WhatsApp para atendimento, por exemplo. Ele lembra que a Escola de Negócios da CDL Goiânia oferece capacitação em IA aplicada a negócios, por a partir de R$ 350. “A empresa pode começar com uma operação pequena. É possível contratar um ChatGPT por menos de R$ 300 e criar um agente de IA para atendimento pelo WhatsApp”, destaca.

Enquanto empresas maiores podem contratar uma plataforma já integrada a seu sistema de gestão, nas pequenas a evolução pode ser aos poucos e, à medida que os resultados forem chegando, ela vai inserindo mais ferramentas. “Quem não se atentar a isso, pode ficar para traz. A IA não veio tomar empregos, mas ajudar os negócios a evoluírem. Num momento de dificuldade para contratação de mão de obra, ela pode reforçar as equipes”, adverte o gerente.

Na Flávio’s Calçados, o gerente de Produto Financeiro, Lucio Lustosa, conta que a IA rompeu a área de tecnologia da informação. Nas lojas, uma tela permite a consulta de várias informações do cliente, como o limite do crédito, último dia de compras e vouchers de desconto, o que ajuda os vendedores a incrementarem as vendas. “O pessoal da logística também investiu em um programa de agendamentos, o que motivou a contabilidade a investir num demonstrativo contábil, onde são lançadas todas receitas e despesas em tempo real”.

Na área do cartão próprio da rede, foi aberto um projeto onde o time de TI dedica uma hora por dia para o treinamento de funcionários que querem aprender a usar as ferramentas de IA. “Tudo que está sendo feito é para motivar e ensinar os demais departamentos, que estão começando. O objetivo é ter pelo menos uma pessoa em cada área capaz de usar IA e solucionar problemas de sua área”, explica Lustosa.

A IA também ajuda nos processos preditivos, mostrando oportunidades de produtos e de potenciais clientes. Na área de crédito, ela identifica com quais clientes é possível aumentar o relacionamento, ter flexibilidade de limites, oferecer descontos ou ter mais ênfase para a venda. “Ela ajuda com suporte em atividades que eram mais lentas e difíceis de fazer. O time tem mais tempo para focar em processos, ampliando as possibilidades de venda e recuperação de crédito”, completa o gerente.

Com IA, empresas reforçam equipes de vendas no comércio

Economia

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Matéria - Economia

Tecnologia

O retorno do período chuvoso em Goiás traz alívio para o calor intenso e a baixa umidade. Com ele, porém, surgem outros desafios, como alagamentos e acidentes provocados pela queda de árvores e frutas.

Na edição de fim de semana, O POPULAR destacou um fator adicional de preocupação: com as chuvas, aumenta o risco de contaminação do Rio Meia Ponte pelo chorume gerado no Aterro Sanitário de Goiânia.

Embora o tema não seja tratado com transparência pelos órgãos responsáveis, a reportagem apurou indícios relevantes em processos judiciais e nas respostas enviadas pelas autoridades.

O chorume, resultado da decomposição de resíduos sólidos, é rico em metais pesados e altamente tóxico para o solo, a vegetação, os recursos hídricos e a fauna.&nbsp;O problema se arrasta há cerca de 14 anos, sem&nbsp;uma solução eficaz.

Questionados pela reportagem, os órgãos envolvidos minimizam a gravidade da situação — uma estratégia equivocada. O silêncio contribui para a perpetuação do problema. A crise no Aterro Sanitário de Goiânia não é recente e, diante da falta de transparência na sua gestão, tende a se prolongar por muitos anos.

Chorume no Meia Ponte

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

Não existe fórmula mágica quando o assunto é emagrecer. Mesmo com a chegada de medicamentos potentes como Ozempic e Mounjaro, um fator segue sendo determinante na perda e na manutenção do peso: a saúde mental. “Minha nutricionista me disse algo que mudou a forma como eu enxergava o processo: nenhum dinheiro compra de volta a saúde que você perdeu por não se cuidar”, lembra Cibelle Vilela Figueiredo, de 41 anos, que chegou a pesar 90 quilos e quase recorreu à bariátrica.

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Em meio a um quadro de depressão e compulsão alimentar, ela encontrou no acompanhamento psicológico e nutricional, aliado à rotina de treinos, o ponto de virada sem a necessidade de cirurgia ou uso de remédios. “Perdi 46 quilos e ganhei massa muscular, mas, acima de tudo, aprendi a mudar hábitos de vida.” Nada, porém, aconteceu sem tropeços. Cibelle confessa que pensou em desistir várias vezes e lidou com crises de ansiedade. “A mudança real só começa quando você se conecta consigo mesmo e entende que emagrecer não é do dia para a noite.”

Tão essencial quanto a alimentação equilibrada e a prática de exercícios, o aspecto psicológico é um dos pilares do emagrecimento. Cuidar da saúde mental é fundamental para o sucesso da jornada. “Somos seres integrais: corpo e mente estão conectados, e a comida nem sempre cumpre apenas o papel de nutrir. Muitas vezes ela é usada para regular emoções em momentos de ansiedade, para resgatar lembranças afetivas ou ainda como forma de recompensa e prazer”, explica a psicóloga Luanna Debs.

Segundo a especialista, fatores como estresse, cansaço, vazio emocional, tristeza ou solidão podem desencadear episódios de ansiedade, frustração e até culpa, levando a pessoa a buscar conforto imediato na comida. É nesse ponto que a terapia tem um papel decisivo em compreender os gatilhos que dificultam a manutenção de uma alimentação equilibrada e criar estratégias para que o paciente desenvolva outras formas de regulação emocional. O desafio é encontrar prazer e bem-estar para além do alimento.

“Mudar a relação com a comida é fundamental. Quando não há consciência nesse processo, dietas não se sustentam. A compulsão alimentar ou outras dificuldades não são a causa, mas a consequência. Por isso, a terapia ajuda a ressignificar esse vínculo: o alimento deixa de ser vilão ou mocinho e passa a ocupar seu lugar natural, enquanto o ato de comer se torna mais consciente e presente”, ressalta a psicóloga. O estresse e a ansiedade, quando persistem de forma crônica, podem inclusive alterar significativamente o funcionamento hormonal ligado ao peso.

A endocrinologista Ana Luiza Silva Rio, do Einstein Goiânia, explica que a produção contínua de cortisol, hormônio essencial em situações agudas de estresse, favorece a resistência insulínica, o acúmulo de gordura abdominal e o aumento do apetite. “Esse desequilíbrio é agravado pela liberação de adrenalina e noradrenalina e pela alteração nos hormônios da fome e da saciedade, como a grelina e a leptina, além do impacto negativo da ansiedade sobre a qualidade do sono. O resultado é um ciclo que estimula o ganho de peso e dificulta o emagrecimento”, pontua.

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De mãos dadas

Fatores fisiológicos e psicológicos costumam andar de mãos dadas quando o assunto é perda de peso. A endocrinologista Sandra Maria Campos Teixeira, do Hospital Unique, explica que a dificuldade para emagrecer raramente tem uma única origem. “Uma avaliação minuciosa deve considerar tanto possíveis distúrbios hormonais, uso de medicamentos e alterações metabólicas, quanto aspectos emocionais, como ansiedade, compulsão alimentar e desmotivação. Além disso, o estigma social que recai sobre pessoas com obesidade pode reforçar barreiras e agravar a relação com a comida, tornando o processo ainda mais desafiador”, explica.

Para a médica, o acompanhamento multidisciplinar é essencial para ampliar as chances de sucesso no tratamento. Enquanto o endocrinologista investiga e trata questões clínicas, o nutricionista organiza o plano alimentar, o psicólogo trabalha os gatilhos emocionais e comportamentais e o educador físico orienta atividades de forma segura. “A obesidade não tem uma única causa nem uma única solução. Quando o cuidado é centrado no indivíduo e livre de julgamentos, aumentam as chances de emagrecer com saúde e manter os resultados”, reforça a endocrinologista.

Para não errar

Reconheça suas emoções

Antes de comer, pergunte-se se a fome é física ou emocional. Identificar gatilhos como ansiedade, tristeza ou estresse ajuda a controlar a compulsão.

Tenha paciência e seja constante

Mudanças duradouras acontecem aos poucos. Aceite deslizes sem culpa e continue a prática de hábitos saudáveis.

Busque apoio profissional

Psicólogos podem ensinar técnicas de regulação emocional e lidar com ansiedade, compulsão alimentar ou desmotivação.

Resgate o prazer &nbsp;além da comida

Encontre atividades que tragam bem-estar e satisfação, como hobbies, exercícios ou momentos com amigos, sem usar a comida como recompensa.

Pratique autoconsciência diária

Observe padrões de comportamento, pensamentos e sentimentos que influenciam sua alimentação, tornando o ato de comer mais consciente e presente.

Pilar no processo de emagrecimento, saúde mental influencia a disciplina e a motivação