Chamada

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<div attr-cid="policy:1.3313427" attr-version="policy:1.3313427:1758120440" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3313427" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3313427', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3313427">Chamada (1.3313427)</a></div>

Desacelaração da agitação diária, reflexão e um convite para curtir momentos em família são alguns dos objetivos do&nbsp;artista plástico Siron Franco ao idealizar as 38 esculturas em chapa de aço que serão&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/praca-de-goiania-deve-receber-38-esculturas-de-siron-franco-em-2026-1.3312267" target="_self">colocadas na Praça do Cruzeiro</a>, em Goiânia. A Coluna Giro mostrou que as <a href="https://opopular.com.br/cidades/na-nova-obra-em-goiania-siron-franco-quer-resgatar-vida-da-praca-do-cruzeiro-1.3313261" target="_self">obras vão retratar cenas do cotidiano</a> em tamanho real e serão pintadas com tinta automotiva na cor branca, permitindo a interação dos visitantes. A entrega está prevista para o dia 24 de outubro de 2026, data do aniversário de 93 anos da capital.&nbsp;

<cite>Eu acho que a arte pública ameniza mais o pique da cidade, dá um tempo de reflexão ali. A arte pública tem essa função mesmo, de fazer com que a cidade, as partes das cidades desliguem um pouco do cotidiano e navegue um pouco na imaginação”, afirmou o artista em entrevista ao POPULAR.&nbsp;</cite>

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Siron Franco informou que o projeto começou há&nbsp;quatro meses. Primeiro ele fez o projeto e apresentou a ideia. Após o projeto ser aprovado, ele começou a montar as escuturas. O artista contou que ia muito à Praça do Cruzeiro e a escolheu porque ela&nbsp;faz parte de sua infância. Além disso, ela&nbsp;tem um espaço legal que dá para colocar as esculturas só na grama, sem interferir no espaço onde as pessoas caminham.

Ele afirma que quando garoto era encantado com o lugar, mas começou a perceber que as pessoas pararam de frequentá-la.&nbsp;Sempre que passava pela praça ficava imaginando esculturas nela. Porém, nunca pensou que um dia fosse fazer essas esculturas e quando recebeu o convite aceitou sem&nbsp;hesitar.

"Imaginei como se fosse um passeio de domingo. Toda uma comunidade que vai invadir aquilo ali e você vai perceber que a praça está cheia de pessoas, toda a parte da sociedade. Essas figuras vão criar um ritmo e vão chamar muita atenção lá para a praça”, explica.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/praca-de-goiania-deve-receber-38-esculturas-de-siron-franco-em-2026-1.3312267" target="_self">Praça de Goiânia deve receber 38 esculturas de Siron Franco em 2026</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/iphan-confirma-intervenc-o-irregular-em-tres-imagens-sacras-na-matriz-de-pirenopolis-1.3251258" target="_self">Iphan confirma intervenção irregular em três imagens sacras na Matriz de Pirenópolis</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/escultura-de-leodegaria-de-jesus-e-novamente-alvo-de-vandalismo-na-cidade-de-goias-1.3250732" target="_self">Escultura de Leodegária de Jesus é novamente alvo de vandalismo na cidade de Goiás</a></div>

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Características

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Projeção das esculturas em chapa de aço que serão colocadas na Praça do Cruzeiro (Arquivo pessoal/Siron Franco)

O artista explica que as figuras serão recortadas e pintadas de branco para ter mais visualidade à noite. Elas&nbsp;vão retratar como se fosse um passeio de domingo: famílias caminhando pela praça, a mãe com o bebê no carrinho, pessoas passeando com seus animais, capoeiristas,&nbsp;indígenas e casais serão representados nas obras. Assim,&nbsp;a praça estará cheia de pessoas e diversidade.

<h2>Instalação e Interação</h2>

Siron Franco explica que para a instalação das esculturas, que têm dois metros de altura, primeiro serão abertos os buracos e depois equipes vão colocar as obras que serão concretadas no chão. Elas também terão&nbsp;holofote para melhorar a visibilidade durante a noite. O artista explicou que as pessoas também poderão interagir normalmente com as esculturas: tocar, tirar foto e admirar.

Siron disse ainda que não será necessária adaptação da praça para colocar as esculturas. Elas ficarão espalhadas conforme o espaço. Inclusive, o artista já marcou o lugar em que cada uma será colocada.&nbsp;

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Projeção das esculturas em chapa de aço que serão colocadas na Praça do Cruzeiro (Arquivo pessoal/Siron Franco)

Projeto

O POPULAR mostrou que o <a href="http://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/praca-de-goiania-deve-receber-38-esculturas-de-siron-franco-em-2026-1.3312267" target="_self">projeto já foi discutido com Sandro Mabel</a> (União)&nbsp;e o custo previsto é de R$ 3 milhões. O recurso deverá vir de emenda parlamentar do deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), por meio de sua cota de emendas impositivas à Lei Orçamentária Anual (LOA), que precisará ser enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso Nacional.

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Siron Franco diz que esculturas que serão colocadas em praça são uma pausa da agitação da cidade

Cidades

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'tempo de reflexão'

Humanizar a Praça do Cruzeiro. Essa é a missão do artista plástico Siron Franco para um dos pontos mais tradicionais de Goiânia, situado no coração do Setor Sul, mas que atualmente recebe poucos visitantes. Para isso, ele está produzindo 38 esculturas de pessoas, em tamanho real, que representam cenas do cotidiano da cidade. Mães e pais com seus filhos, jogadores de capoeira, um menino de boné, um cadeirante e jovens com bicicleta estão entre as figuras que deverão povoar a praça em uma remodelação prevista para ser entregue no aniversário de 93 anos da capital, em 2026.

“Essas figuras são representações de nós mesmos. A ideia é trazer as pessoas para a praça”, diz. Siron não se refere apenas às pessoas retratadas nas imagens. Fala de gente, dos visitantes que são esperados para o local por conta da chegada da arte urbana.

Pintadas com tinta automotiva na cor branca, as esculturas deverão criar uma experiência imersiva e permitirão a interação, seja fazendo parte da cena, tocando nas esculturas ou tirando fotos. A escolha do branco, “que reflete de longe”, segundo Siron, também permitirá que os personagens possam ser vistos à noite. “Isso vai fazer com que as pessoas enxerguem a beleza do lugar”, prediz. Outro ponto interessante é que, à medida que o dia passa e o sol se movimenta, as sombras vão fazer esses personagens se “movimentarem”.

Provocador por natureza, o artista aproveita para fazer uma discussão sobre a ocupação dos espaços urbanos. “É uma praça muito bonita, tenho recordações de quando eu era garoto, as pessoas frequentavam lá, mas hoje você não vê ninguém. Nunca entendi por que ela deixou de ser frequentada”, diz. Siron adianta que fará sugestões para que a Prefeitura melhore o acesso ao local por meio de faixa de pedestres.

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Cruz que dá nome à praça é um dos marcos históricos de Goiânia (Wildes Barbosa / O Popular)

Entre uma explicação e outra, Siron revela que o projeto carrega em si certa nostalgia. “Quando eu era garoto, ficava maravilhado com aquele cruzeiro. Gostava de passear lá. Tinha vendedor de água de coco, caldo de cana e a menina que vendia salgados.”

As lembranças do passado estão longe de deixar Siron estagnado. Elas são combustível para movê-lo em direção a diferentes horizontes. As figuras realistas marcam sua nova fase, a da arte pop, com monumentos que remetem ao cotidiano. “É um grupo de pessoas que resolveu curtir uma praça”, resume.

O novo projeto, pensado como presente para Goiânia, segue a linha do Monumento aos Voluntários Anônimos, instalado pelo artista goiano em novembro de 2024, em Porto Alegre (RS). A instalação, de 27 metros de comprimento e dois metros de altura, já nessa fase de arte urbana pop, apresenta a silhueta de 30 homens e mulheres de mãos dadas, como homenagem à coragem dos responsáveis por resgates de vítimas das enchentes de maio no Rio Grande do Sul.

Conforme revelado com exclusividade pela coluna Giro, na edição do POPULAR desta segunda-feira (15/9), o projeto já foi discutido com o prefeito Sandro Mabel (UB). O gestor visitou o ateliê de Siron na semana passada e deu sinal verde para a obra. “Siron pensa nas praças de Goiânia. É uma mente iluminada, diferenciada”, resumiu Mabel.

A visita do prefeito foi acompanhada pelo diretor regional do Sesc e do Senac Goiás e membro do Conselho Estadual de Educação, Leopoldo Veiga Jardim. Amante das artes e colecionador, ele está contribuindo, de forma pessoal, com a captação de recursos para a implantação desse e de outros projetos de Siron que “vão marcar uma geração”.

Leopoldo tem ligado para amigos políticos e empresários para levantar recursos e fazer intervenções e movimentos na cidade. “Tenho conversado muito com o Siron sobre a gente conseguir eternizar na cidade monumentos importantes que se tornem pontos turísticos na capital. Nós temos o privilégio de ter em Goiânia um dos mais importantes artistas brasileiros vivos, e em plena produção. Eu fico muito feliz de poder ajudar de alguma forma nesse sentido.” Para Leopoldo, a arte urbana traz uma reflexão. “Essas grandes exposições e intervenções quebram a rotina, a rigidez do dia a dia, trazem mais sensibilidade e a cidade fica mais humana.”

Custo

O custo previsto para a intervenção artística na Praça do Cruzeiro é de R$ 3 milhões. O recurso deverá vir de emenda parlamentar do deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), por meio de sua cota de emendas impositivas à Lei Orçamentária Anual (LOA), que precisará ser enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso Nacional.

“O Siron é um goiano conhecido no mundo, com uma obra muito rica e atemporal. Será um legado, ficando como referência para que, no futuro, as pessoas possam estudar a obra dele. Eu acho legal fazer parte disso”, diz o deputado.

Também destaca que o local se tornará uma atração turística da cidade. “Não será grande como o Inhotim (instituto de arte contemporânea em Brumadinho, Minas Gerais), mas começa a ser um ponto cultural importante.”

“Vai mexer com toda a Praça do Cruzeiro. Vai virar uma praça-museu a céu aberto. Acho que tinha de ter mais lugares assim na cidade. Você percebe só a Praça Tamandaré e a Praça do Sol com muito movimento, por conta das feiras. Goiânia tem lugares com potencial para serem frequentados como os que existem na Itália e em Barcelona, onde as pessoas passeiam, fazem a ‘siesta’ ou vão para lá apenas para ler”, diz o parlamentar, que já morou na Europa no período em que era estudante.

Torre de Babel

Outro projeto desenvolvido por Siron para Goiânia é um monumento intitulado Torre de Babel. Com 7 metros de altura, ele deverá ser instalado na praça que fica ao lado do Terminal Praça da Bíblia. A obra conceitual, de arte contemporânea, usa letras acumuladas, no entanto dispostas de uma maneira que não formam palavras.

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Monumento Torre de Babel, projetado ao lado do Terminal Praça da Bíblia (Divulgação)

“Você poderá tentar, mas não vai conseguir formar uma palavra sequer. Na história da Torre de Babel, a Bíblia diz que os homens não iriam se entender, e é o que estamos vivendo hoje. As pessoas não se entendem, famílias não se falam mais, muitas vezes por questões políticas”, explica.

Mais uma vez, a escolha do lugar teve um cunho sentimental. “A Praça da Bíblia é outro lugar que eu curtia. Eu tive um ateliê lá perto. É legal poder fazer as coisas na cidade da gente.”

Na nova obra em Goiânia, Siron Franco quer resgatar 'vida' da Praça do Cruzeiro

Arte

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor-assistente de "Emily em Paris", da Netflix, morreu durante as gravações da série em Veneza, na Itália. O italiano Diego Borella, 47, iria filmar a última cena da trama no hotel Danieli quando desmaiou. Ele teria sofrido uma parada cardíaca, segundo o jornal italiano La Repubblica.

A equipe do set ainda tentou reanimá-lo, sem sucesso. As filmagens da série foram suspensas temporariamente.

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Segundo um comunicado do serviço de saúde de Veneza, divulgado pelo jornal Telegraph, a ambulância chegou ao local às 18h42 de quinta-feira. "Os médicos tentaram ressuscitá-lo. Mas, no final, todos os esforços foram infrutíferos. Por volta das 19h30, ele foi declarado morto", diz a nota.

Essa era a última semana de gravações da 5ª temporada de "Emily em Paris", com estreia programada para o dia 18 de dezembro.

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Diretor-assistente de 'Emily em Paris' morre nas gravações, que são suspensas

Diretor-assistente de 'Emily em Paris' morre durante as gravações da série

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Cultura

O amadurecimento das políticas e da gestão cultural no Brasil tem se dado a passos largos. Para isso, as pesquisas dos hábitos no setor funcionam como indicadores e vigorosos pilares para a demarcação de novos avanços. É através delas que podemos no enxergar e ver por onde estamos caminhando. Na última quinta-feira (14/08) chegou a vez de Goiânia e a consultoria especializada JLeiva entregou para os presentes na Vila Cultural Cora Coralina os fatos e números recentes de pesquisa realizada por meio do Instituto Datafolha: Cultura nas Capitais.

É como nos ver no espelho. E é claro, em se tratando de música e gastronomia, o pequi e o sertanejo surgem tecnicamente empatados: 62% dos entrevistados citam o sertanejo como estilo musical predileto e 60% apontam o pequi e suas combinações na preferência da gastronomia típica. Sem surpresa, a Pecuária de Goiânia é o evento mais citado, lembrado por 11% dos entrevistados, índice muito superior à média das capitais para este tipo de evento (1%) e só atrás de Rio Branco, capital do Acre (16%).

Outro ponto acima da linha média das capitais, as festas juninas são citadas como as mais frequentadas: 87% dos que participaram de festas populares foram a arraiais. O nosso carnaval, que conta anualmente com um generoso espaço de mídia espontânea, tem um apelo bem menor: apenas 11% foram a blocos ou desfiles e só 3% o consideram o evento mais importante da cidade, contra 12% na média das capitais.

Goiânia é a capital em que o pagode é menos citado (7%, equivalendo a menos da metade da média das capitais, 18%). Dado curioso, mas que explica a paixão automotiva: é a capital onde mais gente ouve música no carro: 62% (contra 49% da média nacional). Nosso ícone cultural é o Centro Cultural Oscar Niemeyer, cuja frequência se dá em grande parte para o lazer, sem que seu museu, cinema, auditório e biblioteca sejam acessados. O Museu de Arte de Goiânia (MAG), no Bosque dos Buritis, é o mais visitado (11%), bem à frente do o 2º e 3º colocados: Memorial do Cerrado (5%) e Museu de Arte Contemporânea (MAC), 3%).

Um dado romântico para a cidade que já foi apontada pelo Le Monde como a capital dos motéis no Brasil, é que Goiânia aparece entre as cidades em que mais pessoas visitam museus em casal (26%, contra média nacional de 20%). Estamos (ligeiramente) acima da média nacional entre as capitais quando o assunto é livro, show de música, dança, circo e concerto. Mas para 63% a reclamação é uma só: as atividades acontecem longe do bairro onde moram.

A pesquisa da JLeiva foi possível graças à Lei Rouanet, um dado cultural per si, patrocinada pelo Itaú e Instituto Cultural Vale, com a parceria da Fundação Itaú, que tem liderado iniciativas no setor da economia criativa e cidades inteligentes. Em Goiânia, foram entrevistadas 600 pessoas, em pesquisa de campo com 61 perguntas realizada pelo Datafolha entre fevereiro e março deste ano.

Foi detectado que a grande maioria associa cultura a bem-estar e espera por um aumento de investimento público na área. No geral, é mostrado que o público tem enorme potencial de crescimento, ao mesmo tempo que carece de falta de incentivos e acessibilidade. 57% dos entrevistados não foram a manifestações culturais nos 12 meses anteriores, mas 18% destes demonstraram grande interesse de participação. É gente carente de condições de acesso e que pede urgentemente políticas culturais de apoio. Com a palavra os nossos gestores.

Px Silveira, biógrafo e gestor cultural. Curador do Instituto Biapó e presidente do Instituto ArteCidadania

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

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Deu sertanejo com pequi

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Px Silveira

Siron Franco é, há mais de cinco décadas, um intérprete agudo e perspicaz do nosso tempo. Catástrofes ecológicas e dramas humanos sempre encontraram eco em seu olhar atento e crítico. Essa sensibilidade está presente em 20 pinturas de grandes dimensões reunidas na exposição Siron Franco: Observando o Mundo desde o Centro do Brasil. A mostra será inaugurada oficialmente nesta quarta-feira (13), na Cerrado Cultural, em Brasília (DF).

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Com curadoria de Agnaldo Farias, a mostra destaca a capacidade do artista de traduzir em telas os conflitos, as iniquidades e também a beleza que compõem o mundo, em um conjunto de obras nutridas pela realidade. Desde o início da carreira, Siron se dedica a olhar para o seu tempo. A exposição revela sua habilidade de extrair, de imagens icônicas — como a de um animal solitário em meio a inundações —, um discurso potente sobre vulnerabilidade.

Sua obra dialoga com acontecimentos que vão de tragédias locais, como o acidente radiológico com o césio 137, em Goiânia, a conflitos internacionais e movimentos migratórios. A série sobre o acidente radiológico, por exemplo, tornou-se uma das mais celebradas pela crítica especializada, reunindo mais de 100 pinturas sobre papel, desenhos e objetos, entre eles camas hospitalares de ferro oxidado. A pandemia de Covid-19 também foi registrada em várias pinturas e instalações.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/exposic-es-de-luiz-pucci-e-kim-ir-sen-entram-cartaz-em-goiania-1.3298839" target="_self">Exposições de Luiz Pucci e Kim-Ir-Sen entram cartaz em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/artista-plastico-matheus-pires-abre-primeira-individual-da-carreira-no-centro-cultural-ufg-1.3296225" target="_self">Artista plástico Matheus Pires abre primeira individual da carreira no Centro Cultural UFG</a></div>

Ao longo da carreira, Siron denunciou a exterminação criminosa das onças, alertou para o desaparecimento das abelhas e para o risco de extinção das antas. Chamou a atenção para as queimadas e a falta de água. No campo das questões sociais, voltou seu trabalho para a tragédia do elevado número de crianças mortas no Brasil nos anos 1990, vítimas da desnutrição e da falta de cuidados no pré-natal, e também expôs, com força, a realidade da violência doméstica.

“O tempo sempre foi protagonista da minha obra. Isso começou muito cedo com a série A Era das Máquinas (1968), com trabalhos referentes ao que assistia pela televisão, a corrida espacial, a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã. Sou tomado por alguma notícia e vou registrando”, conta Siron, que ainda em 2025, planeja uma exposição no final de setembro em Salvador (BA). O artista também está programando uma individual internacional para 2026.

Ao longo da carreira, o artista recebeu uma dezena de premiações: na estreia nacional, em 1968, conquistou o Prêmio Aquisição da 2ª Bienal da Bahia; durante década de 1970 consolidou-se no cenário artístico laureado pelas premiações Melhor Pintor Brasileiro, concedido pela 12ª Bienal Nacional de São Paulo (1974), Prêmio Internacional de Pintura, obtido na 13ª Bienal internacional de São Paulo, e Prêmio Viagem ao Exterior, oferecido pelo 24º Salão Nacional de Arte Moderna, realizado no Rio de Janeiro, ambos em 1975.

Suas obras integram acervos de importantes museu nacionais e internacionais, como Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna da Bahia, Metropolitan Museum of Art, Nova York, Estados Unidos; Essex Collection of Art from Latin America, Colchester, Grã Bretanha; Museu Salvador Allende, Santiago do Chile, Chile; Monterey Museum of Contemporary Art, Monterrey, México.