A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia suspendeu as eleições para escolha de diretores de 56 escolas municipais e 73 unidades de educação infantil previstas para ocorrer nesta quarta-feira (27). A pasta acatou um pedido da equipe de transição do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) feito na última sexta-feira (22). O processo eleitoral envolve apenas as unidades de ensino cujos diretores estão com mandatos vencendo neste ano.

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Em ofício enviado à Prefeitura, a equipe de transição afirma que a suspensão é uma medida excepcional para “alinhar o processo eleitoral” às disposições da legislação municipal e permitir que haja condições para que a gestão eleita e a comissão “tenha acesso a todos os dados e informações necessárias à implementação do novo governo”. Ainda segundo o documento, o objetivo é assegurar “a continuidade da atividade administrativa e a prestação dos serviços públicos”.

Entretanto, no documento, não é detalhado se algo da legislação não está sendo cumprido no processo que estava em andamento e nem a relação entre as eleições para a gestão das escolas – na qual participam como votantes os membros da comunidade escolar – e a mudança no comando da administração municipal. Nem a SME nem a equipe de transição deram mais detalhes sobre a decisão.

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As informações no decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) desta segunda-feira (25) são as mesmas do pedido feito pela equipe de transição: suspende temporariamente o processo eleitoral, sem definir uma nova data, e prorroga por até 90 dias os mandatos dos diretores que venceriam em 31 de dezembro. O documento é assinado pelo prefeito Rogério Cruz (SD).

Na justificativa apresentada junto ao decreto, no DOM, é dito que a suspensão é motivada também pela necessidade de “adequação do processo eleitoral ao disposto nas normas constitucionais, federais e municipais” e que a legislação municipal estabelece que os pleitos devem ocorrer “no último trimestre do ano, após a realização do curso obrigatório de formação para gestores, assegurando a finalização do ano letivo pelos diretores em exercício”. Porém, não explica o que estaria sendo desrespeitado ou mesmo se haveria algo em desacordo.

A rede municipal conta com pouco menos de 350 unidades de ensino, entre escolas de ensino fundamental e centros municipais de educação infantil (Cmeis). As eleições deste ano eram destinadas para mandatos que vencem em dezembro, seja de diretores eleitos em 2021 ou indicações políticas. Apesar de a permanência dos atuais gestores ter sido prorrogada até março, não há nenhuma indicação se as eleições vão ocorrer neste período.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), a deputada estadual Bia de Lima (PT) divulgou um vídeo no qual reclama da suspensão e diz que a medida não é admissível. Entre os motivos para o posicionamento, o fato de todos os candidatos já terem feito a campanha. Ela cita no vídeo o nome de Giselle Faria, representante da equipe de transição que enviou o ofício à Prefeitura e atua na área de educação. Giselle é cotada para assumir a SME em 2025. “Se foi orientação da Giselle, então já começou (do jeito) errado.”

Representantes da comunidade escolar estão sendo convocados em grupos de WhatsApp para um protesto contra a suspensão previsto para ocorrer na Câmara de Goiânia durante a sessão desta terça-feira (26) pela manhã.

SME atende equipe de Mabel e suspende eleições para diretores

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Educação

O governador Ronaldo Caiado (UB) condenou nesta quinta-feira (05) a ingerência política e a construção de projetos eleitorais a partir da atuação de secretários municipais e estaduais de Educação e de Saúde. Ele ainda retomou a defesa por independência e critérios técnicos para a gestão pública na área, assim como na saúde.

As recomendações foram feitas a prefeitos eleitos e reeleitos de grandes cidades brasileiras, reunidos em Brasília no encontro “Educação como Prioridade”, realizado pela organização Todos Pela Educação.

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Além da organização não governamental, que é financiada por alguns dos maiores grupos empresariais do país, o evento contou com o apoio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon). A reunião teve participação de ao menos 26 eleitos em municípios com mais de 500 mil habitantes. Entre eles, os escolhidos em Goiânia, Sandro Mabel (UB), e em Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB).

Os posicionamentos foram apresentados por Caiado no discurso, logo após contar aos futuros gestores que não conhecia a atual secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, e que a auxiliar fez uma prova antes da confirmação de que a especialista “se encaixava dentro dos critérios que desejava”.

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“Dizer a vocês uma coisa só: escolha uma pessoa que você acredita nele ou nela. A partir daí, qualquer ingerência política, vocês vetam imediatamente. Assuma a secretária. O meu critério é o seguinte: você presta contas ao governador, está certo? O meu objetivo é resultado na minha Educação. Agora, Educação sempre foi uma secretaria para eleger deputado federal. Essa é a grande verdade. Então, nós precisamos acabar com isso na Educação e na Saúde”, disse.

“Não é secretaria para eleger deputado federal. É secretaria para educar as crianças. Então, você tem que ter dar total independência a ela”, completou.

Apesar da crítica, a base do governo de Caiado alcançou a eleição a deputado federal do ex-secretário da Saúde, Ismael Alexandrino (PSD), que comandou a pasta ao longo do primeiro mandato. Já Fátima se candidatou, sem sucesso, em 2018, a uma vaga na Assembleia Legislativa de Rondônia, depois de comandar a secretaria de Educação daquele estado, e recebeu 4.344 votos pelo PSB.

<h2>Indicações</h2>

Além de criticar a construção de projetos eleitorais, o governador ainda defendeu a manutenção da independência das secretarias municipais de Educação, para a realização de trabalhos técnicos por meio das indicações de cargos.

“O que eu fiz: os deputados querem indicar coordenador, diretor? Não tem problema algum. Quer indicar, indica. Aí vai fazer o vestibular lá com eles. Vai fazer essa prova de proficiência. E aí está aqui, olha: seu indicado tomou bomba, é analfabeto e não serve para assumir o cargo”, relatou o goiano.

O governador alegou que a definição do critério “foi educando essa condicionante para transferir do campo político, por achar que é um poder de voto, para se transformar numa disputa de qualificação”.

Na sequência, Caiado citou que recebeu o governo com “55% dos alunos analfabetos funcionais” e que os resultados foram obtidos pela alteração na Constituição Estadual e a criação do programa AlfaMais. O governador destacou os investimentos na merenda, transporte de alunos e reformas de escolas e citou valor de R$ 8,4 bilhões investidos ao longo da gestão.

Ao citar o resultado de liderança no ranking de estados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), Caiado apontou os incentivos aos estudantes, com o programa Bolsa Estudo, chromebooks, laboratórios e premiações a colégios que atingem nota 7 no Enem e a alunos com nota 1000 na redação.

“Meu objetivo e desafio é sair do 4,88, em que fui o primeiro lugar no Ideb. Na minha época, se chegasse em casa com nota abaixo de 7,5, nós não tínhamos fim de semana e muito menos férias. Então, é para esse padrão que nós temos que levar a educação no estado de Goiás e no Brasil”, disse ao afirmar que a “Seduc de Goiás está à disposição de todos que quiserem buscar novos métodos”.

“Pegando aqui a imagem do governador Caiado, não dá para a gente ficar feliz com uma nota baixa. A gente não pode ficar satisfeito com a nota que o Brasil tem na educação, mas se a gente fizer da educação uma grande prioridade, com essa ambição toda, ninguém segura esse país”, discursou a diretora-presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.

Caiado critica 'trampolim político' na Educação

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Baculejo

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Baculejo já está no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. Segundo o Dicionário Michaelis, é um regionalismo da Bahia, que ganhou força linguística como gíria, em grande parte do Brasil.

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O significado é o de “busca policia de algo no corpo de alguém; é averiguação, revista”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/escravo-ou-escravizado-1.3202028" target="_blank">Escravo ou escravizado?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/estreou-ou-estreiou-1.3204615" target="_blank">Estreou ou estreiou?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/res-1.3199365" target="_blank">RÊS</a></div>

A origem da palavra é obscura, mas há quem diga que viria da palavra báculo, que significa cajado, bastão alto, de extremidade curva usada por bispos como insígnia da missão. Esse objeto indicaria, por extensão de sentido, a ideia de força eclesiástica, que – na gíria – seria representada pela força policial. Tal etimologia não é oficial entre linguistas especializados em origem das palavras.

Gostou?

Até a próxima

Fraterno abraço

Professor Carlos André

BACULEJO

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A preocupação com o contingente de jovens em todo mundo que não estuda e nem trabalha, aliada aos recentes acontecimentos que impactaram a sociedade global, como a crise econômico-financeira de 2008, a digitalização das economias, o desafio de cumprir as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável/UNESCO de número 4 (Educação de Qualidade para Todos) e a pandemia de Covid-19, aceleraram a necessidade de promover avanços nas políticas educacionais em escala global e, para tanto no âmbito do G20 foi criado, em 2018, o Grupo de Trabalho de Educação.

Vale ressaltar que o G20 reúne as principais economias do mundo e visa ser um fórum para promover um debate aberto e construtivo entre países industrializados e emergentes sobre assuntos-chave relacionados à estabilidade econômica global. A presidência do G20 está sendo atualmente ocupada pelo Brasil que em 2024, coordena e organiza reuniões e conferências, além de ter sediado a última Cúpula de Chefes de Estado do G20, agora em novembro, no Rio de Janeiro.

Inicialmente os debates do Grupo de Trabalho de Educação buscaram um equilíbrio entre as políticas que consideravam a educação como um direito essencial para a cidadania global e aquelas que a viam como meio de transformação produtiva das economias para superar crises e situações de baixo crescimento.

Nesse sentido, com a expectativa de construir uma sociedade global sustentável, durante a cúpula dos chefes de Estado, foi apresentado o “Relatório do G20 sobre Educação”, visando uma educação global inclusiva, equitativa e qualitativa, dividida em três grandes temas: valorização e desenvolvimento de profissionais de educação; compartilhamento de conteúdo educacional da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) por meio de plataformas de recursos digitais; e o engajamento entre escola e comunidade.

A proposta do G20 busca incorporar nas diretrizes dos sistemas educacionais do mundo uma educação comprometida com a justiça social, com a biodiversidade e com o desenvolvimento socioambiental sustentável, garantindo a vida no Planeta com qualidade, bem como o enfrentamento das desigualdades sociais. Isso implica que cada país deva cooperar para manter o equilíbrio ecológico e promover o bem-estar de suas populações, além disso implementar conteúdos educacionais, alinhados com a sustentabilidade, cidadania global e inclusão social.

Diante da crise ambiental vivenciada pela humanidade, um compromisso global na área educacional para estimular ações que visem a construção de uma sociedade mais justa, democrática, inclusiva, bem como voltada para a preservação da natureza, torna-se extremamente necessário.

Nesse sentido, uma sociedade global sustentável por meio da educação proposta pelo G20 pode até parecer uma ideia utópica, mas também pode representar uma oportunidade de inovação e mudança. Nesse caso, a utopia deve ser considerada como um horizonte que oriente ações e inspire inovações no campo educacional, e não algo inatingível.

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Itami Campos é doutor em Ciência Política, professor do Programa em Ciências&nbsp;Ambientais da UniEvangélica.

Cláudisom Martins de Oliveira é&nbsp;doutorando e mestre em Ciências Ambientais

Utopia da sociedade sustentável

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Itami Campos

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou nesta quinta-feira (28) que vai reformular a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na capital. A proposta inclui transferir parte do programa para a responsabilidade do estado, com a justificativa de oferecer aos alunos uma formação mais profissionalizante e integrada às oportunidades de capacitação técnica.

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De acordo com Mabel, o novo modelo permitirá também uma reestruturação do número de escolas e turmas, garantindo mais consistência ao programa. “Vamos passar uma parte do EJA para o Estado. Por que? Porque o aluno do estado, do 6º ao 9º ano, esse aluno tem condição de ter uma bolsa que o estado oferece, aquela de 110, tem condição de ter aula de informática, uma série de condições que melhoram a vida daquele aluno”, disse o futuro prefeito.

Mabel também antecipou os seus planos para as eleições para diretores das escolas municipais, que foram adiadas e agora devem ocorrer em 90 dias. Os candidatos, antes de serem escolhidos, deverão passar, conforme o futuro prefeito, por um treinamento focado em práticas administrativas, incluindo o controle de recursos como energia e manutenção, além de outros requisitos para evitar desperdícios nas unidades.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-confirma-giselle-faria-na-secretaria-de-educac-o-1.3204659" target="_blank">Mabel confirma Giselle Faria na secretaria de Educação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/equipe-de-mabel-ve-pris-es-com-apreens-o-e-desconfianca-1.3204318" target="_blank">Equipe de Mabel vê prisões com apreensão e desconfiança</a></div>

A Educação foi um dos principais assuntos discutidos em uma nova reunião da Comissão de Transição da Prefeitura de Goiânia, no Paço, nesta quinta, e que durou cerca de três horas. O encontro marcou o terceiro debate temático do grupo de trabalho, que também focou em temas como Infraestrutura e Mobilidade Urbana.

Realizada um dia após a Operação Comorbidade, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que prendeu a cúpula da secretaria municipal de Saúde, a reunião teve o atual secretário municipal de Governo, Jovair Arantes, representando o prefeito Rogério Cruz (SD). O atual prefeito compareceu apenas ao primeiro encontro do grupo, ainda no mês passado.

Mabel reafirmou também que encaminhará à Câmara Municipal de Goiânia um projeto de lei para autorizar a contratação de vagas em creches da iniciativa privada. A medida, já anunciada, tem como objetivo reduzir a fila de espera por matrículas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), com a expectativa de abrir cerca de 9 mil novas vagas.

Ao detalhar mais a transferência da responsabilidade do EJA do município para o estado, o prefeito eleito afirmou que a ideia é que os alunos do 6º ao 9º ano fiquem na estrutura do estado, mantendo o atendimento municipal do 1º ao 5º ano. A reformulação do programa, segundo ele, visa garantir uma maior “profissionalização” dos estudantes.

“Para que eu vou deixar ele na minha EJA se a EJA do estado é mais profissionalizante? Ela dá mais condições para aquela pessoa não só aprender a ler e a escrever, mas se profissionalizar. De 1º a 5º ano vai ficar para a prefeitura, os outros nós vamos passar para o estado. O que é uma vantagem”, reforçou o prefeito eleito.

Eleição dos diretores

Uma das decisões debatidas durante a reunião foi a prorrogação dos mandatos dos diretores das escolas municipais até a definição das novas eleições. Segundo Mabel, a escolha pelo adiamento se dá mediante a prerrogativa de que sua gestão terá uma abordagem mais voltada à eficiência administrativa e ao alinhamento com as novas diretrizes do Fundeb.

“Os diretores vão ter que ter outras qualidades que já estão previstas, inclusive dentro da resolução do Fundeb, onde tem previsão sobre a capacitação do diretor, a condição de entrega que ele tem, de gestão. O diretor tem que ter uma visão de gestão”, afirmou.

A colocação sobre controle de despesas foi reforçada também ao falar sobre a contratação de vagas de creches de igrejas e instituições filantrópicas. “Nós queremos colocar essas 9 mil crianças nas creches, como prometemos. Temos que cortar despesa em um monte de lugar”, afirmou Mabel na coletiva de imprensa.

Ações de Mabel na Educação incluem transferência do EJA

Prefeitura de Goiânia

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