O número de atendimentos a crianças aumentou na pandemia. Socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás revelam a informação e atribuem o acréscimo à inquietude desta faixa etária devido aos anos da pandemia da Covid-19. Os profissionais também orientam que diante do cenário, adultos precisam estar mais atentos às medidas de prevenção e buscar noções de primeiros socorros (veja quadro).“Se importem um pouco mais em aprender os primeiros socorros, eles salvam vidas e você pode livrar a vítima de sequelas graves” pede a enfermeira intervencionista do Samu de Goiânia, Viviane Gomes de Lacerda Nolasco.Em relação aos ambientes externos, o 1º tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, Marcos de Jesus Borges Peres ressalta que os adultos devem visualizar o local que estão levando as crianças com mais atenção. É preciso encontrar todos os recursos de segurança que estão à disposição caso haja um possível acidente.O tenente Peres orienta que os adultos estejam sempre de olho na criança ou bebê. E, para locais com presença de água, como parques aquáticos, lagos, rios, piscinas, ele defende que se aquela criança não tem afinidade com água, o correto é ficar no máximo um braço de distância, “muito cuidado com boias e coletes em bebês, porque os que não têm coordenação motora, vão se debruçar e não vão conseguir sair daquela situação” orienta.Mãe de uma criança de cinco anos, Suellen Costa, possui itens de cuidado em todo o apartamento onde reside. Protetores nas gavetas, nas tomadas e fogões, produtos de limpeza em armários altos, cômodos sem chaves para evitar que a criança se tranque, e o uso indispensável de cadeirinha ao sair do carro.Suellen considera que também é preciso conversar com os filhos depois de certa idade. “De tanto a gente insistir e ensinar a criança que aquilo faz mal e machuca, ela entende.” diz.A enfermeira Viviane alerta que segundos de desatenção são o suficiente para as crianças se acidentarem e a maioria dos pais e responsáveis passa pela situação e compartilha que em um tempo depois de uma ocorrência, quando termina bem, a mãe é orientada sobre o que ela vai fazer caso aquilo ocorra novamente. “Às vezes não dá tempo de chegarmos e são minutos que ela pode fazer muita coisa.” (Manoella Bittencourt é estagiária do GJC em convênio com a PUC Goiás).-Imagem (1.2405614)