Um soldado da Aeronáutica foi preso na última segunda-feira (18), em Valparaíso de Goiás, suspeito de perseguir e mandar mensagens via Pix para a ex-namorada, a ameaçando de morte. Numa das mensagens enviadas pelo sistema de pagamentos, o homem afirma ter colocado o valor de R$ 10 mil “pela cabeça” da moça.Ao POPULAR, o delegado Pedro Henrique Teixeira contou que o soldado, de 20 anos, e a vítima, de 21, começaram a namorar no início deste ano, mas acabaram rompendo, o que teria deixado o homem inconformado.Ainda segundo o delegado, a moça procurou a polícia em março para denunciar que estava sendo perseguida pelo ex e pediu medidas protetivas contra ele. Os dois reataram algum tempo depois, mas romperam novamente. Foi quando começaram as ameaças.“Eles brigaram e ela disse que não queria mais nada com ele, que não era para ele procurá-la e o bloqueou das redes sociais, inclusive de perfis falsos que ele havia feito”, detalhou Teixeira.O delegado contou que, após a recusa da mulher em vê-lo, o teor das mensagens pelo Pix mudaram e ele passou ameaçá-la de morte, dizendo, inclusive, que “havia um tenente da polícia” atrás dela. “Botei 10.000 pela tua cabeça, filha da put*. Amanhã acho bom tu nem sair de casa, senão eu te mato”, diz uma das mensagens.Ameaças ao pai da vítimaDe acordo com as investigações, o soldado chegou a ir à casa da ex-namorada, mas foi recebido pelo pai dela, que se recusou a chamar a filha. O suspeito disse que a mulher devia dinheiro a ele e que queria conversar, o que foi negado pelo dono da casa.Foi aí então que o homem passou a ameaçar também o pai da ex, inclusive por mensagens enviadas para o namorado de uma amiga dela. Em uma das mensagens, o suspeito diz que quer falar com ela, “para não matar ela e o pai dela”. “Mano, eu tenho ódio dessa menina”, disse.PrisãoA vítima das ameaças procurou a Polícia Civil na manhã de ontem, segunda-feira (18), horas depois de receber as mensagens pelo Pix. Diante das evidências, os policiais deram início às diligências e encontraram o suspeito na casa da avó, em Valparaíso.Por integrar as Forças Armadas, a Polícia Civil acionou a Aeronáutica e comunicou o fato. O órgão, então, transferiu o soldado para Brasília, onde está preso.Segundo o delegado, ele pode responder pelos crimes de perseguição qualificada e descumprimento de medida protetiva na Justiça comum.O POPULAR tenta localizar sua defesa. A reportagem também entrou em contato com a Aeronáutica por e-mail, e aguarda um retorno.Leia também:Entregador de aplicativo diz que foi ameaçado com arma por uma delegada durante entrega em GoiâniaMulher é presa por suspeita de usar perfis em redes sociais para expor e ameaçar policiais