A acrilamida, substância potencialmente carcinogênica encontrada no Córrego Sussuapara, em Bela Vista de Goiás – e também no rio em que deságua, o Piracanjuba – não é exceção nos cursos d’água no Estado. Mais do que isso, também foi encontrada no organismo de peixes monitorados pelo projeto Rede de pesquisa Águas do Cerrado: monitoramento da biodiversidade e mitigação dos impactos ambientais (AquaCerrado), desenvolvido pela Universidades Federal de Goiás (UFG) e de Jataí (UFJ) e mais cinco outras instituições de ensino e pesquisa. Em um exemplar coletado nas águas da Bacia do Rio Paranaíba – foco das pesquisas do projeto –, a acrilamida foi encontrada com índice de 4,22 miligramas/litro (ml/L). O limite estabelecido pela Portaria de Consolidação nº 5/2017, do Ministério da Saúde, é de 0,5 microgramas/litro (µg/L). Ou seja, o valor encontrado no plasma do peixe foi 8,4 mil vezes mais alto do que a referência.