O homem suspeito de ter invadido a casa de um idoso e o feito refém, no setor Aeroviário, em Goiânia, teria sido informado por um prestador de serviços da existência de um cofre com dinheiro no local. Wanderson Carvalho de Oliveira, de 37 anos, foi preso em flagrante neste domingo (11) depois de horas de negociação com a Polícia Militar (PM).Ao POPULAR, um policial contou que, por volta de meio-dia, Wanderson se aproveitou do fato da vítima ter aberto o portão que dá acesso ao sobrado e conseguiu entrar.O objetivo, conforme o próprio Wanderson, era roubar o dinheiro que estaria guardado em um cofre do imóvel. Questionado, o suspeito contou que um prestador de serviços havia estado na casa da vítima e repassado a informação da existência do cofre.A reportagem apurou que a própria vítima acionou a polícia depois de constatar a presença do suspeito em sua casa.Ameaças e exigênciasAo perceber a presença dos policiais, Wanderson teria mantido o idoso refém, ameaçando matá-lo caso a PM entrasse no sobrado. Em vídeos enviados a uma advogada que já o defendeu em outros crimes, o suspeito faz as ameaças e exige um colete à prova de balas, além da presença da imprensa.“Você tá querendo me matar na crocodilagem. Eu não vou matar o cara, quem vai matar o cara é vocês. Se vocês imbicarem aqui, o cara vai morrer [...]. Eu só quero um colete para me entregar, um advogado e a imprensa. Eu não quero maldade não, mas na mão da polícia eu não vou morrer não”, diz Wanderson, que ainda atribui a situação ao fato de o idoso ter se recusado a abrir o cofre para ele.Durante as negociações, a polícia ainda conseguiu resgatar uma mulher que mora com o idoso. Ela foi retirada pela sacada do sobrado.Por volta de 14h, depois de ter conseguido o colete exigido, Wanderson acabou se entregando e foi preso em flagrante. Um homem identificado como Enio, suspeito de ser o comparsa de Wanderson, também foi preso no local.O caso está na Central de Flagrantes.Histórico de crimesWanderson possui um longo histórico de crimes e estava em liberdade há pouco tempo, fazendo uso de tornozeleira eletrônica.Conforme verificado pela reportagem, tramitam contra ele processos desde 2014, entre eles por ameaça, fuga de pessoa presa, furto qualificado e posse de arma, além de uma medida protetiva no âmbito da Lei Maria da Penha e roubo majorado (esse último do caso de ontem).A reportagem tenta localizar a defesa de Wanderson. O espaço segue aberto.Leia também:Idoso é feito refém dentro de casa no Setor Aeroviário, em GoiâniaPresos dois suspeitos de sequestrar médica e extorquir cerca de R$ 30 mil via PIX, em Goiânia